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Introdução: A respiração é uma das funções mais importantes para a manutenção do equilíbrio do sistema estomatognático (SE). É crucial que o terapeuta da fala disponha de instrumentos de avaliação que permitam identificar possíveis obstruções nasais, alterações das estruturas orofaciais e determinar o impacto nas restantes funções do SE. Existem instrumentos de avaliação oromotora traduzidos e validados para a população portuguesa, no entanto para avaliar o modo respiratório e a sua influência nas estruturas
adjacentes, não existem. Objetivos: Como primários: (i) realizar a adaptação linguístico cultural do Protocolo de Avaliação Fonoaudiológica da Respiração com Escores –PAFORE e (ii) contribuir para o estudo da fidedignidade. Como objetivos secundários com crianças dos 4 aos 5 anos e 11 meses: (i) caraterizar o modo respiratório, (ii) caraterizar o funcionamento oromotor (domínios estrutura e mobilidade) e (iii) identificar
as relações entre o modo respiratório e as variáveis em estudo. Métodos: O estudo foi dividido em duas fases: a primeira enquadra-se num estudo do tipo metodológico de adaptação linguístico-cultural de um instrumento em Português do Brasil para o Português Europeu (PE) e de contributo para a fidedignidade do mesmo. A segunda fase enquadra-se num estudo descritivo, comparativo e correlacional, de caráter transversal e quantitativo com a aplicação do PAFORE e do Protocolo de Avaliação Orofacial - versão
2 (PAOF-2). Foi realizada uma análise estatística, inferencial e correlacional, com os testes Mann-Whitney (U) e Spearman (rhô). Foi considerado o nível de significância p < 0,05. Resultados: A adaptação linguístico-cultural foi realizada com um painel de cinco peritos e duas rondas tendo-se obtido uma versão do PAFORE em Português Europeu. O PAFORE foi aplicado a 25 crianças (56% do sexo masculino) entre os 4 e os 5 anos e 11 meses. Obtiveram-se níveis de consistência interna do instrumento adequados (Alfa de
Cronbach=0,9995 e 1) e coeficientes de correlação intraclasse recomendados (ICC= 0,975-0,99 e 1). O modo respiratório nasal foi o predominante (64%). O modo respiratório correlacionou-se significativamente com as estruturas orofaciais e as suas posturas em repouso, especificamente, desvio do septo nasal, postura labial, postura mandibular, músculo mentoniano, configuração do palato e postura da língua. Conclusão: A versão
PE do PAFORE mostrou ser fidedigna. O modo respiratório relaciona-se com as estruturas nasal e orais em repouso.
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Keywords
Protocolo de avaliação fonoaudiológica da respiração com escores Respiração Crianças em idade pré-escolar