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ESESJC - Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica

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  • Saúde mental e espiritualidade organizacional: um estudo sobre os técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental
    Publication . Lisete Vieira da Paixão Nunes; Lourenço, Tânia
    Introdução: diante da crescente complexidade do mundo de trabalho e do aumento dos problemas de saúde mental, a espiritualidade organizacional emerge como uma abordagem promissora para promover um ambiente de trabalho mais saudável e humanizado. No entanto, verifica-se que existem poucos estudos explorando a interseção entre saúde mental e espiritualidade organizacional em profissionais de saúde. Objetivo: analisar a relação entre a espiritualidade organizacional e a saúde mental dos técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental. Materiais e métodos: estudo multicêntrico transversal, descritivo-correlacional. Foi utilizada uma amostra não probabilística por conveniência de técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental. A colheita de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2024 com recurso a questionário on-line, contendo: dados sociodemográficos; Inventário de Saúde Mental (α=0,964) e o Questionário de Avaliação da Espiritualidade Organizacional (α=0,946). Os dados foram tratados com recurso ao Software SPSS versão 29, através da estatística descritiva e inferencial. O estudo obteve o parecer favorável da Comissão de Ética. Resultados: a amostra do estudo foi composta por 112 participantes, com uma idade média de 38,15 anos. Dos participantes, 75% eram do género feminino, 42,9% eram enfermeiros, e 61,1% trabalha na Instituição há mais de cinco anos. Os participantes apresentaram um score médio de 4,63 na subescala de Distress psicológico (Ansiedade, Depressão, Perda de controlo emocional/ comportamental), e de 4,21 na subescala de Bem Estar Psicológico (Afeto positivo e Laços Emocionais). Na escala da Espiritualidade Organizacional a média global foi de 24,38+3,84, sendo a dimensão “Sentido de préstimo à Comunidade” que obteve valores mais elevados. Existe uma correlação positiva moderada, entre a Espiritualidade Organizacional e a Saúde Mental dos participantes (rho=0,393; p=0,01). Conclusões: os resultados sugerem que maiores níveis de espiritualidade organizacional estão associados a melhores indicadores de saúde mental. Nesse contexto, a intervenção do enfermeiro especialista em saúde mental é crucial, pois ele pode implementar práticas que integrem a espiritualidade organizacional no trabalho. Embora os resultados sejam promissores, sugere-se pesquisas futuras com amostras maiores e em diferentes contextos.
  • Estimulação cognitiva digital: Implementação de um projeto em estrutura residencial para pessoas idosas.
    Publication . Ana Isabel Ferreira Silva de Freitas Lopes; Lourenço, Tânia Marlene Gonçalves Lourenço; Abreu Figueiredo, Rita Maria Sousa
    Introdução: As demências são reconhecidas como uma das principais perturbações neurocognitivas, sendo responsáveis por grande parte da perda de autonomia e pela necessidade de cuidados residenciais e institucionais entre idosos. Esta realidade reforça a importância da implementação de estratégias de intervenção inovadoras, utilizando novas tecnologias para manter ou melhorar o funcionamento cognitivo e promover o bem-estar de pessoas com demência. Este estudo teve como objetivo implementar um programa de estimulação cognitiva digital para idosos com demência e avaliar o seu impacto na cognição e autonomia dos residentes de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). Materiais e Métodos: A metodologia seguiu as diretrizes de Filho, Ferreira-Borges e Frasquilho (2008), com o projeto desenvolvido em várias etapas. Os critérios de inclusão para os participantes foram: idade superior a 65 anos, residência numa ERPI, interesse em participar, diagnóstico médico de demência nas fases iniciais, e capacidade de leitura e escrita. A avaliação inicial dos participantes foi realizada utilizando o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para a função cognitiva e o Índice de Barthel para a autonomia nas atividades de vida diária. Entre março e abril de 2024, foi implementado o programa de estimulação cognitiva digital siosLIFE, conduzido por um Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica (EESMP). Este programa incluiu intervenções personalizadas e estruturadas, visando estimular áreas cognitivas como orientação, concentração, atenção, memória e pensamento abstrato, através de técnicas como orientação para a realidade, terapia de reminiscência, estimulação social, exercícios físicos, autocuidado, entre outros. Após a implementação, os instrumentos de avaliação foram reaplicados, juntamente com um questionário de satisfação para os participantes e stakeholders. Todos os princípios éticos relevantes foram respeitados. Resultados: O programa foi aplicado durante seis semanas, com vinte sessões estruturadas e personalizadas realizadas para dez idosas, com uma idade média de 82,80 anos (DP = 7,81). Houve uma melhoria significativa na função cognitiva de todos os participantes, com um aumento médio de 10,10 pontos no MoCA. Observou-se também uma melhoria na autonomia dos idosos, com um aumento médio de 3,5 pontos no Índice de Barthel. Todos os participantes consideraram a experiência "muito satisfatória", destacando a importância de "ocupar a mente" e "estimulá-la". Os stakeholders identificaram como principais pontos fortes do projeto "a inovação", "a socialização dos idosos", "a melhoria cognitiva" e "a acessibilidade às plataformas digitais". Conclusão: O programa de estimulação cognitiva digital demonstrou eficácia na melhoria das funções cognitivas e da autonomia dos idosos com demência em ERPIs. Os aumentos nos scores do MoCA e no Índice de Barthel, juntamente com a elevada satisfação dos participantes, enfatizam a relevância do uso de tecnologias digitais como ferramenta de intervenção cognitiva para idosos institucionalizados.