Repository logo
 

Relatório Final de Estágio

Permanent URI for this collection

Browse

Recent Submissions

Now showing 1 - 10 of 105
  • Intervenções autónomas do enfermeiro especialista na via verde do AVC
    Publication . Vale, Diana
    Enquadramento: O AVC é considerado a principal causa de incapacidade no mundo e a segunda principal causa de morte sendo que o risco vitalício de desenvolver um AVC aumentou em 50% nos últimos 17 anos. O enfermeiro especialista tem um papel fulcral no atendimento ao utente vítima de AVC, desde o momento de inicio de sintomatologia, com a ativação das equipas de emergência pré-hospitalar, assim como, ao longo de todo o processo no serviço de urgência desde a triagem ao acompanhamento em sala de emergência e posterior encaminhamento para os serviços especializados para realizar o tratamento endovascular e/ou internamento em Unidades de AVC. Objetivo: Explorar e descrever quais as intervenções autónomas do enfermeiro especialista na Via Verde do AVC. Metodologia: Estudo qualitativo, exploratório e descritivo, com recurso a Focus Group, como técnica de recolha de dados, sendo utilizada a estratégia do "funil", partindo da questão orientadora: "Quais as Intervenções Autónomas do Enfermeiro Especialista na Via Verde do AVC?". Resultados: A importância do enfermeiro especialista em EMC no Serviço de Urgência foi amplamente discutida durante o Focus Group, onde os enfermeiros compartilharam as suas perceções e experiências. Desta forma, a autonomia do enfermeiro especialista é um elemento-chave para a melhoria dos cuidados em saúde. A capacidade de avaliar, intervir, documentar e comunicar de forma independente não só otimiza a resposta em situações críticas, mas também promove uma abordagem centrada no utente e na família e/ou cuidador. O fortalecimento dessa autonomia é essencial para que a enfermagem continue a avançar como uma profissão que não só salva vidas, mas também proporciona cuidados personalizados e de qualidade, refletindo uma prática baseada em evidências e uma compreensão holística do ser humano. Conclusão: A análise dos dados obtidos revela uma forte consciência e valorização das intervenções autónomas dos enfermeiros especialistas em EMC na Via Verde do AVC. Os participantes destacam a importância de uma avaliação inicial precisa e a capacidade de realizar intervenções críticas, como a administração de medicamentos e a monitorização de sinais vitais, sem depender exclusivamente de ordens médicas. Essa autonomia poderá melhorar a qualidade dos cuidados prestados, mas também contribuir para a prevenção de complicações graves e a promoção de resultados mais favoráveis para os utentes.
  • Intervenções de enfermagem não farmacológicas na gestão da dor na pessoa em situação pós-operatória
    Publication . Teixeira, Ivan
    Enquadramento: A dor é uma das principais causas de sofrimento humano, interferindo no bem-estar físico e psicossocial. Devido à grande complexidade e variabilidade de procedimentos cirúrgicos, é frequente a pessoa apresentar dor na fase pós-operatória. Os enfermeiros desempenham um papel fundamental na implementação de intervenções não farmacológicas para o controlo da dor, reduzindo o sofrimento associado à dor não controlada. Objetivo: Mapear as intervenções não farmacológicas implementadas pelos enfermeiros na gestão da dor na pessoa adulta, no pós-operatório. Metodologia: Scoping review com base nos princípios preconizados pelo Joanna Briggs Institute. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: CINAHL Complete (via EBSCOHOST) e MEDLINE (via PUBMED), COCHRANE, Scielo, LILACS e MedicLatina Databases. A literatura cinzenta foi pesquisada no Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP), DART-Europe e Open Gray. Foram considerados estudos que abordavam as intervenções não farmacológicas implementadas por enfermeiros na gestão da dor pós-operatória, em português, inglês ou espanhol, sem limite temporal. Resultados: Identificaram-se 1027 artigos, sendo o corpus de análise da Scoping Review constituído por 14 artigos, os quais cumpriram os critérios de elegibilidade propostos. Foram mapeadas intervenções não farmacológicas de natureza cognitivo-comportamental (a musicoterapia e a imaginação guiada), de natureza física (a massagem e o relaxamento) e de natureza emocional (o toque terapêutico ou toque de cura, o silêncio e o diálogo). Destas, a mais mapeada foi a musicoterapia. Conclusão: As intervenções não farmacológicas podem agrupar-se em três vertentes: as de natureza cognitivo-comportamental, física e emocional. As intervenções não farmacológicas implementadas pelos enfermeiros são consideradas eficazes, simples e de baixo custo na redução da dor pós-operatória. No entanto, apesar de parecerem trazer benefícios quando aplicadas à pessoa no período pós-operatório, continuam a existir barreiras à sua implementação, nomeadamente a falta de formação e/ou conhecimento, escassez e falta de tempo dos enfermeiros.
  • Programa de intervenção de enfermagem na prevenção e tratamento da radiodermite
    Publication . Peito, Florinda
    Enquadramento: Em Portugal, as doenças oncológicas são uma das principais causas de mortalidade, sendo a RT uma parte fundamental do tratamento oncológico. No entanto, cerca de 90% das pessoas submetidos a esse tratamento desenvolvem radiodermite, uma reação inflamatória da pele que afeta diretamente a qualidade de vida das pessoas, dificultando por vezes a continuidade do tratamento. Além de causar dor e desconforto, a radiodermite pode levar à perda de funcionalidade, com impacto emocional e social para a pessoa, familiar e seu cuidador. De acordo com a literatura e a prática clínica, a ausência de padronização e as evidências divergentes na prevenção e tratamento da radiodermite resultam em inconsistências que podem comprometer a qualidade dos cuidados. Para responder a este desafio, foi desenvolvido um programa de intervenção de enfermagem fundamentado nas evidências científicas mais recentes. O programa inclui orientações sobre cuidados com a pele, para reduzir sintomas, garantir a continuidade do tratamento oncológico, e promover a autogestão através da educação sobre cuidados diários e sinais de alerta. As intervenções foram estruturadas com base na CIPE®, promovendo a padronização da prática e a comunicação mais eficiente entre os enfermeiros. Objetivo: Explorar as perceções de enfermeiros peritos em RT sobre a utilidade, aplicabilidade e possíveis barreiras à implementação de um programa de intervenção em enfermagem para prevenção e tratamento da radiodermite em pessoas submetidas a radioterapia. Metodologia: Foi realizado um estudo exploratório com abordagem qualitativa, utilizando a técnica de focus group para a colheita de dados, seguindo as diretrizes metodológicas de Krueger e Casey (2015). A técnica do FG permitiu a recolha de opiniões e experiências especializadas sobre o programa de intervenção de enfermagem proposto. A análise de dados foi realizada segundo as orientações de Bardin (2016) e permitiu estruturar os dados em temas principais e categorias. Para a qualidade e transparência da investigação, foram seguidas as diretrizes do COREQ. A participação foi voluntária e os princípios éticos, incluindo a confidencialidade e a possibilidade de desistência, foram rigorosamente respeitados. Resultados: No focus group participaram seis enfermeiros peritos em radioterapia. Os temas resultantes destas sessões foram: critérios de inclusão, intervenções, dose das intervenções, ferramentas de apoio, abordagem terapêutica, barreiras à implementação, fatores facilitadores à implementação e responsabilidade pela implementação. Conclusão: Segundo os enfermeiros peritos, o programa pode representar um avanço importante na qualidade dos cuidados, destacando-se pela estrutura sólida e fundamentação científica, com intervenções eficazes e adaptadas às necessidades individuais das pessoas submetidas a radioterapia. As sugestões dos peritos permitiram aprimorar o programa, ampliando os critérios de inclusão para abranger todas as pessoas submetidas a radioterapia e incorporar intervenções complementares, além de ajustes na dosagem das intervenções e nas ferramentas de apoio. No entanto, emergiram desafios para a implementação, como a limitação de tempo, a falta de recursos estruturais e dificuldades nos sistemas de registo de dados. A implementação deve ser liderada pelos enfermeiros da radioterapia, com um esforço contínuo de formação e capacitação, especialmente para a avaliação de toxicidade cutânea, em conformidade com as diretrizes internacionais.
  • Critérios de vulnerabilidade na pessoa em fase de luto antecipatório: scoping review
    Publication . Silva, Fábio
    Enquadramento: O luto é um acontecimento transversal e intimamente ligado aos cuidados paliativos, onde a família/cuidador sofre com a perda não só física do seu ente querido, mas dos papéis do mesmo, assim emerge a questão que orienta esta scoping review é: “Quais os critérios de vulnerabilidade na pessoa em fase de luto antecipatório?”. Objetivo: Mapear os critérios de vulnerabilidade do familiar/cuidador no luto familiar. Metodologia: Segundo Peters et al. (2020) o JBI recomenda que para as scoping reviews seja usada a mnemónica PCC (população, conceito e contexto) para a definição de critério de inclusão dos artigos em estudo. Em relação ao P (população) serão incluídos estudos sobre o cuidador/família em processo de luto antecipatório. No que concerne ao C (conceito) serão incluídos estudos que abordem os critérios de vulnerabilidade luto antecipatório dos familiares e/ou cuidadores. No C (contexto) irão ser incluídos estudos que tenham sido realizados em contexto domiciliar. Os tipos de estudo a incluir serão as investigações primárias ou secundárias, qualitativas, quantitativas ou mistas. Serão também consideradas todas as revisões da literatura, relatórios, teses ou dissertações, considerados pertinentes para esta scoping review, os mesmos não terão limitação temporal, publicados em inglês, português e espanhol serão incluídos. Serão excluídos os estudos efetuados em pessoas com idade inferior a 18 anos. Usando as bases de dados MEDLINE (via pubmed), LILACS, CINAHL, Cochrane, MedicLatina, RCAAP e SciELO, com o uso das palavras chave infracitadas. A literatura cinzenta será realizada nos repositórios científicos de acesso aberto de Portugal. A estratégia de pesquisa, incluindo todas as palavras-chave e termos de indexação identificados, será adaptada para cada base de dados e/ou fonte de informação incluída. Resultados: Foram incluídos 6 estudos para revisão nesta scoping review. Da análise à evidência produzida corrobora-se que todos os autores foram consensuais no que diz respeito barreiras e necessidade de especificar e adequar os cuidados aos familiares/cuidadores em fase de luto antecipatório, bem como das estratégias que devem ser implementadas para aumentar a adesão dos familiares/cuidadores aos planos previamente delineados, tentando minimizar assim, o aparecimento do luto patológico, com consequente redução nos níveis de ansiedade, depressão e sentimento de impotência muitas vezes vivenciado. Conclusão: Segundo a evidência científica, os mediadores do luto, que se constituem como fatores de risco e de vulnerabilidade, podem ser gerais ou específicos e dividem-se em três dimensões fundamentais: interpessoais, intrapessoais e situacionais. Os primeiros podem ser centrados na relação com o exterior, englobando o funcionamento familiar, suporte social, religiosidade/contexto cultural ou centrados na pessoa falecida que engloba características demográficas da pessoa falecida, grau de parentesco, qualidade da relação anterior e questões. A dimensão intrapessoal diz respeito às características demográficas do enlutado, antecedentes psiquiátricos, estilo de vinculação, estilo de coping, experiência de perdas anteriores e espiritualidade. A última dimensão é relativa às circunstâncias da perda, condições do cuidador associada à insatisfação com os cuidados de saúde, condições do cuidador associada à sobrecarga do cuidador e eventos stressores concorrentes e perdas secundárias.
  • A escuta ativa na pessoa com doença oncológica
    Publication . Ferrinho, Filipa
    Enquadramento: A pessoa com doença oncológica enfrenta desafios significativos, exigindo dos profissionais de saúde competências e conhecimentos especializados, nomeadamente no que respeita a aptidões interpessoais e de comunicação, como a Escuta Ativa. Ao proporcionar um espaço para a sua narrativa, a Escuta Ativa permite valorizar as preferências da pessoa, possibilitando o acesso à sua perspetiva e necessidades individuais. A sua prática pode impactar positivamente na qualidade de vida e na melhoria de sintomas físicos e emocionais, reforçando a eficácia e a humanização dos cuidados prestados. Objetivos: Mapear a evidência da indicação, tipo de intervenção/técnica e resultados da implementação da Escuta Ativa na pessoa com doença oncológica. Metodologia: Revisão da literatura, com base na estratégia metodológica do Joanna Briggs Institute (JBI) para ScR. Bases de dados utilizadas: MEDLINE (via PUBMED) e CINAHL Complete (via EBSCO), JBI Library of Systematic Reviews, COCHRANE Database of Systematic Reviews e Scientific Electronic Library Online (SciELO); fontes de literatura cinzenta incluídas: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal, OpenGrey e WorldCat. Resultados: Foram incluídos 6 artigos na revisão. Os elementos que se destacaram na operacionalização da Escuta Ativa foram: prestar atenção e manter o foco; estar aberto e ativo; aceitar as emoções, sentimentos e crenças da pessoa; demonstrar disponibilidade de tempo e, por último prestar atenção ao próprio comportamento não verbal. Constatou-se que o momento para o uso da Escuta Ativa pode estar associado a fases específicas da doença oncológica ou à sua trajetória global, convergindo a sua indicação na necessidade de suporte emocional, psicológico ou espiritual da pessoa com doença oncológica. Os resultados da prática de Escuta Ativa neste âmbito, foram categorizados em: empoderamento da pessoa, bem-estar emocional, psicológico e espiritual, cuidado centrado na pessoa e promoção da relação terapêutica. Conclusão: Esta ScR sublinha a relevância da Escuta Ativa no cuidado à pessoa com doença oncológica, destacando o papel do enfermeiro na sua prática. Além disso, aponta para a necessidade de uma definição mais clara e consensual para a sua implementação eficaz. Esta revisão, sugere ainda que a sua operacionalização seja sistematizada e padronizada.
  • Fatores Condicionantes da Transição da Pessoa em Situação Paliativa: Scoping Review
    Publication . Tavares, Tiago
    (Introdução) A lei de bases em saúde define os cuidados paliativos como contínuos e partilhados entre os diferentes elementos das equipas e serviços, estando presentes em ambiente de internamento e domiciliário, atuando sobre o sofrimento de quem vive com doença incurável ou em fase terminal, e promovendo conforto, qualidade de vida e bem-estar à pessoa. A fase de doença pode gerar um aumento de stress, podendo ser responsável por um luto prolongado ou problemas que dificultem a adaptação a mudanças de ambiente, como é o caso de uma transição da comunidade para o hospital. O facto de sensibilizar a pessoa em situação de doença acerca da referenciação para a RNCP e o que são esses mesmos cuidados, permite transparência e auxilia à compreensão sobre determinadas mudanças de ambiente que possam ocorrer e que possam simultaneamente ser limitantes no processo de tomada de decisão. (Objetivo) Mapear na evidência científica os fatores condicionantes da transição da pessoa em situação paliativa. (Material e métodos) Scoping review de acordo com JBI de acordo com a PCC; população: estudos realizados com pessoas em situação paliativa; conceito: estudos que reportem fatores condicionantes da transição; contexto: cuidados paliativos. Critérios de exclusão: pessoas com idade inferior a 18 anos e artigos que não mencionem no seu título ou resumo as palavras “pessoa em situação paliativa”. (Resultados) A não aceitação do processo de doença é um fator limitador, podendo dificultar o processo de transição para o contexto de internamento. O conhecimento adquirido sobre o funcionamento de uma unidade de cuidados paliativos, muitas vezes, surge de pessoas que vivenciaram direta ou indiretamente internamentos e transmitem os seus pensamentos sobre essas unidades, podendo transmitir informação negativa e comprometendo a forma de pensar e de vivenciar a transição da pessoa com doença para o internamento, condicionando a qualidade dos cuidados. Fatores facilitadores são a abordagem precoce e contínua que pode surgir durante cuidados curativos, focando-se nas necessidades e informação sobre os cuidados paliativos. Esta estratégia pode reduzir internamentos nos últimos 3 meses e na última semana de vida. (Conclusão) A comunicação é um dos fatores importantes que influenciam a qualidade dos cuidados paliativos, tendo impacto no processo de transição da pessoa com doença. A transição para contexto de internamento deve ser trabalhada de forma contínua, ao mesmo tempo que se desmistifica o que são os cuidados paliativos. Esta abordagem pode reduzir o número de internamentos que ocorrem na última semana de vida e que causam desconforto e uma visão menos positiva sobre os cuidados paliativos ao mesmo tempo que enaltece o que estes podem oferecer em termos de qualidade de vida. Ao longo do internamento, o processo de comunicação deve ser mantido e devem ser aplicadas estratégias não farmacológicas, permitindo concretizar vontades da pessoa com doença e aumentando a qualidade de vida.
  • Debriefing após paragem cardiorrespiratória: A perceção dos enfermeiros especialistas em enfermagem médico-cirúrgica
    Publication . Pereira, Andreia
    Enquadramento: O debriefing é definido como um momento de reflexão em grupo onde são analisados e explorados aspetos relevantes relacionados com o desempenho que terão impacto na qualidade da prática clínica futura, contribuindo para a melhoria contínua da qualidade dos cuidados e para a promoção da segurança hospitalar. Nos serviços que alocam pessoas em situação crítica, a paragem cardiorrespiratória é um evento frequente. Sabe-se que o debriefing pós-reanimação é hoje reconhecido como um instrumento valioso na abordagem à pessoa em situação crítica. O debriefing encontra-se recomendado pelas diretrizes nacionais e internacionais de reanimação e demonstrou melhorar o desempenho das equipas envolvidas no processo, melhorando a sobrevida dos utentes acometidos pela paragem cardiorrespiratória, aperfeiçoando a comunicação durante a atuação e, possibilitando a redução do stress e ansiedade dos intervenientes. Objetivo: Conhecer a perceção dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico- Cirúrgica relativamente à utilização do debriefing após abordagem a situações de paragem cardiorrespiratória. Metodologia: Estudo de natureza qualitativa, descritiva e exploratória. Os dados foram colhidos através da realização de um focus group com 10 Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica a exercer funções em Serviços de Medicina Intensiva e Serviços de Urgência, há pelo menos 5 anos. Os participantes foram selecionados através da uma amostra por conveniência. O focus group foi realizado através do programa Microsoft Teams. O tratamento de dados foi concretizado tendo por base as orientações da análise de conteúdo de Bardin (2022) com categorização à posteriori. No decurso do estudo foram salvaguardados todos os princípios éticos subjacentes. Resultados: Da análise dos resultados obtidos a partir do focus group, sobressaíram quatro categorias alicerçadas na Perceção dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico- Cirúrgica sobre o Debriefing após Paragem Cardiorespiratória, nomeadamente “realização de debriefing”, “vantagens do debriefing”, “desvantagens do debriefing” e “desafios na implementação de debriefing”. As categorias principais denotam a sua abrangência quando relacionadas com as subcategorias e as unidades de registo mais relevantes. Na generalidade os resultados alcançados vão ao encontro da literatura já disponível sobre o debriefing. Conclusão: Os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem Médico-Cirúrgica percecionam o debriefing como uma ferramenta com imenso potencial para melhorar os cuidados prestados na abordagem a situações de Paragem Cardiorrespiratória nos Serviços de Urgência e Serviços de Medicina Intensiva, referinfo que já praticaram debriefing em algum momento, embora de uma forma informal. Reconhecem a utilidade do instrumento na redução do stress e da ansiedade, aumentando a coesão das equipas multidisciplinares. Apontam razões como a cultura institucional, a falta de formação e a inesxistência de protocolos como barreiras à sua implementação. Consideram que contribui diretamente na melhoria contínua da qualidade na abordagem à pessoa em Paragem Cardiorrespiratória.
  • Contributos da simulação "IN SITU" no contexto de urgência/emergência
    Publication . Rios, Emanuel
    Enquadramento: Embora se espere que os cuidados de saúde sejam seguros e de elevada qualidade, os incidentes causados por fatores humanos, nomeadamente em contexto de emergência, são referidos como um problema, pelo que é importante para as instituições de cuidados de saúde tomar medidas para prevenir erros e introduzir melhorias. Uma das formas de prevenção destes incidentes é garantir que os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros tem o treino e a educação que permita providenciar os melhores cuidados às pessoas, nomeadamente utilizando para isso ferramentas como a simulação “in situ”. A simulação “in situ” é a prática de utilizar cenários simulados num ambiente clínico real com o objetivo de providenciar educação aos profissionais de saúde e consequentemente melhoria dos cuidados. Objetivos: Mapear a evidência dos contributos da simulação in situ em contexto de urgência/emergência. Metodologia: Foi realizada uma scoping review, e reportada, segundo a metodologia proposta pela Joanna Briggs Institute. A pesquisa foi realizada na MEDLINE via PUBMED, CINAHL via EBSCO, e RCAAP, sem limitações. Os artigos foram avaliados ao nível do título, do resumo, e do texto integral por dois revisores para se verificarem os critérios de inclusão. Resultados: Foram incluídos 3 estudos nesta scoping review. Os resultados evidenciam a viabilidade da utilização da simulação “in situ” para melhorar as rotinas para cenários, nomeadamente de paragem cardiorrespiratória. A autoconfiança dos enfermeiros também melhora quando se recorre a simulação “in situ” para treinar cenários em contexto de emergência. Esta técnica educativa deve ser realizada por enfermeiros com experiência no ensino da simulação. Conclusão: A literatura existente, ainda que limitada ao número de estudos encontrados, sugere que a simulação “in situ” em contexto de emergência resulta numa melhoria das competências dos enfermeiros, sendo uma estratégia eficaz para melhoria da sua autoconfiança na prestação de cuidados.
  • Prevenção da infeção do local cirúrgico na pessoa submetida a cirurgia oftalmológica: perspectiva dos enfermeiros
    Publication . Bastos, Neli
    Enquadramento: As infeções do local cirúrgico estão entre as infeções associadas aos cuidados de saúde mais comuns, provocando custos adicionais e grande impacto na pessoa submetida a cirurgia. Em oftalmologia, a perda de visão da maioria dos utentes após uma infeção causada por uma cirurgia oftalmológica, justifica a implementação de medidas de prevenção de infeção e diagnóstico precoce para evitar tais complicações. Os cuidados de enfermagem no período perioperatório, direcionados à prevenção de infeções do local cirúrgico, de uma forma geral, encontram-se bem documentados, mas não foram encontrados estudos sobre os cuidados de enfermagem na situação particular da prevenção da infeção do local cirúrgico em oftalmologia. Objetivo: identificar as intervenções de enfermagem que contribuem para a prevenção de infeção do local cirúrgico na pessoa submetida a cirurgia oftalmológica. Metodologia: Foi desenvolvido um estudo qualitativo, numa perspetiva de investigação interpretativa partindo da questão de investigação: “Quais as intervenções de enfermagem que contribuem para a prevenção de infeção do local cirúrgico na pessoa submetida a cirurgia oftalmológica?” A colheita de dados foi realizada através da técnica de focus group, que permitiu promover um espaço de debate de um grupo de treze enfermeiros com experiência mínima de cinco anos em cirurgia oftalmológica, em blocos operatórios de hospitais nacionais sobre o seu contributo na prevenção das infeções do local cirúrgico em oftalmologia. Resultados: Através da análise dos resultados emergiram como categorias: “autocuidado”, “gerir ambiente”, “atitudes terapêuticas”, “gestão do regime terapêutico” e “fatores organizacionais”, que correspondem à perspetiva dos enfermeiros sobre o tema em estudo. Em resposta à questão de investigação, as intervenções identificadas pelos enfermeiros, destacam questões referentes à higiene das mãos e da face da pessoa em situação perioperatória, à manutenção de assepsia cirúrgica, à desinfeção do local cirúrgico e à profilaxia antibiótica, à gestão de cuidados e à adesão ao regime terapêutico, bem como questões organizacionais que influenciam o desempenho das equipas. Os enfermeiros reconhecem a escassez de formação específica disponível nesta área e a necessidade da implementação de intervenções baseadas em diretrizes padronizadas sustentadas em evidência científica. Conclusão: Os enfermeiros consideram que, para além dos princípios básicos de prevenção e controlo de infeção, existem intervenções de enfermagem que podem ser implementadas com objetivo de prevenir a infeção do local cirúrgico na pessoa submetida a cirurgia oftalmológica. No entanto, a falta de orientações claras e objetivas baseadas em evidências científicas compromete a uniformização das práticas no contexto específico da cirurgia oftalmológica.
  • Intervenções de Enfermagem para o empoderamento da pessoa com doença renal crónica
    Publication . Delgado, Elisabete
    Enquadramento: A doença renal crónica (DRC) é uma patologia que exige grandes mudanças e adaptações na vida da pessoa, de elevado impacte emocional e psicossocial, face à sua imprevisibilidade de evolução e resultados dos tratamentos. O enfermeiro desempenha um papel fundamental, neste processo de transição, através de intervenções promotoras de empoderamento da pessoa. Neste sentido, surge a questão de investigação: “Quais as intervenções de enfermagem para o empoderamento da pessoa com DRC, no estadio 4-5?”. Objetivo: Mapear a evidência científica sobre as intervenções de enfermagem para o empoderamento da pessoa com DRC, no estadio 4-5. Metodologia: Scoping review, conduzida em concordância com a metodologia JBI. Pesquisa realizada nas bases de dados MEDLINE (via PubMed); CINAHL Complete, Cochrane Plus Collection, Nursing & Allied health Collection, MedicLatina (via EBSCOhost – Research Databases); SciELO e RCAAP. Foram incluídos artigos sem limite de temporal e de idioma e utilizado o fluxograma PRISMA-ScR. Resultados: De um total de 304 artigos foram incluídos 15 estudos nesta revisão. Foram identificadas intervenções de enfermagem do tipo ensinar e informar sobre a doença renal, instruir sobre os cuidados de autogestão da doença e apoiar a tomada de decisão partilhada como promotoras do empoderamento da pessoa na fase pré-diálise. Conclusão: As intervenções de enfermagem com enfoque multidimensional no empoderamento, estruturadas em várias consultas presenciais e por telefone, em modo individual e em grupo, com recurso a ferramentas de suporte à tomada de decisão, apresentam melhoria do conhecimento da pessoa, comportamento de autogestão da doença e diminuição do conflito e da incerteza na tomada de decisão. As evidências encontradas servem de ponto de partida para a construção de programas de intervenção de enfermagem, direcionados para a pessoa com DRC a vivenciar o processo de transição saúde/doença, na fase pré-diálise.