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ESSA - TF - Dissertações (orientações em curso e trabalhos concluídos)

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  • Contributo para a validação do índice pediátrico de desvantagem da fala em crianças de 6 e 7 anos com perturbação dos sons da fala
    Publication . Esteves, Ana Teresa; Guimarães, Isabel
    Objetivos: Contribuir para a validação da versão pediátrica portuguesa do Speech Handicap Index (SHI) em crianças dos seis e sete anos. Métodos: Para a adaptação do instrumento utilizou-se a técnica de Delphi e pré-teste. Na segunda etapa, estudo transversal, no qual 90 pais de crianças de seis e sete anos preencheram o questionário SHI pediátrico (pSHI), as crianças foram avaliadas por terapeutas da fala (TF) e, consoante os resultados, distribuídas em dois grupos (com e sem perturbação dos sons da fala, PSF). Após aproximadamente sete a 14 dias, 30% dos pais das crianças com PSF preencheram o questionário novamente. Foram estudadas as propriedades clinimétricas do pSHI, especificamente: (i) fidedignidade (consistência interna e teste-reteste); (ii) validade de conteúdo, validade convergente e validade discriminante. Resultados: A análise de conteúdo do pSHI, por três peritos, obteve na primeira ronda uma concordância superior a 75% em 16 das 29 questões e uma concordância de 100% na segunda ronda. Desta análise resultou a reformulação e redução do questionário inicial, de 29 para 24 itens (12 relacionados com a fala e 12 com fatores psicossociais). No estudo transversal com 90 crianças, (51.1% do sexo masculino) o questionário foi preenchido por mães (87.8%), com idade média de 40 anos, casadas (65.6%) e com curso superior (50%). Através do alfa de Cronbach, revelou uma excelente consistência interna do instrumento (>0.80), o teste-reteste demonstrou uma excelente reprodutibilidade (ICC>0.90). Na validade de conteúdo, verificou-se uma correlação significativa positiva forte (Spearman rho>0.70) entre o pSHI total e as duas subescalas. Quanto à validade convergente verificou-se uma correlação significativa moderada a forte com os instrumentos de avaliação do TF e a opinião das mães. Na validade discriminante, obtiveram-se diferenças estatisticamente significativas nos valores do pSHI (p<0.05), entre crianças sem e com PSF, com valores superiores nas crianças com PSF. Conclusão: O pSHI demonstrou ser um instrumento fidedigno e válido para ser utilizado como rastreio em crianças dos seis e sete anos de idade, constituindo uma mais-valia na identificação das dificuldades e impacto da PSF no quotidiano das crianças (na visão dos pais).
  • Perceção do risco de disfagia e impacto na qualidade de vida por adultos moçambicanos pós-acidente vascular cerebral
    Publication . Mavie, Aniceto; Guimarães, Isabel
    Introdução: Considerando a alta incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a escassez de estudos sobre disfagia e qualidade de vida nesta população em Moçambique. Objetivo: O objetivo primário foi determinar o risco de disfagia e seu impacto na qualidade de vida percecionado por adultos com lesão cerebral decorrente de AVC atendidos no Hospital Provincial da Matola em Moçambique. Os objetivos secundários foram: (i) Determinar as diferenças de acordo com a condição (pós-AVC e controlos); (ii) Relacionar o impacto mais negativo da disfagia na qualidade de vida em pessoas pós-AVC com os resultados da avaliação clínica oromotora. Métodos: Estudo com duas etapas: (i) Estudo metodológico de adaptação linguístico-cultural das versões portuguesas do Índice de Desvantagem da Deglutição (DHI) e do Eating Assessment Tool 10 (EAT-10) para a língua changana; (ii) Estudo caso-controlo com recurso à avaliação através do EAT-10, DHI, Escala Funcional de Ingestão por via Oral (FOIS) e Frenchay Dysarthria Assessment – versão 2 (FDA). Para comparação entre e dentro dos grupos, foram utilizados os testes não paramétricos Mann-Whitney U e Kruskal-Wallis e a relação entre variáveis foi avaliada com a correlação de Spearman. Resultados: Participaram no estudo 94pessoas, 45 pessoas pós-AVC e 49 sem AVC (grupo de controlo). Os sintomas referidos pelas pessoas pós-AVC foram a sialorreia (55.6%), tosse ou engasgo (37.8%), dor ou dificuldade ao engolir (4.4%), regurgitação (2.2%) e dificuldades de mastigação (22.2%). Os pacientes pós-AVC não percecionaram risco significativo de disfagia (P-EAT-10<3), mas relataram impacto negativo físico e funcional na qualidade de vida. A diferença entre os grupos foi significativa. Verificou-se correlação forte (>0.70) a fraca (<0.50) entre os itens físico e funcional do DHI com impacto mais negativo e a função oromotora (FDA-2). Conclusão: As pessoas pós-AVC não percecionaram risco de disfagia, mas demonstram impacto negativo significativo na qualidade de vida nos domínios físico e funcional. Existiu relação forte entre o impacto da disfagia na qualidade de vida e a função oromotora.
  • Teste de articulação verbal (TAV): aplicabilidade ao português moçambicano
    Publication . Germano, Rodrigues; Guimarães, Isabel
    Objetivos: Esta pesquisa pretendeu analisar a aplicabilidade do Teste de Articulação Verbal (TAV), versão portuguesa, para português moçambicano e determinar o inventário consonântico de crianças moçambicanas dos 3 aos 5 anos e 11 meses de idade. Metodologia: Estudo de carácter metodológico, observacional e transversal. A aplicabilidade dos estímulos do TAV ao português moçambicano foi realizada através de um painel de peritos e pré-teste com crianças da faixa etária acima mencionada. O critério utilizado para o estímulo ser considerado aplicável foi quando 55% ou mais das crianças o nomearam. No estudo observacional foi analisado o inventário consonântico, com o TAV, de crianças com desenvolvimento normal. Foi usado o Rastreio de Linguagem e Fala (RALF) e o TAV. Resultados: Participaram no estudo 85 crianças, 53% eram do sexo feminino. Aos 3 anos de idade 75,7% dos estímulos do TAV foram fáceis de nomear enquanto aos 4 anos foram 94,6% e aos 5 anos 91,9%. Os estímulos „trator‟, „grávida‟ e „cruz‟ foram de difícil nomeação (<55%) em todas as faixas etárias. Aos três anos, a percentagem de produção correta das consoantes do TAV foi superior a 85,7%, enquanto aos 4 e 5 anos, todas as consoantes iniciais foram produzidas corretamente em 100% dos casos. O maior predomínio de „erros‟, de acordo com a idade foram as omissões/reduções de grupos consonânticos e as substituições. Conclusões: A maioria (>75%) dos estímulos do TAV foram aplicáveis a crianças moçambicanas dos três aos cinco anos e 11 meses. O inventário consonântico está globalmente dominado a adquirido pelas crianças moçambicanas nas faixas etárias estudadas.
  • Efeitos da manobra de flexão anterior da cabeça na prevenção da penetração/aspiração em adultos com disfagia: revisão sistemática
    Publication . Ramos, Tatiana; Rodrigues, Inês Tello
    Introdução: A flexão anterior da cabeça é utilizada como uma medida compensatória destinada a prevenir a aspiração laríngea em pessoas com disfagia, no entanto, os seus efeitos e critérios de aplicação permanecem ambíguos. Objetivo: Analisar os efeitos da manobra de flexão anterior da cabeça na prevenção da penetração/aspiração laríngea em adultos com disfagia mecânica ou neurogénica. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática seguindo as diretrizes do Preferred Reported Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis (PRISMA) e registada na base de dados PROSPERO. Foram efetuadas pesquisas nas bases de dados PubMed-Central, SciELO, Cochrane Library, Lilacs e via EBSCOHost, por dois investigadores independentes. Os estudos primários incluíram artigos em português, espanhol, inglês e francês sem restrições temporais. A triagem da literatura, extração e análise de dados foram realizadas utilizando o programa RayyanÒ. A literatura incluída foi avaliada criticamente recorrendo a ferramentas de análise de viés metodológico do Instituto Joanna Briggs (JBI) e pelos níveis de evidência definidos pelo Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (OCEBM). Resultados: Foram incluídos 16 estudos, dos quais 13 estudos transversais analíticos, dois ensaios clínicos aleatorizados e um estudo de coorte. O risco de viés dos estudos incluídos variou de baixo a alto. Os resultados sugerem que a manobra de flexão anterior da cabeça pode ser útil na eliminação da aspiração em pessoas com disfagia, no entanto verificou-se que não existe consenso relativamente às alterações específicas da biomecânica da deglutição que podem beneficiar do uso desta manobra. A sua eficiência diminui em casos de aspiração de pequenos volumes, alterações cognitivas e quadros de disfagia com aspiração grave. Conclusão: A literatura existente não é consensual relativamente aos efeitos da manobra de flexão anterior da cabeça na prevenção da penetração/aspiração laríngea e a sua utilização não deve generalizada. Recomenda-se a realização de exames instrumentais antes da sua implementação.
  • Protocolo de avaliação fonoaudiológica da respiração com escores (PAFORE): Contributo para a adaptação ao português europeu e fidedignidade em crianças de idade pré-escolar
    Publication . Silva, Ana Catarina; Guimarães, Isabel
    Introdução: A respiração é uma das funções mais importantes para a manutenção do equilíbrio do sistema estomatognático (SE). É crucial que o terapeuta da fala disponha de instrumentos de avaliação que permitam identificar possíveis obstruções nasais, alterações das estruturas orofaciais e determinar o impacto nas restantes funções do SE. Existem instrumentos de avaliação oromotora traduzidos e validados para a população portuguesa, no entanto para avaliar o modo respiratório e a sua influência nas estruturas adjacentes, não existem. Objetivos: Como primários: (i) realizar a adaptação linguístico cultural do Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica da Respiração com Escores –PAFORE e (ii) contribuir para o estudo da fidedignidade. Como objetivos secundários com crianças dos 4 aos 5 anos e 11 meses: (i) caraterizar o modo respiratório, (ii) caraterizar o funcionamento oromotor (domínios estrutura e mobilidade) e (iii) identificar as relações entre o modo respiratório e as variáveis em estudo. Métodos: O estudo foi dividido em duas fases: a primeira enquadra-se num estudo do tipo metodológico de adaptação linguístico-cultural de um instrumento em Português do Brasil para o Português Europeu (PE) e de contributo para a fidedignidade do mesmo. A segunda fase enquadra-se num estudo descritivo, comparativo e correlacional, de caráter transversal e quantitativo com a aplicação do PAFORE e do Protocolo de Avaliação Orofacial - versão 2 (PAOF-2). Foi realizada uma análise estatística, inferencial e correlacional, com os testes Mann-Whitney (U) e Spearman (rhô). Foi considerado o nível de significância p < 0,05. Resultados: A adaptação linguístico-cultural foi realizada com um painel de cinco peritos e duas rondas tendo-se obtido uma versão do PAFORE em Português Europeu. O PAFORE foi aplicado a 25 crianças (56% do sexo masculino) entre os 4 e os 5 anos e 11 meses. Obtiveram-se níveis de consistência interna do instrumento adequados (Alfa de Cronbach=0,9995 e 1) e coeficientes de correlação intraclasse recomendados (ICC= 0,975-0,99 e 1). O modo respiratório nasal foi o predominante (64%). O modo respiratório correlacionou-se significativamente com as estruturas orofaciais e as suas posturas em repouso, especificamente, desvio do septo nasal, postura labial, postura mandibular, músculo mentoniano, configuração do palato e postura da língua. Conclusão: A versão PE do PAFORE mostrou ser fidedigna. O modo respiratório relaciona-se com as estruturas nasal e orais em repouso.
  • Doença de Machado-Joseph: impacto da disfagia na qualidade de vida
    Publication . Mota, Joana; Rodrigues, Inês Tello
    Introdução: A doença de Machado-Joseph (DMJ) ou ataxia espinocerebelosa do tipo 3 (SCA3) é uma doença neurodegenerativa autossómica dominante de manifestação tardia, que exibe uma prevalência elevada no arquipélago dos Açores (Portugal). O sinal cardinal da doença é a ataxia da marcha, mas outras manifestações são frequentes, nomeadamente a disfagia. Por sua vez, a presença da disfagia é associada à perda de peso, a alterações no aporte nutricional e da hidratação, bem como a um risco aumentado de pneumonia de aspiração. Objetivo: Estudar o impacto da disfagia na qualidade de vida relacionada com a deglutição de portadores da mutação da DMJ. Métodos: Realizou-se um estudo observacional, transversal e correlacional com 41 portadores da mutação da DMJ (sete pré-atáxicos e 34 doentes) de origem açoriana. De forma a analisar o impacto da disfagia na qualidade de vida relacionada com a deglutição dos portadores da mutação da DMJ foram aplicados os instrumentos Swallowing Quality-of-Life Questionnaire (SWAL-QOL), Eating Assessment Tool-10 (EAT-10) e Functional Oral Intake Scale (FOIS). Os participantes que obtiveram no EAT-10 uma pontuação igual ou superior a 3 foram também avaliados pelo instrumento Volume-Viscosity Swallow Test (V-VST). A gravidade das manifestações cerebelosas (ataxia) e das manifestações não cerebelosas foram avaliadas pelos instrumentos Scale for the Assesment and Rating of Ataxia (SARA) e Inventory of Non-Ataxia Signs (INAS), respetivamente, sendo que o questionário Activities of Daily Living (ADL) também foi aplicado. Resultados: Os portadores da mutação da DMJ (n=34) apresentaram, em média, uma ataxia moderada (mediana SARA: 13; intervalo inter-quartil [IIQ]: 8,50 – 21). A disfagia foi confirmada em 14 portadores da mutação da DMJ (40%), sendo que 21 participantes não apresentavam disfagia à data de observação (6 participantes não realizaram o teste V-VST). Os portadores da mutação da DMJ com disfagia (mediana: 56,77 [IIQ: 52,47 – 83,16]) apresentaram pior qualidade de vida relacionada com a deglutição comparativamente aos portadores da mutação da DMJ sem disfagia (mediana: 88,16 [IIQ: 71,99 – 93,65]), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p=0,001; teste Kruskal-Wallis). Como esperado, os portadores da mutação da DMJ com pior qualidade de vida relacionada com a deglutição demonstraram maior risco para ter disfagia (EAT; rho= -0,875, p<0,01), pior ingestão oral e funcional de alimentos e líquidos (FOIS; rho= 0,716, p<0,01) e uma ataxia mais grave (SARA; rho= -0,677, p<0,01). Também foi observado, em portadores da mutação da DMJ com pior qualidade de vida relacionada com a deglutição, maior gravidade da disfagia no INAS (INAS-item da disfagia; rho= -0,624, p<0,01), que é obtida por inquérito ao participante, e maior frequência de alterações da deglutição, autopercecionadas pelo participante (ADL-item da deglutição; rho=0,642, p<0,01). Discussão: Neste estudo, alguns participantes, considerados sem disfagia, poderão apresentar alterações da deglutição a sólidos, uma vez que esta consistência não foi avaliada. A frequência da disfagia, obtida neste estudo, foi menor do que a observada em estudos anteriores. Conclusão: O SWAL-QOL demonstrou que a disfagia tem impacto negativo na qualidade de vida relacionada com a deglutição dos portadores da mutação da DMJ, confirmando-se a necessidade do seu acompanhamento por técnicos especializados. De forma a minimizar o impacto negativo da disfagia nesta população, sugere-se que esse encaminhamento seja realizado sempre que os portadores da mutação da DMJ obtenham pontuação igual ou superior a 1 no (i) INAS-item da disfagia e no (ii) ADL-item da deglutição.
  • Adaptação linguístico-cultural e validação do Radboud Oral Motor Inventory for Parkinson’s Disease - Deglutição
    Publication . Soldador, Salomé; Guimarães, Isabel
    OBJETIVO: contribuir para a validação linguístico cultural da subescala de deglutição da Radboud Oral Motor Inventory for Parkinson’s Disease (ROMP), que já havia sido traduzida para Português do Brasil (PB) e que agora procurámos transpor para Português Europeu (PE). MÉTODO: Estudo de natureza metodológica de adaptação linguístico-cultural do ROMP - subescala deglutição e transversal para validação em pessoas com DP. Foram utilizadas as seguintes escalas: ROMP; Swallowing Disturbance Questionnaire (SDQ) e a Functional Oral Intake Scale (FOIS). RESULTADOS: A amostra é constituída por 128 sujeitos repartidos em dois grupos distintos: um grupo composto por 59 sujeitos com Doença de Parkinson (DP), com idades compreendidas entre os 50 e os 92 anos e um grupo de controlo composto por 69 sujeitos, com idades compreendidas entre os 52 e os 94 anos e sem DP. A consistência interna foi de 0.954 para o total e de 0.905 para a subescala da deglutição. Os coeficientes de correlação intra-classe para reprodutibilidade foram 0.998 para o ROMP total e 0.998 para a subescala deglutição. A subescala-deglutição teve uma correlação significativa moderada com a escala SDQ (0.567) e a FOIS (0.670). CONCLUSÃO: versão portuguesa da ROMP-subescala deglutição possui boas características psicométricas.
  • Relação entre o modo respiratório e as competências oromotoras em crianças de seis anos com dentição mista
    Publication . Matias, Ana Isabel; Guimarães, Isabel
    Introdução: O fluxo inspiratório deve ocorrer preferencialmente por via nasal para que se processe a purificação, aquecimento e humidificação do ar antes de chegar aos pulmões. O modo respiratório nasal é crucial para o crescimento, desenvolvimento e funcionamento adequados do sistema estomatognático e das estruturas da face e do crânio. Objetivos: Determinar a relação entre o modo respiratório e as competências oromotoras em crianças com seis anos e dentição mista. Métodos: Estudo exploratório, correlacional, quantitativo e comparativo, com fase prévia metodológica e transversal de adaptação linguístico-cultural de um instrumento. Adaptação linguístico-cultural ao Português Europeu do PAFORE com painel de cinco juízes com duas rondas para análise e concordância (>75%). Aplicação do PAOF-2 e PAFORE adaptado para português europeu. Foram criados grupos com e sem alterações do modo respiratório e da oclusão dentária. A análise descritiva realizou-se através da aplicação do Teste de U Mann Whitney e do coeficiente de correlação não-paramétrico Rho de Spearman. Resultados: Foram avaliadas 30 crianças com idades compreendidas entre os 6;00 e 6;11 com dentição mista. A frequência mais prevalente do modo respiratório em repouso foi o oronasal (36,7%). O modo respiratório relacionou-se significativamente: (i) com correlação positiva e forte com os resultados gerais do PAFORE; (ii) com correlação positiva e moderada com amigdalites/adenoidites e postura habitual dos lábios; (iii) com correlação positiva e fraca com ressonar, congestão nasal e tamanho das amígdalas; e (iv) com correlação negativa e fraca com a oclusão dentária anterior. As crianças com modo respiratório nasal em repouso apresentaram menos alterações na oclusão dentária (57,9%), comparativamente às crianças com modo respiratório oronasal (27,3%). Conclusão: É aconselhável a validação do PAFORE, visto já ter sido iniciada a adaptação linguístico-cultural. O presente estudo identificouvariáveis das competências oromotoras que comprometem o modo respiratório, sendo necessários estudos futuros com uma amostra de maior dimensão e mais diversificada para relacionar estas alterações oromotoras com a dentição mista e oclusão dentária.
  • Adaptação ao português e validação da subescala da fala do Radboud Oral Motor Inventory
    Publication . Dias, Vanessa; Guimarães, Isabel
    O Radboud Oral Motor Inventory (ROMP) é um questionário de autoavaliação que mede o impacto da Doença de Parkinson (DP) nas áreas da fala, deglutição e controlo oral da saliva. Objetivo: O objetivo primário deste estudo é realizar a adaptação linguístico – cultural da subescala da fala do questionário ROMP bem como a sua validação para o português europeu em pessoas com DP. O objetivo secundário é determinar as suas qualidades clinimétricas de fidedignidade e validade. Métodos: O estudo foi desenvolvido com um grupo de pessoas com DP e um grupo de controlo composto por pessoas sem DP. Foram utilizadas as versões traduzidas do ROMP, Speech Handicap Index (SHI-15), Sialorrhea Clinical Scale for Parkinson’s Disease (SCS-PD) e Swallowing Disturbance Questionnaire (SDQ). Resultados: A amostra foi constituída por 128 pessoas (59 do grupo estudo e 69 do grupo de controlo). A subescala de fala do questionário ROMP apresentou uma consistência interna excelente, demonstrando também validade convergente e discriminativa significativas. Conclusão: A versão final em PE do questionário ROMP – subescala de fala demonstrou ser um instrumento fidedigno e válido para medir o impacto da disartria na pessoa com DP.
  • Fatores de risco para a disfagia na pessoa hospitalizada com doença covid-19: revisão sistemática
    Publication . Antão, Andreia; Rodrigues, Inês Tello
    Introdução: As pessoas hospitalizadas com doença covid-19, apresentam risco de desenvolver quadros de disfagia, estando vulneráveis às consequências que lhe estão associadas. Os fatores de risco da disfagia devem ser considerados de forma a realizar um encaminhamento precoce, reduzir o tempo de internamento hospitalar e a necessidade de reabilitação. Objetivo: Identificar os fatores de risco para a disfagia no adulto hospitalizado com doença covid-19. Métodos: Revisão sistemática da literatura em conformidade com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). A pesquisa realizada por dois investigadores nas bases de dados PubMed Central, SciELO, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Índex de revistas médicas portuguesas e via EBSCOHost, com os termos (risk factors) AND (COVID-19 OR SARS-CoV-2) AND (dysphagia OR swallowing disorders). Foram considerados como critérios de inclusão estudos integrassem adultos hospitalizados com doença covid-19, escritos na língua inglesa ou portuguesa sem restrição de data. Estudos com amostra pediátrica, estudos secundários, livros, teses ou outros documentos considerados fontes de literatura cinzenta foram excluídos. A análise do nível de evidência foi realizada através da escala “Quality Assessment Tool for Quantitative Studies”. Resultados: Obtiveram-se 6424 artigos, dos quais 775 foram selecionados para triagem. Destes, apenas 15 foram analisados na íntegra, resultando numa amostra final de 13 artigos, classificados com nível de evidência que variou entre moderado e fraco. Foram descritos 31 fatores de risco para a disfagia na doença covid-19 em doentes hospitalizados, mas definidos cinco como mais frequentes (indicados em três ou mais estudos). Todos os artigos mencionaram a importância do papel do terapeuta da fala no tratamento de doentes com disfagia pós covid-19. Conclusões: Os fatores de risco mais prevalentes para a disfagia em doentes hospitalizados por doença covid-19 foram: idade, tempo de internamento, ventilação mecânica, posição em decúbito ventral e traqueostomia. A taxa de prevalência de disfagia nas alas covid-19 é muito alta e a importância da intervenção do terapeuta da fala neste contexto é destacada.