IUM - Revista de Ciências Miliares
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- Acidentes com aeronaves na Força Aérea Portuguesa: evolução da eficácia da prevenção e caraterização de causasPublication . Marado, Bruno Sertório DiasA Força Aérea Portuguesa (FAP) tem colocado grande empenho na prevenção de acidentes, mas terá conseguido uma redução significativa de acidentes com destruição de aeronave? O número de acidentes, por cada 10.000 horas de voo (HV), será semelhante ao de outras Forças Aéreas? Quais as causas destes acidentes? Esta investigação centrou- -se em torno da questão “Quais as causas dos acidentes com perda de aeronave, e em que medida tem sido eficaz a prevenção destes acidentes na FAP, em termos absolutos e comparativamente com outros operadores de referência?”. O campo de observação abrangeu a FAP e as Forças Aéreas Espanhola, Belga e Suíça. O período temporal analisado foi de 30 anos no caso da FAP e de 20 nas restantes Forças Aéreas. Nesta investigação conclui-se que embora na globalidade das ocorrências (incidentes e acidentes) na FAP, o fator humano contribua com um peso de 41%, verifica-se que no caso específico dos acidentes com perda de aeronave, os fatores humanos têm um peso de 60%. As causas dos acidentes com perda de aeronave têm sido combatidas eficazmente, resultando na diminuição nos últimos 30 anos do número de acidentes com perda de aeronave, por 10.000 HV, estando hoje a FAP, num nível de paridade (em número de acidentes por 10.000 HV) com Forças Aéreas de referência da Europa, nomeadamente as Forças Aéreas de Espanha e Bélgica (e melhor que a Suiça)
- A Alemanha ensanguentada de Aquilino Ribeiro: o testemunho de um autor português sobre o desejo de vingança alemão nascido de VersaillesPublication . Fernandes, Marisa Alexandra SantosEste artigo pretende demonstrar através da obra Alemanha Ensanguentada de Aquilino Ribeiro (1885-1963) o modo como o Tratado de Versailles foi recebido pelos alemães logo após a Primeira Guerra Mundial. E coloca em evidência a possibilidade das imposições deste Tratado terem fomentado o desejo de vingança dos alemães e alimentado a vontade de desforra numa outra Guerra Mundial. Por outro lado, a oposição a Versailles parece ter sido também uma das razões para o surgimento da Geopolítica na Alemanha no período imediato à Grande Guerra, como aqui se procura salientar. Finalmente, destaca-se o papel do desenvolvimento da cultura e das relações de sentimento notado por Albert Einstein (1879-1955) e Sigmund Freud (1856-1939), em particular através do conhecimento de línguas estrangeiras, como forma de fomentar a Paz.
- A ameaça do crime organizado transnacional em PortugalPublication . Sousa, Francisco Xavier Ferreira de; Ferreira, José Augusto de Barros; Agostinho, Nuno Manuel Nunes NevesA globalização dos dias de hoje traz desafios ao mundo. Um desses desafios é o Crime Organizado Transnacional, que tem utilizado a livre circulação de pessoas, bens e moeda, no espaço Schengen, a abertura das oportunidades a leste e a sul e o incremento das relações comerciais, para estender os seus tentáculos. Daqui resulta a dificuldade em se encontrar uma definição consensual e abrangente de Crime Organizado Territorial. Tal dificulta o combate a essa ameaça por parte dos Estados e da comunidade internacional, surgindo consequentes desafios sociais e estruturais que se refletem na sua segurança. Portugal tem um recorte e posição geográfica que, conjugadas com uma legislação permissiva e restritiva, lhe permite ser visto como uma plataforma giratória e logística, para a entrada e manutenção do Crime Organizado Territorial na Europa. Assim, através do levantamento das ameaças desse âmbito no nosso território, do estudo das tendências evolutivas do Crime Organizado Territorial e da análise dos mecanismos à disposição do nosso País para o combater, pretendemos esboçar os fundamentos de uma estratégia que possa ser implementada, por Portugal, no combate ao crime organizado transnacional e elencar algumas medidas para, no âmbito dos principais eixos dessa estratégia, tornar mais eficaz tal combate.
- Uma análise ao processo de influência: abordagens tradicionais e complementaresPublication . Rosinha, António José Palma EstevesO artigo sistematiza do ponto de vista teórico as diferentes abordagens sobre táticas de influência utilizadas no decorrer do processo de liderança. Faz-se referência à sua frequência de utilização, aos seus fatores determinantes, à força ou poder de um estratégia de influência e aos seus efeitos e eficácia. São igualmente referidas abordagens alternativas e complementares à utilização de táticas de influência, nomeadamente os comportamentos de gestão, dando-se particular relevo aos processos de autocontrolo e de auto-influência organizacional. Os sistemas de auto-influência são um ponto central nas práticas de gestão organizacional pelos benefícios que acarretam para a organização e para a realização individual.
- Uma análise geopolítica do Corno de ÁfricaPublication . Alexandre, António Manual GonçalvesA região do Corno de África tem vindo a assistir a um aumento substancial no número de missões militares estrangeiras desde 2001, com particular relevo para a última década. O aspeto mais visível dessa militarização é o número de forças navais destacadas na região e a proliferação de instalações militares em áreas do litoral em redor do Estreito de Bab el-Mandeb, no Mar Vermelho e no Golfo de Áden. O conflito no Iémen tem sido nos últimos anos um relevante foco de instabilidade regional e no segundo semestre de 2019 a possibilidade de um confronto militar aberto entre os blocos que apoiam as fações oponentes subiu francamente. Pretende-se com este artigo analisar as disputas geopolíticas em curso no Corno de África. Os EUA mantêm uma presença forte e além de atores regionais de relevo, como a Arábia Saudita e o Irão, outras potências, incluindo a China, a Rússia, o Qatar, Israel, o Egito, os Emirados Árabes Unidos e a Turquia, têm vindo a posicionar-se para reforçarem a sua presença nesta região. Os resultados evidenciam a existência de relevantes disputas geopolíticas no Corno de África ao nível das potências globais e regionais, que podem elevar o risco de um conflito militar.
- Aplicação do conceito modular à guarnição de um navio polivalente logísticoPublication . Ferreira, Marina ColaçoO Navio Polivalente Logístico é um meio que pode integrar diversas capacidades e ser empregue em cenários com diferentes exigências, o que poderá originar a necessidade de uma guarnição com dimensões consideráveis e consequentemente maiores esforços de carácter logístico e de adaptação e coordenação das atividades a bordo. No sentido de encontrar um compromisso entre a redução da guarnição deste navio, não descurando, no entanto, o cumprimento das missões, foi analisada a aplicação do conceito modular à sua guarnição, considerando para isso a tipologia de missões que poderão ser atribuídas, o seu conceito de emprego e requisitos operacionais. Como termo de comparação foi analisada a guarnição de navios similares de outras marinhas, permitindo a identificação da sua guarnição base, para uma navegação em segurança, e os diferentes módulos, sua constituição e organização, que poderão embarcar consoante a missão. A metodologia seguida foi assente numa estratégia qualitativa com recurso ao método indutivo. O desenho da pesquisa foi o estudo de caso e as técnicas de recolha de dados por análise documental e entrevistas não estruturadas com especialistas na matéria. Com a aplicação do conceito modular, adapta-se a necessidade de pessoal em cada tipo de missão, reduzindo os recursos humanos e consequentemente a complexidade associada.
- Breve genealogia dos fundamentos da GNR no jus post bellumPublication . Silvério, Paulo Jorge AlvesO trabalho centra-se no domínio da participação das Forças de Segurança, em concreto a Guarda Nacional Republicana (GNR) nas operações jus post bellum. Cientes que a intervenção internacional do Estado português em situações de pós conflito se insere no âmbito da política externa e que a segurança é uma atividade multidimensional, relevamos o empenhamento operacional da GNR, em missões internacionais como uma necessidade e uma linha de ação estratégia. Recitamos como resultados principais que no período de 1995 a 2015, a GNR já integrou vinte e seis missões internacionais. Hodiernamente, o jus post bellum surge como um dever da comunidade internacional. Nesta fase das operações o cumprimento emergente de tarefas de polícia1 é irrefutável e reconhecido pelas Organizações Internacionais, levando ao desenvolvimento da doutrina sob o empenhamento conjunto ou combinado de Forças de polícia de natureza militar, com as Forças Armadas. É neste contexto que surgem as Multinational Specialized Unit no seio da North Atlantic Treaty Organization, as Integrated Police Unit no seio da União Europeia, através da European Gendarmerie Force e das Formed Police Unit no seio das Nações Unidas.
- Cidadania e segurança: contributos para uma estratégia nacional de segurança de proximidadePublication . Silva, Nuno Miguel Parreira daAtualmente já não é possível conceber políticas públicas, para terem efeitos sociais nas comunidades, sem ter por base um processo de produção de conhecimento científico fundamentado teoricamente e orientado para a ação, para que posteriormente a decisão política seja sustentada e mais adequada à realidade local. O objeto de estudo desta investigação centrou-se no dispositivo territorial da GNR afeto ao policiamento de proximidade e o método de investigação assentou no raciocínio indutivo, numa estratégia de investigação qualitativa e num estudo de caso. Foi possível verificar, através do levantamento das perceções dos Comandantes Territoriais e das entrevistas aos especialistas, que a proximidade em Portugal continua, no essencial, a consistir na implementação ad hoc de um conjunto de programas em detrimento de uma estratégia organizacional nacional e que não se antecipa a curto prazo, o reforço da participação cidadã na coprodução da segurança a nível local. Nesta investigação, demonstrou-se a necessidade urgente de concretização de uma estratégia nacional de segurança de proximidade, tendo sido possível identificar um conjunto de contributos que assentam na inexistência de uma ideia partilhada sobre segurança de proximidade que carece de ser estabelecida e sustentada politicamente, para que tenha eficácia e êxito junto das comunidades locais.
- A classificação dos gases químicos e a sua implicação no Corpo Expedicionário PortuguêsPublication . Martins, Leonel José MendesEm 22 de abril de 1915, os alemães atacaram as forças aliadas, no saliente de Ypres, fazendo uso de um gás asfixiante. Utilizaram cloro em quantidades nunca antes vistas no campo de batalha. O resultado foi catastrófico para as tropas aliadas que não estavam preparadas para se defenderem desta nova arma na frente de combate. O emprego de novos agentes químicos mais letais foi-se desenvolvendo ao longo do conflito. Os ingleses e os franceses foram classificando estes agentes químicos consoante os seus efeitos fisiológicos nas vítimas. Os alemães, por seu lado, foram agrupando os agentes químicos consoante os efeitos pretendidos no campo de batalha, tendo em atenção a duração dos seus efeitos e o seu poder letal. Esta divisão alemã foi devidamente incorporada na sua tática. A doutrina alemã foi-se desenvolvendo ao longo do conflito e o lançamento de compostos químicos pela artilharia alemã na fase de preparação do ataque passou a ser um procedimento no campo de batalha. O apoio de fogos da artilharia à suas tropas de assalto recorria ao emprego criterioso de granadas com químicos com vista a atingirem determinados efeitos nas linhas defensivas dos aliados. Esta doutrina foi amplamente usada nas ofensivas alemãs da primavera de 1918. O Corpo Expedicionário Português (CEP) foi vítima daquela tática de emprego de gases de guerra na Batalha de la Lys de abril de 1918. As tropas portuguesas estavam na Flandres desde 1917 mas tinham tido apenas pequenos combates antes da primavera de 1918. Utilizavam a doutrina dos britânicos relativamente à guerra química e tiveram de lidar com uma nova abordagem de emprego de agentes químicos no campo de batalha por parte dos alemães.
- Clima organizacional e cultura organizacional na Academia da Força AéreaPublication . Paim, Sandro Avelino Toste; Fachada, Cristina Paula de Almeida; Gomes, Ana Patrícia CorreiaAnalisar variáveis de interesse para os decisores organizacionais, como sejam o clima e a cultura, traduz-se em maior capacidade de compreensão e otimização de situações que impactam sobre os resultados organizacionais. Esta investigação teve, então, por objetivo estudar o clima e cultura organizacionais dos alunos do Curso em Ciências Militares Aeronáuticas (CCMA)2 e do Estágio Técnico Militar (ETM) ministrados pela Academia da Força Aérea (AFA), por forma a averiguar a existência de diferenças e a identificar “tipologias” dominantes. Para tal, foi analisada uma amostra de 244 alunos (90% da população), com recurso aos instrumentos Organizational Climate Measure (OCM) e Organizational Culture Assessment Instrument (OCAI). Dos resultados obtidos, concluiu-se que existem diferenças significativas entre o CCMA e o ETM nos modelos de relações humanas e de cultura hierárquica, e entre o 1.º ano e os restantes anos do CCMA em praticamente todos os modelos estudados (excetuando o dos processos internos). Concluiu-se, igualmente, que, à parte do 1.º ano, apenas não existem diferenças em relação aos modelos de processos internos e cultura de mercado. As evidências encontradas permitiram, ainda, constatar que o clima e a cultura dominantes caracterizam-se pelos modelos de processos internos (cultura hierárquica) e objetivos racionais (cultura de mercado).