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Authors
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Abstract(s)
O presente estudo pretende analisar que projectos de vida foram definidos num
Centro de Acolhimento Temporário, bem como o sucesso/insucesso das intervenções
sofridas pelas famílias antes e depois da institucionalização.
Para o efeito, procedemos a análise dos respectivos processos de promoção e de
protecção dos menores que até à data da investigação se encontravam em contexto
institucional. Contemplamos neste estudo os menores que passaram pelo acolhimento
institucional no ano 2010/2011, percorrendo os diferentes serviços sociais onde se
encontravam os diferentes processos. Assim, a amostra traduz-se num total de trinta e
três menores, vinte encontravam-se em acolhimento institucional e treze já não se
encontravam na instituição tendo em conta que viram os seus projectos de vida
concretizados.
A recolha desta informação obedeceu a um guião – inquérito que permitiu a
recolha de informação necessária e importante que permitisse uma análise estatística.
Este guião permitiu organizar a informação recolhida para posteriormente ser
introduzida e analisada no programa de estatística, SPSS.
Os resultados sugerem que uma das situações que prolonga o acolhimento
institucional é efectivamente o processo de intervenção que as instituições
desempenham com as famílias para que a reunificação familiar se concretize. Mas os
resultados também revelam que não existe uma clara aposta na prevenção das situações
que desencadeiam a institucionalização, tendo em conta a percentagem de intervenções
que falharam. O acompanhamento feito às famílias antes da institucionalização, revela
alguma falta de investimento, senão mesmo de respeito, pelo aquilo que são os direitos
das crianças que passa pelo seu direito ao desenvolvimento no seio da família. Através
dos resultados obtidos, observa-se, ainda, que nos casos em que a reunificação familiar
se concretizou, nem todos são de sucesso, sendo que para esses casos começa-se a
idealizar uma nova institucionalização.
Ora, se não apostamos claramente neste trabalho de intervenção com afinco
estaremos certamente a negar-lhe o direito a ter uma família e certamente a forjar o seu
futuro. Sabendo, ainda, que a definição dos projectos de vida exige uma avaliação
cuidada, eficaz e rápida, pois o prolongamento do acolhimento, ou as sucessivas
institucionalizações em pouco ou nada salvaguardam a promoção dos direitos da
criança, nomeadamente ao direito a uma família. O prolongamento do acolhimento e as
sucessivas institucionalizações privam a criança de crescer na família e podem comprometer o futuro com uma nova família. Assim, a decisão de institucionalização
deve, então, ser o finalizar de um percurso complexo vivenciado pelas famílias e pelas
crianças e não o início duma narrativa linear e assistencialista
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Keywords
Infância Juventude Projectos de vida Acolhimento institucional Institucionalização