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ENIDH - Mestrado em Pilotagem

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  • Segurança da navegação. Desafios da comunicação nos serviços de reboque portuário
    Publication . Santos, Carlos Manuel Pinheiro dos; Silveira, Pedro Alexandre Monteiro
    Este trabalho foi realizado com base na investigação desenvolvida, analisando as dinâmicas existentes, com o intuito de contribuir para a melhoria das comunicações nos serviços de reboque portuário em Portugal. Tem ainda o objetivo suplementar de analisar e dar a conhecer o serviço de reboque portuário. A utilização dos rebocadores para auxiliar as manobras com navios permite a execução de manobras que seriam demasiadamente arriscadas se fossem realizadas apenas com os meios disponíveis nos navios, proporcionando uma maior segurança operacional. A comunicação existente entre os intervenientes com ação direta na manobra dos navios - I) o comandante e a equipa do navio, II) o piloto e III) os rebocadores - permite concretizar as diversas práticas colaborativas necessárias durante as manobras, adquirindo assim um papel de mediação extremamente importante na relação entre os elementos referidos. Foi desenvolvido um estudo exploratório fundamentado através de uma componente de enquadramento e discussão crítica da literatura relevante, e uma componente de exercício teórico de investigação tipo básica-descritiva com recolha dos dados em campo, efetuada através de inquérito por questionário à população alvo - comandantes e mestres dos rebocadores que desenvolvem a atividade de serviço de reboque portuário em Portugal - que analisa o idioma de trabalho e o tipo e sequência das instruções recebidas. Obteve-se a participação de 36 inquiridos pertencentes à população alvo. As respostas demonstram que os inquiridos estão satisfeitos com a clareza das instruções. Contudo, ficou explanado que o tipo e sequência de instruções varia em função das áreas portuárias e do piloto que está a efetuar a manobra. O idioma de trabalho utilizado é a língua portuguesa. O presente trabalho cobre as aprendizagens realizadas, com o intuito de sensibilizar a comunidade marítima para que futuramente sejam elaboradas e implementadas melhorias no modelo de comunicação existente. A abordagem proposta é uma base de trabalho para desenvolvimentos futuros sobre o tema, apresentando algumas diretrizes para uma discussão mais aprofundada e disponibilizando informação em torno desta temática.
  • Riscos associados às operações de dragagem em dragas de sucção de arrasto que influenciam a produção
    Publication . Coutinho, António de Magalhães e Bastos de Abreu; Frade, João Carlos Gomes
    A produção do ciclo de dragagem em dragas de sucção de arrasto (Trailing Suction Hopper Dredgers [TSHDs]) não depende apenas da qualidade dos navios e seus equipamentos, mas também da consciência situacional e das capacidades dos operadores/manobradores para evitarem acontecimentos que causam paragens. De forma a melhorar a consciência situacional dos operacionais, é vital que estes conheçam os riscos associados às operações. Deste modo, através de investigação científica, a presente pesquisa tem como objetivo identificar os riscos associados às operações de dragagem em dragas de sucção de arrasto que mais afetam a produção. O estudo desenvolveu-se através da conclusão sequencial das seguintes etapas: enquadramento teórico; análise documental; análise de dados recolhidos por entrevista; análise de dados coletados por questionário. Esta dissertação permitiu identificar os riscos que ocorrem com maior frequência, os riscos de maior impacto na produção, bem como avaliar os riscos mais frequentes e mais impactantes na produção, identificar a fase do ciclo de dragagem mais crítica para a produção e a ação ou o momento mais críticos para os operadores/navegadores, no ciclo de dragagem. Concluiu-se que, por um lado, a fase de dragagem/carregamento é a mais crítica para a produção e, por outro lado, a ação de arrasto do tubo de dragagem (escavação e sucção do material) é a mais crítica para os operadores/navegadores, no ciclo de dragagem, o que influencia a produção. De forma a reduzir ou mitigar os riscos associados a esta ação, sugere se que nunca se deixe o navio ganhar seguimento a ré, não permitir grandes ângulos entre o navio e o tubo de dragagem, devendo ajustar-se a velocidade de dragagem ao tipo de fundo existente no local e evitar as rochas. Além disso, assim que a cabeça passe por cima de rochas, deve parar-se o navio, ao mesmo tempo que se levanta a cabeça, requerer levantamentos hidrográficos mais frequentes e, quando não for possível cumprir estas medidas, deve abortar se a operação. Este estudo deixa em aberto, para desenvolvimento futuro, a investigação aprofundada das causas dos acontecimentos que provocam atrasos e, consequentemente, quedas de produção, de modo a que venham a ser elaboradas medidas de controlo de riscos mais eficientes, a serem implementadas pelas empresas e disponibilizadas aos operacionais
  • O "elemento humano" como causa de acidentes marítimos: fatores determinantes durante o quarto de navegação
    Publication . Peixoto, José Daniel Malheiro; Torrão, Emídio; Tomé, Sérgio
    Uma das formas de prevenir os acidentes marítimos é conhecendo o que os causa. Sendo o “elemento humano” a principal causa identificada, como tal, é importante perceber quais os fatores que influenciam os elementos na ponte de navegação, contribuindo para a ocorrência de acidentes. Para tal, neste estudo, foram analisados casos de acidentes de navegação, graves e muito graves, ocorridos entre 2008 e 2021, um pouco por todo o mundo. Com recurso a um sistema de classificação HFACS, determinou-se quantitativamente quais os fatores que contribuíram para os casos estudados. O uso de uma matriz permitiu determinar a relação de alguns dos fatores, maioritariamente, relacionados com o meio onde os acidentes ocorreram e suas consequências. De forma a melhor compreender, complementar e comparar os resultados recorreu-se a vários estudos bibliográficos que permitiram entender os fatores contributivos. Através da determinação do fator de causa, foi possível obter a percentagem de acidentes com causa em fatores humanos. Numa última fase desta investigação, com recurso a dados estatísticos, foi analisada a evolução dos padrões de segurança a bordo assim como a frequência do número de acidentes ao longo das últimas décadas. Como resultado, foram apurados os fatores mais significativos que contribuem para os acidentes marítimos, a percentagem de casos que tiveram como causa fatores humanos e de que forma a abordagem adotada nas últimas décadas pelas organizações internacionais, mais focada no “elemento humano” e eliminação dos seus fatores contributivos, tem contribuído para o aumento dos padrões de segurança e para a tão desejada redução do número de acidentes marítimos
  • Operação de Abastecimento de Bancas de LNG, Procedimentos Operacionais e de Segurança
    Publication . Coelho, Dúlio Miguel da Silva; Batista, Maria Manuela Martins; Mestre, Paulo
    O estudo está alicerçado na descarbonização marítima e no facto do Gás Natural Liquefeito (GNL) estar a expandir-se globalmente como combustível naval, não obstante a controvérsia gerada na literatura sobre o tema. A pesquisa tem como output um Manual de Operações de Bunkering de GNL, partindo de duas questões: Quais as principais questões inerentes à disponibilização e utilização do GNL como combustível marítimo? Quais os requisitos operacionais e de segurança transversais a qualquer operação de bunkering de GNL nos portos portugueses? A referência na Estratégia para o Aumento da Competitividade da Rede dos Portos Comerciais do Continente — Horizonte 2026, no sentido de transformar o sistema portuário português numa «área de serviço» para abastecimento de navios a GNL e num hub reexportador de GNL, e a afirmação do XXI Governo Constitucional da vantagem competitiva do posicionamento geográfico e geopolítico de Portugal para o GNL, constituíram as hipóteses de trabalho. O referencial teórico pretendeu conhecer os desafios que se colocam ao transporte marítimo e o enquadramento — internacional, europeu e nacional — para o bunkering de GNL. A pesquisa insere-se num paradigma interpretativo, com abordagens qualitativas e quantitativas, a que se juntou o método de estudo de caso através da observação, análise de documentos e questionário. Para o estudo da correlação das hipóteses foi aplicado um inquérito por questionário (229 respondentes: profissionais marítimo-portuários, autoridades portuárias e agentes de navegação), concluindo-se que os portos de Lisboa, de Leixões e de Sines, acolhem a concordância para o abastecimento de bancas marítimas de GNL, numa aposta do reforço da capacidade e atratividade das infraestruturas de transporte internacional. O manual proposto, partiu do estudo da cadeia de valor do GNL e dos resultados do questionário, e visa garantir o abastecimento dos navios, nas modalidades Ship-To-Ship, Port-To-Ship e Truck-To-Ship, com elevados níveis de segurança, integridade e confiabilidade.
  • Estado de Bandeira: Análise do seu impacto sobre os tripulantes
    Publication . Pinto, Nuno José da Silva Pestana; Delgado, Lázaro Manuel do Carmo; Rodrigues, Hugo Miguel Nunes de Bastos
    O transporte marítimo é a espinha dorsal do comércio internacional e um motor da globalização (Panitchpakdi, 2012). Torna-se, assim, relevante estudar os vários itens relacionados com o transporte marítimo. Neste sentido, nesta Dissertação de Mestrado procuro responder à seguinte pergunta de investigação: Contrariando os interesses económicos do armador, qual será a melhor opção para as tripulações? Assim sendo, abordarei o modus operandi de cada tipo de registo, recorrendo à legislação nacional e internacional e documentos qualitativos, a fim de perceber de que modo os Estados de bandeira influenciam o transporte marítimo a nível internacional. Posto isto, dando especial atenção às questões que diferenciam os segundos registos com características de registo internacional, dos registos internacionais no seu conceito original, recorrendo a dados estatísticos e documentos quantitativos, através de um estudo-caso relacionarei o seu desempenho nas diferentes listas publicadas anualmente percebendo que tipo de falhas são predominantes e o seu impacto no desempenho dos Estados.
  • Condições para afretamento de um navio - Escolhas para providenciar uma graduação de qualidade para navios de mar
    Publication . Sousa, Pedro Ferreira da Costa e; Delgado, Lázaro Manuel do Carmo; Loskot, Wilhelm
    A indústria do shipping está em constante desenvolvimento. Com o crescimento do meio marítimo, cresce também a necessidade de existirem mais ferramentas de apoio na indústria e de resolver os desafios emergentes dos clientes. Na altura que um afretador quer afretar um navio, este precisa de tomar uma decisão consultando as ferramentas de apoio disponíveis para o propósito. Parte-se do princípio que o maior objetivo comercial de um navio de mar é a criação de receitas. Estas receitas são habitualmente geradas através do transporte de carga e atividades conexas para um afretador que, em contrapartida, proporciona ao proprietário do navio um rendimento, o afretamento. Surge então necessidade de encontrar um critério ideal para identificar um navio como afretável. Deste modo, a dissertação tem como objetivos: definir critérios globais para a classificação de um navio que descreva a disponibilidade e fiabilidade de um navio através um conjunto de indicadores (como a idade, o historial do PSC, etc.); e definir um sistema de pontuação (score card), para que os indicadores anteriormente definidos sejam ponderados para determinar os critérios globais. Foram levantados 600 navios da Lloyds List Intelligence, tratados por SPSS 26.0, e a restante informação dos MoU globais, através de estatística descritiva. Também foi utilizada a base de dados do IHS MARKIT para consulta e apoio para este trabalho. Perante esta análise estatística dos indicadores, foi elaborado um score card, com base na experiência, pesquisa e ponderação dos critérios. Este encontra-se estruturado em seis partes: Fiabilidade do navio; Classificação ambiental; Credibilidade da companhia; Classificação do combustível; Classificação do manuseamento de carga; Pontuação de sustentabilidade da ONU. Há bons indicadores que nos permitem aferir qual o melhor critério para o afretamento mais ponderado, contudo alguma informação não foi possível estudar mais detalhe. Existem ainda inúmeros sectores dentro da indústria passiveis de ser desenvolvidos devido aos largos passos que a digitalização tem dado nestes anos.
  • A Campanha da Pesca na Ótica do Capitão do Navio: Desempenho como Pescador e Gestor
    Publication . Torrão, Emídio Manuel Rodrigues Vilares dos Santos; Veiga, Aníbal Flávio Maia Campos; Frade, João Carlos Gomes
    Este relatório, realizado com base na experiência profissional do autor como Capitão Pescador, analisa e dá a conhecer a campanha de Pesca na perspetiva do Capitão do navio, abordando o seu desempenho como pescador e gestor no contexto atual. O termo gestor surge num contexto no qual o Capitão do navio gere quotas de pesca e totais admissíveis de captura (TAC), gere a tripulação e também a interação tripulação/empresa. A análise passa pelas operações de pesca fazendo referência ao aparelho de pesca (arrasto pelágico e bentónico) descrevendo a afinação do aparelho e possíveis combinações no arrasto bentónico, tal como é realizado a bordo; pela gestão da tripulação, mencionando a gestão psicológica e física e a importância da Pesca correr de feição; pela captura e gestão de quotas, decisões de Pesca, processamento e conservação do Pescado, a descarga do Navio e a interação com o Armador e com a Empresa. Procurou-se não esquecer o atual clima regulatório e as diversas disposições legais que impendem sobre o setor e são impostas pelas diversas entidades reguladoras, bem como as atuais preocupações com a sustentabilidade que são focadas pelas principais entidades portuguesas e internacionais. O relatório cobre os ensinamentos obtidos no decurso de parte da vida profissional do autor, procurando concentrar no período de uma campanha toda a atividade do Capitão como responsável máximo pela expedição, tendo como objectivo adicional a divulgação da atividade.
  • Operações de Tratamento de Casco Durante a Docagem de Navios: Contributos para a Redução de Rugosidade
    Publication . Durão, José António Baptista Baia; Oliveira, Joaquim Henrique Almeida; Silveira, Pedro
    O motivo para a elaboração deste relatório de estágio, de algum modo associado e complementar às matérias ministradas na cadeira de "Arquitectura Naval e Manutenção do Navio", disciplina integrante do 1º ano deste curso de mestrado, fundamentou-se essencialmente na experiência profissional do autor, numa fase imediata à carreira de mar, durante os anos 80 do século passado, relacionado com os ramos da industria de construção e reparação naval como inspector/consultor, durante vários anos, numa prestigiada empresa mundial de tintas marítimas, e "leader" em Portugal, “Hempel”. Condicionalismos vários proporcionaram o recente regresso à Escola permitindo assim aceder a uma actualização técnica e de contactos no sector marinha mercante, relativamente ao qual me mantive afastado durante um longo período de tempo por ter optado por outras áreas profissionais. Este relatório, realizado no âmbito de um período de estágio não remunerado mas sob um ponto de vista de contorno profissional, elaborado com a colaboração da referida empresa, “Hempel Portugal Lda.”, e após conclusão da parte escolar do Mestrado em Pilotagem da ENIDH, assenta em duas vertentes principais apresentadas do seguinte modo: uma, suportada pela observação "in situ", para recolha de dados e apontamentos que descrevem encadeadamente os vários passos, demais actividades e tarefas relacionadas com uma docagem completa e outra, complementar, associada ao processamento dos elementos recolhidos para verificação de resultados em termos da redução da rugosidade do casco visando a sua optimização em termos hidrodinâmicos. O relatório conclui-se salientando os benefícios económicos nos custos de exploração dos navios e respectivos contributos em prol do ambiente. Apesar do carácter multidisciplinar e transversal em termos de matérias abordadas no texto, envolvendo matérias como a química e electroquímica passando pela mecânica, hidráulica e hidrostática, entre outras, o presente trabalho fundamenta-se essencialmente numa componente de índole prática, sendo por conseguinte, sustentado por elementos recolhidos no quotidiano da reparação de navios. A bibliografia referida em anexo, livros e demais publicações e documentação aí descritos, terão servido como fonte oportuna de consulta sempre que foi entendido e necessário a ela recorrer.
  • As condicionantes relacionadas com o efeito do vento nas manobras de atracação e largada nos navios de grandes dimensões O Caso Prático do Porto de Sines
    Publication . Bagão, Margarida Russo de Oliveira; Frade, João Carlos Gomes; Castro, Miguel Vieira de
    Ao longo da História da Marinha Mercante temos assistido a uma evolução gradual nas várias classes de navios existentes. Essa evolução, verifica-se ao nível da segurança, sistemas propulsores, porte bruto e restantes dimensões, o que tem originado um aumento considerável na dimensão dos navios. Para fazer face a toda esta evolução na indústria do transporte marítimo, os portos têm tido a necessidade de acompanhar essa evolução em todos os seus aspetos, na tentativa de oferecer as melhores infra-estruturas de modo a não perder competitividade, mantendo elevados os níveis de eficácia e eficiência. Este estudo surge no âmbito de se poderem comparar as manobras de entrada e saída de vários navios de grandes dimensões com diferentes condições de carga, bem como que meios devem ser utilizados no caso de condições meteorológicas adversas no Porto de Sines. O objetivo do estudo consiste em identificar as dificuldades provocadas pela intensidade e direção do vento nas manobras de aproximação, atracação e largada; identificar as zonas de maior risco para a segurança da manobra de aproximação sem o piloto a bordo, atracação e largada e caracterizar o efeito do vento nas manobras de atracação e largada no Porto de Sines. O presente estudo, divide-se em duas partes. Na primeira parte, no capítulo 1 procede-se a uma revisão histórica da evolução dos navios de grandes dimensões. O enquadramento teórico e conceptual do estudo e uma revisão bibliográfica são abordados nos capítulos 2 e 3, e por fim, no capítulo 4 é feita uma abordagem sobre o Porto de Sines. Na segunda parte, no capítulo 1, foi feito o enquadramento metodológico e no capítulo 2 a apresentação, análise e interpretação dos resultados obtidos. A metodologia aplicada neste trabalho foi realizada com recurso a métodos quantitativos, utilizando-se um inquérito por questionário de resposta fechada e a simulação de algumas manobras. Os resultados obtidos demonstram que, independentemente da intensidade do vento, os navios com maior área velica são mais influenciados pelo seu efeito, e que o comportamento destes é previsível. Os navios de transporte de gás natural, graneis sólidos e líquidos, são mais dependentes da utilização de rebocadores devido à sua reduzida capacidade de manobra. Salienta-se que na maior parte dos casos, para os Comandantes, o Porto de Sines é um porto bastante acessível e de confiança na manobra, as situações mais difíceis e de maior risco ocorrem quando a intensidade de vento é superior a 20 nós.
  • A Fadiga e o Stress nas Tripulações dos Navios Ro-Ro
    Publication . Pereira, André Marques; Tomé, Sérgio; Silva, Augusto
    Os navios Roll-on/Roll-off operam a um nível intenso devido ao seu tipo de carga que, recorrendo aos seus meios de movimento, é estivada a bordo por intermédio de rampas. Quando estes navios estão em atividade no short-sea, o seu ritmo operacional aumenta e provoca uma redução das qualidades da tripulação, através da fadiga e do stress. O trabalho teve como objetivo identificar os principais fatores que provocam fadiga e stress em tripulantes de navios Ro-Ro, e quais os mais afetados por estes. De acordo com a sua atividade, os sujeitos foram também avaliados no sentido de se perceber se obtêm o descanso necessário. Para a obtenção dos dados recorreu-se a um questionário online, com o objetivo de inquirir alguns tripulantes de navios Ro-Ro acerca das suas características pessoais e profissionais. O questionário identificou os seguintes fatores principais de fadiga e stress por ordem decrescente: "longo tempo a bordo"; "mau tempo"; "longos períodos de trabalho"; "ruído"; "vibração"; "saudades de casa"; e "interrupções do sono". Os tripulantes mais afetados foram: o contramestre; o ajudante de maquinista; e os marinheiros. Verificou-se que a tripulação é capaz de obter o descanso necessário e dentro dos parâmetros legais. Os 2º pilotos e imediatos têm uma rotina ativa e um sono reduzido, o que afeta a performance, tendo já sido comprovado pelo projeto MARTHA (2016). Os cargos de chefia de cada secção, como o chefe de máquinas, o imediato, o contramestre e o cozinheiro, são os que mais sentem o desgaste da sua rotina, à exceção do comandante que, apesar de ter níveis de stress e fadiga elevados, tem as suas tarefas delegadas e consegue obter um melhor descanso.