ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
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- Comissão de Protecção de Crianças e Jovens: perceção sobre a sua organização e sobre a prática profissional dos técnicosPublication . Oliveira, Paula Alexandra Carvalho; Granja, Berta
- O modelo de protecção à infância: entre a justiça e a comunidadePublication . Santos, Ana Maria Marques dos; Cosme, Ariane
- Perceções das Crianças em Risco sobre o RiscoPublication . Barros, Ana Catarina Azevedo Braga de; Granja, BertaO presente estudo visa avaliar as representações sociais das crianças sinalizadas numa Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Viana do castelo, em relação à família e ao risco a que estão expostas na esfera privada. Neste sentido, foram auscultadas sete crianças de faixas etárias diversas sinalizadas por se encontrarem em situação de risco e pertencentes a uma mesma família. Nesta investigação recorreu-se à investigação qualitativa. Assim, através da análise de conteúdo dos discursos dos menores verificou-se a existência de um sentimento de pertença à família de origem e uma vivência harmoniosa das dinâmicas familiares que os afasta da perceção de risco associado à negligência e à mendicidade de que são vitimas, bem como da ideia de que os seus progenitores são elementos maltratantes. No fundo, a fratria considera a sua família como a família ideal, mesmo que a debilidade económica possa ser entendida pelos elementos mais velhos como factor que os limita na concretização dos seus objetivos e desejos, conduzindo-os à perceção de desigualdade social. Constatou-se ainda que apesar das sucessivas intervenções da CPCJ ao longo dos anos junto deste agregado familiar, os progenitores por serem subsídiodependentes, mediante o seu quadro de referências pessoais, e pela ausência de feedback negativo dos seus filhos relativamente às práticas parentais que adotam não aceitam as acusações que lhes são dirigidas, não se envolvendo no processo de mudança, constatando-se em conformidade mudanças comportamentais superficiais apenas no período de vigência das Medidas de Promoção e de Proteção acordadas por receio que lhes sejam suspensos os apoios económicos e o direito à habitação social de que beneficiam.
- Perceções e representações dos profissionais da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de ValongoPublication . Barbosa, Jorge Orlando Ferreira; Granja, Berta
- A infância que espera: do acolhimento à construção dos projectos de vidaPublication . Monteiro, Juliana; Reis, José AlbertoO presente estudo pretende analisar que projectos de vida foram definidos num Centro de Acolhimento Temporário, bem como o sucesso/insucesso das intervenções sofridas pelas famílias antes e depois da institucionalização. Para o efeito, procedemos a análise dos respectivos processos de promoção e de protecção dos menores que até à data da investigação se encontravam em contexto institucional. Contemplamos neste estudo os menores que passaram pelo acolhimento institucional no ano 2010/2011, percorrendo os diferentes serviços sociais onde se encontravam os diferentes processos. Assim, a amostra traduz-se num total de trinta e três menores, vinte encontravam-se em acolhimento institucional e treze já não se encontravam na instituição tendo em conta que viram os seus projectos de vida concretizados. A recolha desta informação obedeceu a um guião – inquérito que permitiu a recolha de informação necessária e importante que permitisse uma análise estatística. Este guião permitiu organizar a informação recolhida para posteriormente ser introduzida e analisada no programa de estatística, SPSS. Os resultados sugerem que uma das situações que prolonga o acolhimento institucional é efectivamente o processo de intervenção que as instituições desempenham com as famílias para que a reunificação familiar se concretize. Mas os resultados também revelam que não existe uma clara aposta na prevenção das situações que desencadeiam a institucionalização, tendo em conta a percentagem de intervenções que falharam. O acompanhamento feito às famílias antes da institucionalização, revela alguma falta de investimento, senão mesmo de respeito, pelo aquilo que são os direitos das crianças que passa pelo seu direito ao desenvolvimento no seio da família. Através dos resultados obtidos, observa-se, ainda, que nos casos em que a reunificação familiar se concretizou, nem todos são de sucesso, sendo que para esses casos começa-se a idealizar uma nova institucionalização. Ora, se não apostamos claramente neste trabalho de intervenção com afinco estaremos certamente a negar-lhe o direito a ter uma família e certamente a forjar o seu futuro. Sabendo, ainda, que a definição dos projectos de vida exige uma avaliação cuidada, eficaz e rápida, pois o prolongamento do acolhimento, ou as sucessivas institucionalizações em pouco ou nada salvaguardam a promoção dos direitos da criança, nomeadamente ao direito a uma família. O prolongamento do acolhimento e as sucessivas institucionalizações privam a criança de crescer na família e podem comprometer o futuro com uma nova família. Assim, a decisão de institucionalização deve, então, ser o finalizar de um percurso complexo vivenciado pelas famílias e pelas crianças e não o início duma narrativa linear e assistencialista
- Todos iguais : projeto de investigação com uma turma de percurso curricular alternativo de 8º anoPublication . Silva, Silvia Renata Alves Lopes; Granja, BertaO objeto central deste projeto de investigação-ação foi intervir e aprofundar o conhecimento dos problemas e práticas do processo de ensino-aprendizagem de uma turma de Percurso Curricular Alternativo, do 3º ciclo de escolaridade, num Agrupamento de Escolas TEIP – Território Educativo de Intervenção Prioritária. A metodologia utilizada foi a da investigação-ação, recorrendo ao método da pesquisa etnográfica, considerando a minha prática profissional com o objeto de estudo. O recurso à pesquisa etnográfica apelou a um conjunto diversificado de técnicas para recolha da informação. O processo de investigação, simultâneo ao de intervenção, focalizou-se na recolha das perceções dos sujeitos sobre os problemas da turma e à elaboração de uma caracterização sociofamiliar no estudo dos processos e dinâmicas desenvolvidas pelas interações da prática profissional. Os resultados da investigação permitiram concluir que, de um modo geral, na perceção dos alunos, docentes e encarregados de educação os fatores de ordem individual (46%), os de ordem organizacional (39%) seguidos dos de ordem familiar e das práticas pedagógicas (35% respetivamente) estão na base dos problemas da turma (quer ao nível do insucesso escolar quer do comportamento). No que concerne à caracterização sociofamiliar da turma, conclui-se que as famílias dos alunos vivenciam situações de fragilidade ao nível do emprego, da saúde, da habitação e das relações de sociabilidade, assim como não apresentam rede social de suporte/apoio capaz de ajudar em situação de dificuldade. Estas características traduzem carências económicas e culturais dos modos de vida dos alunos, que fragilizam o papel das famílias no trajeto escolar destes alunos. No que concerne à dimensão da intervenção, o grande foco centrou-se na intervenção sistemática com os alunos nas aulas de Educação para a Cidadania, com a finalidade de os ajudar a resolver pelo menos uma das necessidades identificadas por estes. O enfoque da ação centrou-se na afirmação da turma pela positiva na comunidade escolar, que culminou na realização de um filme com o tema "Todos Iguais", planeado, organizado e realizado com a turma. Por outro lado, a intervenção direcionou-se também para os encarregados de educação e docentes, que através da sua implicação ativa nos focus grupos se dispuseram e envolveram-se na resolução de algumas das necessidades apresentadas. Com os pais foram realizadas ações de (in)formação, que contribuíram para aumentar os recursos parentais para gerir problemas escolares e da adolescência dos seus educandos. No plano da intervenção com os docentes, o resultado alcançado foi o envolvimento destes para repensar o modelo de funcionamento do Percurso Curricular Alternativo e conjuntamente reformular a metodologia pedagógica para o ano letivo seguinte.
- O trabalho das parcerias nas comissões de proteção de crianças e jovensPublication . Martins, Helena Sofia Pinto; Granja, BertaA presente investigação foi desenvolvida junto da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ) e o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), do concelho de Amarante. Tem como objetivo fundamental conhecer os principais problemas identificados no concelho pela CPCJ, as práticas profissionais e organizacionais desenvolvidas para combater esses problemas e, ainda, perceber a parceria da CPCJ com as outras instâncias da comunidade e de forma, mais específica, com o CAFAP. Neste trabalho, pretende-se compreender se as práticas profissionais e organizacionais para a implementação de projetos de intervenção integrados nas CPCJs e nos CAFAP, são ajustados às reais necessidades das crianças e jovens para a sua proteção, tendo em conta os problemas identificados, e identificar a sua influencia na redução ou até na remoção das situações de risco e na objetiva alteração das condições sociais e dinâmicas familiares para garantir o bem-estar das crianças e condições para o seu desenvolvimento integral. Neste sentido, no estudo recorreu-se à investigação qualitativa, efectuando-se quatro entrevistas, três entrevistas aos Técnicos da CPCJ, a Presidente e dois Técnicos Cooptados e uma entrevista de grupo aos três Técnicos do CAFAP, no concelho de Amarante. Conclui-se que os gestores de casos da CPCJ têm a seu cargo um grande número de processos, o que torna impossível um trabalho aprofundado com todos eles. A parceira com o CAFAP aparece como um fator positivo pois possibilita uma intervenção mais especializada com as famílias com crianças e jovens em situações vulneráveis, valorizando, melhorando as competências parentais, pessoais e sociais dessas famílias e facilitando o desenvolvimento integral das crianças e jovens no seio familiar. Mas dá conta das fragilidades das atuais políticas de proteção, da necessidade de ampliar a rede comunitária e de melhorar a qualificação das organizações e dos Técnicos bem como do combate às desigualdades sociais e exclusão social para eliminar os principais fatores de risco que hoje afetam de forma brutal a vida de milhares de crianças vítimas da pobreza que atinge as suas famílias devido ao desemprego e à redução das políticas públicas que garantam os direitos sociais.
- Resiliência em crianças e jovens acolhidos em centros de acolhimento temporárioPublication . Trindade, Joana Raquel Monteiro Pinheiro Pereira da; Ribeiro, ÓscarA problemática da institucionalização de crianças e jovens tem vindo a ser amplamente discutida por investigadores e por técnicos da ação social, tendo-se habitualmente considerado que esta população está mais suscetível à presença de distress emocional. A presente investigação teve como principal objetivo analisar indicadores de resiliência em crianças e jovens acolhidos em Centros de Acolhimento Temporário e aumentar o conhecimento disponível sobre o modo como elas vivenciam a sua institucionalização. Para tal, recorreu-se a uma amostra de 30 crianças/jovens acolhidos em 7 CAT diferentes da zona Norte do País, com idades compreendidas entre os 8 e os 18 anos. Na recolha de dados utilizou-se a Escala de Resiliência (RS), o Inventário de Estratégias de Coping (SCSI) e a Escala de Ansiedade, Depressão e Stresse (EADS). Foi também recolhida informação sociodemográfica. Os resultados obtidos apontam para a existência de níveis moderados de resiliência em ambos os sexos. Uma análise mais detalhada às componentes da RS permitiu verificar pontuações mais elevadas na subescala “autoconfiança”, seguindo-se a “perseverança”, o “sentido de vida” e, finalmente, a “auto-suficiência”. Em relação à SCSI, os valores obtidos demonstram que as Estratégias de Coping mais utilizadas são as de “distração cognitiva e comportamental”, seguindo-se as “estratégias ativas” (sobretudo as centradas na resolução de problemas) e a “exteriorização de aspetos negativos”. De salientar que são as crianças/jovens do sexo masculino quem mais utiliza a exteriorização de aspetos negativos apresentando no uso desta estratégia diferenças estatisticamente significativas comparativamente às raparigas. Quanto à eficácia das estratégias utilizadas, os participantes consideraram como mais eficazes as estratégias de “distração cognitiva e comportamental” e como menos eficazes, as de “exteriorização de aspetos negativos”. Por fim, relativamente à EADS, verificou-se que as crianças/jovens apresentam valores globalmente reduzidos, quer para a ansiedade, quer para a depressão. Apesar das raparigas apresentarem menor ansiedade e stresse e níveis mais elevados de depressão do que os rapazes, estas diferenças não foram estatisticamente significativas. De um modo geral, os resultados evidenciam que apesar da condição de institucionalizados e de todas as repercussões que tal acarreta para os projetos de vida destas crianças e jovens, os participantes neste estudo apresentaram níveis moderados de resiliência. Chegou-se ainda à conclusão de que existem algumas diferenças no modo como o processo é vivido por rapazes e raparigas, diferenças essas que poderão implicar abordagens distintas por parte dos técnicos que trabalham com estas crianças/jovens. De salientar que, na maioria das situações, o tempo legal previsto para a duração do acolhimento em CAT não é respeitado, facto que dá lugar a uma institucionalização prolongada e que deve, por isso, ser objeto de reflexão urgente.
- Quando nos (des)envolvemos em projetos de desenvolvimento local: análise crítica da prática profissionalPublication . Costa, Cláudia; Granja, BertaO objeto deste relatório é a análise de vários processos de intervenção local em zonas urbanas degradadas e uma observação exaustiva sobre as práticas e os projetos implementados para e com crianças e jovens em risco de exclusão, na Iniciativa Bairros Críticos - Operação Lagarteiro Porto. O processo de reflexão, parte da descrição da minha prática e experiência profissional em processos de requalificação de zonas urbanas desqualificadas, em que a participação e a implicação dos parceiros e demais atores constituem o fator essencial para o sucesso dos programas de desenvolvimento territorial e para a sustentabilidade futura dos progressos conseguidos. Contudo, trata-se de um caminho complexo que exige uma permanente construção e reconstrução dos modelos de intervenção. Como conciliar interesses multiversos em torno de práticas (com) sentidas que possam ser partilhados e mobilizadores de recursos, em territórios de exclusão, onde as crianças e os jovens são os públicos mais vulneráveis e fragilizados? A descrição deste processo de desenvolvimento local, centrado na capacitação das faixas etárias mais jovens, com recurso a metodologias participativas, pretende demostrar o quão estruturante é esta dimensão da intervenção, na reversão do percurso de exclusão das crianças e do território. O trabalho teve em conta duas dimensões, centrando-se na reflexão em torno da participação das crianças e jovens, e na prática profissional do assistente social, num modelo concetual representativo de uma estratégia de educação para a cidadania. As ações desenvolvidas pretenderam criar condições para a implementação de práticas pedagógicas mais ajustadas, para aumentar o sucesso educativo, para apoiar os pais nas funções parentais, entre outras ações, pois só com empoderamento se torna possível que uma criança encontre a sua identidade, e se torne um cidadão, capaz de agir na escola, na família, no território e na cidade.
- Se esta escola fosse minha...a participação das crianças e dos jovens numa escola TEIPPublication . Paiva, Jorge Ferreira; Araújo, Maria JoséNas últimas décadas temos assistido a profundas transformações sociais educativas, nomeadamente na escola pública, do ponto de vista das políticas e das políticas educativas. Estas mudanças têm criado desigualdades na forma como as crianças e jovens têm acesso à informação e ao conhecimento, particularmente no que se refere à sua participação no processo de escolarização e emancipação social e cultural. Este trabalho corresponde a um estudo de caso, realizado num agrupamento de escolas TEIP (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária), onde analisamos e demos particular atenção às questões da participação, nomeadamente às representações que as crianças e os jovens fazem sobre a escola.