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ESSA - DTO - Dissertações (orientações em curso e trabalhos concluídos)

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  • O processamento sensorial, as aptidões funcionais e o nível da assistência do cuidador em crianças dos 3 aos 5 anos
    Publication . Gomes, Tânia; Figueiredo, Marta
    O desenvolvimento da autonomia nas crianças em idade pré-escolar é influenciado por múltiplos fatores, incluindo o processamento sensorial, que é crucial para a interação com o ambiente e a participação nas atividades diárias. Objetivos: O presente estudo visa analisar a relação entre o processamento sensorial, as aptidões funcionais e o nível de assistência do cuidador nas áreas da autonomia pessoal, mobilidade e socialização em crianças dos 3 aos 5 anos. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal e descritivo correlacional. A amostra incluiu 66 crianças entre os 3 anos e os 5 anos e 11 meses, sem diagnóstico de perturbação de desenvolvimento. Foram utilizados um questionário sociodemográfico, o Sensory Processing Measure – Preschool (SPM-P) e o Inventário Pediátrico de Avaliação das Incapacidades (IPAI). Resultados: A maioria das crianças apresentou um desempenho típico no processamento sensorial e autonomia dentro do esperado para a idade. Verificou-se que dificuldades sensoriais influenciam diretamente a autonomia das crianças, sendo que subescalas como a participação social, visão e planeamento motor revelaram uma relação significativa com a necessidade de assistência dos cuidadores, sobretudo em tarefas de mobilidade e socialização. Fatores sociodemográficos e a alteração das rotinas durante a pandemia de COVID-19, mostraram um impacto significativo na autonomia das crianças. Conclusão: Foi encontrada relação entre o processamento sensorial e a autonomia das crianças, bem como com a assistência do cuidador.
  • O processamento sensorial e as competências de escrita em crianças a frequentar o 3.º ano do 1.º ciclo do ensino básico
    Publication . Santos, Cláudia; Pinto, Élia
    Introdução: A educação é uma das principais ocupações nas atividades quotidianas das crianças, sendo esperado que durante a idade escolar consigam desenvolver as competências de escrita manual. Estas competências são o resultado da integração de diversos sistemas sensoriais, a este processo denomina-se de integração sensorial. Ao longo do pré-escolar e ao longo 1.º Ciclo do Ensino Básico é esperado que as crianças adquiram as competências de escrita manual, é também neste período que começam a surgir alterações e necessidade de encaminhamento para Terapia Ocupacional. Objetivo: Verificar a influência do processamento sensorial nas competências de escrita de crianças que frequentam o 3.º ano do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Métodos: Foi utilizado um método quantitativo de carácter descritivo, correlacional e transversal. A amostra foi constituída por 65 crianças com idades compreendidas entre os oito e os 10 anos que frequentavam o 3.º ano de escolaridade do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Para a recolha de dados foram usados o Sensory Processing Measure (SPM) – Forma Sala de Aula e o Protocolo de Aferição de Dificuldades em Leitura e Escrita (PADLE) – Vol.1 Escrita. Resultados: Os resultados obtidos mostraram que as crianças apresentaram maiores dificuldades sensoriais no “Tato” e a “Visão” do SPM-Forma Sala de Aula e através do PADLE – Escrita as observaram-se mais dificuldades ao nível do “Ditado após Leitura e Cópia” e na “Escrita de Frases com Palavras Dadas”. Verificou-se a existência de correlações muito fracas na correlação entre “Equilíbrio e Movimento” e “Cópia pós Leitura” RSpearman=-0.209 e p=0.094, que sugere que crianças que tenham maiores dificuldades ao nível do “Equilíbrio e Movimento” tendem a ter um desempenho inferior ao nível da tarefa de “Cópia Após Leitura”, assim como menor desempenho no “Equilíbrio e Movimento” pode influenciar a “Identificação de Erros Ortográficos” com RSpearman =0.217 e p=0.082. Conclusão: Com isto, concluiu-se que as correlações sugerem uma potencial relação entre problemas sensoriais e o desempenho das crianças ao nível das tarefas de leitura e de escrita.
  • Perfil sensorial 2 - acompanhamento escolar: estudo da consistência temporal e validade de constructo em crianças dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses
    Publication . Santos, Inês; Melo, Bruno
    Introdução: A utilização de instrumentos de avaliação validados auxilia na credibilidade e objetividade das intervenções, como também possibilitam o aumento de conhecimento específico da área, contribuindo para o reconhecimento científico e clínico da Terapia Ocupacional. Objetivos: Contribuir para a validação do instrumento de avaliação, Perfil Sensorial 2 - Acompanhamento Escolar. Métodos: Foi utilizada uma amostra total de 55 crianças, através de uma recolha não probabilística, por conveniência, para o estudo da consistência temporal e validade de constructo. Para a análise da fidedignidade ao nível da consistência temporal foi usado o teste-reteste, e recorreu-se ao coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para as dimensões e total. Para análise do teste-reteste ao nível dos itens foi usado o coeficiente de Kappa. O tratamento estatístico dos dados foi efetuado com recurso ao programa de software IMB Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 28.0. Resultados: Os valores de CCI (variaram entre 0,563 e 0,843) observados para as diferentes secções, quadrantes e fatores indicam, de modo geral, uma boa consistência temporal, apresentando valores que variam de moderados a elevados. Ao nível da validade de constructo são evidenciadas diferenças significativas entre o grupo com desenvolvimento típico e atípico em diversos domínios relacionados ao processamento sensorial e às respostas comportamentais. As análises realizadas, tanto através do teste t de Student e d de Cohen (variaram entre 0,592 a 1,185), quer a nível das frequências categorizadas, revelam padrões consistentes que reforçam a existência de desafios específicos enfrentados pelo grupo com desenvolvimento atípico. Os itens mostram boa consistência ao nível do teste-reste com valores de Kappa a variar de 0,166 a 0,579. Conclusões: Os resultados obtidos revelaram evidências que suportam a consistência temporal e a validade de constructo do Perfil Sensorial 2 - Acompanhamento Escolar.
  • Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses: estudo da validade convergente
    Publication . Tomás, Eliana; Pinto, Élia
    Introdução: A teoria de integração sensorial inclui a aplicação de instrumentospadronizados, sendo importante assegurar a sua credibilidade e fidedignidade científica. Em Portugal os terapeutas ocupacionais estão limitados na avaliação das perturbações de processamento sensorial nos contextos de casa e escolar, devido à escassez de instrumentos padronizados, traduzidos e validados para a população portuguesa. Objetivo: Pretendeu-se estudar a validade convergente relacionando o Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses em crianças dos 6 aos 10 anos com o Sensory Processing Measure (SPM) – Forma Sala de Aula. Métodos: Trata-se de um estudo metodológico, com uma amostra não probabilística por conveniência, composta por 78 participantes, com desenvolvimento típico, na faixa etária dos 6 aos 10 anos. A recolha da amostra foi efetuada com recurso aos instrumentos Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses e SPM – Forma Sala de Aula. A validade convergente foi analisada através da correlação de Pearson. Resultados: Verificou-se muitas correlações significativas positivas, moderadas a altas entre os domínios dos dois instrumentos, destacando-se o processamento do movimento e da posição corporal com a maioria das dimensões do SPM – Forma Sala de Aula (r de Pearson variou entre 0,312 e 0,874), quadrante evitamento com a Consciência do Corpo (CC; R = 0.258, p = 0.023), secção comportamental conduta com o Equilíbrio e Movimento (EQM; R = 0.270, p = 0.017) e secções comportamentais socioemocionais e de atenção com o Planeamento e Ideias (PLI; R = 0.263, p = 0.020; R = 0.280, p = 0.013). Conclusão: Os objetivos do estudo foram alcançados, na medida em que se obteve 11 correlações moderadas e três fortes entre os domínios dos testes. Estes resultados revelaram evidências que suportam a validade do Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses na avaliação das crianças portuguesas.
  • O processamento sensorial e as rotinas familiares das crianças com e sem disfunção de integração sensorial em idade pré-escolar
    Publication . Silva, Anabela; Reis, Helena
    As rotinas da família têm uma relevância fundamental na intervenção terapêutica, pois ocorrem no contexto natural da criança representando um leque de oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento. Crianças com disfunção do processamento sensorial terão maiores dificuldades de participação e envolvimento ocupacional nas rotinas diárias representando maiores desafios para as famílias. Objetivo: Compreender a influência das disfunções de integração sensorial nas rotinas familiares de crianças com disfunção do processamento sensorial. Metodologia: Realizou-se um estudo quantitativo, transversal e observacional, numa amostra de 64 crianças em idade pré-escolar, sendo 43 com desenvolvimento neurotípico e 21 com DIS. Para avaliar o impacto da DIS nas rotinas familiares, foram utilizados o Sensory Processing Measure - Preschool (SPM-P) e a Entrevista Baseada nas Rotinas (EBR). Para a análise dos dados recorreu-se ao software Statistical Package for Social Sciences, comparando os grupos de crianças com e sem DIS nas rotinas e nos domínios sensoriais, com recurso aos testes t de Student e Mann-Whitney. Realizaram-se correlações de Spearman, analisando a relação entre as dimensões do processamento sensorial e o nível de satisfação dos cuidadores com as rotinas familiares em cada grupo. Resultados: Os resultados indicaram diferenças significativas entre os grupos. Crianças com DIS apresentaram dificuldades acentuadas em rotinas como vestir-se, alimentação e preparação para sair, refletindo-se numa menor satisfação dos cuidadores nessas atividades. A análise sensorial revelou que crianças com DIS demonstraram dificuldades na visão, audição, toque e participação social, que se correlacionaram negativamente com a satisfação dos cuidadores nas rotinas familiares. Conclusões: Reforça-se a importância de uma abordagem sensório-integrativa na intervenção precoce, usando a EBR para identificar desafios específicos das famílias. As disfunções sensoriais, estando associadas a dificuldades de participação nas rotinas familiares, reforçam a necessidade de práticas terapêuticas adaptativas para melhorar a qualidade de vida de crianças com DIS e de suas famílias.
  • Escala sensorial de problemas alimentares: fidedignidade e a validade da versão portuguesa, em crianças com idades compreendidas entre os 8 anos e os 9 anos e 11 meses
    Publication . Carvalho, Ana Carolina; Ferreira, Isabel
    Introdução: A alimentação é uma atividade essencial para a manutenção da vida, tratando-se de um processo complexo de desenvolvimento, que envolve múltiplas dimensões físicas, cognitivas, sensoriais e sociais. No contexto da terapia ocupacional, a avaliação adequada das habilidades e dificuldades relacionadas à alimentação é fundamental para a intervenção clínica. A ESPA é uma escala que permite avaliar e compreender a relação entre comportamentos alimentares e sensibilidades sensoriais. Objetivo: Estudar a fidedignidade e validade da versão portuguesa da Escala Sensorial de Problemas Alimentares (ESPA) em crianças com idades compreendidas entre os 8 anos e os 9 anos e 11 meses. Método: Estudo metodológico cuja amostra, selecionada através de um processo de amostragem não probabilístico e por conveniência é constituída por 491 crianças dos 8 aos 9 anos e 11 meses. Recorreu-se ao preenchimento de um questionário sociodemográfico, da ESPA e do Perfil Sensorial 2. O tratamento estatístico dos dados foi efetuado através do software Statistical Package for the Social Sciences, versão 28.0. Resultados: Na amostra total, o alpha de Cronbach apresentou um valor aceitável (0.740), para o grupo de crianças com necessidades especiais foi excelente (0.850), e apresentou também um valor aceitável para o grupo de crianças sem necessidades especiais (0.727). Os resultados sugerem que a consistência interna da escala é geralmente mais elevada para o grupo de crianças com necessidades especiais, enquanto alguns domínios, como ‘Aversão ao Toque Alimentar’ e ‘Enchimento Excessivo’, mostram-se mais fiáveis neste grupo em comparação com o grupo de crianças sem necessidades especiais e a amostra total. A consistência temporal da ESPA é boa ou excelente, especialmente para os domínios com ICC’s superiores a 0.75, tais como ‘Foco Alimentar Único’ e ‘Enchimento Excessivo’. Nos restantes domínios, a consistência temporal varia de moderada a pobre, sendo que tende a ser melhor para o grupo sem necessidades especiais em alguns domínios. Quanto ao estudo da validade convergente, a ESPA demonstrou diferentes níveis de correlação, variando de fracas a muito fortes, sendo que foram observadas correlações de Pearson mais fortes em várias subescalas, especialmente entre crianças com necessidades especiais. Tendo em conta os valores do t de Student e do d de Cohen, no estudo da validade discriminativa, revelaram diferenças significativas entre os grupos com e sem problemas alimentares em quase todos os domínios e na escala total. Conclusão: A partir dos resultados obtidos e das análises realizadas, é possível concluir que a ESPA apresentou resultados heterogéneos, quanto aos parâmetros psicométricos estudados, sendo que em geral, apresentou valores mais fidedignos no grupo de crianças com necessidades especiais. Para estudos futuros sugere-se uma amostra com uma maior homogeneidade quanto aos participantes com necessidades especiais, tal como no estudo original.
  • O processamento sensorial e as competências de desenvolvimento das crianças dos 2 aos 5 anos de idade com atraso global de desenvolvimento
    Publication . Silva, Mara; Ferreira, Isabel
    Introdução: Os primeiros anos de vida da criança, são classificados como “Primeira Infância”, mais especificamente até aos cinco anos de idade. Estes anos são marcados por um rápido desenvolvimento do sistema nervoso central, durante o qual são adquiridas múltiplas competências funcionais que permitem à criança adotar gradualmente um comportamento favorável à aprendizagem, pela exploração do seu contexto através dos sentidos (Meriem, Khaoula, Ghizlane, Asmaa & Ahmed, 2020). Objetivo: O presente estudo assume como objetivo analisar a relação entre as competências do processamento sensorial e a aquisição de competências de desenvolvimento na criança. Método: A amostra foi constituída por 41 crianças, com idades entre os dois e cinco anos de idade, com atraso global de desenvolvimento, de acordo com a Schedule of Growing Skills II (SGS-II), da Região Autónoma da Madeira. Para avaliação das competências de desenvolvimento foi utilizado a SGS-II e a Sensory Processing Measure – Preschool (SPM-P), versão Casa, para avaliar o processamento sensorial. No SPM-P destacou-se o item de “Planeamento Motor e Ideação” onde a maioria das crianças em estudo apresentou uma “Disfunção Estabelecida” ou “Disfunção Provável”, seguido da “Participação Social”. Na SGS-II destacam-se os itens “Audição e Linguagem” e “Fala e Linguagem”, como os itens onde a maioria crianças apresentam um “Atraso Significativo”. Resultados: Os resultados demonstraram existência de relação entre os domínios da SGS-II, competências “Locomotoras” e de “Interação Social” e a “Visão” da SPM P. Entre, o domínio “Consciencia Corporal” da SPM-P e as dimensoes “Fala e Linguagem” e “Competências Cognitivas” da SGS-II e ainda entre o “Planeamento Motor e Ideação” da SPM-P e as dimensões “Locomotoras”, “Fala e Linguagem”, “Interação Social”, “Autonomia Pessoal” e “Cognitiva”. O estudo revela a importância do processamento sensorial na aquisição de competências de desenvolvimento da criança.
  • Perfil Sensorial 2- acompanhamento escolar: contributo para a validade convergente em crianças com idades entre os 5 e os 12 anos
    Publication . Pereira, Inês; Pinto, Élia
    Introdução: Em Terapia Ocupacional, os resultados da intervenção dependem naturalmente de fatores como a identificação precoce, avaliação completa e determinação de objetivos significativos. Para conseguir assegurar a credibilidade e fidedignidade científica nesse processo é essencial o recurso a instrumentos de avaliação. Porém, em Portugal, os terapeutas ocupacionais estão limitados, na avaliação das disfunções de integração sensorial devido à escassa existência de instrumentos padronizados, traduzidos e validados para a população portuguesa. Assim, o presente estudo tem como objetivo analisar a validade convergente do Perfil Sensorial 2- Acompanhamento Escolar com o instrumento SPM- Sala de Aula, que avalia domínios semelhantes do processamento sensorial, através da correlação de Pearson. Métodos: Utilizou-se uma amostra de 29 participantes, com desenvolvimento típico, na faixa etária dos 5 aos 12 anos, da região da Marinha Grande (através de uma recolha não probabilística, por conveniência) para o estudo da validade convergente entre o Perfil Sensorial 2- Acompanhamento Escolar e o SPM- Sala de Aula. A Validade Convergente foi analisada através da correlação de Pearson e o tratamento estatístico dos dados efetuou-se com o software IMB Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) Statistics 28.0. Resultados: Observaram-se correlações significativas positivas, moderadas e altas entre os domínios dos dois instrumentos, a oscilar entre R= 0,379 e R=0,743. Ademais, salientaram-se valores acima de R= 0,50 entre diversos domínios do Perfil Sensorial 2- Acompanhamento Escolar e os domínios do SPM- Sala de Aula. Conclusão: Os objetivos do estudo foram alcançados, na medida em que se identificou com sucesso uma amostra com um processamento sensorial normativo e se obteve diversas correlações fortes entre os domínios dos dois instrumentos utilizados, o Perfil Sensorial 2- Acompanhamento Escolar e o SPM- Sala de Aula. Estes resultados revelaram evidências que suportam a validade do Perfil Sensorial 2- Acompanhamento Escolar, contribuindo positivamente para a validação deste instrumento na avaliação das crianças portuguesas com o mesmo.
  • Processamento sensorial e alimentação em crianças dos 3 aos 7 anos com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA)
    Publication . Caniça, Inês; Reis, Helena
    Introdução: A alimentação é uma rotina diária que se apresenta como um grande desafio para muitos cuidadores e crianças, sendo cada vez mais frequente em crianças com Perturbação do Espetro do Autismo (PEA). A maioria das crianças com PEA apresentam alterações no processamento sensorial que geram um impacto considerável em todas as áreas do desenvolvimento infantil, particularmente em atividades de vida diária (AVD´S). É necessário aprofundar o conhecimento das dificuldades de alimentação de base sensorial em crianças com PEA, de forma a contribuir para um enquadramento mais claro e completo das dificuldades alimentares na PEA. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar a relação entre o processamento sensorial e as dificuldades de alimentação em crianças dos 3 aos 7 anos com PEA. Metodologia: Foi utilizado um método de investigação quantitativo, de carater descritivo, comparativo e correlacional. A amostra foi constituída por 67 crianças, 53 do sexo masculino e 12 do sexo feminino, entre os 3 e 7 anos de idade com diagnóstico ou suspeita clínica de PEA, de dois centros de desenvolvimento da região de Lisboa. Para a recolha de dados, utilizou-se um questionário sociodemográfico, o Pediatric Eating Assessment Tool (PediEAT) e o “Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos 11 meses”. Resultados: Foram observadas correlações significativas e diretas entre a maioria dos quadrantes e secções referentes ao processamento sensorial e as áreas referentes às dificuldades alimentares através da correlação de Spearman. As secções sensoriais “Oral”, “Tátil” e “Auditivo” do Perfil Sensorial 2 foram as que apresentaram uma percentagem mais elevada de crianças da amostra com processamento sensorial atípico. No PediEAT, as áreas que revelaram maior nível de preocupação por parte dos cuidadores foram a “Seletividade/Alimentação restrita”, seguida da “Comportamentos problemáticos na hora da refeição” e por último “Processamento oral”. A área “Processamento oral” foi a que apresentou mais correlações significativas com a maioria dos quadrantes e secções do “Perfil Sensorial 2 – A criança dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses”. Conclusão: As alterações no processamento sensorial, nomeadamente a nível tátil, auditivo e oral, com comportamentos de evitamento e sensibilidade sensorial, parecem traduzir-se em dificuldades alimentares tais como seletividade alimentar, comportamentos problemáticos à hora da refeição e alterações ao nível do processamento oral nas crianças com PEA.
  • Screening Assessment of Sensory Integration (SASI) – Research Ed. v.2.2.: contributo para a validade discriminativa em crianças dos 6 aos 7 anos e 11 meses
    Publication . Carvalho, Rafaela; Ferreira, Isabel
    Objetivos: Contribuir para a validade discriminativa da Screening Assessment of Sensory Integration (SASI) Research Ed. v.2.2. entre grupos conhecidos, tanto na pontuação total como nos sete domínios que constituem a prova. Métodos: Neste estudo metodológico e transversal foi utilizado uma amostra não probabilística por conveniência composta por 42 crianças entre os 6 e os 7 anos e 11 meses. A amostra foi dividida em dois grupos: um com 21 crianças com desenvolvimento neurotípico e outro com 21 crianças com problemas de neurodesenvolvimento, sendo os dois grupos homogéneos relativamente ao género e à idade. A recolha da amostra foi realizada maioritariamente pela investigadora em vários agrupamentos escolares em Portugal Continental e em clínicas. Para a amostra das crianças com problemas de neurodesenvolvimento contou-se com o contributo de três terapeutas ocupacionais. Houve ainda uma terapeuta ocupacional que disponibilizou os dados de crianças com desenvolvimento neurotípico. Relativamente à análise dos dados, usou se estatística descritiva para a caraterização da amostra, nomeadamente a análise de frequências. Para a variável idade recorreu-se à análise da média, do desvio padrão, do mínimo e do máximo. Posteriormente, utilizou-se a estatística inferencial para averiguar a validade discriminativa entre grupos conhecidos. Como se verificaram valores dentro da normalidade ou desvios pouco severos à mesma, recorreu-se ao teste t de Student para Amostras Independentes para comparar os dois grupos, nos sete domínios e na pontuação total da SASI v.2.2. O d de Cohen foi tido em conta para avaliar a magnitude de efeito. Resultados: O teste t de Student para Amostras Independentes revelou diferenças extremamente significativas entre os dois grupos (para p < 0,001) em todos os domínios e na pontuação total, revelando o d de Cohen uma magnitude de efeito grande. As crianças com problemas de neurodesenvolvimento apresentaram resultados inferiores aos das crianças com desenvolvimento neurotípico. Conclusões: Este estudo comprovou que a SASI v.2.2. conseguiu ter uma boa capacidade discriminativa entre os dois grupos estudados e que é uma mais-valia para os terapeutas ocupacionais, pois possibilita a realização de uma avaliação completa e de confiança baseada na evidência científica.