ISEC Lisboa - Mestrado em Riscos e Proteção Civil
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Recent Submissions
- Planos Estratégicos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas como Prevenção dos Acidentes em Proteção CivilPublication . Cabeleira, Madalena; Oliveira, AnaA intervenção da Proteção Civil pode ser potencializada através da implementação de ações de prevenção, preparação, resposta e recuperação relacionadas com as alterações climáticas (AC). Face do aumento imprevisível dos eventos associados às AC, torna-se essencial fortalecer a resiliência nas comunidades. Esta investigação analisa e reflete sobre as estratégias adotadas em resposta às AC, com ênfase nos Planos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas (PMAAC) e nas Estratégias Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC). Estas foram amplamente adotados pelos municípios como sendo os seus PMAAC. Assim, neste trabalho, esses documentos são denominados como Planos Estratégicos Municipais de Adaptação às Alterações Climáticas (PEMAAC), visando uma análise mais aprofundada. Os PEMAAC foram concebidos para contribuir para a mitigação e adaptação das AC no contexto da declaração do estado de emergência climática. No entanto, é fundamental que sejam reavaliados para se tornarem instrumentos mais funcionais, eficazes e eficientes na atuação da Proteção Civil (PC), priorizando sempre a prevenção. Com base na perceção dos principais atores-chave envolvidos na implementação dos PEMAAC, esta investigação concluiu que tais planos podem prevenir acidentes e riscos climáticos, apoiando assim a ação da PC. A aplicação de inquéritos dirigidos não só aos Coordenadores dos Serviços Municipais de Proteção Civil, bem como, a uma amostra representativa da população possibilitou a recolha de dados que confirmaram essa constatação. Complementando essas informações com uma análise dos PEMAAC implementados, foi desenvolvido um modelo conceptual que requer ajustes técnicos, com o objetivo de auxiliar a intervenção da PC, tanto na resposta e recuperação como na prevenção e preparação para a superação de eventos extremos inesperados.
- O acesso dos meios de Socorro às grandes Superfícies ComerciaisPublication . Baetas, David; Lopes, José PedroMuito populares nos nossos dias, as grandes superfícies comerciais visam proporcionar uma maior oferta de produtos, com grande diversidade de lojas num único espaço, e melhorar a qualidade da experiência de compra por parte do consumidor. Muitas vezes dispõem de serviço de restauração, cinemas, áreas de diversão, contribuindo assim para uma maior procura e interesse por parte da população em geral. Por esta razão, estes espaços são amplamente visitados, reunindo frequentemente um elevado número de pessoas no seu interior, consequentemente com grande utilização dos espaços reservados para estacionamento. Assim, de acordo com o Decreto-Lei 258/92 de 20 de novembro, designam-se grandes superfícies comerciais os estabelecimentos de comércio a retalho ou por grosso que disponham de uma área de venda contínua superior a 2000 m2 , ou os conjuntos de estabelecimentos de comércio a retalho ou por grosso que, não dispondo daquela área contínua, integrem no mesmo espaço uma área de venda superior a 3000 m2 . Este trabalho tem como base a análise do acesso dos meios de proteção civil a estas grandes superfícies comerciais (centros comerciais, hipermercados, empreendimentos), tendo em conta os diversos cenários que poderão surgir, tais como situações de emergência médica em pré hospitalar, quedas, incêndios nas suas diversas vertentes, seja estrutural ou em veículos, ou acidentes rodoviários, choque, colisão, atropelamentos, etc., dentro do espaço de estacionamento, quer se trate de um espaço aberto ou edifício tipo silo. No projeto verificar-se-á se os Planos de Emergência Interna destes estabelecimentos se encontram efetivamente adaptados às reais necessidades ou apenas concebidos para aprovação pelas entidades competentes. Simultaneamente tentar-se-á identificar as diretrizes a seguir, com vista à sua implementação.
- Plataforma local para a redução do risco de catástrofesPublication . Godinho, António; Amaro, AntónioA preocupação com a redução do risco de catástrofes, o aumento da sustentabilidade e da resiliência dos territórios é um desígnio global, com metas definidas em programas mundiais, como o Marco de Sendai, o Acordo de Paris, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ou a Nova Agenda Urbana. A campanha Making Cities Resilient 2030 (MCR2030) do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Catástrofes, é uma iniciativa que estimula os governos locais a reduzirem os riscos e a tornem-se mais resilientes e sustentáveis até ao ano 2030. Promove a partilha de conhecimentos e experiências entre cidades, o estabelecimento de redes de aprendizagem, de articulação entre os vários níveis de governo, e da construção de parcerias locais. Portugal é o país da região da Europa e Ásia Central com o maior número de cidades aderentes, representando um total de 4.538.255 de pessoas residentes nestes municípios portugueses. A adesão à campanha pressupõe a construção de plataformas locais para a redução do risco de catástrofes (PLRRC). Embora tenha sido publicado um caderno técnico pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil sobre este tema, verifica-se que os municípios não implementam estas estruturas de articulação entre os vários stakeholders. Este trabalho pretende efetuar uma reflexão sobre este tema, e propor a criação de um modelo de PLRRC, que possa ser usado e adaptado pelos municípios que queiram criar estas estruturas.
- Gestão e Comunicação dos riscos naturais e tecnológicos em LuandaPublication . Manuel, Edina; Oliveira, AnaA noção de risco tem sido uma constante ao longo da história da humanidade, testemunhando uma evolução contínua de conceitos e perceções. Inicialmente, os riscos eram primariamente naturais, atribuídos a forças sobrenaturais, mas com os avanços tecnológicos, especialmente a partir da era industrial, novos riscos associados às atividades humanas começaram a surgir, com ou sem componentes naturais. O presente trabalho teve como objetivo geral criar um plano de gestão de riscos para Luanda, Angola. Paralelamente, visou-se compreender o que é um risco e qual o processo de gestão de risco, bem como identificar os principais riscos que afetam a cidade de Luanda. A metodologia adotada baseou-se numa investigação exploratória e descritiva, utilizando o método de investigação hipotético-dedutivo. Como suportes da investigação, recorreu-se à análise documental, revisão bibliográfica e questionário à população sobre a sua perceção dos riscos. Os resultados deste estudo revelaram que a nova regulamentação desempenha um papel crucial na facilitação da gestão de riscos. Um plano de preparação para desastres pode adotar várias formas, desde uma estratégia abrangente de redução e preparação até um plano de contingência detalhado para lidar com ameaças específicas.
- Cidades Resilientes: Conhecimento e preparação das Comunidades na mitigação do RiscoPublication . Oliva, Raúl; Oliveira, AnaPortugal aderiu, gradualmente, ao Programa “Construindo Cidades Resilientes” (MCR2030), contando, em 2023, com 52 comunidades resilientes. Este trabalho visa avaliar como as cidades resilientes em Portugal implementam as suas políticas face ao risco e quais os resultados alcançados pelas mesmas. Através de pesquisa bibliográfica, questionários e criação de um modelo para calcular o Índice de Vulnerabilidade Social, foi possível avaliar os riscos e a resiliência de duas comunidades – Bairro Encosta da Luz (Odivelas) e freguesia Santiago (Sesimbra) –, bem como a perceção dos cidadãos sobre esses riscos. As duas comunidades apresentam uma vulnerabilidade social muito alta, consequência de uma população envelhecida, um ordenamento urbano a necessitar de legalização ou atualização, e uma fraca cultura de segurança. Em geral, essas comunidades têm uma perceção inadequada dos riscos de desastres, devido a uma deficitária preparação para emergências e ao distanciamento entre residentes e autoridades locais. A participação no MCR2030 é benéfica, contribuindo para melhorar a preparação municipal e a coesão comunitária. Contudo, há uma evidente falta de recursos e infraestruturas adequadas, além da necessidade de simplificar planos de emergência e envolver mais ativamente a comunidade. A ausência de ferramentas de gestão de risco, para avaliar o impacto da implementação de estratégias locais de redução de riscos e quantificar os resultados da preparação e resiliência das comunidades, compromete a eficácia dessas abordagens. Os resultados destacam a necessidade de abordagens específicas e adaptadas para fortalecer a resiliência comunitária e a preparação para os riscos, considerando as características e necessidades únicas de cada comunidade. Melhorar as condições das comunidades deve ser uma prioridade compartilhada entre autoridades públicas e residentes.
- Viabilidade de implementação do National Incident Management System (NMS) no Sistema de Proteção Civil PortuguêsPublication . Vieira, Juliana; Amaro, AntónioNum mundo em que, cada vez mais, as populações estão expostas a diversos riscos, decorrentes de fatores tanto naturais como antrópicos, torna-se imprescindível apostar em sistemas de proteção civil com capacidade de dar resposta a potenciais situações de emergência, crises e catástrofes delas resultantes. Em Portugal, apesar de ao longo do tempo ter-se evoluído no âmbito da organização e estrutura da proteção civil, não se obsta que se possam fazer ajustes no sentido de se melhorar e tornar cada vez mais eficaz a resposta a emergências. O sistema nacional de proteção civil encontra-se dividido em quatro componentes: direção política, coordenação política, coordenação operacional e comando operacional. Contudo, constata-se a ausência de um sistema referencial agregador e sistémico que, de modo mais integrado, sustente um sistema de gestão congregador de todas as entidades com responsabilidades atribuídas no domínio da proteção civil. Assim, pretende-se neste projeto, e por analogia com o Nacional Incident Management System (NIMS), adotado nos Estados Unidos da América, que se caracteriza essencialmente pela sua flexibilidade e padronização, desenvolver uma proposta para a realidade nacional, analisando comparativamente os seus pontos fortes e vantagens que daí se poderiam verificar.
- Políticas do Ordenamento do Território e Segurança PúblicaPublication . Machado, Hélder; Fernandes, JoséA questão da segurança urbana é um tema que todos os dias é abordado pelos órgãos de comunicação social (OCS), embora eles não foquem o termo urbana, mas diariamente é um assunto debatido e comentado. Contudo quando a questão é noticiada, é sempre num papel reativo, ou seja, quando as Forças de Segurança (FS) atuam de forma a repor a ordem pública. E de um modo quase imediato as autarquias onde decorreram os incidentes reivindicam mais segurança de forma a diminuir o sentimento de insegurança. Mas a questão da segurança urbana passa inicialmente por um patamar preventivo, que é conseguido através de um correto ordenamento do território, e quando o mesmo é executado deve-se ter em conta os princípios basilares do Crime Prevention Through Environmental Design (CPTED). Como iremos referir no nosso trabalho, o modo como uma cidade é edificada pode criar ou não mais ou menos oportunidades para o cometimento de incivilidades ou atos criminosos. De modo a demonstrar que a segurança urbana está implícita aquando da elaboração do Plano Diretor Municipal (PDM), iremos analisar um estudo elaborado pela Câmara Municipal de Leiria no âmbito do projeto URBACT.
- Riscos Psicossociais em Bombeiros Sapadores em equipas de busca e resgate em estruturas colapsadasPublication . Furtado, Luís; Vaz, BrunoA Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho define riscos psicossociais como “todos os aspetos relativos ao desempenho do trabalho, assim como à organização e gestão e aos seus contextos sociais e ambientais, que têm o potencial de causar danos de tipo físico, social ou psicológico”. Em Portugal, parte substancial das equipas de Salvamento e Resgate são compostas por corpos de bombeiros, devido à exposição a que se encontram adstritos durante esse período de extrema pressão, esses operacionais podem experienciar momentos de stress profissional ou desenvolver outras patologias. O presente estudo foi realizado com o intuito de demonstrar a crescente inovação dos mecanismos de ação em Busca e Resgate de vítimas em desastres naturais, e para, consequentemente, expor os riscos psicossociais a que estão sujeitos os operacionais de resgate, muitas vezes esquecidos durante o processo de resiliência. A questão essencial é identificar quais os principais riscos psicossociais inerentes ao stress ocupacional em bombeiros sapadores através da utilização de Focus Group em particular operacionais de busca e resgate em estruturas colapsadas assim como doenças profissionais e estratégias de Coping recomendadas. Para tratamento dos dados foi utilizado o modelo Job Demand Resources (JDR), o qual admite que qualquer tipo de exigências e de recursos do trabalho poderão ser pertinentes para o desenvolvimento dos processos de motivação e stress ocupacional. O resultado de todo este processo sugere que a implementação de medidas corretivas e preventivas na dimensão psicossocial contribuem para a redução do stress e aumento do bem-estar psicológico e a motivação para com a missão “Vida por Vida”.
- Análise do Uso de Máquinas de Rastos Aplicadas aos Incêndios FlorestaisPublication . Alves, Daniel; Raposo, JorgeO fogo é um evento natural na maioria dos ecossistemas florestais, há 400 milhões de anos que este fenómeno ocorre sem a intervenção humana. O fogo pode ter efeitos positivos ou negativos no meio ambiente. Entendendo isto percebemos a importância do uso do fogo para promover a saúde da floresta, proteger os recursos naturais e alcançar a sustentabilidade dos ecossistemas. Contudo os incêndios florestais, são fogos que não são planeados, são difíceis de prever e sem maneira de antecipar a sua gravidade. As máquinas de rastos podem e devem dar um importante apoio na mitigação deste problema. No presente trabalho são identificados os riscos de operação das MR nos incêndios rurais, fornecendo-se simultaneamente informação relativa à capacidade e limitações de operação das diferentes tipologias de máquinas pesadas. Na época de incêndios, estas máquinas de rastos são usadas na primeira intervenção e durante o resto do ano, trabalham na floresta, nas operações preventivas de silvicultura. Nas máquinas de rasto (MR) podem ser acopladas diversos tipos de alfaias conforme o tipo de incêndio para complementar o seu trabalho. Assim neste trabalho será analisado, movimentações e despachos das MR, as principais dificuldades no uso das máquinas de rasto nos teatros de operações e a sua manutenção. A utilização crescente das máquinas de rasto, permite realizar um combate direto ou indireto, abrindo aceiros ou caminhos que permitem a progressão das equipas terrestes ou helitransportadas, criação de descontinuidades do combustível expondo o solo mineral não combustível o que pode parar ou abrandar o incêndio numa zona, impedindo a sua continuação.
- Avaliação da Formação dos Cursos de Scie para Autores de Projetos e Medidas de Autoproteção de 3ª E 4ª Categoria de RiscosPublication . Mendes, Catarina; Oliveira, RuiResumo A presente dissertação teve como objetivo avaliar a formação dos cursos de Segurança Contra Incêndios em Edifícios para autores de projetos e medidas de autoproteção da 3.ª e 4.ª categoria de risco de modo a aferir a adequação da formação e quais as necessidades de melhoria. Para elaboração dessa avaliação, foi realizado um levantamento da listagem de autores de projetos e medidas de autoproteção, entidades formadoras, formadores e coordenadores de curso junto da ANPC, e posteriormente, remetido a cada um, um inquérito por questionário, permitindo assim avaliar qual o impacto da formação em cada um dos grupos inquiridos. A análise foi realizada através da estatística descritiva, com recurso às funções estatísticas do Microsoft Excel 2007 e ao programa SPSS. Através desses resultados foi possível proceder à validação das três hipóteses inicialmente definidas, validando que os cursos são adequados, possuem oportunidades de melhoria e é possível identificar as principais oportunidades de melhoria, na perspetiva das partes interessadas. A taxa de respostas ao inquérito por parte dos formandos foi a única considerada aceitável, correspondendo a um erro de amostra para um intervalo de confiança de 95% inferior a 10%, o mesmo não se verificou com os restantes grupos de inquiridos, o que limitou a representatividade. Contudo, foi possível aferir que no geral a ação de formação é considerada adequada pelos grupos inquiridos, embora apresente também necessidades de melhoria.