ESSSM - Mestrado em Enfermagem de Reabilitação
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- Enfermagem de reabilitação à pessoa após AVC: programa RIRPublication . Silva, Raquel Alexandra; Marques, Goreti Filipa Santos; Araújo, Patrícia Maria CorreiaIntrodução: O Acidente Vascular Cerebral (AVC) manifesta-se através de défices neurológicos que se prolongam além das 24 horas, considerando-se a principal causa de morbilidade e mortalidade a nível mundial (World Health Organization [WHO], 2018). Dados estes que justificam uma necessidade de evoluir em métodos eficazes na reabilitação à pessoa após AVC (Benjamin, et al, 2018). O ritmo tem demonstrado inúmeros benefícios na reabilitação à pessoa com problemas neurológicos destacando-se ganhos a nível motor e cognitivo (Silva, Ribeiro, & Neves, 2019). Por conseguinte, considerou-se pertinente cooperar no desenvolvimento e sustentação de uma intervenção autónoma do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER). Objetivos: Construir o programa de reabilitação com integração de ritmo; Validar o conteúdo do programa de reabilitação com integração de ritmo através da técnica Delphi; Verificar a exequibilidade do programa de reabilitação com integração de ritmo. Material e métodos: Foi delineado um estudo descritivo, que se divide em três etapas: Desenvolvimento de uma Intervenção Complexa com base na guideline descrita pela Medical Research Council; Validação do programa com recurso ao teste Delphi; Estudo Piloto do programa de reabilitação com integração de ritmo. Resultados: Sustentada na evidência científica construiu-se um programa de reabilitação com integração de ritmo. Ainda assim, considerou-se pertinente validar o programa construído em consenso de peritos através do teste Delphi. A fase de validação do Programa de Reabilitação com Integração de Ritmo (Programa RIR) consistiu em duas rondas, com necessidade de alguns ajustes no cluminar da primeira, no que concerne ao tipo de música eleita pelo investigador. Na segunda ronda obteve-se 100% de concordância entre peritos. Por fim, o Programa RIR constatou-se ser exequível, tendo por base alguns ajustes. Conclusão: Visto estar garantida a validação e exequibilidade do Programa RIR, importa prosseguir com estudos por forma a verificar a efetividade do mesmo.
- Atividade física na criança em idade escolar: intervenção do enfermeiro de reabilitaçãoPublication . Ferreira Da Silva, Carina; Marques, Goreti Filipa SantosA atividade física desempenha um papel decisivo na saúde e bem-estar das crianças, pois está diretamente relacionada com a prevenção de um conjunto de doenças crónicas. Esta tem vários benefícios nas crianças e adolescentes melhorando a sua saúde óssea, cardiometabólica, peso, aptidão cardiorrespiratória e muscular, cognição e reduz o risco de depressão (Piercy et al., 2018). Os objetivos que nortearam a realização deste estudo foram: descrever a intervenção do Enfermeiro de Reabilitação na promoção da atividade física em crianças do 1º ciclo do ensino básico (faixa etária 8-9anos); identificar quais as estratégias promotoras de atividade física, especificamente no 1º ciclo do ensino básico e desenvolver um instrumento de intervenção, com incidência na atividade física, destinado à criança do 1º ciclo do ensino básico. Relativamente ao método de pesquisa realizou-se uma revisão integrativa de literatura em duas bases de dados de referência na área da saúde: a Trip Medical Database e a PubMed. Foram incluídos artigos publicados entre 2016 e 2019, bem como a consulta de outros estudos científicos, dissertações de mestrado, documentos de organizações da saúde internacionais e nacionais, bem como documentos reguladores da Ordem dos Enfermeiros. Dos resultados obtidos surgem alguns programas de intervenção, que enfatizam a prática de atividade física na escola e que refletem resultados positivos no bem-estar e na aprendizagem da criança. Posteriormente, e tendo por base as conclusões do projeto Por Mais Saúde e a pesquisa realizada sobre os programas promotores da atividade física na escola, foi construído um protótipo de instrumento de intervenção com vista a contribuir para o aumento da prática de atividade física e da literacia em saúde na criança em idade escolar no contexto escolar. Assim, pretendemos demostrar os ganhos em saúde da intervenção do enfermeiro de reabilitação na promoção da saúde na comunidade, com incidência na atividade física, no âmbito de projetos de saúde escolar.
- Processo de tomada decisão em enfermagem de reabilitação nas Unidades de Cuidados Intensivos: perspetiva do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitaçãoPublication . Prazeres, Virgínia; Marques, Goreti Filipa Santos; Ribeiro, Catarina DiasDecorrente do envelhecimento populacional, dos novos tratamentos que vão surgindo e da expansão das chamadas doenças da civilização, tem aumentado o número de internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI). Estes, podem provocar efeitos deletérios que resultam em situações de incapacidade e elevada dependência, que persistem por tempo prolongado. A reabilitação precoce pode prevenir ou limitar essas situações (Azevedo & Gomes, 2015) e, neste sentido, o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) apresenta um papel relevante na conceção de planos de intervenção diferenciados durante os processos de transição, assumindo a premissa de tomar decisões. Esta investigação teve o propósito de compreender, sob o ponto de vista dos EEER, qual o processo de tomada de decisão nas UCI e, a partir deste ponto, construir linhas orientadoras para uma prática efetiva de Enfermagem de Reabilitação (ER) na área. Considerando a ótica dos participantes, os objetivos delineados para este estudo foram: perceber o conceito de processo de tomada de decisão; identificar quais os focos e diagnósticos de enfermagem utilizados; analisar as intervenções de ER; analisar como são definidos os resultados a obter; identificar quais os fatores que influenciam o processo de tomada de decisão; identificar quais as dificuldades sentidas no processo de tomada de decisão; e identificar quais os referenciais teóricos que fundamentam e sustentam a sua prática de cuidados. Quanto ao método de pesquisa, realizou-se uma revisão da literatura recorrendo a duas bases de dados de referência em saúde, a EBSCO e a PubMed, incluindo artigos publicados no período de 2009 a 2019. Adicionalmente, foram consultados outros estudos, teses de doutoramento e dissertações de mestrado, bem como documentos reguladores da prática profissional dos enfermeiros e do ministério da saúde português. Posteriormente, procedeu-se a um estudo de cariz qualitativo, exploratório e descritivo, através de uma sessão de focus group onde participaram 6 EEER, que exercessem funções especializadas há um ano ou mais em UCI. Os dados foram tratados utilizando a técnica de análise de conteúdo de Bardin. Dos resultados obtidos emergem oito áreas major: o processo de tomada de decisão; competências do EEER nas UCI; focos de atenção; intervenções; avaliação; fatores que influenciam a tomada de decisão; sistemas de informação; e referenciais teóricos orientadores da prática.
- Educação postural na criança em idade escolar: contributos para a prática de enfermagem de reabilitaçãoPublication . Carvalho, Ana Maria Dos Santos; Marques, Goreti Filipa Santos; Ribeiro, Catarina DiasA postura corporal tem influência no bem-estar e na qualidade de vida das crianças. Durante a idade escolar, o seu sistema músculo-esquelético apresenta-se em desenvolvimento, pelo que estão suscetíveis em adquirir más posturas e lesões. Por essa razão, o investimento na educação postural é recomendado e está identificado no plano nacional de saúde escolar 2015 como área de intervenção prioritária. Esta é uma área onde o enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação tem um papel relevante, na medida em que promove conhecimento às crianças desde cedo, capacitando-as para a tomada de decisão e assim, previne o aparecimento de dor e lesões músculo-esqueléticas. Os objetivos definidos para este estudo foram analisar o conhecimento de uma amostra de crianças em idade escolar sobre postura corporal, através da escala de imagens de conhecimento da postura corporal - comPostura e verificar de que forma o conhecimento é influenciado pelas variáveis sociodemográficas. Desta forma, pretendese propor orientações para uma prática efetiva de enfermagem de reabilitação, no sentido de melhorar a educação postural ao nível da saúde escolar. Para o efeito, desenvolveu-se um estudo de natureza quantitativa, transversal e correlacional, através da análise do conhecimento de 248 crianças, com idades compreendidas entre os seis e os 11 anos de idade, que frequentam o primeiro ciclo do ensino básico, pertencentes a diferentes escolas de um concelho do norte do país. Os resultados sugerem a necessidade de implementar medidas para melhorar conhecimentos de postura corporal e potenciar a mudança de comportamentos. Verificouse que os participantes têm maior capacidade para responder à identificação de posturas corretas, do que às incorretas e foi encontrada uma diferença estatisticamente significativa entre a identificação de posturas e o ano de escolaridade. Com os resultados obtidos, foi possível concluir que a promoção da saúde deve começar desde cedo e ser adequada à população-alvo. Desta forma, o investimento na educação postural de crianças em idade escolar deve ser incentivado, tendo o enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação um papel preponderante na promoção de saúde em meio escolar
- Contributos do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação na gestão das atividades de vida diárias do utente com DPOC: programa de reabilitação respiratóriaPublication . Rodrigues, Maria Fernanda da Rocha; Goreti Filipa dos Santos Marques; Glória Maria Andrade do CoutoA Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica é uma doença respiratória com elevada prevalência em Portugal, afetando aproximadamente 800 mil portugueses e estima-se que seja a terceira causa de morte a nível global. As alterações fisiopatológicas desta patologia vão-se instalando no decurso da doença agravando os sintomas, nomeadamente a dispneia. Na tentativa de diminuir os sintomas, instala-se um ciclo vicioso que conduz ao descondicionamento físico, comprometendo as Atividades de Vida Diárias. Os Programas de Reabilitação Respiratória constituem uma estratégia fundamental para travar este ciclo da doença. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação no âmbito das suas competências específicas, desempenha um contributo importante na conceção, implementação e avaliação destes Programas de Reabilitação Respiratória, com objetivo, de otimizar a capacidade funcional, melhorar a autonomia para as Atividades de Vida Diárias, capacitar o utente para melhor gerir a sua doença e melhorar a sua qualidade de vida. A realização deste estudo teve como propósito avaliar o impacto na realização das Atividades de Vida Diárias dos utentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, submetidos a um Programa de Reabilitação Respiratória. Os objetivos traçados foram: caracterizar os utentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica que integraram o programa e comparar a capacidade para o desempenho das Atividades de Vida Diárias dos utentes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica antes e após o Programa de Reabilitação Respiratória. Realizou-se um estudo retrospetivo-correlacional, no período compreendido entre janeiro e dezembro de 2018, num centro hospitalar da zona norte do país, com uma amostra de 46 participantes, com diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica. Na sua maioria do género masculino (67,39%) com uma idade média de 63 anos. Os principais resultados do estudo evidenciaram ganhos ao nível da autonomia para as Atividades de Vida Diárias, verificando-se uma melhoria estatisticamente significativa nos diferentes domínios da escala London Chest Activity of Daily Living. O domínio onde as diferenças são mais significativas é o domínio das “tarefas domésticas” seguido do domínio “cuidado pessoal”, sendo que o domínio do “lazer” é o que traduz menor diferença estatística. Demonstrou-se que a limitação da capacidade respiratória também diminuiu com significado estatístico. Este estudo contribuiu para demonstrar a relevância e o papel ativo que o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação tem nos Programas de Reabilitação Respiratória, nomeadamente ao nível da autonomia e capacitação para a gestão da doença crónica e adoção de estratégias adaptativas para as Atividades de Vida Diárias, na implementação dos programas de treino para melhoria da intolerância à atividade.
- Reabilitação na pessoa com insuficiência cardíaca descompensada: intervenção do enfermeiro de reabilitaçãoPublication . OLIVEIRA, FÁBIO; Beatriz da Graça Nunes Veiga Edra; Bruno Miguel DelgadoIntrodução: A Insuficiência Cardíaca (IC) caracteriza-se como uma patologia crónica que dificulta a realização das Atividades de Vida (AV’s), diminuindo, assim, a autonomia funcional e instrumental, devido ao cansaço fácil e intolerância à atividade que provoca. Este processo promove a dependência, pois a pessoa procura a inatividade, de forma a preservar energia e evitar os sintomas. Sabe-se, atualmente, que um Self-Care adequado, onde o Exercício Físico (EF) desempenha um papel fulcral, é necessário para diminuir a presença de sintomas de Insuficiência Cardíaca Descompensada (ICD), melhorando a confiança e a autonomia da pessoa com IC. Metodologia: Através do método descritivo correlacional, foram utilizados dados obtidos num estudo primário (ERIC-HF), em pessoas internadas no serviço de cardiologia de adultos de um hospital do norte de Portugal. A amostra é constituída por 112 pessoas que estiveram internadas com o diagnóstico de ICD, entre setembro de 2019 e abril de 2020. A colheita de dados foi efetuada na admissão/avaliação inicial de cada pessoa. Resultados: A amostra foi constituída por 67,9% de participantes do sexo masculino e a média de idades foi de 69,90±9,95 anos. A amostra apresenta como valores médios: 72,14±19,03 no Índice de Barthel (IB) e 31,96±8,17 na London Chest Activity of Daily Living Scale (LCADL). Na Escala de Autocuidado para a Pessoa com Insuficiência Cardíaca (EACPIC), apresentam os seguintes valores médios: na manutenção do autocuidado 47,00±18,78; gestão do autocuidado 23,39±17,02 e confiança no autocuidado 25,04±24,86. Valores elevados da prática de Atividade Física (AF) encontram-se associados a melhores scores na EACPIC, IB e LCADL. Conclusão: Na amostra em causa a prática de AF e EF na pessoa com IC, é segura e é passível de proporcionar uma gestão eficaz da IC, (melhor score na EACPIC), menor sensação de dispneia na realização das AV’s (LCADL) e maior independência na realização das AV’s (IB).
- Independência funcional, ansiedade e depressão na pessoa com DPOC: um estudo descritivo e correlacional no serviço de urgênciaPublication . Ribeiro, Marlene Patrícia; Bruna Raquel Figueira Ornelas de GouveiaTEMA: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença que compromete a qualidade de vida das pessoas. As exacerbações estão na origem de recursos hospitalares e internamentos, afetam a severidade da doença e conferem um impacto negativo no estado de saúde e capacidade funcional da pessoa. OBJETIVOS: Caracterizar as pessoas com DPOC, que recorrem ao serviço de urgência por dispneia, relativamente às características sociodemográficas e clínicas, independência funcional, ansiedade e depressão e investigar possíveis relações entre variáveis. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Amostra constituída por 31 participantes com DPOC. A recolha de dados foi efetuada durante o episódio de urgência por agudização da doença. Utilizou-se um questionário com questões fechadas, Índice de Barthel e Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar. Métodos estatísticos foram utilizados para análise de dados. RESULTADOS: Amostra constituída maioritariamente por pessoas do sexo masculino (71%), com baixo nível de escolaridade (67,7% com 1.º ciclo) e exposição a tabaco (67,8%). A adesão à terapêutica inalatória e vacina antigripal exibida foi boa (87,1%), no entanto poucos usufruíram de Reabilitação Respiratória (16,1%). Observaram-se níveis patológicos de ansiedade (32,3%) e de depressão (41,9%) e uma maioria de participantes independentes (74,2% pelo ponto de corte de Sequeira [2010]), sendo que pessoas do sexo masculino apresentaram níveis de independência funcional superior às do feminino (masculino: 𝑀𝐷 = 100,00; 𝐷𝑃 = 8,93; feminino: 𝑀𝐷 = 90,00; 𝐷𝑃 = 24,49; 𝑈 = 48,00; 𝑧 = −2,397; 𝑝 = 0,017). Foram encontradas associações com significado estatístico entre as variáveis (Índice de Barthel e Ansiedade: 𝑅ℎ𝑜 = −0,385; 𝑝 = 0,032; Índice de Barthel e Depressão: 𝑅ℎ𝑜 = −0,532; 𝑝 = 0,002; Ansiedade e Depressão: 𝑅ℎ𝑜 = 0,549; 𝑝 = 0,001). CONCLUSÃO: Os resultados indicam a necessidade de oferecer mais recursos às pessoas com DPOC. O enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação sustenta conhecimentos para intervir no processo de reabilitação destas pessoas, devendo integrar as equipas multidisciplinares que realizam os programas de Reabilitação Respiratória.
- Deglutição comprometida e risco de aspiração: intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação num serviço de hospitalização domiciliáriaPublication . Boavista, Ana Isabel da Silva; Rocha, Inês Alves da Rocha e Silva; Rodrigues, Tânia Marisa PintoA deglutição tem como principais funções a nutrição e a hidratação, desempenhando ainda um importante papel na regulação da proteção da via aérea. A alteração que ocorre durante este processo denomina-se de disfagia, sendo que esta condição pode acarretar diversos problemas para a pessoa, uma vez que as suas consequências potenciam a morbilidade, a mortalidade, o agravamento do estado geral de saúde e, por sua vez, a diminuição da qualidade de vida da pessoa e dos seus cuidadores. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, como profissional com conhecimento sobre prática baseada na evidência, é autónomo na avaliação, diagnóstico e tratamento desta condição, constituindo-se como uma mais-valia no processo de recuperação da pessoa com alterações da deglutição. No fundo, o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação intervém no sentido de diminuir os riscos e potenciar a melhoria no processo de deglutição, com o objetivo de capacitar a pessoa e a família, tendo como finalidade potenciar a qualidade de vida e a reinserção na sociedade. Além disso, o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação, devido às competências que lhe estão inerentes, tem um papel primordial nas questões relacionadas com a formação em serviço e a capacitação dos enfermeiros da prática clínica. Assim, o trabalho desenvolvido ao longo do estágio de opção, e apresentado neste relatório, teve como principal objetivo melhorar o conhecimento e capacidade dos enfermeiros do Serviço de Hospitalização Domiciliária para identificar compromissos na deglutição dos utentes, diminuindo, desta forma, o risco de aspiração. A metodologia utilizada inseriu se no projeto de melhoria da qualidade, como estratégia de intervenção profissional, tendo-se realizado uma formação em serviço, estruturada de acordo com a evidência encontrada na revisão integrativa da literatura.
- Avaliação da força muscular periférica e da independência funcional: estudo de caraterização da população alvo de cuidados no Hospital das Forçar Armadas - Pólo PortoPublication . Fonseca, Filipe Rodrigues da; Gouveia, Bruna Raquel Figueira Ornelas deEnquadramento: Os indivíduos frágeis representam desafios aos profissionais de saúde. A prevenção e a detecção precoce da dependência funcional são importantes para reduzir as consequências negativas associadas à condição de doença dos indivíduos. Objetivos: Caracterizar a população alvo em relação a variáveis sociodemográficas e condição de saúde; descrever a sua força muscular periférica; descrever a sua independência funcional. Material e Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo e recorrendo a uma amostragem não probabilística. Participaram 82 utentes do Hospital das Forças Armadas – Pólo do Porto. Os instrumentos de avaliação foram a escala da Medida de Independência Funcional (MIF) e a escala da força muscular do Medical Research Council (MRC). Resultados: A maioria dos participantes era do sexo masculino (63,4%), com uma mediana de idades de 73,00 anos, com o ensino básico concluído (65,9%), reformados (67,1%), casados ou em união de facto (67,1%), residia no seu domicílio (91,5%), com os seus cônjuges (48,8%), sem cuidador informal (58,5%), no concelho do Porto (28,0%). O valor da mediana da independência funcional foi de 122,0 (102,75 – 126,00). A maioria apresentou independência completa (74,4%). Os parâmetros com melhores resultados foram: comunicação auditiva e verbal (95,1%); alimentação (86,6%); controlo intestinal (87,8%); uso da sanita (75,6%); e vestir a metade superior do corpo (75,6%). Na avaliação da força muscular periférica, o grau 5 foi o mais frequente, exceto no membro inferior direito com grau 4, com nenhum segmento com força inferior a 3. Conclusão: As variáveis gênero, obesidade, escolaridade, situação profissional, estado civil e coabitação foram as que apresentaram maior diferença nos resultados obtidos na avaliação da escala MIF e da escala de força muscular MRC. Futuros estudos deverão identificar associações de outros fatores relacionados com a independência funcional e a força muscular, permitindo nortear a intervenções específicas para essa população.
- Programa de exercício físico em utentes com demência e défice cognitivo ligeiro num contexto comunitário: intervenção do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitaçãoPublication . Almeida, Luísa Filipa Barros de; Rocha, Inês Alves da Rocha e Silva; Simões, CatarinaNos países desenvolvidos com o aumento da esperança média de vida, há um agravamento do envelhecimento demográfico. A idade avançada é o principal fator de risco de demência e estima-se que até 2050 cerca de 150 milhões de pessoas em todo o mundo terão demência. Existem fortes evidências de que a prática de exercício físico é uma estratégia para prevenir o declínio e o prejuízo nos vários domínios funcionais em idosos com défices cognitivos ligeiros. Este relatório surge do estágio de opção que decorreu no Agrupamento de Centros de Saúde, na Unidade de Cuidados na Comunidade, com uma equipa de Enfermagem Cuidados Continuados Integrados da região norte do País, para colmatar o eixo do exercício físico no âmbito de um Projeto de Intervenção Comunitária de prevenção da demência e do défice cognitivo ligeiro. Objetivo: Elaborar o Programa de Exercício implementado pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação no âmbito de um Projeto de Intervenção Comunitária: Programa de Exercício Físico. Metodologia: Projeto de melhoria de qualidade nos cuidados de saúde. Realizou-se uma revisão integrativa da literatura acerca dos efeitos do Programa de Exercício Físico no retardar da progressão da demência e do declínio cognitivo, recorrendo às bases de dados eletrónicas: MEDLINE complete; COCHRANE Central Register of Controlled Trials; CINAHL Complete; Cochrance Database of Systematic Reviews; Nursing & Allied Health Collection: Comprehensive via EBSCO. Resultados: Verificou-se que através do exercício físico, nomeadamente da combinação de exercícios aeróbios, força, resistência, equilíbrio, treino de marcha e de dupla-tarefa, existem melhorias na capacidade funcional e cognitiva em idosos com demência e défice cognitivo ligeiro. Conclusão: Através dos resultados obtidos da revisão integrativa da literatura elaborou se o Programa de Exercício implementado pelo Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação no Projeto de Intervenção Comunitária: Programa de Exercício Físico