ESESJC - Mestrado em Enfermagem de Reabilitação - Dissertações/Relatórios/Projetos
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- Cuidar especializado em enfermagem médico-cirúrgica: da pessoa em situação de urgência à pessoa submetida a cardiologia de intervençãoPublication . Fernandes, Deolinda; Bettencourt, MeríciaAo sistema cardiovascular está associado uma panóplia de patologias cardíacas, que consequentemente causam uma multiplicidade de limitações na qualidade de vida das pessoas e respetivas famílias. A cardiologia de intervenção veio melhorar o diagnóstico e o tratamento de algumas doenças cardíacas. Em contexto agudo, as doenças cardíacas, como o enfarte agudo do miocárdio e as arritmias extremas, podem causar a paragem cardiorrespiratória e/ou o choque cardiogénico, constituindo, por si só, uma situação crítica, pela falência de órgão e pela iminência de risco de vida. Este facto, faz com que as pessoas portadoras deste tipo de doença cardíaca sejam foco constante da atenção do enfermeiro especialista em enfermagem médico-cirúrgica, na área da pessoa em situação crítica, pela necessidade em cuidados específicos e altamente qualificados, de monitorização contínua dos parâmetros vitais e de uma abordagem terapêutica atempada e adequada. Por conseguinte, da necessidade pessoal e profissional em aprofundar as competências científicas, técnicas, ético-deontológicas e humanas especializadas, essenciais aos cuidados de enfermagem especializados à pessoa em situação crítica, frequentei o IV Mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica. Durante o percurso académico teórico-prático, foram desenvolvidas as competências comuns do enfermeiro especialista do Regulamento n.º 140/2019, as competências específicas do enfermeiro especialista em enfermagem médico-cirúrgica, na área de enfermagem à pessoa em situação crítica do Regulamento n.º 429/2018 e as competências inerentes ao grau de mestre do Decreto-Lei n.º 65/2018. Assim, o presente relatório traduz a análise reflexiva e fundamentada do processo de desenvolvimento destas competências, materializadas nos estágios curriculares, onde fui cuidando de pessoas em situação crítica, com enfoque nas portadoras de doença cardíaca aguda, de entre outras, desde o contexto de urgência, passando pelos cuidados intensivos até à cardiologia de intervenção.
- A satisfação do cliente da região autonóma da Madeira alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação na comunidade: Um estudo de caraterizaçãoPublication . De Freitas, Sónia; Bettencourt, Merícia; Jesus, ÉlvioEnquadramento: A satisfação com os cuidados de saúde prestados à pessoa, é cada vez mais considerada como um importante indicador no domínio da qualidade dos cuidados. É baseada na perceção e valorização dos cuidados que lhe são prestados, considerando as suas necessidades e expetativas. Como indicador permite monitorizar a qualidade dos serviços de saúde, com repercussões na sua planificação, avaliação e na sua melhoria contínua. Objetivo: Avaliar o nível de satisfação dos clientes da Região Autónoma da Madeira, alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação na comunidade - centros de saúde do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira. Método: Estudo de natureza quantitativa, transversal, exploratório-descritivo. Amostra constituída por 130 clientes adultos da Região Autónoma da Madeira, alvo dos cuidados de enfermagem de reabilitação nos centros de saúde do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira. Nível de satisfação avaliado através da aplicação do formulário de avaliação da Satisfação dos Utentes com os Cuidados de Enfermagem no Centro de Saúde - SUCECS26 (Ribeiro, 2003). Resultados: Os clientes, participantes no estudo, são maioritariamente do sexo feminino (80%), idosos (59,2%), casados ou em união de facto (59,2%), com o primeiro ciclo de escolaridade (66,2%), reformados ou inválidos (63,1%). Os motivos de recurso aos cuidados foram os problemas ortotraumatológicos (62,3%), neurológicos (16,9%), respiratórios (13,1%), cardíacos (9,2%) e a cirurgia recente (5,4%). O seu nível de satisfação global é de 91,33%. Não foram verificadas diferenças, estatisticamente significativas, na relação entre as variáveis sociodemográficas sexo (p = 0,53) e habilitações literárias (p = 0,83). Na relação entre a idade e o score médio da satisfação verificou-se uma correlação negativa muito fraca, com idades mais avançadas associadas a níveis mais baixos de satisfação, mas sem significância estatística (Rho= -.092, n=130, p=.296). Conclusão: Este estudo permitiu avaliar o nível de satisfação dos clientes da Região Autónoma da Madeira, alvo dos cuidados de enfermagem de reabilitação na comunidade, apresentando um nível elevado de satisfação, constitui um indicador da qualidade dos cuidados prestados, com implicações na melhoria contínua dos serviços. Investigações futuras deverão estudar eventuais associações de outras variáveis demográficas ou de saúde e a satisfação dos clientes, assim como estudos semelhantes em contexto hospitalar.
- Engagment dos enfermeiros de reabilitação da RAM: Relação com o ambiente de prática de enfermagemPublication . Martins, João Leonardo; Bettencourt, Merícia; Jesus, ÉlvioA investigação científica tem manifestado grande interesse pelo engagement no trabalho dos enfermeiros, procurando determinar não só os seus níveis de expressão, mas, em larga medida, os fatores que contribuem para a sua manifestação. Por ser um tema de incontornável relevância para as organizações de saúde, procurámos contribuir para a compreensão deste fenómeno e objetivámos: I) conhecer os níveis de engagement dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação (EEER) da Região Autónoma da Madeira; II) caraterizar a expressão do engagement em função de variáveis sociodemográficas e profissionais; III) descrever a perceção dos enfermeiros relativamente à favorabilidade do ambiente de prática de enfermagem e IV) analisar a relação entre as características do ambiente de prática de enfermagem e o engagement. Para cumprir estes objetivos, recorremos a um estudo de natureza quantitativa, não experimental com um design transversal e descritivo-correlacional. A uma amostra de 113 EEER foram aplicadas as escalas Utrecht Work Engagement Scale e Practice Environment Scale of the Nursing Work Index que avaliaram, respetivamente, o engagement no trabalho e o ambiente de prática de enfermagem. As análises efetuadas, revelaram enfermeiros engaged com o seu trabalho, evidenciando níveis moderados a elevados de vigor, absorção e dedicação. Os níveis de engagement variaram significativamente em função da idade e do tempo de profissão. O ambiente de prática de enfermagem foi percecionado como misto, com três dimensões avaliadas favoravelmente (Fundamentos de Enfermagem para a Qualidade; Relação entre médicos e enfermeiros e Gestão, Liderança e Suporte dos Enfermeiros) e duas dimensões avaliadas desfavoravelmente (Adequação de Recursos Humanos e Materiais e Participação dos Enfermeiros na Governação Interna). A exploração das matrizes de correlação revelou relações positivas e significativas entre as duas variáveis em estudo, que sugerem que à maior perceção de favorabilidade no ambiente de prática de enfermagem correspondem níveis de engagement mais expressivos. A promoção e manutenção da saúde e bem-estar no ambiente de trabalho constitui um agente importante e essencial para o sucesso das organizações, na medida em que os principais fatores competitivos das mesmas são na realidade as pessoas que as constituem. Quanto mais positivo e favorável for o ambiente de prática de enfermagem, maior o engagement dos seus profissionais e maior será a produtividade da organização.
- A dor e a qualidade de vida dos enfermeiros de reabilitação da região autónoma da madeira: Estudo descritivoPublication . Pereira, Mara; Bettencourt, MeríciaNo âmbito do 1º Curso de Mestrado em Enfermagem de Reabilitação da Escola Superior de Enfermagem de São José de Cluny, elaborou-se a dissertação de mestrado “A dor e a qualidade de vida do Enfermeiro de Reabilitação”. A dor é, atualmente, um problema para inúmeras pessoas em todo o mundo, podendo mesmo ser considerado um problema de saúde pública. Problema que afeta a qualidade de vida, o dia-a-dia da população portuguesa, e como consequência os enfermeiros de reabilitação. Tendo como objetivos avaliar a presença e os níveis de dor dos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação, avaliar a qualidade de vida do EEER, e verificar se a qualidade de vida está relacionada com a presença de dor, desenvolveu-se um estudo de natureza quantitativa, descritivo e transversal. O instrumento de colheita de dados utilizado foi um questionário, o qual incluiu, questões relativas às características sociodemográficas, a escala numérica da dor e o instrumento genérico para avaliação da qualidade de vida - Medical Outcomes ShortForm Health Survey (SF - 36). A amostra foi de 114 enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação, 61,4% do género feminino, maioritariamente casados ou em união de fato, dos quais 18,4% referem dor ligeira, 15,7% dor moderada e 3,7 % dor intensa. Evidenciou-se que a qualidade de vida do enfermeiro especialista em enfermagem de reabilitação diminui com a presença de dor. Porque a presença de dor nos enfermeiros de reabilitação é uma realidade e porque a evidência revela que a presença de dor afeta a qualidade de vida destes enfermeiros e, eventualmente a qualidade dos cuidados prestados, sugerimos que sejam reforçadas as condições do exercício profissional e que se continue a investigar nesta área, de modo a que compreendido melhor este fenómeno se possam implementar medidas nos vários âmbitos de atuação dos enfermeiros de reabilitação.
- Perceção da aufoeficácia e equilíbrio: Um estudo descritivo e correlacional em clientes da RRCCI na RAMPublication . Teixeira, Andreia Eliana; Gouveia, BrunaENQUADRAMENTO: As quedas têm um forte impacto nos indivíduos, famílias e comunidade. Estas estão associadas a uma maior morbidade, mortalidade, aumento de deficit funcional e institucionalização precoce. A reduzida perceção da autoeficácia no equilíbrio é cada vez mais correlacionada com o elevado risco de queda, constituindo, focos importantes para a Enfermagem de reabilitação (ER). OBJETIVOS: (1) Descrever as características sociodemográficas e de saúde dos clientes alvo de cuidados de Enfermagem de Reabilitação (ER) nas unidades de Redes de Cuidados Continuados Integrados (RRCCI), do SESARAM, EPERAM; (2) Descrever os níveis de equilíbrio (com estratificação do risco de queda) e os níveis de perceção da autoeficácia e (3) Analisar a correlação entre a perceção da autoeficácia e o equilíbrio. METODOLOGIA: Desenho transversal, quantitativo, descritivo e correlacional. Amostra de 34 clientes institucionalizados, 23 mulheres e 11 homens com uma média de idades de 66.65 anos. Utilizou-se um protocolo para a colheita de dados de caracterização e dois instrumentos de colheita de dados: a escala de equilíbrio de Berg (EEB) e, em relação à perceção da autoeficácia, a escala de avaliação na confiança no equilíbrio específica da atividade (ABC scale). A relação entre as duas variáveis foi investigada através da correlação de Pearson. RESULTADOS: 50% dos participantes experimentaram queda nos últimos 12 meses. 4,2% apresentaram elevado risco de queda, 62,5% risco médio e 33,3% baixo risco. O score médio bruto registado para a ABC scale foi de 523,70, traduzindo baixos níveis de perceção da autoeficácia. Entre as variáveis estudadas verificou-se uma correlação positiva e moderada, com elevados níveis de confiança associados a elevados níveis de equilíbrio, contudo, esta relação não atingiu significância estatística (r= .376, n=24, p=.070). CONCLUSÃO: Existe uma associação positiva entre as variáveis estudadas. Os resultados justificam a inclusão de intervenções específicas dirigidas a estas duas variáveis em programas de reabilitação.
- A Satisfação com o Trabalho dos Enfermeiros de Reabilitação: Um Estudo de Caracterização no Serviço de Saúde da RAMPublication . Freitas, Suéli; Gouveia, BrunaA satisfação com o trabalho dos enfermeiros especialistas em reabilitação é uma problemática de interesse na conjuntura atual, podendo ter importantes repercussões ao nível do desempenho individual, do sucesso organizacional e na qualidade e na segurança dos cuidados prestados aos clientes.A presente investigação teve como objetivos: (1) descrever as características sociodemográficas e profissionais dos Enfermeiros de Reabilitação do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E.; (2) descrever os seus níveis de satisfação com o trabalho; (3) analisar diferenças, na satisfação, entre grupos definidos pelas variáveis sociodemográficas e do contexto profissional e (4) analisar a relação entre a satisfação e tempo de exercício. Através de um estudo quantitativo, transversal, exploratório-descritivo e analítico, a satisfação com o trabalho foi avaliada através da aplicação da “Escala de Satisfação dos Enfermeiros com o Trabalho” (João, Alves, Silva, Diogo & Ferreira, 2017). A amostra foi constituída por 113 Enfermeiros Especialistas em Reabilitação, a exercer funções no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira, E.P.E. à data da colheita. A análise estatística incluiu estatística descritiva simples e análise inferencial.A maioria dos participantes foram do género feminino (61,95%; n= 70), com idade superior a 45 anos (54,10%; n= 46), casados/viviam em união de fato (71,68%; n= 81), possuíam licenciatura (95,58%; n=108), exerciam funções numa instituição hospitalar (54,87%; n=62), com contrato de trabalho em funções públicas com a respetiva entidade patronal (63,72%; n=72) e um horário fixo (92,04%; n=104) de 35 horas semanais (97,35%; n=110). Relativamente às dimensões da ST, estavam moderadamente satisfeitos com a organização e recursos (93,81%; n= 106) e insatisfeitos com a valorização e renumeração salarial (51,33%; n= 58). As principais fontes de satisfação foram a satisfação com a valorização profissional (43,36%; n= 49) e a satisfação com os colegas de trabalho (18,58%, n=21). O grupo definido pela categoria Unidade de Internamento de Longa Duração apresentou uma mediana superior (Mdn= 3,73) aos outros 3 grupos, embora seguido dos Cuidados de Saúde Primários (Mdn=3,27). Globalmente, os participantes estavam moderadamente satisfeitos com o trabalho (97,35%; n= 110). Os profissionais afetos à Unidade de Internamento de Longa Duração apresentaram uma satisfação superior. Modelos de gestão organizacional deverão atender à valorização profissional e ao funcionamento das equipas, no sentido de potenciar a ST dos Enfermeiros Especialistas em Reabilitação.
- A Sobrecarga do Cuidador Informal do Idoso Dependente e Alvo de Cuidados de Enfermagem de Reabilitação na Região Autónoma da Madeira: Um Estudo Transversal-DescritivoPublication . Dantas, Pedro; Gouveia, BrunaENQUADRAMENTO: As alterações demográficas da população mundial, têm como consequência uma sociedade cada vez mais envelhecida, com progressivo aumento de pessoas em situação de dependência domiciliar, e que necessitam de assistência de familiares para dar resposta às suas necessidades básicas. Neste contexto, emerge como foco de atenção o cuidador informal do idoso dependente. OBJETIVOS: Caraterizar o cuidador informal do idoso dependente alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação na RAM e descrever os níveis de sobrecarga apresentados pelo cuidador informal da pessoa dependente, com recurso à Escala de Sobrecarga do Cuidador. DESENHO DO ESTUDO: Estudo quantitativo, transversal e descritivo. RESULTADOS: Dos 72 cuidadores informais inquiridos, 41 apresentaram sobrecarga intensa e 8 sobrecarga ligeira, o que perfaz uma amostra com uma sobrecarga total de 68,1%. A maioria dos participantes tinha mais de 50 anos (73,6%), com uma média de idade de 59,4 anos, eram do género feminino (70,8%), casados com o idoso dependente (63,9%), maioritariamente com o 1º ciclo do ensino básico (61,1%), a maior parte reformado ou inválido (38,9%), cônjuge ou filho(a) do idoso dependente (72,2%), e, em média, passavam mais de 12 horas a cuidar (43,1%), com os cuidados a se prolongar no tempo por mais de 3 anos (55,6%). CONCLUSÃO: O presente estudo confirma que os cuidadores informais estavam sobrecarregados e traça o seu perfil sociodemográfico. No futuro, devem ser delineadas e implementadas, por parte do EEER, estratégias que tenham em conta as características individuais dos cuidadores, no sentido de diminuir a sobrecarga dos mesmos. A intervenção do EEER deve passar pela caracterização e identificação das necessidades dos cuidadores informais para posteriormente planear intervenções individualizadas e dirigidas para a pessoa/ cuidador/ família, permitindo assim, melhorar a qualidade de vida do cuidador e influenciar positivamente a prestação de cuidados ao idoso.
- Lesões Músculo-Esqueléticas nos Enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Reabilitação: um Estudo Descritivo-AnalíticoPublication . Sousa, Fábio; Gouveia, BrunaEnquadramento: As lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho (LMELT) evidenciam-se como o principal problema de saúde ocupacional nos enfermeiros, acarretando elevados custos relacionados com a produtividade, os cuidados de saúde e a qualidade de vida. A aparente ausência de estudos sobre esta problemática nos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação (EEER) e a necessidade de sensibilizar estes profissionais detentores de conhecimentos aprofundados para a prevenção das LMELT, constituíram um fator decisivo para o desenvolvimento deste estudo. Objetivos: (1) Identificar as regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT nos EEER do Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM, EPE) e (2) analisar diferenças entre grupos definidos pelas variáveis (sociodemográficas, profissionais, comportamentais e do estado de saúde) e as regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT, nos últimos 12 meses. Metodologia: Estudo de natureza quantitativa, transversal, descritivo e analítico. Amostra constituída por 114 participantes. Foi aplicado o questionário nórdico músculo-esquelético (QNM) e um questionário de caracterização sociodemográfica, profissional, comportamental e do estado de saúde. A análise dos dados incluiu estatística descritiva e inferencial (teste do qui-quadrado), assumindo um nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de LMELT foi de 73,7% nos últimos 12 meses. As regiões corporais mais afetadas pela sintomatologia de LMELT foram os ombros (44,7%), pescoço (43,0%) e região lombar (42,1%). Verificou-se associação estatisticamente significativa entre a sintomatologia de LMELT e os antecedentes clínicos, as pausas no turno e algumas componentes das atividades laborais. Conclusões: Os resultados sugerem a necessidade de implementação de programas de intervenção multifatorial, bem como o desenvolvimento de estudos longitudinais sobre o impacto da intervenção no local de trabalho, no qual o EEER poderá ser um forte impulsionador em articulação com a equipa multidisciplinar.
- Grau de Dependência dos Clientes com Patologia Ortotraumatológica na RAMPublication . Santos, Tânia; Bettencourt, MeríciaA dependência resulta de um défice que limita a atividade, relaciona-se com a incapacidade da pessoa para a satisfação das necessidades humanas básicas. Resultante do duplo envelhecimento da população, decorrente de uma maior longevidade, constata-se que as doenças crónicas não transmissíveis se tornaram mais prevalentes e consequentemente a dependência. Assim, este estudo procurou responder à seguinte pergunta de investigação: “Qual o grau de dependência dos clientes alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação, com patologia ortotraumatológica, no serviço de saúde da RAM?” Neste estudo do tipo exploratório e descritivo, participaram 163 clientes com patologia ortotraumatológica, alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação, maioritariamente do género feminino, idosos, vivendo em domicílio familiar, casados, com baixo nível de escolaridade e reformados ou inválidos. A dependência é mais acentuada nos idosos, do género masculino, que não sabem ler nem escrever, reformados ou inválidos e que se encontram, sobretudo, nas Unidades de Internamento de Longa Duração. O item H, Higiene, é o que apresenta a maior percentagem de participantes no grau mais grave de dependência. O item comunicação, item J, foi aquele em que mais participantes se encontravam no Grau 5, praticamente independentes. Verificou-se que, tal como encontrado na literatura que as atividades comer e beber, posição corporal, mobilidade, higiene e evitar perigos foram os itens da Escala de Dependência em Cuidados de Enfermagem de Reabilitação com maior prevalência, constituindo uma chamada de atenção no sentido de planear e implementar ações de enfermagem de reabilitação adequadas e exequíveis, que visem a promoção da independência funcional, o autocuidado, a manutenção capacidades remanescentes e a prevenção de acidentes. Tal como em vários dos estudos publicados, a dor foi referida pela maioria dos participantes neste estudo. De salientar que a evidência científica nos revela que a dor está frequentemente presente na patologia ortotraumatológica e é causadora de limitação no desempenho de AVD e consequente dependência. Porque a dependência pode estar presente em qualquer fase da vida, não sendo a idade que a define, mas sim determinados processos patológicos que levam ao declínio e consequentemente à dependência, sugerem-se mais estudos neste âmbito e que avaliem os impactos da intervenção do enfermeiro de reabilitação nos níveis de dependência dos clientes com patologia ortotraumatológica.
- Perceção do Cliente Quanto ao Planeamento do Regresso a Casa pelo Enfermeiro de Reabilitação e Nível de DependênciaPublication . Nunes, Tânia; Bettencourt, MeríciaO regresso a casa após um período de internamento é um momento de transição, com influência no processo de reabilitação e reintegração do cliente na comunidade. O conhecimento da perceção que os clientes possuem sobre o planeamento do seu regresso a casa, permite que os enfermeiros, especialistas em reabilitação, conheçam as reais necessidades dos seus clientes, contribuindo assim, para um planeamento adequado e consequente maior satisfação dos clientes pelos cuidados recebidos. Este estudo teve como objetivo avaliar o grau de dependência dos clientes alvo de cuidados de enfermagem de reabilitação e a sua perceção sobre o planeamento do seu regresso a casa pelos enfermeiros especialistas em enfermagem de reabilitação. Realizámos um estudo transversal, exploratório, descritivo e quantitativo, cuja colheita de dados ocorreu nos vários centros de saúde da Região Autónoma da Madeira e em que participaram 37 clientes que tinham regressado a casa no último mês antes da colheita de dados. Para a obtenção de dados optou-se por um questionário de caracterização dos participantes, pela aplicação do Índice de Barthel e pelo questionário de planeamento da alta (PREPARED). Quanto à dependência, constatámos que 43,2% dos clientes eram independentes na realização das atividades de vida diárias, 27% ligeiramente dependentes, enquanto apenas 10,8% eram totalmente dependentes. As atividades de vida diárias com maior dependência foram o banho (51,4%) a higiene corporal (29,7%) e o uso sanitário (18,9%). No domínio do mover-se, destacaram-se o subir e descer escadas, a deambulação e a transferência cadeira-cama, com 32,4%, 18,9% e 10,8% de dependência respetivamente. No que diz respeito às informações fornecidas no planeamento do regresso a casa, sobre a realização das atividades de vida diárias, a maioria dos participantes (56,3%) percecionou-as como “as necessárias”. O mesmo aconteceu relativamente à medicação (62,5%). No entanto, 50% dos participantes referiu não ter recebido informação sobre os seus efeitos secundários. De relevo o facto de 68,8% afirmar sentir preocupação com a execução das atividades de vida diárias e 59,4% dos participantes não referir confiança na realização das tarefas diárias em casa. Pelos resultados obtidos e apesar dos participantes percecionarem que receberam informação necessária durante o planeamento do regresso a casa, a maioria revela preocupação e falta de confiança nesta transição, pelo que estes aspetos deverão ser alvo de futuras investigações.
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