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ESESJC - Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica

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  • Construção de um programa psicoterapêutico de enfermagem promotor do coping na pessoa adulta com doença oncológica: Caedo - coping cancer
    Publication . Ana Raquel Soares Pereira; Lourenço, Tânia
    Introdução: O distress nas pessoas com doença oncológica impacta negativamente a sua qualidade de vida e bem-estar. Há uma lacuna na existência de programas psicoterapêuticos de enfermagem que promovam de forma eficaz, o coping em adultos com doença oncológica. Objetivo: Construir um programa psicoterapêutico de enfermagem promotor do coping na pessoa adulta com doença oncológica. Materiais e métodos: Estudo estruturado em quatro etapas. Na Etapa I, foi realizada uma scoping review de acordo com a metodologia Joanna Briggs Institute que mapeou a evidência assente na intervenção do enfermeiro na promoção do coping na população em estudo. As Etapas II e III envolveram estudos exploratórios qualitativos independentes com um grupo focal de utentes (n=8) e três grupos focais de enfermeiros peritos (n=16) para aferir os elementos-chave a integrar no programa, sendo os dados tratados com o MaxQDA24. Na Etapa IV foi realizada a modelagem efetiva do programa triangulando os resultados das etapas anteriores. O estudo obteve o parecer favorável de uma comissão de ética (Parecer nº002/23). Resultados: Na Etapa I, dos 1547 registos obtidos foram extraídos 18 para análise, destacando-se as intervenções cognitivo-comportamentais com programas compostos por 6 a 12 sessões de 45 a 90 minutos. Na etapa II foi destacada a importância de iniciar o programa desde o diagnóstico, com sessões de 45 a 60 minutos, que abordassem as necessidades físicas, emocionais e sociais identificadas. Na etapa III, os peritos sugeriram um programa de intervenção mista com 8 a 10 sessões, centrado principalmente na relação de ajuda incorporando técnicas psicoterapêuticas adicionais. Na etapa IV foi elaborada a versão preliminar do programa psicoterapêutico de enfermagem proposto, composto por 10 sessões (5 individuais e 5 de grupo) ao longo de seis meses, cujas intervenções visam dar resposta aos diagnósticos de enfermagem: disponibilidade para coping efetivo, ansiedade, medo e falta de conhecimento sobre a doença. Conclusão: O programa psicoterapêutico desenvolvido apresenta uma abordagem estruturada para promover o coping em adultos com doença oncológica, integrando intervenções individuais e em grupo com base em evidências e necessidades identificadas.
  • Práticas coercivas em pessoas internadas numa unidade de psiquiatria de agudos: Um estudo retrospetivo
    Publication . Cristina Isabel Brito Marques Gonçalves; Lourenço, Tânia
    Introdução: As medidas coercivas são uma preocupação a nível mundial, a definição de coerção é complexa pelo fato de várias intervenções estarem associadas à mesma. Pode-se referenciar como aplicação de força ou ameaça de forma a persuadir a pessoa para fazer algo, e na a aplicação de medidas que recorrem ao uso da força, exclusão e restrição, das quais se destaca a contensão mecânica e isolamento ambiental. Objetivo Geral: Identificar a prática de medidas coercivas, especificamente a contenção mecânica e o isolamento ambiental, numa unidade de psiquiatria de agudos para adultos. Metodologia: Estudo retrospetivo realizado numa unidade de psiquiatria de agudos masculina em Portugal. Os dados colhidos correspondem ao período de 1 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2023, tendo sido obtidos a partir dos registos dos utentes que foram submetidos a intervenções de contenção mecânica e/ou isolamento ambiental durante esse período. Os dados analisados incluíram idade, diagnóstico psiquiátrico, estado civil, escolaridade, nacionalidade, condição de admissão no internamento, tipo de medida coerciva (contenção mecânica, isolamento), número e duração dos episódios coercivos, motivos da coerção, hora do evento, registos dos diferentes profissionais de saúde. Este estudo obteve o parecer favorável da Comissão de Ética da Instituição onde foi realizado o estudo. Resultados: Durante este período, registaram-se 563 internamentos na unidade do estudo, sendo que 171 indivíduos (30,37%) foram submetidos a 407 contenções mecânicas e/ou isolamentos. Destas medidas, 140 correspondem à contenção mecânica (34,4%), e 269 correspondem ao isolamento (66,2%). Cerca de 46,78% dos utentes submetidos a alguma das medidas tinha idade compreendida entre 18 e 39 anos, e 34,49% tinha como diagnóstico médico transtorno mental e comportamental devido ao uso de substâncias psicoativas/ álcool. Durante esse período, os pacientes foram submetidos à contenção mecânica por uma média de 4,63 (+3,05) turnos e ao isolamento por uma média de 9,00 (+14,12) turnos. Os principais motivos para a aplicação dessas medidas foram o comportamento desorganizado (26,78%) e o risco de fuga (14,99%). Em nenhuma das 407 medidas foi registado o uso de briefing. Conclusão: O estudo evidenciou a utilização da contenção mecânica e do isolamento, sendo mais predominante em jovens adultos com transtornos relacionados ao uso de substâncias. A duração das medidas e ausência de briefing registado sugere a necessidade de aprimorar protocolos de intervenção. Esses resultados podem contribuir para melhorar a qualidade dos cuidados de enfermagem prestados a utentes nos serviços de psiquiatria de agudos.
  • Desenvolvimento de Competências Especializadas em Saúde Mental e Psiquiátrica: Intervenções psicoterapêuticas na abordagem à pessoa em processo de transição saúde-doença oncológica
    Publication . Fátima Sofia Freitas Caldeira; Gonçalves, Maria Luísa
    O presente relatório de estágio surge no âmbito do Curso de Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, da Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny, na Unidade Curricular de Estágio com Relatório, cuja apresentação e discussão pública visam a obtenção do grau de Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica. A elaboração deste trabalho visa demonstrar, através de uma análise crítica e reflexiva, a evolução e aquisição de competências comuns ao Enfermeiro Especialista, bem como das competências específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica e das inerentes ao grau de Mestre. Pretende-se, também, evidenciar o aperfeiçoamento do pensamento crítico na abordagem integral da pessoa, dos grupos e da família no contexto da saúde mental, ao longo dos diversos ensinos clínicos realizados. Por fim, este trabalho pretende fundamentar a argumentação necessária para a obtenção do grau de Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica. Com vista a concretização dos objetivos delineados, foram desenvolvidos Ensinos Clínicos em diversos contextos, nomeadamente, Ensino Clínico I desenvolvido em cuidados de saúde primários, em dois Centros de Saúde do SESARAM , Ensino Clínico II- Contexto de Internamento Psiquiátrico numa Unidade de Internamento de Psiquiatria de adultos numa Instituição Privada da RAM e Ensino Clínico III-Contexto de Respostas diferenciadas Hospital de Dia Médico de Oncologia de um Hospital Distrital de Portugal Continental e Unidade de Cuidados Paliativos do SESARAM. O presente relatório explora o meu gosto pela área de saúde mental e área de oncologia com a qual trabalho diariamente e, portanto, o relatório relata o desenvolvimento de competências avançadas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria, dando ênfase às intervenções psicoterapêuticas voltadas para a assistência à pessoa em transição pelo processo de saúde-doença oncológica, daí também a escolha pelos campos de estágios com abordagem à pessoa em situação de doença oncológica. Este percurso permitiu concluir que as intervenções psicoterapêuticas aplicadas na área oncológica contribuíram para melhorar a adaptação emocional dos utentes, ajudando os a lidar com o diagnóstico e com os desafios do tratamento. Verificou-se que o papel do ESMPP é indispensável no apoio as pessoas com estas vivências, promovendo o seu bem estar psicológico. A metodologia utilizada para a realização deste relatório é a descritiva, analítica e crítico-reflexiva, recorrendo à evidência científica mais atual e as vivências obtidas em contextos de estágios ao longo do curso.
  • Competências especializadas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica: o relaxamento como intervenção psicoterapêutica na pessoa adulta com comportamento de abuso de substâncias psicoativas
    Publication . Paula Cristina Baptista Teixeira; Gonçalves, Maria Luísa
    O presente relatório surge no âmbito do 1º Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, da Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny, na unidade curricular Estágio com Relatório, do ano letivo 2023/2024, visando a sua apresentação e discussão pública para obtenção do grau académico de Mestre em Enfermagem, de Saúde Mental e Psiquiátrica. Intitulado: “Competências Especializadas em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica: o relaxamento como intervenção psicoterapêutica na pessoa adulta com comportamento de abuso de substâncias psicoativas”, este relatório tem como objetivos: evidenciar aquisição e desenvolvimento das competências comuns e de Especialista em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica; evidenciar o desenvolvimento de competências de análise e raciocínio crítico-reflexivo; e demonstrar a aquisição e desenvolvimento das competências de Mestre. Todo o percurso efetuado permitiu-me a aquisição e desenvolvimento de competências comuns e especificas do EESMP. O desenvolvimento e aperfeiçoamento das mais diversas intervenções especializadas, das quais realço as intervenções psicoterapêuticas, nos diferentes contextos. A intervenção direcionada à pessoa com comportamento de consumo e abuso de substâncias psicoativas, sua família, grupo/comunidade, assim como à equipa pluridisciplinar que assegura estes cuidados de forma integrada, congruente com o preconizado pela evidência científica, foi uma realidade. Os ensinos clínicos desenrolaram-se em diferentes contextos clínicos: O ensino clínico I- aconteceu em um Centro de Saúde do Serviço Regional de Saúde. O ensino clínico II- decorreu em uma unidade de tratamento de adultos com doença mental em fase aguda, numa instituição privada da Região. E o ensino clínico III- foi desenvolvido em uma unidade de tratamento diferenciado, direcionado para a intervenção à pessoa com comportamento de dependência de substâncias psicoativas e sua família. Para a consecução deste trabalho, recorri à metodologia descritiva, analítica e reflexiva fundamentando a minha prática na evidência científica e referenciais da profissão.
  • Literacia em saúde mental e consumo de substâncias em estudantes de enfermagem. Um estudo Descritivo-Correlacional
    Publication . Joana Roberta Olim Vieira; Lourenço, Tânia
    Introdução: A crescente preocupação com o consumo de substâncias entre jovens adultos, especialmente entre os estudantes da área da saúde, destaca a necessidade de investigar este fenómeno no contexto do ensino superior. Neste contexto, a literacia em saúde mental surge como uma ferramenta basilar na promoção do conhecimento, prevenção e tratamento de problemas relacionados com a saúde mental. Objetivo Geral: Analisar a relação entre o nível de literacia em saúde mental e o consumo de substâncias em estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem. Metodologia: Estudo transversal, descrito-correlacional, com uma amostra não probabilística por conveniência de 127 estudantes do Curso de Licenciatura em Enfermagem de uma Instituição de Ensino Superior Português. A colheita de dados ocorreu entre abril e maio de 2024, através de um questionário online: dados sociodemográficos; Questionário de Conhecimento de Saúde (QCSM) e a Escala The Alcohol, Smoking and Substance Involvement Screening Test (ASSIST). O tratamento e análise de dados foi realizado através do Software SPSS® versão 29, utilizando estatística descritiva e inferencial. O estudo obteve o parecer favorável de uma comissão de ética. Resultados: Obteve-se uma amostra com idades entre os 18 e 42 anos, predominantemente feminina (77,20%), e cerca de 22,8% dos estudantes já recebeu um diagnóstico de saúde mental. A média obtida no QCSM foi de 47,40 (+3,78), revelando níveis mais elevados consoante avança no ano de curso (≤0,001) e nos estudantes que já frequentaram as unidades curriculares teóricas de prática de saúde mental (≤0,001). A ASSIST, atesta que as substâncias mais consumidas nos últimos três meses foram o álcool (84,30%), tabaco (42,50%), ansiolíticos/sedativos (22,00%), e cannabis (21,30%). As correlações positivas mais fortes, foram entre o álcool e tabaco (r = 0,713; p ≤ 0,001), álcool e a cannabis (r = 0,681; p ≤ 0,001) e tabaco e cannabis (r = 0,605; p ≤ 0,05). Os resultados indicaram que não há uma relação significativa entre a literacia em saúde mental e o uso de álcool, tabaco, cannabis e ansiolíticos/sedativos entre os estudantes de enfermagem, com correlações que variaram de r = -0,094 a 0,05. Conclusão: A literacia em saúde mental não surge associada aos padrões de uso de substâncias entre os participantes deste estudo. Estes resultados destacam a necessidade de investigações adicionais para validar os resultados e explorar outros fatores que possam influenciar o consumo de substâncias entre os estudantes de enfermagem.
  • A História dos Cuidados de Enfermagem de Saúde Mental à Pessoa Toxicodependente na Região Autónoma da Madeira no período de 1975 a 1995
    Publication . Susana Cristina Vilhena de Mendonça Andrade; Casaleiro, Tiago
    Enquadramento: No fenómeno das drogas, a revolução portuguesa de 25 de abril de 1974, foi um momento crucial na história de Portugal, provocando uma mudança significativa na forma como a dependência de drogas era tratada, tendo um grande impacto nos cuidados de enfermagem ao doente toxicodependente em Portugal. Verificou-se uma evolução de um modelo jurídico para um modelo médico, sendo que o consumo de substâncias passou a ser considerado uma doença, abandonando a ideia de crime ou ato ilícito. No período entre 1975- 1995, verificou se uma nova era de reflexão política face ao fenómeno das drogas, a partir de 1983 a pessoa dependente de substâncias foi considerada como um cidadão doente com problemas de saúde pública, tornando deste modo necessário motivá-lo para tratamento. Objetivos: Descrever a evolução histórica dos cuidados de Enfermagem de Saúde Mental na Região Autónoma da Madeira (RAM) à pessoa com dependência de substâncias, no período de 1975-1995; identificar os marcos teóricos e práticos que fundamentaram o cuidado à pessoa à com dependência de substâncias, bem como as diferentes abordagens e modelos de tratamento utilizados neste período. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa, descritiva e analítica, com metodologia histórica, com recurso a pesquisa documental efetuada através de consulta de fontes primárias e fontes secundárias existentes em arquivos. Resultados: Foram identificados 23 termos, relacionados com o objeto em estudo e foram criadas as categorias: instituições de saúde, recursos humanos, toxicodependência, instituições de psiquiatria, saúde, e, saúde na RAM. Relativamente aos resultados obtidos foram encontrados apenas na serie I do Jornal Oficial da Região Autónoma da Madeira (JORAM), 15 resultados com interesse para o tema em estudo. Conclusões: Constatou-se que no período de 1975-1995, o presente estudo possibilitou conhecer a evolução histórica e a intervenção dos enfermeiros e a sua importância, contribuição no cuidado à pessoa com dependência de substâncias; no entanto, verificou-se pouca visibilidade dos cuidados prestados em documentos legislativos. No que concerne aos marcos teóricos e práticos que fundamentaram o cuidado à pessoa, constou-se uma crescente preocupação política face à problemática do fenómeno da toxicodependência que se traduziu através de legislação especifica e debates políticos acerca da temática.
  • Intervenção psicoeducacional na adesão terapêutica da pessoa com sintomatologia depressiva: Desenvolvimento de competências especializadas em enfermagem de saúde mental e psiquiátrica
    Publication . Ezequiel Armando Oliveira Domingos; Gonçalves, Maria Luísa
    As perturbações depressivas e de ansiedade constituíram, em 2019, uma das principais causas de encargos globais em saúde, sendo a não adesão à terapêutica farmacológica um dos maiores obstáculos no tratamento das perturbações depressivas. Neste contexto, a psicoeducação consolidou-se como uma abordagem psicoterapêutica orientada para a promoção da literacia em saúde e otimização da adesão terapêutica. O presente relatório, desenvolvido no âmbito do Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica, teve como objetivo apresentar o percurso formativo realizado e evidenciar o desenvolvimento de competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiatria; bem como ilustrar a aquisição de competências de mestre, através da análise crítica e reflexiva da prática profissional. Os diferentes Ensinos Clínicos proporcionaram experiências que permitiram a aquisição e o desenvolvimento de competências fundamentais. Embora todas as competências previstas tenham sido trabalhadas, a promoção da adesão terapêutica, o reforço do autocuidado e a gestão dos efeitos adversos dos tratamentos foram objeto de maior desenvolvimento, por se articularem diretamente com o projeto de autoformação e por conseguinte com título deste relatório. A realização do mesmo, no âmbito do Módulo III, assinalou o culminar deste percurso académico cuja elaboração, recorreu a uma metodologia descritiva, analítica e reflexiva, sustentada na evidência científica e nos referenciais normativos da profissão, nomeadamente o Regulamento nº 515/2018 da Ordem dos Enfermeiros e o referencial teórico de Hildegard Peplau. As intervenções realizadas promoveram o autoconhecimento, o desenvolvimento do juízo critico, a capacidade de tomada de decisão e otimizaram as competências técnicas e científicas, possibilitando a consolidação de uma prática baseada na evidência. Essas intervenções evidenciaram a aplicação dos conhecimentos adquiridos no contexto académico na prática clínica, contribuindo para a melhoria contínua dos cuidados de enfermagem em saúde mental.
  • Desenvolvimento de competências especializadas na prestação de cuidados psicoterapêuticos à pessoa com perturbação mental: O Relaxamento no Controlo da Ansiedade
    Publication . Catarina Maria Pereira da Conceição; Gonçalves, Luísa
    O presente relatório de estágio surge no âmbito do 1º Mestrado em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica da Escola Superior de Enfermagem São José de Cluny em consórcio com a Escola Superior de Enfermagem S. Francisco das Misericórdias e com a Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa do Alto Tâmega, tendo como finalidade a apresentação e discussão pública a fim de obter o título de especialista e grau de Mestre em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica. Assim, este relatório intitulado “Desenvolvimento de Competências Especializadas na Prestação de Cuidados Psicoterapêuticos à Pessoa com Doença Mental: O Relaxamento no Controlo da Ansiedade” pretende demonstrar o percurso realizado na aquisição de competências comuns do enfermeiro especialista, competências específicas do enfermeiro de saúde mental e psiquiátrica e também no desenvolvimento das competências de análise e raciocínio crítico reflexivo inerentes ao desenvolvimento das competências de Mestre, conforme o Decreto Lei nº 65/2018. Os meus objetivos específicos na concretização deste relatório são promover a prática do relaxamento como estratégia de controlo da ansiedade; desenvolver competências especializadas na prestação de cuidados psicoterapêuticos nas áreas do relaxamento; implementar o relaxamento como estratégia psicoterapêutica no controlo da ansiedade em jovens adultos; compreender o papel do relaxamento como estratégia de controlo da ansiedade e demonstrar o efeito benéfico do relaxamento em pessoas com problemas de ansiedade. A concretização dos objetivos propostos foi possível graças à realização dos Ensinos Clínicos em diversos campos de estágio que proporcionaram uma aprendizagem rica e intensa, fundamental na consolidação de conhecimentos e habilidades. O Ensino Clínico I - Contexto de Comunidade foi realizado num Centro de Saúde da Região Autónoma da Madeira; o Ensino Clínico II – Contexto de Internamento de Psiquiatria (que compreende o Módulo I da Unidade Curricular “Estágio com Relatório) que decorreu numa Unidade de Internamento de Agudos de adultos de uma Casa de Saúde da Região Autónoma da Madeira e o Ensino Clínico III – Contexto de Respostas Diferenciadas (referente ao Módulo II da Unidade Curricular “Estágio com Relatório”) que aconteceu num serviço de internamento diferenciado para adultos com problemas de adição. Ao longo destes ensinos clínicos, fui acumulando experiências e saberes na prestação de cuidados a pessoas com problemas de saúde mental, às suas famílias e comunidades e também tive a oportunidade de trabalhar na promoção e otimização da saúde mental em indivíduos saudáveis. Esta caminhada foi sendo realizada sob um prisma holístico na prestação de cuidados de enfermagem especializados de qualidade e, ao mesmo tempo, procurando consolidar conhecimentos e habilidades fundamentados na bibliografia atual, sustentando uma prática baseada na evidência. O Módulo III da Unidade Curricular “Estágio com Relatório”, referiu-se a toda a preparação, estudo e produção escrita do presente relatório, onde trabalhei as competências de análise e raciocínio crítico-reflexivo inerentes às competências de Mestre, culminando na sua apresentação e discussão públicas. Na escolha do tema deste relatório optei pela utilização do relaxamento como técnica de intervenção na ansiedade pelo seu potencial terapêutico no controlo dos seus sinais e sintomas através da estimulação de sensações físicas e psicológicas de bem-estar, tranquilidade e paz contribuindo assim para uma melhor saúde mental global. Destaco como fruto desta aprendizagem: o desenvolvimento de competências específicas na implementação de intervenções psicoterapêuticas na área do relaxamento; na aquisição de competências de promoção da saúde mental e prevenção da doença mental em vários contextos (à pessoa, ao grupo, à comunidade e à família) e também no aprimoramento de competências de desenvolvimento pessoal e autoconhecimento por toda a componente humana, sensível e atenta que a postura de um enfermeiro especialista nesta área exige. Recorri à metodologia descritiva, analítica e crítico-reflexiva alicerçada na evidência científica e nas experiências vividas ao longo do percurso realizado.
  • Saúde mental e espiritualidade organizacional: um estudo sobre os técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental
    Publication . Lisete Vieira da Paixão Nunes; Lourenço, Tânia
    Introdução: diante da crescente complexidade do mundo de trabalho e do aumento dos problemas de saúde mental, a espiritualidade organizacional emerge como uma abordagem promissora para promover um ambiente de trabalho mais saudável e humanizado. No entanto, verifica-se que existem poucos estudos explorando a interseção entre saúde mental e espiritualidade organizacional em profissionais de saúde. Objetivo: analisar a relação entre a espiritualidade organizacional e a saúde mental dos técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental. Materiais e métodos: estudo multicêntrico transversal, descritivo-correlacional. Foi utilizada uma amostra não probabilística por conveniência de técnicos superiores de um instituto do setor social na área da saúde mental. A colheita de dados ocorreu entre fevereiro e abril de 2024 com recurso a questionário on-line, contendo: dados sociodemográficos; Inventário de Saúde Mental (α=0,964) e o Questionário de Avaliação da Espiritualidade Organizacional (α=0,946). Os dados foram tratados com recurso ao Software SPSS versão 29, através da estatística descritiva e inferencial. O estudo obteve o parecer favorável da Comissão de Ética. Resultados: a amostra do estudo foi composta por 112 participantes, com uma idade média de 38,15 anos. Dos participantes, 75% eram do género feminino, 42,9% eram enfermeiros, e 61,1% trabalha na Instituição há mais de cinco anos. Os participantes apresentaram um score médio de 4,63 na subescala de Distress psicológico (Ansiedade, Depressão, Perda de controlo emocional/ comportamental), e de 4,21 na subescala de Bem Estar Psicológico (Afeto positivo e Laços Emocionais). Na escala da Espiritualidade Organizacional a média global foi de 24,38+3,84, sendo a dimensão “Sentido de préstimo à Comunidade” que obteve valores mais elevados. Existe uma correlação positiva moderada, entre a Espiritualidade Organizacional e a Saúde Mental dos participantes (rho=0,393; p=0,01). Conclusões: os resultados sugerem que maiores níveis de espiritualidade organizacional estão associados a melhores indicadores de saúde mental. Nesse contexto, a intervenção do enfermeiro especialista em saúde mental é crucial, pois ele pode implementar práticas que integrem a espiritualidade organizacional no trabalho. Embora os resultados sejam promissores, sugere-se pesquisas futuras com amostras maiores e em diferentes contextos.
  • Estimulação cognitiva digital: Implementação de um projeto em estrutura residencial para pessoas idosas.
    Publication . Ana Isabel Ferreira Silva de Freitas Lopes; Lourenço, Tânia Marlene Gonçalves Lourenço; Abreu Figueiredo, Rita Maria Sousa
    Introdução: As demências são reconhecidas como uma das principais perturbações neurocognitivas, sendo responsáveis por grande parte da perda de autonomia e pela necessidade de cuidados residenciais e institucionais entre idosos. Esta realidade reforça a importância da implementação de estratégias de intervenção inovadoras, utilizando novas tecnologias para manter ou melhorar o funcionamento cognitivo e promover o bem-estar de pessoas com demência. Este estudo teve como objetivo implementar um programa de estimulação cognitiva digital para idosos com demência e avaliar o seu impacto na cognição e autonomia dos residentes de uma Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI). Materiais e Métodos: A metodologia seguiu as diretrizes de Filho, Ferreira-Borges e Frasquilho (2008), com o projeto desenvolvido em várias etapas. Os critérios de inclusão para os participantes foram: idade superior a 65 anos, residência numa ERPI, interesse em participar, diagnóstico médico de demência nas fases iniciais, e capacidade de leitura e escrita. A avaliação inicial dos participantes foi realizada utilizando o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) para a função cognitiva e o Índice de Barthel para a autonomia nas atividades de vida diária. Entre março e abril de 2024, foi implementado o programa de estimulação cognitiva digital siosLIFE, conduzido por um Enfermeiro Especialista em Saúde Mental e Psiquiátrica (EESMP). Este programa incluiu intervenções personalizadas e estruturadas, visando estimular áreas cognitivas como orientação, concentração, atenção, memória e pensamento abstrato, através de técnicas como orientação para a realidade, terapia de reminiscência, estimulação social, exercícios físicos, autocuidado, entre outros. Após a implementação, os instrumentos de avaliação foram reaplicados, juntamente com um questionário de satisfação para os participantes e stakeholders. Todos os princípios éticos relevantes foram respeitados. Resultados: O programa foi aplicado durante seis semanas, com vinte sessões estruturadas e personalizadas realizadas para dez idosas, com uma idade média de 82,80 anos (DP = 7,81). Houve uma melhoria significativa na função cognitiva de todos os participantes, com um aumento médio de 10,10 pontos no MoCA. Observou-se também uma melhoria na autonomia dos idosos, com um aumento médio de 3,5 pontos no Índice de Barthel. Todos os participantes consideraram a experiência "muito satisfatória", destacando a importância de "ocupar a mente" e "estimulá-la". Os stakeholders identificaram como principais pontos fortes do projeto "a inovação", "a socialização dos idosos", "a melhoria cognitiva" e "a acessibilidade às plataformas digitais". Conclusão: O programa de estimulação cognitiva digital demonstrou eficácia na melhoria das funções cognitivas e da autonomia dos idosos com demência em ERPIs. Os aumentos nos scores do MoCA e no Índice de Barthel, juntamente com a elevada satisfação dos participantes, enfatizam a relevância do uso de tecnologias digitais como ferramenta de intervenção cognitiva para idosos institucionalizados.