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- E-Liderança no Século XXI: Desafios, Competências e Oportunidades na Era DigitalPublication . Vicente Nunes, Francisco José; Silva, RuiA liderança em ambientes virtuais, comumente designada como e-liderança, embora tenha experimentado uma aceleração notória nos últimos anos, constitui uma prática que vem gradualmente consolidando seu lugar no panorama organizacional moderno. Este modelo de gestão, inicialmente adotado por organizações pioneiras em trabalho remoto, transformou-se progressivamente num paradigma essencial para a operação empresarial na era digital. Este estudo tem como principal objetivo identificar as competências necessárias para uma e-liderança eficaz, os desafios encontrados pelos e-líderes, e as novas oportunidades criadas pela e-liderança. No estudo participaram quinze peritos em e-liderança, de diferentes setores de atividade. Foram realizadas três rondas, cada uma com três listas, uma referente as competências necessárias, com dezasseis itens, outra relacionada com as dificuldades encontradas pelos e-líderes, com catorze itens, e uma última relacionada com as novas oportunidades da e-liderança, com sete itens. Como resultados deste estudo, foi possível concluir que a competência mais valorizada foi a adaptação/recetividade a mudanças e a menos importante orientação 24/7. No que respeita aos desafios, comunicar de forma eficaz é o maior desafio dos e-lideres enquanto aprender a lidar com a diversidade cultural é o desafio menos relevante. A menor foi aprender a lidar com a variedade cultural. No que concerne às novas oportunidades a mais bem posicionada foi melhorar o desempenho organizacional através da criação de equipas multifuncionais e a que ficou com a última posição foi melhorar a satisfação do cliente ao oferecer um serviço 24/7.
- A Cocriação de Valor entre o Ginásio e Instrutores: Variáveis que influenciam a Retenção de ColaboradoresPublication . Zeferino Esteves, Sara Alexandra; Silva, AgostinhoO setor do fitness em Portugal tem vindo a registar um crescimento sustentado, acompanhado por um aumento da procura por estilos de vida mais saudáveis. Contudo, esse crescimento tem sido acompanhado por desafios significativos ao nível da gestão de recursos humanos, com particular destaque para a dificuldade em reter instrutores qualificados nos clubes de fitness. A presente investigação parte da perspetiva da Service-Dominant Logic (S-D Logic) para compreender a retenção dos instrutores como um fenómeno inserido num ecossistema de cocriação de valor, onde múltiplos atores interagem, integram recursos e constroem experiências significativas. O objetivo principal deste estudo consiste em identificar os fatores que influenciam a permanência dos instrutores nos clubes de fitness, com especial atenção à perceção de justiça na remuneração, à acessibilidade ao local de trabalho (distância e tempo de deslocação) e à qualidade do ambiente físico e das infraestruturas. Através de uma abordagem hipotético-dedutiva, foi aplicado um questionário online a uma amostra de 208 instrutores em atividade, sendo os dados analisados com recurso a métodos estatísticos, incluindo regressão linear múltipla. Os resultados revelam que a forma como a remuneração é atribuída, quando percecionada como justa e transparente, constitui um dos principais preditores da retenção. De igual modo, fatores logísticos, como a distância e o tempo de deslocação, influenciam significativamente o compromisso dos profissionais, atuando como barreiras (ou facilitadores) à sua integração no ecossistema organizacional. Por fim, a adequação e qualidade das infraestruturas físicas revelaram-se elementos determinantes para a motivação e intenção de permanência dos instrutores. Este estudo contribui para uma compreensão aprofundada e sistémica da retenção de talento no setor do fitness, sublinhando a importância de práticas de gestão orientadas para a valorização dos recursos humanos e para a criação de contextos organizacionais cocriativos e sustentáveis. Os resultados oferecem recomendações práticas para os gestores de clubes de fitness, destacando a relevância da justiça organizacional, da acessibilidade logística e da valorização do ambiente de trabalho como pilares estratégicos na retenção de profissionais.
- Gestão da Obra Digital - Otimização de Prazos de Execução (BIM-4D)Publication . Rangel de Lima, Gonçalo; Silva, AgostinhoA presente dissertação investiga o impacto da gestão de obra suportada por tecnologias digitais, com especial enfoque na 4.ª dimensão do Building Information Modeling (BIM 4D), sobre o cumprimento dos prazos de execução em projetos de construção civil. A crescente complexidade dos projetos, aliada à exigência por maior previsibilidade e controlo, tem evidenciado a necessidade de modernizar os modelos de gestão adotados no setor. Contudo, subsiste uma lacuna significativa na quantificação objetiva dos benefícios reais da digitalização, nomeadamente na redução efetiva dos tempos de execução. A questão de investigação formulada — Como pode a gestão digital contribuir para a redução dos tempos de execução em obras de construção civil? — orientou o desenvolvimento de um modelo de gestão empiricamente sustentado, baseado em ferramentas digitais e em indicadores-chave de desempenho (KPIs) aplicados à dimensão temporal da obra. O modelo proposto foi validado através da aplicação prática em dois estudos de caso reais, com diferentes características operacionais. A análise empírica evidenciou que, nos dois casos, os valores dos KPIs foram sistematicamente inferiores ou iguais a 1,00, sinalizando que os tempos reais de execução foram iguais ou inferiores aos planeados. A utilização de plataformas digitais como o Autodesk Construction Cloud revelou-se determinante para agilizar processos, centralizar informação, melhorar a comunicação entre intervenientes e reforçar o controlo operativo da obra. Em particular, registaram-se ganhos evidentes na aprovação de documentos, resposta a solicitações e resolução de não-conformidades. Os resultados confirmam que a gestão digital não é, por si só, uma garantia de eficiência temporal, mas constitui um fator facilitador relevante, cuja eficácia depende do grau de adesão, cultura organizacional e maturidade digital das equipas. A investigação contribui, assim, para a consolidação de um corpo de conhecimento aplicado sobre a digitalização da gestão de obra, propondo um modelo operacional replicável e alinhado com os desafios atuais do setor da construção civil em Portugal.
- Descarbonização da Cadeia de Valor da Indústria CimenteiraPublication . Soares Rumor, Eduardo Manuel; Silva, AgostinhoResumo A indústria cimenteira é reconhecida como uma das maiores emissoras globais de dióxido de carbono (CO₂), enfrentando desafios estruturais e operacionais significativos no caminho para a descarbonização. Particular destaque recai sobre as emissões de Âmbito 3, que dizem respeito a fontes indiretas ao longo da cadeia de valor, cuja mitigação se revela especialmente complexa devido à sua dispersão, à multiplicidade de agentes envolvidos e à escassez de controlo direto por parte das empresas produtoras de cimento. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar e analisar estratégias capazes de reduzir substancialmente estas emissões indiretas, contribuindo para um modelo de produção mais sustentável e alinhado com os compromissos climáticos globais. A investigação foi orientada por três hipóteses centrais, que incidem sobre diferentes eixos de transformação do setor: a implementação de práticas de economia circular, a sensibilização e seleção responsável de fornecedores e a aplicação de tecnologias de Inteligência Artificial (IA). Através de uma metodologia qualitativa, sustentada na análise de casos práticos e em dados secundários, foi possível testar e validar cada uma das hipóteses formuladas. Os resultados demonstram a viabilidade e o potencial de impacto destas abordagens na redução das emissões de gases com efeito de estufa (GEE), com ênfase nas emissões de CO₂ associadas às atividades a montante e a jusante do processo produtivo. A adoção de soluções circulares, o reforço da colaboração ao longo da cadeia de abastecimento e o uso estratégico de tecnologias digitais emergem, assim, como pilares fundamentais para a transição da indústria cimenteira para um modelo mais sustentável, resiliente e competitivo.
- Eficiência logística e ganhos económicos: O papel dos resultados ambientais e da relação com a comunidade num modelo de mediação paralelaPublication . Maia Monteiro da Silva, Catarina; Rodrigues, RosaNum contexto em que a sustentabilidade se afirma como um imperativo estratégico para as organizações, este estudo analisa de que forma a eficiência logística contribui para os ganhos económicos das empresas, considerando o papel mediador de duas dimensões essenciais da sustentabilidade: os resultados ambientais e a relação com a comunidade. Com base num modelo de mediação paralela foi aplicado um questionário a 207 profissionais do setor logístico, que avaliou as perceções sobre as práticas organizacionais, o impacto ambiental e o envolvimento comunitário. Os resultados confirmam que a eficiência logística exerce um impacto direto significativo nos ganhos económicos, mas também influencia estes ganhos de forma indireta, sobretudo através da melhoria do desempenho ambiental. A relação com a comunidade revelou um efeito mediador estatisticamente significativo, ainda que menos expressivo. Estes dados sugerem que os benefícios económicos da sustentabilidade logística não resultam apenas de ganhos operacionais diretos, mas também de mecanismos de criação de valor ambiental e social, cuja intensidade e temporalidade são distintas. O estudo reforça a importância de estratégias logísticas integradas, que se foquem simultaneamente na eficiência, no compromisso ambiental e na coesão comunitária, enquanto vias complementares para potenciar a competitividade e a legitimidade organizacional a longo prazo.
- IA no retalho de moda online: Perceções dos consumidores portuguesesPublication . Seixas, Gabrielle Cristine Pinto Alves; Bezerra, IonaraA crescente integração da inteligência artificial no retalho de moda online tem transformado radicalmente a experiência de compra digital, criando dinâmicas de interação entre consumidores e tecnologia. Este estudo investiga um fenómeno contemporâneo de particular relevância: como os consumidores portugueses percecionam, adotam e experienciam as tecnologias de IA durante as suas jornadas de compra de moda online. Através de uma abordagem metodológica mista, aplicou-se um questionário online estruturado a 301 consumidores portugueses com experiência comprovada em plataformas digitais que utilizam funcionalidades de IA, como recomendações personalizadas e assistentes virtuais. A primeira componente quantitativa permitiu caracterizar atitudes, perceções e preferências através de escalas validadas, enquanto a vertente qualitativa explorou experiências subjetivas e significados atribuídos à interação com sistemas inteligentes. Os resultados revelam uma aceitação moderadamente positiva da IA no retalho de moda online, especialmente quando associada à personalização da experiência de compra, com os consumidores a valorizarem a conveniência, rapidez e relevância das sugestões automatizadas. Contudo, emergem tensões significativas entre os benefícios percebidos e as preocupações éticas, particularmente relacionadas com a privacidade de dados, transparência algorítmica e autonomia decisória. A análise estatística demonstra que tanto as atitudes positivas face à IA (β=0,513; p<0,001) quanto os níveis de confiança (β=0,366; p<0,001) constituem preditores significativos da intenção de uso futuro, explicando conjuntamente 62% da variância. A triangulação com dados qualitativos revela que, embora os consumidores reconheçam valor na curadoria inteligente e na personalização, manifestam receios quanto à "sensação de vigilância" e à falta de transparência nos critérios de recomendação. Estes achados sugerem que a aceitação da IA transcende a mera funcionalidade tecnológica, dependendo criticamente da construção de confiança digital através de comunicação transparente e práticas éticas. O estudo contribui teoricamente para a compreensão dos mecanismos psicológicos e relacionais que sustentam a adoção de tecnologias disruptivas no consumo digital, oferecendo simultaneamente implicações práticas para marcas que pretendam integrar soluções de IA centradas no utilizador. As limitações relacionadas com o carácter não probabilístico da amostra e a concentração em consumidores com elevada literacia digital sugerem cautela na A crescente integração da inteligência artificial no retalho de moda online tem transformado radicalmente a experiência de compra digital, criando dinâmicas de interação entre consumidores e tecnologia. Este estudo investiga um fenómeno contemporâneo de particular relevância: como os consumidores portugueses percecionam, adotam e experienciam as tecnologias de IA durante as suas jornadas de compra de moda online. Através de uma abordagem metodológica mista, aplicou-se um questionário online estruturado a 301 consumidores portugueses com experiência comprovada em plataformas digitais que utilizam funcionalidades de IA, como recomendações personalizadas e assistentes virtuais. A primeira componente quantitativa permitiu caracterizar atitudes, perceções e preferências através de escalas validadas, enquanto a vertente qualitativa explorou experiências subjetivas e significados atribuídos à interação com sistemas inteligentes. Os resultados revelam uma aceitação moderadamente positiva da IA no retalho de moda online, especialmente quando associada à personalização da experiência de compra, com os consumidores a valorizarem a conveniência, rapidez e relevância das sugestões automatizadas. Contudo, emergem tensões significativas entre os benefícios percebidos e as preocupações éticas, particularmente relacionadas com a privacidade de dados, transparência algorítmica e autonomia decisória. A análise estatística demonstra que tanto as atitudes positivas face à IA (β=0,513; p<0,001) quanto os níveis de confiança (β=0,366; p<0,001) constituem preditores significativos da intenção de uso futuro, explicando conjuntamente 62% da variância. A triangulação com dados qualitativos revela que, embora os consumidores reconheçam valor na curadoria inteligente e na personalização, manifestam receios quanto à "sensação de vigilância" e à falta de transparência nos critérios de recomendação. Estes achados sugerem que a aceitação da IA transcende a mera funcionalidade tecnológica, dependendo criticamente da construção de confiança digital através de comunicação transparente e práticas éticas. O estudo contribui teoricamente para a compreensão dos mecanismos psicológicos e relacionais que sustentam a adoção de tecnologias disruptivas no consumo digital, oferecendo simultaneamente implicações práticas para marcas que pretendam integrar soluções de IA centradas no utilizador. As limitações relacionadas com o carácter não probabilístico da amostra e a concentração em consumidores com elevada literacia digital sugerem cautela na generalização, abrindo caminhos para investigações futuras com amostras mais diversificadas e abordagens longitudinais.