ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
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- O agir profissional do assistente social: um estudo de caso num agrupamento de escolas TEIPPublication . Gomes, Joana Alexandra Marques; Granja, BertaA presente dissertação resulta de uma reflexão crítica sobre a prática profissional dos assistentes sociais num Agrupamento de Escolas TEIP. Pretende-se descrever, problematizar e analisar criticamente o exercício profissional junto de alunos do ensino básico e secundário, das suas famílias, contexto escolar e comunitário, bem como a política social em que se inscreve, dirigida para o processo educativo num TEIP (Território Educativo de Intervenção Prioritária) e sua articulação com os outros actores profissionais da escola, docentes e não docentes, bem como com a equipa multidisciplinar afeta ao TEIP. De acordo com o plano de melhoria do agrupamento de escolas, os objetivos a atingir são: a diminuição do abandono e absentismo escolar, e a melhoria dos resultados escolares essencialmente junto de crianças e famílias de cultura cigana, grupo étnico representativo do contexto sócio geográfico do Agrupamento de Escolas. Apresentam-se os problemas identificados e os respetivos processos de trabalho do serviço social para enfrentar esses problemas, que se desenvolvem no centro das relações que se tecem no contexto escolar e comunitário, nomeadamente na sua relação com os alunos e alunas, direção, corpo docente e não docente do agrupamento, com a equipa multidisciplinar do TEIP, com as familias, com os parceiros e com os agentes políticos locais. São apresentados os resultados da intervenção social realizada no contexto escolar para as crianças deste grupo étnico, bem como as mudanças institucionais e alterações nas representações, disposições relativamente ao processo educativo, nas condições objectivas de vida e ligação à escola na comunidade cigana e não cigana que resultaram do trabalho de mediação e sua articulação com outros sistemas sociais. Por fim, também se abordará de forma conclusiva quais, os desafios que se colocam aos profissionais de serviço social nos contextos escolares com as mesmas características.
- A arte como instrumento de qualificação e de valorização pública de grupos portadores de vulnerabilidadePublication . Silva, Carolina; Vieira, PaulaO presente relatório insere-se no âmbito do mestrado em Intervenção Social na Infância e Juventude em Risco de Exclusão Social e resulta do trabalho realizado na Associação Espaço T, em contexto de estágio, com utentes que apresentam problemas do foro físico, psicológico e/ou mental. Através do projeto Palcos para a Inclusão, pretendia a instituição trabalhar com estes indivíduos a autoaceitação, valorização, e reconhecimento das suas capacidades, apesar das limitações com que se podem confrontar. Pretendia igualmente trabalhar as ideias préconcebidas que a sociedade de que todos fazemos parte tende a desenvolver sobre os indivíduos que experimentam algum daqueles tipos de problemas, demonstrando publicamente os seus conhecimentos e competências no campo de diversas expressões artísticas – dança, música e teatro. Será a arte um veículo de aproximação, aceitação e inclusão de todos, independentemente das particularidades de cada um? Esta foi genericamente a questão que colocamos, que problematizamos e a que procuramos responder com a nossa integração e o nosso acompanhamento das actividades do projecto Palcos para a Inclusão no âmbito da modalidade estágio que escolhemos para desenvolver o nosso trabalho final de mestrado.
- A Arte de RecomeçarPublication . Soares, Inês; Pinto, Maria LuísaO relatório apresentado tem duas componentes: uma componente de investigação e uma componente de intervenção. O estudo tem como objetivo caracterizar e compreender os significados atribuídos à medida de acolhimento residencial e o que pensam os/as jovens sobre as casas de acolhimento enquanto lugares de (re)socialização para a sua integração na comunidade. Realizado no decurso do estágio, a presente pesquisa estudou as trajetórias biográficas de 12 jovens institucionalizados, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, residentes há cinco anos. Os resultados do estudo foram obtidos através de análise reflexiva das narrativas dos/as jovens. Os resultados obtidos indicam que a medida de acolhimento residencial representa um fator de proteção nas trajetórias biográficas dos/as jovens institucionalizados, tal como pudemos verificar nas narrativas dos/as jovens. A análise evidencia que as estratégias terapêuticas mobilizadas estão a gerar alterações atitudinais e comportamentais nos/as jovens, constituindo-se num fator de proteção de comportamentos disruptivos no futuro. O projeto de investigação e o projeto de intervenção - intitulado “(Re)Começar”, foi orientado para o desenvolvimento de competências pessoais, cognitivas, emocionais e comportamentais - evidenciaram trajetórias biográficas onde a dor, o sofrimento, a insegurança, o abandono, o vazio emocional e a perda do sentido de vida, a par da vivência de certas práticas marginais, são os atributos que melhor definem a desesperança e expressam o medo de não se ser importante para ninguém. A identidade forjada numa vida de errância levou-os a criar um imaginário, onde as figuras escolhidas lhes permitiram encontrar-se na terra de ninguém.
- As artes e o sucesso escolar como forma de mobilização social em crianças e jovens em risco de exclusão socialPublication . Rodrigues, Flávia Daniela Moreira; Melo, SaraO presente relatório contempla a experiência de estágio desenvolvida na Delegação da Cruz Vermelha da Trofa, no âmbito do Mestrado em Intervenção Social na Infância e Juventude em Risco de Exclusão Social. Neste contexto e após o diagnóstico de necessidades, foi criado e implementado um projeto de intervenção social por via das artes e do Apoio Pedagógico, com crianças e jovens em risco de exclusão social. Este estudo visa analisar de que forma o apoio escolar e o suporte pedagógico aliado à convivência com as artes podem constituir-se como métodos de intervenção positivos neste tipo de população. Durante vários meses foram realizadas, duas vezes por semana, sessões de Apoio Pedagógico onde foi estimulada a aquisição de técnicas e métodos de estudo a serem implementados no quotidiano, de forma a que os participantes pudessem esclarecer dúvidas e contar com uma retaguarda sólida a nível escolar. Semanalmente realizavam-se também sessões da Oficina das Artes onde foram realizadas várias atividades artísticas, ao nível das artes plásticas, da expressão dramática e da música. A metodologia privilegiada na recolha de informação foi a observação participante, através da participação direta e ativa nas sessões e atividades, a disponibilização de informação por parte da instituição acolhedora, bem como a recolha de informação junto dos participantes e das famílias através do diálogo, de inquéritos e de entrevistas. Para registar a informação foram usadas notas de campo, formulários de registo de observação, de sumários e de assiduidade e as sessões e atividades foram registadas através de fotografias. Os resultados obtidos confirmam que as crianças e jovens participantes no projeto não tinham possibilidade de usufruir desta base, não lhes sendo permitido realizar estas atividades por outros meios e, confirmam ainda que estas sessões promovem o desenvolvimento de competências, nomeadamente, confiança e segurança em si próprios, assim como estimulam a autonomia na realização de tarefas, a criatividade e imaginação e o desenvolvimento de capacidades de expressão verbal, corporal e plástica.
- O assistente social da criança autista e sua famíliaPublication . Mateus, Manuela Maria Reis; Granja, BertaO relatório de atividade profissional apresentado resultou do trabalho realizado em Inglaterra com quatro crianças diagnosticadas com Perturbação do Espectro do Autismo (PEA) e suas famílias. Este trabalho foi realizado em diferentes contextos, com contato regular em diversos âmbitos como o escolar e o terapêutico, atividades comunitárias e visitas domiciliárias. O fato de poder ter tido a oportunidade de viver com uma das famílias envolvidas neste processo possibilitou-me uma observação mais próxima em relação aos desafios que uma criança autista e sua família enfrentam no quotidiano. A abordagem familiar foi complementada com um trabalho social em rede, através de ligação entre os pais, escolas, centros de saúde e atividades ocupacionais. Pretende-se analisar quais as maiores dificuldades sentidas por estas crianças e famílias e que estratégias o assistente social poderá utilizar de forma a contribuir para a inclusão da criança em contexto escolar e social. Para a concretização deste estudo foi feita uma recolha de informação através da observação no terreno, conversas informais e entrevistas em ambiente domiciliário, escolar e terapêutico, onde foram exploradas as suas formas de vida, as dificuldades sentidas face às suas limitações, as frustrações escondidas e o medo sentido pelas famílias em relação ao futuro das crianças. Os dados foram recolhidos usando uma abordagem qualitativa e descritiva. Os resultados deste trabalho, resultam de estudos de caso e por isso não propõe generalizações.
- A autonomia como avanço para o futuroPublication . Barros, Inês; Reis, JoséA família desempenha um papel fundamental na vida das crianças e dos jovens. Porém, quando este não consegue cumprir com as necessidades das crianças e jovens, o Estado tem que intervir para assegurar as necessidades e o desenvolvimento das crianças e dos jovens. As casas de acolhimento têm que proporcionar as condições necessárias para que as crianças e jovens tenham as suas necessidades asseguradas, de modo que tenham um desenvolvimento integral. Um dos aspetos que as casas de acolhimento devem promover é a autonomia. Tendo em consideração a importância da temática da autonomia, o estágio realizado num Lar de Infância e Juventude no norte do país permitiu perceber o trabalho que esta instituição realiza relativamente às competências da autonomia com as jovens. O plano de intervenção teve por base um projeto com diversas sessões, tendo estas como objetivo o desenvolvimento destas mesmas competências. Pelo meio da informação recolhida através da observação participante e de outras técnicas foi possível recolher dados para perceber o funcionamento e rotinas da instituição, especialmente o trabalho que a equipa técnica desenvolve com as jovens no que concerne às competências de autonomia. Assim, desenvolveu-se um projeto de intervenção que teve como finalidade o desenvolvimento das competências de autonomia.
- Avaliação diagnóstica de crianças e jovens em situação de negligência parental: um estudo de caso numa CPCJ da área metropolitana do PortoPublication . Silva, Cláudia Sofia Gomes; Marques, Elsa Montenegro MoreiraO fenómeno da negligência constitui atualmente uma das principais situações de perigo diagnosticadas pelas Comissões de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) em Portugal, representando 34,5% (12329) dos casos diagnosticados em 2013. A gravidade deste problema social é tanto maior quanto considerarmos que a omissão dos cuidados a crianças e jovens compromete a satisfação das suas necessidades, em termos de cuidados básicos e de higiene, alimentação, segurança, educação, saúde, afeto, estimulação e apoio. São várias as investigações que apontam para a fragilidade das intervenções dirigidas às crianças que se encontram em situação de perigo, desde logo pelo caráter subjetivo com que essas situações são diagnosticadas pelos profissionais que trabalham nos serviços de proteção à infância. A insuficiência de instrumentos de avaliação capazes de objetivar as situações de perigo, assim como os principais indicadores que estiveram/estão na sua origem constitui uma séria lacuna no trabalho desenvolvido pelas equipas de proteção à infância. Os profissionais que trabalham nesta área de intervenção deparam-se, então, com o desafio de construir ferramentas de avaliação dos problemas vivenciados pelas crianças e suas famílias, que confiram rigor e cientificidade ao exigente trabalho de elaboração de diagnósticos capazes de apreender a complexidade dos fatores que estão na génese das situações de perigo. A presente investigação parte, assim, das seguintes interrogações: Em que medida os diagnósticos realizados pelos interventores sociais que trabalham no sistema de proteção à infância são elaborados em função da construção teórica dos problemas sociais que as crianças e as suas famílias experienciam? Que procedimentos de recolha de informação e avaliação/identificação dos problemas utilizam? Como definem as medidas de intervenção que aplicam às crianças, jovens e suas famílias? Procuram essas medidas incidir sobre as causas dos problemas ou, pelo contrário, são equacionadas a partir de critérios meramente administrativos? Em termos de procedimentos metodológicos, privilegiou-se a análise qualitativa dos instrumentos de avaliação que foram utilizados, numa CPCJ da área metropolitana do Porto, para diagnosticar situações de perigo em 9 crianças/jovens que haviam sido sinalizadas como estando em situação de negligência.
- A caminho da autonomização - as jovens institucionalizadas e a promoção da autonomiaPublication . Neto, Ana; Machado, IdalinaA família é essencial para o desenvolvimento das crianças, sendo através dos vínculos aí estabelecidos que são transmitidos, por via da socialização, os valores morais e sociais, os costumes, as crenças e os padrões de comportamento. Quando a família falha nas suas responsabilidades, o Estado tem a obrigação de garantir a proteção e o bem-estar das crianças e jovens. Deste modo, das medidas de promoção e proteção, a medida de acolhimento residencial é considerada como o último recurso, quando todas as outras opções se revelaram ineficazes. As casas de acolhimento têm como objetivos a satisfação de todas as necessidades básicas, promovendo a integração das crianças e dos jovens tanto na família, como na comunidade e contribuindo para a sua valorização pessoal, social e profissional implicando, desta forma, equacionar a questão da autonomia. Dada a relevância desta temática, o estágio desenvolvido no Lar Santa Isabel permitiu o conhecimento do trabalho que é desenvolvido com as jovens quanto à promoção das competências para a autonomia de vida. O plano de intervenção centrou-se na implementação de atividades com o objetivo de promover a aprendizagem e desenvolvimento de competências para a vida facilitadores do processo de autonomização. Tendo por base a observação participante e o recurso a técnicas como a entrevista semiestruturada e a análise documental, foi recolhida a informação necessária para o conhecimento das dinâmicas da instituição, nomeadamente no que concerne ao desenvolvimento das competências de autonomia, dos percursos de vida das jovens e dos anseios que estas sentem quanto ao seu percurso pessoal e socioprofissional. Partindo do diagnóstico foram, assim, desenvolvidas diversas atividades ajustadas às jovens com o objetivo de promover a aquisição de competências ao nível da autonomia.
- Caracterização da problemática violência doméstica da criança e adolescente que vivenciam o crime num território ao norte de PortugalPublication . Dias, Josineide; Granja, Berta; Oliveira, MadalenaA presente Dissertação de Mestrado tem como tema a caracterização da problemática da violência doméstica vivenciada por crianças e adolescentes. A violência doméstica ultrapassa os limites do lar, configurando-se como um grave problema de Direitos Humanos, com impactos profundos na saúde física e mental das vítimas e diversas ramificações socioeconômicas. "A violência doméstica é uma violação dos direitos humanos e um grave problema de saúde pública, afetando milhões de pessoas em todo o mundo e tendo consequências devastadoras para a saúde física, mental e reprodutiva das vítimas" (Organização Mundial da Saúde [OMS], 2023). Essas consequências afetam não apenas as vítimas diretas, mas também suas famílias e a comunidade em geral, refletindo-se por fim em toda a sociedade. Este estudo visa caracterizar a problemática da vitimação em crianças e jovens que vivem o crime de VD num território o norte de Portugal. A pesquisa adota uma abordagem quantitativa, recorrendo à análise de dados estruturais para fornecer uma compreensão abrangente do fenómeno. Entre os métodos utilizados estão levantamento de dados estatísticos evidenciando uma elevada sintomatologia de ansiedade e depressão. Os resultados destacam a necessidade de políticas públicas integradas e multidisciplinares, que envolvam saúde, educação, justiça e assistência social, para prevenir e combater a violência doméstica. A conclusão enfatiza a importância de intervenções precoces, educação preventiva e apoio psicossocial contínuo, para romper o ciclo de violência e promover um desenvolvimento saudável para crianças e adolescentes.
- Combater a pobreza infantil, superando os fatores sociais que estão na origem da desigualdade de acesso ao domínio da língua maternaPublication . Dias, Maria Teresa Saturnino Abreu Amil; Queiroz, Maria CidáliaEste trabalho surge como resultado de um estudo sobre uma intervenção desenvolvida entre 2015 e 2016 com um grupo de crianças, com idades compreendidas entre os 7 e os 9 anos, que frequentavam o 3º ano do 1º ciclo. Trata-se de um grupo de crianças proveniente de famílias pobres, socialmente excluídas, na sua maioria residentes na zona oriental da cidade do Porto em bairros sociais estigmatizados, cujo futuro parece condicionado desde os primeiros anos de vida. A forte interação estabelecida entre a autora e aquele grupo permitiu realizar em condições particulares de grande proximidade, uma intervenção sistemática envolvendo as crianças, a família e a própria Escola, num projeto denominado “Hora do Conto”, que tem como finalidade desenvolver as competências de língua materna, sociais, simbólicas e emocionais. Partiu-se do pressuposto de que, se a inclusão social destas crianças dependia do acesso a aprendizagens e qualificações escolares relevantes, seria igualmente importante reduzir a distância entre o universo escolar e o universo familiar, valorizando e reforçando a participação dos pais no processo educativo dos seus filhos e envolvendo a Escola num processo de partilha de saberes e de experimentação conjunta de práticas pedagógicas susceptíveis de responder às reais necessidades das crianças.