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Escala sensorial de problemas alimentares: fidedignidade e a validade da versão portuguesa, em crianças com idades compreendidas entre os 8 anos e os 9 anos e 11 meses

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Introdução: A alimentação é uma atividade essencial para a manutenção da vida, tratando-se de um processo complexo de desenvolvimento, que envolve múltiplas dimensões físicas, cognitivas, sensoriais e sociais. No contexto da terapia ocupacional, a avaliação adequada das habilidades e dificuldades relacionadas à alimentação é fundamental para a intervenção clínica. A ESPA é uma escala que permite avaliar e compreender a relação entre comportamentos alimentares e sensibilidades sensoriais. Objetivo: Estudar a fidedignidade e validade da versão portuguesa da Escala Sensorial de Problemas Alimentares (ESPA) em crianças com idades compreendidas entre os 8 anos e os 9 anos e 11 meses. Método: Estudo metodológico cuja amostra, selecionada através de um processo de amostragem não probabilístico e por conveniência é constituída por 491 crianças dos 8 aos 9 anos e 11 meses. Recorreu-se ao preenchimento de um questionário sociodemográfico, da ESPA e do Perfil Sensorial 2. O tratamento estatístico dos dados foi efetuado através do software Statistical Package for the Social Sciences, versão 28.0. Resultados: Na amostra total, o alpha de Cronbach apresentou um valor aceitável (0.740), para o grupo de crianças com necessidades especiais foi excelente (0.850), e apresentou também um valor aceitável para o grupo de crianças sem necessidades especiais (0.727). Os resultados sugerem que a consistência interna da escala é geralmente mais elevada para o grupo de crianças com necessidades especiais, enquanto alguns domínios, como ‘Aversão ao Toque Alimentar’ e ‘Enchimento Excessivo’, mostram-se mais fiáveis neste grupo em comparação com o grupo de crianças sem necessidades especiais e a amostra total. A consistência temporal da ESPA é boa ou excelente, especialmente para os domínios com ICC’s superiores a 0.75, tais como ‘Foco Alimentar Único’ e ‘Enchimento Excessivo’. Nos restantes domínios, a consistência temporal varia de moderada a pobre, sendo que tende a ser melhor para o grupo sem necessidades especiais em alguns domínios. Quanto ao estudo da validade convergente, a ESPA demonstrou diferentes níveis de correlação, variando de fracas a muito fortes, sendo que foram observadas correlações de Pearson mais fortes em várias subescalas, especialmente entre crianças com necessidades especiais. Tendo em conta os valores do t de Student e do d de Cohen, no estudo da validade discriminativa, revelaram diferenças significativas entre os grupos com e sem problemas alimentares em quase todos os domínios e na escala total. Conclusão: A partir dos resultados obtidos e das análises realizadas, é possível concluir que a ESPA apresentou resultados heterogéneos, quanto aos parâmetros psicométricos estudados, sendo que em geral, apresentou valores mais fidedignos no grupo de crianças com necessidades especiais. Para estudos futuros sugere-se uma amostra com uma maior homogeneidade quanto aos participantes com necessidades especiais, tal como no estudo original.

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Terapia ocupacional Integração sensorial Escalas de avaliação Alimentação Fidedignidade Validade

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