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Introdução: A alimentação é uma atividade complexa e dependente de diversos fatores inerentes à criança. O desenvolvimento e maturação das competências motoras, sensoriais, bem como o contexto em que a atividade ocorre irá influenciar fortemente o envolvimento e participação da criança nesta atividade. Objetivo: Estudar a fidedignidade e validade da versão em português europeu do instrumento Escala Sensorial de Problemas Alimentares (ESPA) em crianças com idades compreendidas entre 4 e 5 anos e 11 meses de idade. Métodos: Neste estudo metodológico usou-se uma técnica de amostragem não probabilística de conveniência, sendo a amostra constituída por 43 crianças entre os 4 e os 5 anos, 33 com desenvolvimento típico e 10 com diagnóstico de PEA. Para a validade convergente foi usada a correlação de Pearson para correlacionar a ESPA com o Perfil Sensorial 2 – a criança (PS 2). Para a validade discriminativa por técnica de grupos conhecidos foi usado o teste t de student para amostras independentes de forma a comparar os dois grupos: crianças com desenvolvimento típico e crianças com diagnóstico de PEA nos domínios da ESPA. Para a fidedignidade, através da consistência interna foi utilizado o Alpha de Cronbach. Resultados: Os
alphas das 6 subescalas da ESPA são todos acima de 0,70 e o Alpha total da escala é de 0,887,
revelando uma boa consistência interna. As correlações significativas do processamento oral da PS2
com as subescalas da ESPA oscilam entre 0,359 e 0,741, verificando-se assim correlações grandes
(superiores a 0,50 nas dimensões aversão ao toque: 0,728, foco num único alimento: 0,741, Gagging:
0,531) e moderadas (entre 0,30 e 0,49 nas dimensões- sensibilidade à temperatura: 0,359 e expulsão:
0,455). O processamento oral da PS2 revela também uma correlação grande com o total da ESPA
(0,732). Observando os resultados do t de student, constata-se que os dois grupos revelam diferenças
significativas em 4 domínios da ESPA: aversão ao toque na comida, foco num único alimento,
Gagging e Expulsão, revelando o grupo com PEA maior frequência deste tipo de comportamentos.
No total da ESPA também existem diferenças significativas entre os dois grupos, revelando o grupo
com PEA uma média mais alta do que o grupo com desenvolvimento típico, o que revela mais
problemas ao nível da alimentação. Conclusão: Através do processamento de dados estatísticos, é
seguro concluir que a ESPA demonstra ser uma escala fidedigna. Foi também possível apurar a
existência de uma correlação significativa entre as subescalas da ESPA e o domínio processamento
oral do PS2, excetuando a escala relativa ao excesso de comida. A ESPA permite discriminar dois
grupos onde é expectável que hajam essas diferenças, pois foram constatadas diferenças significativas
entre os dois grupos, revelando o grupo com PEA uma média mais alta do que o grupo com desenvolvimento típico, o que demonstra mais problemas ao nível da alimentação.
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Alimentação Crianças Perfil sensorial Escala sensorial de problemas alimentares Fidedignidade Validade