ESSA - Departamento de Terapia Ocupacional
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Browsing ESSA - Departamento de Terapia Ocupacional by Field of Science and Technology (FOS) "Integração Sensorial"
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- O brincar e o processamento sensorial em crianças dos 36 aos 72 mesesPublication . Cardoso, Margarida; Ferreira, IsabelResumo: Brincar é a principal ocupação nos primeiros anos de vida da criança, existindo um papel central do processamento sensorial no desenvolvimento do brincar (Parham & Fazio, 2008). Neste sentido, importa perceber a relação que existe entre o processamento sensorial da criança e as competências do brincar. Objetivos: Verificar a relação entre o brincar e o processamento sensorial em crianças dos 36 aos 72 meses. Metodologia: Foram utilizados os instrumentos Revised Knox Preschool Play Scale e Perfil Sensorial 2, com uma amostra de 55 crianças, residentes no distrito de Lisboa, com idades compreendidas entre os 36 e os 72 meses e desenvolvimento típico. O Perfil Sensorial 2 foi preenchido pelo cuidador principal. Para observação da escala Revised Knox Preschool Play Scale as crianças foram observadas por um terapeuta em contexto educativo, em interior e exterior no parque infantil, em grupos de pares. Resultados: Foi identificada a existência de uma relação entre os diversos domínios da Revised Knox Preschool Play Scale e os quadrantes e secções do Perfil Sensorial 2. De entre as relações encontradas, identifica-se que crianças com uma idade do brincar abaixo de mais de 8 meses da sua idade cronológica apresentam dificuldades no processamento tátil. Simultaneamente, crianças com hiperresponsividade tátil apresentam diferenças no interesse e cooperação, e crianças com hiperresponsividade auditiva e ao movimento apresentam diferenças na atenção. A criança sensível apresenta idades do brincar abaixo da sua idade cronológica na gestão de material, na participação, na construção, na atenção, na cooperação, no humor e na idade geral do brincar. A criança que evita apresenta idades do brincar abaixo da sua idade cronológica na atenção e cooperação. A criança espetadora ou passiva apresenta idades do brincar abaixo da sua idade cronológica no interesse, na atenção e na cooperação. Conclusão: Os resultados obtidos evidenciam uma relação entre o processamento sensorial e o brincar, sendo que crianças com características sensoriais atípicas apresentam um brincar abaixo da sua idade cronológica em várias dimensões e crianças com competências de brincar abaixo da idade cronológica apresentam dificuldades no processamento tátil.
- Child Sensory Profile 2: adaptação linguístico-cultural para português europeu e contributo para a validação em crianças dos 3 aos 14 anosPublication . Gomes, Inês; Pinto, Élia; Guimarães, IsabelIntrodução: A teoria da integração sensorial é considerada a base de uma intervenção terapêutica cada vez mais procurada pelos terapeutas ocupacionais. E um dos aspetos fundamentais dessa intervenção é a adequada avaliação da criança. Objetivos: O presente estudo pretende realizar a adaptação linguístico-cultural em português europeu e o contributo para a validação em crianças dos 3 anos aos 14 anos e 11 meses, do instrumento “Child Sensory Profile 2 (CSP2)”. Métodos: A adaptação linguístico-cultural foi realizada através da tradução-retrotradução, painel de cinco peritos e pré-teste com três cuidadores de crianças idades dos 3 aos 14 anos de idade. Para a fase de contributo para a validação foi feita a análise das propriedades métricas do instrumento, tendo sido usada uma amostra constituída por 100 cuidadores de crianças na faixa etária referida. Resultados: No total, após análise do painel de peritos, foram adaptados 7 dos 86 itens, para chegar à versão de consenso da tradução para português europeu do CSP2. Após a fase de pré-teste, no total, foram realizadas três sugestões de alteração, contudo, apenas uma foi aceite. Dos 86 itens apenas um sofreu alterações. A versão portuguesa deste instrumento mostrou uma forte consistência interna, uma vez que os valores de alfa de Cronbach se encontram entre 0,78 e 0,93; a consistência temporal teste-reteste considera-se adequada, com valores do coeficiente de correlação intraclasse entre 0,81 e 0,97 nas secções e quadrantes e valores de coeficiente de Kappa iguais ou superiores a 0,80. O erro padrão de medida indica que o teste não é perfeitamente fidedigno, uma vez que apresenta valores superiores a 0. A análise fatorial confirmatória revelou 7 medidas com ajustamento inaceitável. Na validade descriminava não se apresentam diferenças significativas entre crianças dos 3 aos 8 anos e crianças dos 9 aos 14 anos. Tal como, não apresenta diferenças significativas entre crianças de sexos diferentes. Conclusão: Foi desenvolvida a versão portuguesa do PS-2-A criança. Para estudos futuros considera-se essencial a aplicação do PS2-A criança a uma amostra com maiores dimensões, aproximando-se de uma amostra representativa da população a ser estudada. Bem como, analisar a validade discriminativa com populações vulneráveis e a validade convergente com instrumentos que avaliem o mesmo construto.
- Comportamento em crianças do 1.º ciclo: relação com o processamento sensorial e o tempo de exposição a ecrãsPublication . Alves, Anabela; Trigueiro, Maria João; Pinto, ÉliaIntrodução: As alterações do comportamento podem estar associadas tanto com disfunções do processamento sensorial, como com o tempo de exposição a ecrãs. Objetivo: Verificar se o processamento sensorial e o tempo de exposição a ecrãs em crianças em idade escolar do 1.º ciclo influenciam os seus comportamentos. Método: Utilizou-se um questionário sociodemográfico, a Medida do Processamento Sensorial e o Questionário de Capacidades e Dificuldades. A amostra foi composta por 183 crianças entre os seis e os 10 anos, sem diagnósticos de perturbação do neurodesenvolvimento, cegueira ou surdez. Para o tratamento de dados utilizou-se medidas de estatística descritiva para caraterizar a amostra e descrever as frequências das variáveis, para relacionar o processamento sensorial com o comportamento, e o tempo de exposição a ecrãs com o comportamento utilizou-se a correlação não paramétrica de Spearman, e por fim, para verificar se o tempo de exposição a ecrãs e o processamento sensorial são preditores do comportamento das crianças realizou-se uma regressão linear múltipla. Resultados: As variáveis que se revelaram preditoras do comportamento foram ao nível do processamento sensorial, a participação social (Beta = 0,255, p < 0,001), a consciência do corpo (Beta = 0,324, p < 0,001) e a audição (Beta = 0,164, p = 0,018), tendo sido apurada a tendência para quanto mais os problemas no processamento sensorial mais os problemas de comportamento. Da análise entre as variáveis tempo de exposição a ecrãs e comportamento não se verificou nenhuma correlação significativa. Conclusão: Conclui-se que dificuldades no processamento sensorial estão associadas a uma maior prevalência de problemas de comportamento, em crianças com desenvolvimento típico.
- Construção e validação da escala de avaliação do processamento sensorial do adulto e brincadeiras na infânciaPublication . Lima, Thayana; Ferreira, IsabelAtualmente tem-se dedicado tempo e esforço nos estudos relacionados ao desenvolvimento neuropsicomotor das crianças, em especial aquelas que tem apresentado disfunções do neurodesenvolvimento. Porém os atuais adultos que apresentam dificuldades, podem não saber a origem/causa das mesmas. Se faz necessário um estudo retrospectivo da história de vida ocupacional do indivíduo, que permita estabelecer uma sequência de fatores internos e externos de impacto no processo de maturação. Surge, portanto, a construção da Escala de Avaliação do Processamento Sensorial e Brincadeiras na Infância (APSABI). Através desse estudo procurou-se como objetivos, construir os itens da Escala APSABI capazes de avaliar o processamento sensorial do adulto utilizando como base o brincar na infância; realizar a validação de conteúdo da Escala ABSABI, a partir da análise do grau de acordo e pertinência dos itens; verificar a consistência interna e determinar o Alfa de Cronbach para os itens da escala; analisar a correlação do processamento sensorial entre a fase da infância e a fase adulta; identificar se o desempenho ocupacional do atual adulto é influenciado pelo processamento sensorial; correlacionar as características dos jogos e brincadeiras da infância com os sistemas sensoriais. O estudo apresentado é do tipo metodológico. Após a construção dos itens da Escala, foi submetido ao painel de peritos e ao pré-teste. Com o estudo, foi possível concluir que os itens apresentam correlação entre si, entre os sistemas sensoriais, entre a fase da infância e adulta, entre os jogos e as fases da vida. Através dos cálculos de IVC, SAM, Alfa de Cronbach, Correlação de Sperman detectamos que há consistência interna e grau de acordo e pertinência entre os itens da escala. Identificou-se que o desempenho das atividades quotidianas na atualidade tem relação com as atividades desempenhadas e não desempenhadas na infância.
- Construção e validação de uma grelha de avaliação dos comportamentos do brincar com o corpo, de bebés entre os 10 e os 12 meses, em contexto educativo e sua relação com o perfil sensorial 2Publication . Pereira, Jéssica; Helena, ReisIntrodução: Ao brincar a criança dá significado ao mundo que a rodeia, expressa-se e estabelece relacionamentos com os outros. Objetivos: Construir e validar uma grelha de avaliação dos comportamentos do brincar com o corpo de bebés e relacionar os resultados obtidos com o seu perfil sensorial. Métodos: Foram selecionados 10 bebés com desenvolvimento típico, entre os 10 e 12 meses. Cumpriram-se quatro etapas: 1) desenvolvimento da grelha; 2) validade de conteúdo através do painel de peritos (n=3); 3) pré-teste (n=5) e fidedignidade intra e interobservadores (n=3); 4) aplicação da grelha a uma amostra maior (n=10) e validade convergente, recorrendo-se ao perfil sensorial 2. A fidedignidade foi avaliada através da análise da consistência interna com o teste de Kuder-Richardson, a estabilidade temporal teste-reteste e a fidedignidade interobservadores, através do coeficiente de Kappa. Na análise do score total recorreu-se ao coeficiente de correlação intraclasse e, na validade convergente, à correlação não paramétrica de Spearman. Resultados: A consistência interna é respeitável (α = 0,77). A estabilidade temporal teste-reteste é moderada (ICC = 0,65), bem como a fidedignidade interobservador (ICC = 0,62) na observação dos comportamentos de brincar. Na validade convergente, nenhuma correlação foi estatisticamente significativa. Sete em 10 bebés revelaram disfunção e todos manifestaram disfunção em pelo menos uma das secções sensoriais e comportamentais. A maioria dos bebés demonstrou pelo menos dois comportamentos de brincar com o corpo e dois itens do brincar com o cuidador. Conclusões: A maioria das bebés tem poucos comportamentos de brincar com o corpo e apresenta um brincar imaturo para a faixa etária, sobretudo aqueles com disfunção do sistema vestibular. São necessários mais estudos com amostras maiores e representativas da população portuguesa, bem como a criação de dados normativos e análise de outras propriedades psicométricas.
- Contributo para a construção de uma escala de avaliação dos parques infantisPublication . Cardoso, Vânia; Trigueiro, Maria João; Pinto, ÉliaObjetivos. Construir e contribuir para a validação de uma escala que permita avaliar se os equipamentos dos parques infantis promovem a integração sensorial. Avaliar os equipamentos com recurso à escala construída. Método. Estudo misto, com uma fase qualitativa para validar o conteúdo da Escala de Avaliação dos Parques Infantis (EAPI) e outra quantitativa, para avaliar parques infantis, de forma a analisar a consistência interna e sensibilidade. A descrição dos equipamentos faz-se através das frequências. Resultados. A EAPI apresenta uma boa consistência interna (alfa = 0,780) e sensibilidade (assimetria = 0,904; curtose = 0,366). Os parques da amostra privilegiam a segurança, o ambiente físico e dão preferência ao escorrega e baloiço. Apenas uma minoria apresenta equipamento menos convencional como painéis de atividades sonoras e instrumentos musicais outdoor ou o trampolim. Conclusão. A EAPI apresenta validade do conteúdo e consistência interna razoáveis. Os parques infantis privilegiam equipamento que promove o sistema vestibular e propriocetivo.
- Contributo para a validação do Adolescents/Adults Sensory Profile para a população portuguesa: consistência interna e temporal e validade do construtoPublication . Azevedo, Elsa; Vieira da Silva, CristinaIntrodução: O Adolescents/ Adults Sensory Profile é um instrumento de avaliação da área da Terapia Ocupacional que visa avaliar a modulação sensorial de indivíduos a partir dos 11 anos de idade, através da análise dos seus padrões comportamentais. Objetivos: Analisar as propriedades psicométricas do Perfil Sensorial Adolescentes/ Adultos para a população portuguesa, tais como a consistência interna e temporal e validade do construto. Métodos: A amostra recolhida por conveniência foi constituída por 210 indivíduos entre os 11 e os 91 anos, que não apresentavam alterações da consciência. Para a análise da consistência temporal 30 dos sujeitos da amostra constituíram o grupo para o segundo momento de recolha de dados. A validade do construto foi avaliada através da análise fatorial confirmatória. Todos os dados foram tratados com recurso ao SPSS® 28.0 e ao Amos® 22. Resultados: A consistência interna obteve valores do Alpha de Cronbach entre pobre e excelente para as secções e quadrantes (0,534<α<0,815), à exceção das secções do processamento do movimento (α=0,277) e do nível de atividade (α=0,373), onde foram obtidos valores inaceitáveis. A estabilidade teste-reteste variou entre alta e excelente (0,865
- O efeito das rotinas em crianças com disfunções de integração sensorialPublication . Gonçalves, Renata; Trigueiro, Maria João; Pinto, ÉliaIntrodução: as disfunções sensório-motoras podem afetar o desempenho das crianças durante as suas atividades diárias e rotinas. Sendo as rotinas benéficas para a saúde das crianças a ausência de rotinas planeadas e a exposição a situações novas, de forma repentina - conforme ocorreu devido à pandemia da doença do coronavírus (COVID-19) - pode ter impacto no comportamento das crianças. Objetivos: o presente estudo tem como objetivo perceber, através da perceção dos pais, de que forma a alteração das rotinas provoca comportamentos disruptivos em crianças com disfunções de integração sensorial (DIS). Métodos: este estudo é um estudo de caso observacional, descritivo, que incide sobre um pequeno grupo de indivíduos (estudo de caso múltiplo). A amostra é constituída por três famílias (pais e respetivas crianças), obtida por uma amostragem não probabilística, do tipo intencional por casos típicos. Foram utilizados, como instrumentos, o Sensory Processing Measure (SPM) forma casa e a Entrevista Baseada nas Rotinas (EBR). Os dados foram analisados com recurso a testes de análise qualitativa e quantitativa. Resultados: após o tratamento de dados quantitativos (SPM) e qualitativos (EBR), os resultados sugerem que as rotinas possuem impacto em crianças com DIS, que se refletem nos seus comportamentos. Os dados sugerem que, com o confinamento - devido à situação pandémica - e a consequente forçosa alteração de rotinas diárias, estas crianças modificaram os seus comportamentos, seja por questões sensoriais ou por questões emocionais. Conclusões: apesar de considerarmos que mais resultados, com uma amostra maior, têm de ser obtidos, este estudo parece apontar no sentido de se vir a tornar um material prometedor e útil na contribuição da qualidade e excelência da prática clínica dos terapeutas ocupacionais portugueses, que não têm disponíveis, até ao momento, informações relativas ao efeito das rotinas em crianças com DIS - o que, atualmente, se justifica prontamente, tendo em conta a situação pandémica que ocorreu a nível mundial e que levou, grande parte da população, a reestruturar as suas rotinas durante os períodos de confinamento vivenciados.
- Escala sensorial de problemas alimentares: fidedignidade e validade da versão em português europeu, em crianças dos 4 aos 5 anos e 11 mesesPublication . Marques, Alexandra; Ferreira, IsabelIntrodução: A alimentação é uma atividade complexa e dependente de diversos fatores inerentes à criança. O desenvolvimento e maturação das competências motoras, sensoriais, bem como o contexto em que a atividade ocorre irá influenciar fortemente o envolvimento e participação da criança nesta atividade. Objetivo: Estudar a fidedignidade e validade da versão em português europeu do instrumento Escala Sensorial de Problemas Alimentares (ESPA) em crianças com idades compreendidas entre 4 e 5 anos e 11 meses de idade. Métodos: Neste estudo metodológico usou-se uma técnica de amostragem não probabilística de conveniência, sendo a amostra constituída por 43 crianças entre os 4 e os 5 anos, 33 com desenvolvimento típico e 10 com diagnóstico de PEA. Para a validade convergente foi usada a correlação de Pearson para correlacionar a ESPA com o Perfil Sensorial 2 – a criança (PS 2). Para a validade discriminativa por técnica de grupos conhecidos foi usado o teste t de student para amostras independentes de forma a comparar os dois grupos: crianças com desenvolvimento típico e crianças com diagnóstico de PEA nos domínios da ESPA. Para a fidedignidade, através da consistência interna foi utilizado o Alpha de Cronbach. Resultados: Os alphas das 6 subescalas da ESPA são todos acima de 0,70 e o Alpha total da escala é de 0,887, revelando uma boa consistência interna. As correlações significativas do processamento oral da PS2 com as subescalas da ESPA oscilam entre 0,359 e 0,741, verificando-se assim correlações grandes (superiores a 0,50 nas dimensões aversão ao toque: 0,728, foco num único alimento: 0,741, Gagging: 0,531) e moderadas (entre 0,30 e 0,49 nas dimensões- sensibilidade à temperatura: 0,359 e expulsão: 0,455). O processamento oral da PS2 revela também uma correlação grande com o total da ESPA (0,732). Observando os resultados do t de student, constata-se que os dois grupos revelam diferenças significativas em 4 domínios da ESPA: aversão ao toque na comida, foco num único alimento, Gagging e Expulsão, revelando o grupo com PEA maior frequência deste tipo de comportamentos. No total da ESPA também existem diferenças significativas entre os dois grupos, revelando o grupo com PEA uma média mais alta do que o grupo com desenvolvimento típico, o que revela mais problemas ao nível da alimentação. Conclusão: Através do processamento de dados estatísticos, é seguro concluir que a ESPA demonstra ser uma escala fidedigna. Foi também possível apurar a existência de uma correlação significativa entre as subescalas da ESPA e o domínio processamento oral do PS2, excetuando a escala relativa ao excesso de comida. A ESPA permite discriminar dois grupos onde é expectável que hajam essas diferenças, pois foram constatadas diferenças significativas entre os dois grupos, revelando o grupo com PEA uma média mais alta do que o grupo com desenvolvimento típico, o que demonstra mais problemas ao nível da alimentação.
- O impacto da modulação sensorial na participação ocupacional no contexto de jardim de infância, em crianças de 4 e 5 anosPublication . Dias, Filipa; Ferreira, IsabelNos últimos anos as crianças têm sido alvo de inúmeros estudos científicos, constituindo um esforço dinâmico, observando como as crianças desenvolvem as competências, como exploram os materiais, resolvem problemas, trabalham em conjunto com os outros e se envolvem em experiências que lhes permitem pensar e raciocinar (Serrano, 2018). Apesar dos processos físicos e psicológicos do desenvolvimento serem os mesmos para todas as crianças, o resultado final é sempre diferente. As diversas teorias do desenvolvimento infantil, referem alguns fatores que influenciam este desenvolvimento. A combinação de variáveis, como os fatores genéticos e ambientais estão na base do desenvolvimento infantil, contudo, a criança é vista como um agente ativo do seu próprio desenvolvimento, através das suas respostas aos diferentes estímulos (Papalia, Feldman & Olds, 2001). Nos dias de hoje, o contexto escolar assume cada vez mais uma importante posição na vida da criança. É neste local, onde ela irá passar maior parte do seu tempo, e desenvolver variadas competências, tanto a nível pessoal como social. Com o presente estudo, pretendeu-se contribuir para o conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, investigando a modulação sensorial e a participação ocupacional das crianças em jardim de infância. Fizeram parte do estudo 46 crianças, com idades entre os 4 e 5 anos. Utilizou-se como forma de avaliação o instrumento Perfil Sensorial (Dunn, 1999) e Questionário sobre a Participação Ocupacional em Jardim de Infância criado para o estudo. Os resultados obtidos, apontam para uma disfunção no processamento vestibular em 24 crianças, um desempenho ocupacional mais débil no domínio da matemática e melhores resultados no desempenho da área da expressão e comunicação. No que diz respeito ao impacto da modulação sensorial na participação ocupacional em jardim de infância, constatou-se uma correlação significativa entre o Processamento Visual e a Área Pessoal e Social. Com a realização do presente estudo, foi possível constatar que a Integração Sensorial tem um papel fulcral no desenvolvimento infantil e consequentemente no desempenho ocupacional da criança no contexto de jardim de infância.