EM - IUEM - Ciências Farmacêuticas
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Browsing EM - IUEM - Ciências Farmacêuticas by advisor "Auxtero, Maria Deolinda"
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- Alterações cutâneas do idosoPublication . Gouveia, Leonor Monteiro Risques Camões; Auxtero, Maria DeolindaA pele é um órgão complexo, sendo crucial, para uma melhor compreensão do seu processo de envelhecimento, o conhecimento da sua organização morfológica, assim como das funções que desempenha. Representa a principal barreira entre o corpo e o exterior e é responsável por inúmeras funções fisiológicas essenciais à vida. O envelhecimento cutâneo é um fenómeno biológico natural, resultante dos efeitos cumulativos e combinados de vários fatores, intrínsecos e extrínsecos. A população geriátrica é o alvo natural deste fenómeno, mas uma intervenção precoce sobre fatores extrínsecos pode contribuir para um retardamento nas manifestações exteriores. Dado o aumento considerável da esperança média de vida, este grupo populacional tem vindo a crescer, aumentando, consequentemente, também as patologias crónicas. As alterações cutâneas do idoso são um exemplo desse facto, traduzindo-se em manifestações que podem ser benignas (como rugas, xerose e lentigos actínicos) ou malignas (como o melanoma, carcinoma basocelular ou carcinoma de células escamosas). Dos fatores extrínsecos implicados nas alterações cutâneas do idoso, a radiação solar é o maior responsável por acelerar o envelhecimento cutâneo e, consequentemente, pela indução de patologias dermatológicas. Adicionalmente, em geral, a população idosa é um grupo polimedicado. Este facto contribui para uma maior probabilidade de efeitos cutâneos adversos, causados pela medicação. São várias as classes terapêuticas, tradicionalmente usadas pelos idosos, como é o caso dos anti-dislipidémicos, anti-hipertensores e anti-inflamatórios não esteróides, com elevado potencial fotossensibilizante e/ou causador de manifestações cutâneas diversas, como é o caso da xerose e o prurido associado. O farmacêutico, em virtude da sua proximidade ao doente, tem um papel fundamental na sensibilização e prevenção das doenças geriátricas, particularmente nas de foro dermatológico. Pode contribuir para o envelhecimento saudável da população, através da promoção de campanhas informativas que conduzam a um aumento da literacia em saúde, apelo para a realização de rastreios e sensibilização para os cuidados preventivos, mormente a fotoproteção.
- Bioprinting 3D : uma alternativa à experimentação animal em farmacotoxicologiaPublication . Almeida, Jessica Miranda de; Auxtero, Maria DeolindaModelos animais têm sido utilizados em ensaios experimentais com o objetivo de aumentar o conhecimento que se tem acerca de potenciais fármacos e contribuir para encontrar respostas para questões biológicas e biomédicas que vão surgindo. No entanto, urge uma preocupação com o bem-estar dos animais utilizados nestes ensaios, e a crescente consciência do conceito “Direitos dos Animais” veio aumentar o foco sobre questões éticas. Os modelos animais são, ao momento, considerados inadequados para fazer uma previsão fiel da toxicidade e eficácia dos fármacos a ser estudos, conduzindo a uma necessidade iminente da utilização de novas estratégias in vitro na fase pré-clínica com capacidade de representar melhor as condições in vivo e facilitar na investigação sistematizada de candidatos a novos medicamentos. Os avanços recentes na bioimpressão 3D têm demonstrado a manipulação precisa de células e biomateriais, tornando-a uma tecnologia promissora na construção de modelos in vitro de tecidos/órgãos e dispositivos na triagem de medicamentos. Modelos in vitro de tecidos/órgãos são plataformas úteis com potencial para facilitar ensaios clínicos na descoberta e desenvolvimento de fármacos. O objetivo principal ao desenvolver modelos tridimensionais é reproduzir funções fisiologicamente relevantes que normalmente requerem sistemas mais complexos. Tecidos/órgãos bioimpressos revelam grande potencial na triagem de novos compostos ou em estudos de toxicidade, já que a complexidade espacial e química inerente a tecidos e órgãos nativos pode ser recriada.
- Desafios no tratamento das onicomicosesPublication . Martins, Ema Marques; Nascimento, Teresa; Auxtero, Maria DeolindaA unha é uma estrutura anatómica rica em queratina, responsável pela proteção, sensação e manipulação de objetos. Para além destas atribuições, a unha desempenha um papel importante na componente estética de cada pessoa. Atualmente, a contínua procura da população em melhorar a sua aparência, leva a uma maior sensibilização desta para qualquer distúrbio que possa comprometer a sua imagem. A onicomicose é uma infeção fúngica das unhas, provocada maioritariamente por fungos capazes de invadir e proliferar em tecidos queratinizados, os fungos filamentosos dermatófitos. Como exemplo temos duas espécies do género Trichophyton, T. rubrum e T. mentagrophytes. A onicomicose é a onicopatia mais diagnosticada mundialmente e apresenta grande incidência em indivíduos com idade avançada, do sexo masculino e com comorbilidades. As principais manifestações clínicas são a descoloração e espessamento da unha, dor e desconforto. Um diagnóstico de onicomicose com observação clínica, testes micológicos e diferenciais, permite uma identificação mais pormenorizada do tipo e etiologia da infeção fúngica. Para o tratamento da onicomicose existem terapêuticas farmacológicas e não farmacológicas. A escolha do tipo de regime deverá ter em conta as características do doente e da onicomicose. A onicomicose é uma doença com grande impacto na saúde mental e bem-estar dos doentes. A alteração estética das unhas e a resposta lenta das terapêuticas, influencia a adesão do doente. O desenvolvimento recente de produtos tópicos não farmacológicos com efeito cosmético é uma aposta promissora. No entanto, questiona-se se será possível aplicar este conceito nas formulações farmacêuticas tópicas de antifúngicos. Deste modo, é importante a realização de estudos que investiguem a viabilidade de um antifúngico tópico com cor.
- Erros de medicação associados a medicamentos look alike sound alikePublication . Constantino, Ana Carolina Ribeiro; Auxtero, Maria DeolindaA Organização Mundial de Saúde estima que, aproximadamente, 1 em cada 30 doentes sofra de danos associados a erros de medicação na sequência de cuidados de saúde não seguros, sendo mais de um quarto destes graves, ou potencialmente fatais. Os medicamentos Look Alike Sound Alike (LASA) são medicamentos cujo nome ortográfico, fonético e/ou aspeto são similares, podendo causar confusão e originar erros de medicação. O intuito desta monografia é, através de uma análise da literatura atual, explorar o conceito dos medicamentos LASA e das suas implicações clínicas para o doente. Assim como analisar as estratégias atuais de prevenção e mitigação destes erros. A prevalência de erros LASA não é concisa, no entanto, alguns estudos indicam que estes variem entre 6,2 – 14,7% de todos os erros de medicação. Estes podem ocorrer em qualquer fase do ciclo de utilização dos medicamentos, sendo a fase de prescrição a que apresenta taxas de prevalência mais elevadas. Diversos fatores como a condição clínica do doente, a complexidade do ambiente de trabalho e as características do próprio medicamento podem condicionar a ocorrência dos erros LASA. A utilização de técnicas como Tall Man Letters e os sistemas de dispensa automatizados constituem algumas das estratégias de mitigação implementadas, no entanto os estudos enfatizam a necessidade de integrá-las com outras medidas para garantir a sua eficácia e a segurança dos doentes. O farmacêutico desempenha um papel crucial na prevenção destes erros, utilizando a sua formação especializada para rever criticamente as prescrições e promover práticas seguras de uso de medicamentos em contextos multidisciplinares. Em suma, a conscientização relativa aos erros LASA e a análise abrangente das práticas atuais são fundamentais para diminuição de erros de medicação, promovendo o uso racional da medicação e a segurança dos pacientes nos sistemas de saúde.
- Erros em prescrição pediátricaPublication . Pirralho, Diana Isabel Nunes; Auxtero, Maria DeolindaO tratamento farmacológico depende da relação de confiança entre o paciente e os intervenientes no seu processo de cura. Esta confiança pode ser abalada quando ocorrem erros no tratamento, o que afeta o sucesso do mesmo e a saúde do paciente. Os erros ocorrem, podendo ser cometidos por qualquer um dos intervenientes no processo de tratamento (médico, enfermeiro, farmacêutico ou paciente). Vários estudos apontam como erro mais frequente o erro de prescrição. O erro, quando ocorre, pode ter implicações sérias em qualquer paciente, contudo é bastante mais grave quando ocorre na população pediátrica, mais sensível. Neste caso o risco de erro é três vezes superior ao da população adulta, o que motivou este projeto. Este trabalho visa identificar os tipos de erro mais comum em pediatria, apontar formas de evitar ou minorar o erro de prescrição pediátrica, indicando soluções possíveis. Procedeu-se à análise dos tipos de erros mais comuns; do papel dos intervenientes no processo (médico, enfermeiro, farmacêutico e familiares do paciente pediátrico) e foram também observadas algumas novas tecnologias como a prescrição eletrónica, o algoritmo da calculadora informatizada e novos métodos de doseamento sendo apontadas como solução para minorar o erro. Será também apresentado um ensaio experimental, conduzido em estudantes do 3º ano do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas do Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz, com o objetivo de apreciar o grau de precisão de medição de doses associado à utilização de diferentes métodos de medida de formulações orais líquidas (colher e copo de medida). Os resultados mostram que não há diferença na precisão das medidas efectuadas por homens ou mulheres, havendo diferenças significativas (p<0,05) entre o uso da colher doseadora e o copo medida e de ambos relativamente ao valor padrão. A colher origina subdosagens e o copo causa sobredosagens.
- Farmacocinética da geriatriaPublication . Coelho, Ana Rafaela Costa; Auxtero, Maria DeolindaA população mundial está a envelhecer. Em 2050, estima-se que o número de pessoas com 60 e mais anos de idade ultrapasse os 2 mil milhões. Desta forma, torna-se impreterível um estudo mais intensivo da ação dos fármacos no idoso. Os idosos são a faixa etária com maior suscetibilidade e debilidade para desenvolver patologias, surgindo com elas a necessidade do uso de fármacos. Neste contexto surge a polimedicação, que consiste na toma simultânea de 5 ou mais medicamentos, e está na origem da maioria das interações medicamentosas e reações adversas a medicamentos manifestadas pelos idosos. O idoso apresenta inúmeras alterações fisiológicas, nomeadamente, no sistema cardiovascular, gastrointestinal, hepático e renal e, alterações farmacológicas, nomeadamente ao nível dos padrões farmacocinéticos e farmacodinâmicos. Em termos farmacocinéticos, as alterações no sistema renal e função hepática são as que apresentam maiores repercussões. Os fenómenos de Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção (ADME) dos fármacos apresentam grandes diferenças no idoso comparativamente com adultos jovens. A insuficiência renal e a diabetes são das doenças mais prevalentes nesta faixa etária. Dadas as alterações que o envelhecimento acarreta, bem como patologias concomitantes e a polimedicação, torna-se necessário ajustar o regime posológico dos fármacos a administrar ao idoso, de forma a otimizar a sua terapêutica.
- Fotossensibilidade induzida por fármacosPublication . Silva, Inês Lopes da; Auxtero, Maria DeolindaIntrodução: A fotossensibilidade induzida por fármacos consiste numa reação cutânea anormal, em indivíduos expostos a radiação solar ou outra, causada por esses fármacos, enquanto que, na sua ausência os indivíduos tolerariam o mesmo grau de foto-exposição. Objetivos: Identificar os fármacos promotores de reações de fotossensibilidade e reconhecer o papel do farmacêutico na gestão e prevenção das reações. Métodos: Revisão da literatura através de pesquisa em base de dados como Pubmed, Cochrane Library e Science Direct. Foram incluídos artigos publicados até 2020, inclusive, e escritos em língua inglesa, portuguesa e espanhola. Resultados: A prevalência das reações de fotossensibilidade depende de fatores como área geográfica e hábitos de prescrição e consumo e podem ser causadas tanto por fármacos de uso tópico, como sistémico. Várias classes farmacoterapêuticas, nomeadamente AINE (cetoprofeno e piroxicam), Antifúngicos (voriconazol), Antibióticos (tetraciclinas, fluoroquinolonas), Diuréticos (hidroclorotiazida), Estatinas (atorvastatina, fluvastatina), Anti-arritmicos (amiodarona), Retinoídes e Antineoplásicos (vemurafenib), estão entre as mais frequentemente envolvidas na indução da fotossensibilidade. A fotossensibilidade induzida por fármacos pode manifestar-se por formigueiro, queimadura, urticária, eczema, foto-onicólise, discromia, pseudoporfiria, entre outros, dependendo do tipo de reação e do fármaco responsável. A exposição crónica a estes fármacos pode estar associada a um aumento do risco de fotocarcinogenese. O diagnóstico é realizado sobretudo com base na história clínica do doente, mas pode ser auxiliado por testes epicutâneos. Conclusões: Um grande número de fármacos, incluindo Não Sujeitos a Receita Médica, podem induzir fotossensibilidade o que implica cuidados acrescidos de fotoproteção do doente. A fotossensibilidade induzida por fármacos pode acontecer mesmo com exposição a radiação não solar e pode ter consequências graves. O farmacêutico tem um papel importante no aconselhamento, prevenção e gestão de eventuais reações cutâneas associadas a terapêuticas.
- A importância dos parâmetros farmacocinéticos na terapêutica individualizadaPublication . Real, Ivan Manuel Reis Sousa; Auxtero, Maria DeolindaA terapêutica individualizada é um procedimento que separa os pacientes em vários grupos, de acordo com as suas especificidades nas respostas farmacológicas. Com base nas particularidades destes grupos, é necessária a adaptação da terapêutica, podendo ser necessário o recurso a fármacos específicos. O desenvolvimento destas terapêuticas individualizadas necessita do aporte de várias áreas do saber, sendo as mais importantes a farmacogenética e a farmacocinética. No domínio da farmacocinética, os recentes avanços na área da modelação, nomeadamente com a implementação da PBPK, e a utilização desta aliada à estatística Bayesiana, tornam a análise e previsão de resposta à terapêutica mais acessível e precisa. Na área das doenças órfãs tem havido um grande avanço nos últimos 25 anos, no entanto, o elevado número de doenças sem atenção clínica continua a persistir. O desenvolvimento de tratamentos para uma doença rara engloba muitos desafios que não são observados numa patologia comum, sendo a escassez de pacientes para análise e o parco conhecimento dessas doenças, os mais comuns. É nesta área que mais se observa que uma mesma terapêutica não produz os mesmos efeitos em todos os indivíduos. Aqui, a utilização da modelação baseada em parâmetros fisiológicos e a simulação computacional através da estatística Bayesiana permitem o desenvolvimento /modificação de moléculas para patologias deste tipo e populações específicas, diminuindo o tempo com ensaios clínicos e aumentando a viabilidade económica. A indústria farmacêutica faz uso dos valores farmacocinéticos obtidos para selecionar as moléculas indicadas para determinada patologia e, selecionar os veículos e vias de administração mais adequados, bem como avaliar o potencial de associações de fármacos, com o intuito de se obter uma resposta terapêutica máxima, com um mínimo de toxicidade. Mesmo quando não existe um terapêutica indicada para certa patologia, o que é comum nas doenças órfãs, estes progressos mantêm o seu valor, na medida em que podem ser utilizados nas várias fases de desenvolvimento de um fármaco novo, permitindo selecionar os ensaios clínicos mais adequados e diminuindo drasticamente os custos associados.
- Interação entre anticoagulantes orais e medicamentos não sujeitos a receita médicaPublication . Amorim, Telma Catarina Ramos; Auxtero, Maria DeolindaOs anticoagulantes orais permitem que o doente faça a terapêutica em ambulatório. Durante várias décadas, os antagonistas da vitamina K foram os únicos a serem utilizados, sendo a varfarina o principal. De modo a colmatar as várias desvantagens que os antagonistas da vitamina K apresentam, houve a necessidade de surgirem novos anticoagulantes orais. Porém uma das desvantagens que é comum a todos os fármacos é as possíveis interações entre eles. Entre todos os fármacos que existem é preciso ter em atenção os medicamentos não sujeitos a receita médica, pois estes muitas vezes são utilizados em automedicação. Assim, torna-se necessário ter em atenção às possíveis interações, mesmo que ainda não tenham sido descritas.
- Interacções não farmacológicas com contraceptivos oraisPublication . Garcia, Inês F. Rodrigues A.; Auxtero, Maria DeolindaO desenvolvimento de métodos contraceptivos permitiu uma diminuição importante da mortalidade infantil, e a possibilidade de planeamento familiar por parte das mulheres. A contracepção oral surge na década de 60, e tornou-se no método mais frequente e o mais eficaz. Os contraceptivos orais (CO) são constituídos, na sua maioria, por um componente estrogénico e um componente progestativo, que juntamente provocam a diminuição da produção de estradiol, regulação da proliferação do endométrio e supressão da ovulação. Os CO causam alguns efeitos adversos que se podem tornar graves. No entanto, os benefícios, mesmo não contraceptivos, compensam este risco. Interacções farmacocinéticas e farmacodinâmicas não farmacológicas podem ocorrer com os CO, provocando alterações na sua eficácia e severidade de efeitos adversos. Situações como obesidade, consumo de tabaco, álcool, cafeína, hipericão e toranja, vão interferir com os níveis dos CO, enquanto que estes também podem provocar alterações nos níveis de várias vitaminas e minerais. Cabe aos profissionais de saúde, principalmente ao farmacêutico comunitário, a responsabilidade de orientar e aconselhar da melhor forma as mulheres utilizadoras de CO, de modo a diminuir efeitos adversos e interacções. As interacções não farmacológicas não devem ser negligenciadas, já que são tão importantes quanto as interacções farmacológicas. Assim, deverão ser igualmente mais investigadas no futuro, para que profissionais de saúde e consumidores estejam informados acerca deste assunto.
