ESESJC - Mestrado em Enfermagem de Reabilitação - Dissertações/Relatórios/Projetos
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ESESJC - Mestrado em Enfermagem de Reabilitação - Dissertações/Relatórios/Projetos by advisor "Gouveia, Bruna"
Now showing 1 - 10 of 12
Results Per Page
Sort Options
- Aptidão Aeróbica e Força: Relação com a Capacidade Funcional em Clientes Alvo de Cuidados em Enfermagem de Reabilitação em Rede Regional de Cuidados Continuados do Serviço de Saúde da RAMPublication . Figueira, Fátima Engrácia; Gouveia, BrunaOs eventos agudos de doença com consequente hospitalização, constituem um grande risco de comprometimento na aptidão aeróbica, força e capacidade funcional, afetando negativamente o desempenho das atividades de vida diárias. Este estudo teve como objetivos os seguintes: (1) investigar os níveis de aptidão aeróbica, força e a capacidade funcional em função do género, e (2) analisar as associações entre as variáveis anteriores e a capacidade funcional em clientes internados na Rede Regional de Cuidados Continuados do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira. Trata-se de um estudo transversal, descritivo-correlacional. A população é constituída por 34 clientes (11 homens e 23 mulheres), com 65.7 ±13.2 anos de idade, respetivamente. Todos os elementos da população foram alvo de cuidados por parte do enfermeiro especialista em enfermagem de Reabilitação, no dia 5 de junho, de 2019. A caracterização sociodemográfica e a capacidade funcional foram avaliadas a partir de questionários. A aptidão aeróbica e a força muscular foram avaliadas com recurso a testes físicos. Nas análises estatísticas recorreram-se aos testes de Mann-Whitney U e correlações de spearman (Rho). Verificaram-se diferenças significativas entre homens e mulheres apenas na força muscular (p=.019). Quanto aos níveis do Índice de Barthel (IB), 54.5% dos homens e 39.1% mulheres são independentes, enquanto que, 39.1% dos homens e mulheres apresentam ligeira independência. A associação entre a aptidão aeróbica e a força muscular foi positiva e forte (Rho=0.50, p=.016). Ambas as componentes, aptidão aeróbica e força muscular apresentaram uma correlação moderada e positiva com o IB (.39 >Rho <0.47; ps<.027). Os homens apresentaram melhores resultados na força muscular comparativamente às mulheres. A aptidão aeróbica e a força muscular estão associadas a níveis elevados de independência funcional, no contexto de doença aguda durante o internamento.
- Atividade Física e Qualidade de Vida dos Enfermeiros Especialistas em Reabilitação: Um Estudo Descritivo e Correlacional na Região Autónoma da MadeiraPublication . Freitas, Válter; Gouveia, BrunaA atividade física está associada a melhores níveis de qualidade de vida em vários grupos etários, tendo um grande impacto para a saúde. Os estudos das relações entre a atividade física e a qualidade de vida em enfermeiros especialistas de reabilitação são escassos. Os objetivos deste estudo foram: (1) caracterizar o nível de atividade física e de qualidade de vida dos enfermeiros especialistas em reabilitação da Região Autónoma da Madeira em função do seu contexto de prática laboral; (2) investigar as diferenças na atividade física e na qualidade de vida associadas ao género e à idade; e (3) investigar as associações entre a atividade física e a qualidade de vida. A amostra foi composta por 114 enfermeiros especialistas em reabilitação que desempenhavam funções no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira. A caracterização geral dos enfermeiros especialistas em reabilitação foi obtida através de um questionário geral. A atividade física e a qualidade de vida foram avaliadas por questionários validados para a população portuguesa. Os resultados indicaram que 65,8 % dos enfermeiros especialistas em reabilitação praticam algum tipo de atividade física. Não foram identificadas diferenças no score da atividade física em função dos contextos de prática laboral. No que respeita à qualidade de vida, os enfermeiros especialistas em reabilitação dos cuidados de saúde primários reportaram scores na função física mais baixos comparativamente aos restantes contextos. Por outro lado, os enfermeiros especialistas em reabilitação das Unidade de Internamento de Longa Duração apresentaram scores mais baixos no desempenho emocional. Os enfermeiros especialistas em reabilitação masculinos são mais ativos (p<0,010) e apresentam scores mais elevados na função física da qualidade de vida (p=0,002). Não foram encontradas diferenças associadas à idade na atividade física nem qualidade de vida entre os enfermeiros especialistas em reabilitação. Finalmente, verificou-se uma correlação positiva entre o score total de atividade física e a qualidade de vida nas componentes física e mental (0,191> r <0,214; p<0,005). A prática de atividade física entre os enfermeiros especialistas em reabilitação é elevada, particularmente no género masculino. O desempenho emocional e a função física da qualidade de vida variam em função do contexto laboral. Este estudo em enfermeiros especialistas em reabilitação comprova a relação positiva que existe entre a atividade física e a qualidade de vida.
- Atividade física, independência funcional e desempenho cognitivo: Ujm estudo descritivo correlacional em clientes idosos alovo dos cuidados de enfermagem de realibitação na RAMPublication . Da Mata, Tina; Gouveia, BrunaEste estudo em clientes idosos alvo dos cuidados de enfermagem em reabilitação, teve por objetivos os seguintes: (1) caraterizar esta população no que respeita às variáveis sociodemográficas e perfil de necessidades; (2) analisar diferenças associadas ao género na atividade física (AF), independência funcional e desempenho cognitivo; e (3) analisar as relações entre as variáveis anteriores. Este estudo transversal, de natureza quantitativa, descritivo e correlacional, analisou uma amostra de 131 idosos, com idades compreendidas entre 65,4 e os 92,3 anos, que foram alvo dos cuidados de enfermagem de reabilitação na RAM no dia 5 junho de 2019. As variáveis sociodemográficas, a AF, a independência física e a função cognitiva foram avaliadas a partir de instrumentos validados para a população portuguesa. A amostra foi constituída, maioritariamente, por indivíduos do sexo feminino, residentes no domicílio familiar, casados ou em união de facto, com o 1º Ciclo do Ensino Básico, reformados/inválidos e com dificuldades na mobilidade. Não foram identificadas diferenças associadas ao género nas variáveis estudadas, à exceção das atividades domésticas (favorecendo as mulheres). Verificou-se uma correlação significativa moderada e positiva entre a AF Total e o Índice de Barthel (Rho=.322, p<.001), e o desempenho cognitivo (Rho=.385, p<.001). Os cuidados de enfermagem em reabilitação devem considerar as especificidades sociodemográficas, assim como o perfil de necessidades dos clientes no planeamento dos cuidados. A manutenção de níveis mais elevados de AF, em particular as atividades domésticas, têm uma correlação positiva com os níveis de independência e desempenho cognitivo.
- Dependência Funcional e Qualidade de Vida dos Clientes Alvo de Cuidados de Enfermagem de Reabilitação: Um Estudo Descritivo-Correlacional nas Unidades de Rede da Região Autónoma da MadeiraPublication . Freitas, Mar Andreína; Gouveia, BrunaEnquadramento: A funcionalidade e a qualidade de vida são focos indiscutíveis da intervenção da Enfermagem de reabilitação. A sua avaliação é relevante no estabelecimento do plano terapêutico e na mensuração de ganhos em saúde dos clientes. Contudo, verifica-se existir uma insuficiente caraterização destes indicadores de resultado. Objetivos: Determinar os níveis de dependência funcional e de qualidade de vida dos clientes alvo de cuidados de Enfermagem de reabilitação nas unidades de cuidados continuados da Região Autónoma da Madeira, tal como, analisar a relação entre estas duas variáveis. Metodologia: Desenvolveu-se um estudo quantitativo, transversal, descritivocorrelacional, nas unidades de cuidados continuados da Região Autónoma da Madeira, envolvendo 34 participantes. Os níveis de dependência funcional e de qualidade de vida foram avaliados pelo Índice de Barthel e o SF-36, respetivamente, e a relação entre estas variáveis foi investigada através da correlação de Spearman. Resultados: Constatou-se a prevalência de dois níveis de dependência funcional, sendo esses, a independência total (44%) e a dependência ligeira (32%). Identificaram-se baixos níveis de qualidade de vida (M=377,3), percecionados mais negativamente ao nível da componente física (M=134). Porém, confirmou-se existir uma relação estatisticamente significativa entre estas duas variáveis, particularmente traduzida pelas correlações positivas e moderadas-a-fortes, entre o domínio da mobilidade do Índice de Barthel e as componentes física, mental e o score total do SF-36 (.443 rho .521, n=34, p<.014) e entre o score total do Índice de Barthel e as componentes física, mental e o score total do SF-36 (.462 rho .522, n=34, p<.010). Conclusão: Os resultados sugerem que uma melhor capacidade funcional está associada a uma melhor qualidade de vida dos participantes. O desenvolvimento de estudos que permitam compreender o impacto na qualidade de vida dos ganhos decorrentes da intervenção da Enfermagem de reabilitação no que respeita à independência funcional seria assim relevante no aperfeiçoamento da práxis.
- Função cognitiva global e independência funcional da população com traumatismo crânio-encefálico e acidente vascular cerebral alvo de cudados de enfermagem de reabilitação na região autónoma da Madeira: Um estudo descritivo-correlacionalPublication . Quintal, Blandina; Gouveia, BrunaENQUADRAMENTO: O traumatismo crânio-encefálico (TCE) e o acidente vascular cerebral (AVC) são as duas principais causas de incapacidade adquirida nos adultos face, especialmente, às alterações nas funções cognitivas que afetam a capacidade de viver independente. OBJETIVOS: Caracterizar os clientes com TCE ou AVC, alvo dos cuidados de Enfermagem de Reabilitação na Região Autónoma da Madeira (RAM), em relação à função cognitiva global (Montreal Cognitive Assessment - MoCA) e à independência funcional (Índice de Barthel) e analisar a relação existente entre estas variáveis. DESENHO DO ESTUDO: Estudo quantitativo, transversal, descritivo e correlacional. RESULTADOS: 12 clientes com TCE e 55 clientes com AVC participaram neste estudo. Mais da metade dos participantes revelou défice cognitivo e estes apresentaram elevados níveis de défice na maioria dos domínios cognitivos, com maior défice na “função executiva”. A maioria dos participantes com TCE (66.7%) e AVC (61.8%) encontrava-se moderadamente a totalmente dependente. No grupo com TCE, apenas a “orientação” revelou uma grande correlação positiva com a independência funcional (rho = .652, n = 10, p = .041). No grupo com AVC, para além da função cognitiva global ter demonstrado uma grande correlação positiva com a independência funcional (r = .596, n = 40, p ˂ .001), a “função executiva” (r = .560, n = 40, p ˂ .001), a “capacidade visuo-espacial” (r = .599, n = 40, p ˂ .001) e a “atenção, concentração e memória de trabalho” (r = .538, n = 40, p ˂ .001) também revelaram uma grande correlação positiva com a independência funcional e a “orientação” (r = .370, n = 40, p = .019), uma correlação média positiva. CONCLUSÃO: O presente estudo reforça a relação existente entre a função cognitiva e a independência funcional. Os resultados justificam a pertinência do rastreio cognitivo aos clientes com TCE e AVC, assim como, a implementação de intervenções específicas e dirigidas a estas duas dimensões.
- Ganhos Funcionais dos Clientes Alvo de Cuidados de Reabilitação na RAM: Um Estudo de CaracterizaçãoPublication . Câmara, Graciela da; Gouveia, BrunaEnquadramento: Outcomes advindos da reabilitação são usados como indicadores da qualidade dos cuidados. É limitada a evidência sobre outcomes decorrentes dos cuidados de reabilitação (CR) e que avalie sua efetividade ou eficiência. Objetivos: Caracterizar nível de dependência funcional dos clientes alvo de CR e avaliar ganhos funcionais e a eficácia e eficiência dos Programas de Reabilitação (PR) na RAM. Analisar relação entre a idade e os ganhos funcionais entre dois momentos distintos de avaliação. Metodologia: Estudo observacional retrospetivo, descritivo e correlacional. Mensuração das variáveis com recurso ao Índice de Barthel (IB), aplicado em dois momentos díspares (IBm1 e IBm2) (n=207) e ao cálculo de três índices de impacto da reabilitação (AFG, RFG e REI) na amostra com ≥ sete sessões de reabilitação (n=160). Resultados: 44% dos utentes encontravam-se em contexto de Cuidados de Saúde Primários (CSP), 24,2% Cuidados Hospitalares (CH), 16,4% Unidade de Internamento de Longa Duração (UILD) e 15,5% RRCCI. CSP registou menor nível de dependência funcional no IBm1. No IBm2, a RRCCI foi contexto com evolução funcional mais favorável, sendo a maioria da amostra independente. Ganhos funcionais: AFG médio de 30,83 na RRCCI; 18,95 CSP; 10,97 CH e -6,09 nas UILD. RFG médio de 63,14% nas RRCCI, 18,94% CH, 10,42% CSP e -27,09% nas UILD. REI médio de 0,97 nos CSP, 0,78 RRCCI, 0,4 nos CH e -0,15 nas UILD. Nas RRCCI 56,7% dos CR são eficientes e com eficácia elevada, restantes contextos maioritariamente sem eficácia e eficiência. Relação estatisticamente significativa entre o IBm1 e IBm2, nas RRCCI (efeito grande. r=. nos CSP (efeito médio, r=0.30) e nos CH (efeito pequeno, r=0.03). Ausência de relação estatisticamente significativa entre idade e aquisição de ganhos funcionais. Conclusão: A comparação dos outcomes dos diferentes contextos da prática permite, aos administradores e gestores, orientar mudanças futuras, e criar sistemas de reabilitação mais fortes e capazes. São necessários mais estudos com rigor científico que permitam comparar resultados, fortalecendo a evidência de suporte à prática da Enfermagem de Reabilitação.
- Lesões Músculo-Esqueléticas nos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação: um Estudo Descritivo-AnalíticoPublication . Sousa, Fábio; Gouveia, BrunaEnquadramento: As lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) evidenciam-se como o principal problema de saúde ocupacional nos enfermeiros, acarretando elevados custos relacionados com a produtividade, os cuidados de saúde e a qualidade de vida. A aparente ausência de estudos sobre esta problemática nos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação (EEER) e a necessidade de sensibilizar estes profissionais detentores de conhecimentos aprofundados para a prevenção das LMELT, constituíram um fator decisivo para o desenvolvimento deste estudo. Objetivos: (1) Identificar as regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT nos EEER do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM, EPE) e (2) analisar diferenças entre grupos definidos pelas variáveis (sociodemográficas, profissionais, comportamentais e do estado de saúde) e as regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT, nos últimos 12 meses. Metodologia: Estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo e analítico. Amostra constituída por 114 participantes. Foi aplicado o questionário nórdico músculo-esquelético (QNM) e um questionário de caracterização sociodemográfica, profissional, comportamental e do estado de saúde. A análise dos dados incluiu estatística descritiva e inferencial (teste do qui-quadrado), assumindo um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de LMELT foi de 73,7% nos últimos 12 meses. As regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT foram os ombros (44,7%), pescoço (43,0%) e região lombar (42,1%). Verificou-se associação estatisticamente significativa entre a sintomatologia de LMELT e os antecedentes clínicos, as pausas no turno e algumas componentes das atividades laborais. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de implementação de programas de intervenção multifatorial, bem como o desenvolvimento de estudos longitudinais sobre o impacto da intervenção no local de trabalho, no qual o EEER poderá ser um forte impulsionador em articulação com a equipa multidisciplinar.
- Perceção da aufoeficácia e equilíbrio: Um estudo descritivo e correlacional em clientes da RRCCI na RAMPublication . Teixeira, Andreia Eliana; Gouveia, BrunaENQUADRAMENTO: As quedas têm um forte impacto nos indivíduos, famílias e comunidade. Estas estão associadas a uma maior morbidade, mortalidade, aumento de deficit funcional e institucionalização precoce. A reduzida perceção da autoeficácia no equilíbrio é cada vez mais correlacionada com o elevado risco de queda, constituindo, focos importantes para a Enfermagem de reabilitação (ER). OBJETIVOS: (1) Descrever as características sociodemográficas e de saúde dos clientes alvo de cuidados de Enfermagem de Reabilitação (ER) nas unidades de Redes de Cuidados Continuados Integrados (RRCCI), do SESARAM, EPERAM; (2) Descrever os níveis de equilíbrio (com estratificação do risco de queda) e os níveis de perceção da autoeficácia e (3) Analisar a correlação entre a perceção da autoeficácia e o equilíbrio. METODOLOGIA: Desenho transversal, quantitativo, descritivo e correlacional. Amostra de 34 clientes institucionalizados, 23 mulheres e 11 homens com uma média de idades de 66.65 anos. Utilizou-se um protocolo para a colheita de dados de caracterização e dois instrumentos de colheita de dados: a escala de equilíbrio de Berg (EEB) e, em relação à perceção da autoeficácia, a escala de avaliação na confiança no equilíbrio específica da atividade (ABC scale). A relação entre as duas variáveis foi investigada através da correlação de Pearson. RESULTADOS: 50% dos participantes experimentaram queda nos últimos 12 meses. 4,2% apresentaram elevado risco de queda, 62,5% risco médio e 33,3% baixo risco. O score médio bruto registado para a ABC scale foi de 523,70, traduzindo baixos níveis de perceção da autoeficácia. Entre as variáveis estudadas verificou-se uma correlação positiva e moderada, com elevados níveis de confiança associados a elevados níveis de equilíbrio, contudo, esta relação não atingiu significância estatística (r= .376, n=24, p=.070). CONCLUSÃO: Existe uma associação positiva entre as variáveis estudadas. Os resultados justificam a inclusão de intervenções específicas dirigidas a estas duas variáveis em programas de reabilitação.
- Perceção dos Enfermeiros de Reabilitação Sobre o Seu Contributo para a Qualidade dos Cuidados: Um Estudo de Caracterização na RAMPublication . Melim, Carla; Gouveia, BrunaEnquadramento: Face às alterações demográficas, com o adjuvante da evolução tecnológica e social, os cuidados dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação assumem crescente relevo na prestação de cuidados de saúde. Desta assistência especializada prestada nos serviços de saúde é esperado um desempenho distinto e de excelência. Metodologia: estudo de carácter quantitativo e desenho transversal, descritivo-correlacional, procurou inquirir todos os Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação do serviço de saúde da RAM, que prestam cuidados especializados ao cliente em serviços de internamento. Utilizou-se um instrumento de caracterização sociodemográfica dos participantes e a Escala de Perceção das atividades de Enfermagem que contribuem para a qualidade de cuidados (Martins, Gonçalves, Ribeiro & Tronchin, 2016). O recrutamento foi efetuado com base num corte transversal do dia 5 de junho. Para o tratamento de dados, foi utilizado o software estatístico SPSS e uma análise estatística descritiva e inferencial. Resultados: A maioria das respostas obtidas nos itens que contribuem para a qualidade dos cuidados correspondeu a “sempre” e a “às vezes”. A dimensão que obteve o score mais alto, foi a Satisfação do Cliente, com uma média de 3.61. Seguiu-se a Responsabilidade e Rigor, com 3,60. A Promoção da Saúde, evidenciou-se como a menos executada, com uma média de 3,40, seguida da Prevenção de Complicações, com 3,42. Verificou-se correlação significativa, positiva e moderada entre a dimensão satisfação do cliente, bem-estar e autocuidado e readaptação funcional com o tempo de prestação autónoma dos cuidados de enfermagem de reabilitação no contexto laboral. Conclusão: Os resultados do presente estudo demonstram que, a perceção dos enfermeiros está mais centrada nas dimensões Satisfação do Cliente e Responsabilidade e Rigor, como das mais concretizadas para a contribuição da qualidade dos cuidados.
- Qualidade de Vida dos Clientes Alvo dos Cuidados de Reabilitação da Região Autónoma da Madeira: Um Estudo Quantitativo de CaracterizaçãoPublication . Teles, Nilda; Gouveia, BrunaEnquadramento: Qualidade de Vida (QV) consiste na perceção da própria pessoa em relação à sua posição na vida, cultura e valores pessoais, considerando os seus objetivos, expectativas e preocupações. É influenciada pela saúde física, estado psicológico, nível de independência, relações sociais, crenças pessoais e ambiente envolvente. Objetivo: Caracterizar a QV dos clientes alvo dos cuidados de reabilitação da Região Autónoma da Madeira (RAM), tendo em conta o género e a idade. Identificar diferenças relacionadas com o género e a idade. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico. A amostra incluiu todos os clientes alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação no serviço de saúde da RAM, à data do recrutamento. Foram excluídos clientes com défice cognitivo, através do Mini Mental State Test Examination (MMSTE). A QV foi avaliada com recurso ao questionário Medical Outcome Study 36-item Short Form (SF-36). Foram colhidos dados socio-demográficos e de saúde, através de questionário de caracterização. Os dados foram tratados com recurso ao programa SPSS, versão 25. Resultados: O questionário SF-36 foi aplicado a 228 clientes, dos quais 28 (12,3%) são homens adultos (score SF36=341,6); 37 (16,2%) são homens idosos (score SF36=289,6); 69 (30,3%) são mulheres adultas (score SF36=367,4); e 94 (41,2%) são mulheres idosas (score SF36=273,9). Quanto ao score de QV, não foram verificadas diferenças com significado estatístico entre homens e mulheres. No grupo das mulheres, identificaram-se diferenças com significado estatístico entre adultas e idosas, nas dimensões função física, desempenho físico, funcionamento social e desempenho emocional; nas componentes física e mental e no score total da QV. Nos homens, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre adultos e idosos, apenas na dimensão desempenho físico. Conclusão: Em clientes alvo dos cuidados de reabilitação, o nível de QV não difere entre homens e mulheres e é mais baixa na idade mais avançada.