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Perceção do risco de disfagia e impacto na qualidade de vida por adultos moçambicanos pós-acidente vascular cerebral

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Aniceto Bernardo Mavie -FINAL CORRIGIDO.pdf1.08 MBAdobe PDF Download

Abstract(s)

Introdução: Considerando a alta incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a escassez de estudos sobre disfagia e qualidade de vida nesta população em Moçambique. Objetivo: O objetivo primário foi determinar o risco de disfagia e seu impacto na qualidade de vida percecionado por adultos com lesão cerebral decorrente de AVC atendidos no Hospital Provincial da Matola em Moçambique. Os objetivos secundários foram: (i) Determinar as diferenças de acordo com a condição (pós-AVC e controlos); (ii) Relacionar o impacto mais negativo da disfagia na qualidade de vida em pessoas pós-AVC com os resultados da avaliação clínica oromotora. Métodos: Estudo com duas etapas: (i) Estudo metodológico de adaptação linguístico-cultural das versões portuguesas do Índice de Desvantagem da Deglutição (DHI) e do Eating Assessment Tool 10 (EAT-10) para a língua changana; (ii) Estudo caso-controlo com recurso à avaliação através do EAT-10, DHI, Escala Funcional de Ingestão por via Oral (FOIS) e Frenchay Dysarthria Assessment – versão 2 (FDA). Para comparação entre e dentro dos grupos, foram utilizados os testes não paramétricos Mann-Whitney U e Kruskal-Wallis e a relação entre variáveis foi avaliada com a correlação de Spearman. Resultados: Participaram no estudo 94pessoas, 45 pessoas pós-AVC e 49 sem AVC (grupo de controlo). Os sintomas referidos pelas pessoas pós-AVC foram a sialorreia (55.6%), tosse ou engasgo (37.8%), dor ou dificuldade ao engolir (4.4%), regurgitação (2.2%) e dificuldades de mastigação (22.2%). Os pacientes pós-AVC não percecionaram risco significativo de disfagia (P-EAT-10<3), mas relataram impacto negativo físico e funcional na qualidade de vida. A diferença entre os grupos foi significativa. Verificou-se correlação forte (>0.70) a fraca (<0.50) entre os itens físico e funcional do DHI com impacto mais negativo e a função oromotora (FDA-2). Conclusão: As pessoas pós-AVC não percecionaram risco de disfagia, mas demonstram impacto negativo significativo na qualidade de vida nos domínios físico e funcional. Existiu relação forte entre o impacto da disfagia na qualidade de vida e a função oromotora.

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Acidente vascular cerebral Disfagia

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