EUVG - Escola Universitária Vasco da Gama
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A Escola Universitária Vasco da Gama (EUVG) é uma instituição de ensino superior privada (IESP) que iniciou atividade no ano de 2000, dotada de autonomia científica, pedagógica e cultural.
A principal missão da EUVG é gerar e difundir o conhecimento na área das ciências veterinárias, acrescentando-lhe valor através do desenvolvimento de atividades de investigação, educação e prestação de serviços à comunidade. Importa referir que foi a primeira IESP em Portugal a conferir o grau de Mestre em Medicina Veterinária, continuando a ser até hoje na Região Centro (NUT II) a única (pública ou privada) com esta oferta educativa. Faz parte, ainda da oferta educativa da EUVG, a Licenciatura em Ciências Bioveterinárias. Para conhecer melhor a atividade desenvolvida pela EUVG aceda a: www.euvg.pt Após mais de quinze anos de atividade, a EUVG disponibiliza através do seu repositório científico, em livre acesso, a produção intelectual desenvolvida pela instituição. O repositório tem como objetivo fundamental o armazenamento, a preservação e a difusão, em formato digital, dessa mesma produção, contribuindo, assim, para a visibilidade e disseminação da Informação e do Conhecimento. Bem-vindos ao Repositório Científico da Escola Universitária Vasco da Gama!http://www.euvg.ptBrowse
Browsing EUVG - Escola Universitária Vasco da Gama by advisor "Anastácio, Sofia Ferreira"
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- Coxiella burnetii in small animals: Serological and molecular study in female dogsPublication . Anjos, Samuel Costa; Anastácio, Sofia FerreiraCoxiella burnetii é o agente causador da zoonose Febre Q. Esta apresenta uma ocorrência mundial e os ruminantes domésticos são os hospedeiros mais comuns de C. burnetii e fonte da infeção humana. Os cães podem também ser infetados, contudo, o seu papel na epidemiologia desta bactéria ainda não está claro. Este estudo foi realizado em cadelas pacientes de centros de atendimento médico-veterinário das regiões norte e centro de Portugal, entre outubro de 2020 e março de 2021, para realização de ovariohisterectomia. Amostras de sangue/soro/plasma excedentes de análises de rotina e tecidos excedentes de procedimentos cirúrgicos foram colhidas e utilizadas para a realização dos testes serológicos e moleculares. Durante o período de estudo foram sujeitos a amostragem um total de 78 animais diferentes (n=78). As amostras de soro/plasma foram testadas para detetar a presença de anticorpos específicos anti-C. burnetii recorrendo a um teste ELISA comercial adaptado para várias espécies (ID Screen Q Fever Indirect Multispecies®, IDVet®). Na pesquisa de anticorpos, os resultados foram expressos em valores S/P%. Um S/P% > 50% foi classificado como positivo. Um total de sessenta (n = 60) animais foram testados para anticorpos anti-Coxiella burnetii. A amostra foi composta por trinta cães de raça pura e trinta animais de raça cruzados, com uma variação de idades entre cinco meses e quinze anos. Apenas um resultado positivo (S/P%= 54.96) foi detetado correspondendo a uma cadela de seis anos residente numa zona rural. A taxa de seropositividade foi assim determinada em 1,7% (CI 95%: 0,3 a 9,1%). Um resultado duvidoso (S/P% = 43%) foi detetado numa outra cadela de cinco anos residente numa zona semirrural. Para a deteção DNA de C. burnetii no tecido reprodutivo, foram realizados testes de qPCR em 67 amostras.Todas as amostras apresentaram um resultado negativo, não tendo sido evidenciada a presença de C. burnetii nas amostras testadas. A taxa de exposição encontrada nos animais testados foi muito baixa nos testes serológicos. Isto pode sugerir que as cadelas das regiões norte e centro de Portugal não são frequentemente expostas à bactéria ou por outro lado a amostragem de conveniência pode não ser representativa da população comprometendo as conclusões por enviesamento dos resultados. No entanto, o estudo e a vigilância da infeção por C. burnetii em animais de companhia podem ser uma mais-valia para prevenir surtos e a transmissão para tutores e veterinários em contato com animais infetados.
- Coxielose em bovinos de leite na região centro/norte de Portugal: estudo serológico e molecularPublication . Coelho, Paula Oliveira; Anastácio, Sofia FerreiraA Coxielose é uma infeção causada por Coxiella burnetii, uma bactéria intracelular obrigatória que apresenta atualmente uma ocorrência mundial, e que tem elevado impacto quer em saúde animal quer em saúde pública. C. burnetii apresenta elevada infecciosidade para o ser humano, sendo responsável pela febre Q. Esta é uma doença mundial que pode ocorrer como uma infeção assintomática ou sinto-mática com caracter frequentemente agudo (síndrome autolimitada do tipo gripe, hepatite ou pneumo-nia). Em caso de suspeita clínica, o diagnóstico é normalmente confirmado por sorologia. A transmissão ocorre sobretudo através da inalação de aerossóis e poeiras infetados, sendo esta a principal via de infeção em ruminantes domésticos. Em ruminantes, a infeção pode ocorrer também indiretamente pela ingestão de pastagens, feno ou palha. Este estudo teve como objetivo determinar a taxa de infeção em explorações de bovinos de leite da região Centro Norte e determinar a ocorrência de uma infeção ativa em explorações seropositivas pela deteção de DNA de C. burnetii em leite de tanque. Num total de 50 explorações, 30 explorações foram incluídas neste estudo, tendo sido colhidas amos-tras de leite de tanque que foram posteriormente testadas pelo teste ELISA, para a deteção de anticor-pos anti-C. burnetii e por PCR para a pesquisa de DNA de C.burnetii. De acordo com os resultados obtidos, verificou-se uma taxa de seropositividade de 96,7 % (IC95%: 83.3-99.4), indicando uma elevada exposição a este agente pelos bovinos das explorações testadas. Nas explorações seropositivas verificou-se a presença de DNA de C.burnetii em 31,03% (95% IC: 17.27-49.23) das explorações. Este estudo reforça que C.burnetii é um agente zoonótico em bovinos leiteiros nesta região e, como tal, devem ser tomadas medidas que permitam o seu controlo para benefício da saúde humana e ani-mal.
- O desafio da Borreliose de Lyme: conhecimentos, atitudes e práticas em FrançaPublication . Philibert, Cynthia Nicole Norbert; Anastácio, Sofia FerreiraA Doença de Lyme (DL) é causada por uma bactéria, Borrelia burgdorferi, e é considerada uma das doenças vetoriais mais comuns no hemisfério norte. Principalmente conhecida em seres humanos, também afeta varias espécies tais como o cão e, mais raramente, o gato. Em França, a DL é transmitida por uma carraça, Ixodes ricinus, que se encontra em todo o território. No Homem, a doença caracterizase por um erythema migrans na fase precoce e depois por sintomas neurológicos, articulares ou cutâneos. No cão, a DL é assintomática na maior parte dos casos. Não existe transmissão direta da DL entre os cães e o Homem. No entanto, ter um animal de companhia aumenta o risco de encontrar as carraças e, por conseguinte, estar em contacto com o agente da DL. Numa abordagem preventiva desta zoonose, o objetivo do estudo visa, através de dois questionários, avaliar os conhecimentos, as atitudes e as práticas dos tutores e dos médicos veterinários de animais de companhia em relação à DL em França. Os resultados evidenciaram que tutores reconhecem o papel do vetor e que adopta boas práticas de prevenção. Foi também verificado que os médicos veterinários parecem estar relativamente bem informados sobre as recomendações contra a DL em animais de companhia. Apesar disso, o estudo mostra uma comunicação insuficiente relativamente à DL entre os tutores e os médicos veterinários. Contudo, através da sensibilização dos tutores, os médicos veterinários são actores da prevenção de zoonoses e, consequentemente, da promoção do conceito “One Health”.
- Development and validation of a real-time PCR assay for the detection of avian coronavirusPublication . Ferreira, Bárbara Joana Malta; Anastácio, Sofia FerreiraA bronquite infecciosa aviária, causada por um coronavírus aviário, é um grave problema na produção avícola em todo o mundo, sendo responsável por perdas económicas significativas, com uma taxa de morbilidade a rondar os cem por cento. A principal forma de prevenção e controlo desta doença é conseguida através da vacinação. Contudo, devido às características de replicação do vírus, novas variantes sem proteção cruzada entre si estão constantemente a surgir, tornando a vacinação não efetiva. Atualmente, a deteção do coronavírus aviário pode ser feita através de isolamento viral e métodos serológicos. Contudo, a primeira técnica é trabalhosa e demorada, e, a segunda caracteriza-se por ter baixa especificidade e sensibilidade. Assim, os métodos de deteção molecular são uma alternativa, designadamente, a reação em cadeia da polimerase (PCR) em tempo real, que apresenta importantes vantagens tais como, tempo de deteção reduzido, elevada sensibilidade e especificidade e menor risco de contaminação cruzada. Adicionalmente é passível de ser usada no rastreio do vírus nas explorações, e assim, na vigilância nas explorações reduzindo trabalho, tempo e custos. O objetivo deste estudo foi desenvolver e validar um método para deteção do vírus da bronquite infecciosa (IBV) por PCR em tempo real. O método é baseado numa reação de transcriptase reversa seguida de PCR em tempo real para determinação qualitativa, isto é, ausência ou presença do coronavírus aviário, usando como alvo uma região altamente conservada do genoma do IBV, 5′-UTR, e, incluindo também, um controlo interno de PCR. Os resultados demonstraram que o ensaio foi específico para o IBV, não tendo sido detetado nenhum dos restantes agentes patogénicos testados. Para além disso, também demonstrou adequada sensibilidade, eficiência de amplificação e intra e inter- variabilidade. Embora este método não permita diferenciar os diferentes tipos de IBV, é útil no rastreio rápido, facilitando assim, o diagnóstico diferencial relativamente a outros agentes patogénicos respiratórios.
- Doenças Transmitidas Por Carraças Em Cães Na Europa: Evolução E Influência Das Alterações ClimáticasPublication . Mann, Léa Manuela; Anastácio, Sofia FerreiraAs doenças transmitidas por carraças (DTCs) constituem um problema de saúde animal global. Ao longo das últimas décadas têm sido reportadas alterações na distribuição geográfica de carraças, influenciando a prevalências dos agentes transmitidos por carraças. No continente europeu, três espécies de carraças destacam-se como mais prevalentes, designadamente Ixodes ricinus, Dermacentor reticulatus e Rhipicephalus sanguineus. Cada espécie requer condições de temperatura e humidade específicas para manter a sua atividade, estando classicamente associadas a determinadas estações do ano e a determinadas áreas geográficas. As carraças podem transmitir diversos agentes patogénicos, tanto a animais domésticos, como o cão, como aos humanos, sendo assim responsáveis pela propagação de DTCs. Este trabalho teve como objetivo analisar as alterações na distribuição de carraças assim como de DTCs entre 2010 e 2024, no continente europeu. Desta forma, foi realizada uma revisão sistemática da literatura, recorrendo à metodologia” Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses” (PRISMA). Da síntese realizada, verificou-se um aumento do período de atividade de várias espécies de carraças, assim como uma modificação na sua distribuição geográfica. As alterações climáticas, nomeadamente o aumento da temperatura global, parecem ter um papel importante neste fenómeno, promovendo o aumento da prevalência de várias espécies de carraças em zonas endémicas, bem como o aparecimento de novas espécies em zonas onde não eram reportadas. Como consequência, o risco de transmissão de DTCs parece aumentar em vários países, particularmente no Norte do continente. Assim, foi constatada uma expansão geográfica de carraças como Ixodes ricinus, Ixodes persulcatus, Rhipicephalus sanguineus, Dermacentor marginatus e Dermacentor reticulatus para países do Norte e do Centro da Europa. Estudos preditivos indicam ainda uma expansão, no futuro, para Países Bálticos, Polónia, Suécia, Finlândia, Noruega, Bélgica entre outros. Este fenómeno afetou a prevalência de agentes patogénicos transmitidos por estes vetores, nomeadamente Borrelia burgdorferi, o agente etiológico da Borreliose de Lyme (BL). De facto, o número de casos de BL em humanos tem aumentado em países como a Finlândia, Grã-Bretanha e Polónia. De notar, contudo, que este aumento não ocorreu em todos os países europeus nem em todos os agentes patogénicos transmitidos por carraças. Os resultados deste estudo enfatizam a importância de os profissionais de saúde animal e humana terem um conhecimento atualizado sobre a prevalência de vetores e de agentes patogénicos transmitidos por vetores numa área geográfica, auxiliando o processo de diagnóstico e tratamento de pacientes. Esta articulação do conhecimento sobre a distribuição de vetores no meio ambiente e sobre os agentes por eles transmitidos aos animais e ao homem integra este trabalho no conceito One Health.
- Eficácia Do GS-441524 No Tratamento Da Peritonite Infeciosa Felina: Revisão Sistemática De BibliografiaPublication . Gokalsing, Emma Camille Marie-Claude; Anastácio, Sofia FerreiraA Peritonite infeciosa felina (PIF) é uma doença de origem viral severa, apresentando uma taxa de letalidade muito elevada. O GS-441524 é um análogo de adenosina, que atua como antiviral, e que constitui uma esperança no tratamento da doença. Porém, a sua comercialização na Europa não está ainda autorizada. A utilização de GS-441524 no tratamento da PIF tem sido reportada em artigos científicos, sobretudo na forma de estudos de caso. Com o objetivo de avaliar, com base em literatura científica publicada, a eficácia do tratamento com a molécula GS-441524, foi desenvolvida uma revisão bibliográfica sistemática. Seguindo as orientações PRISMA para este tipo de estudo, foram selecionados 12 artigos que estudam a eficácia do GS-441524. Os dados de 650 felinos com PIF tratados com o GS-441524 como tratamento único ou em associação foram compilados, e foi avaliada a eficácia da terapêutica em função do tipo de PIF, dos sinais clínicos e das dosagens administradas. A taxa de sucesso global do tratamento nos 650 casos foi de 84,6%. Esta taxa é influenciada positivamente pela administração de outros fármacos em associação com o GS-441524. É influenciada negativamente pelos quadros de PIF húmida e pelos quadros complicados com sinais neurológicos, e com sinais neurológicos em conjunto com sinais oculares. O tratamento em associação com outros antivirais poderá ser mais eficiente nos casos complicados, mas serão necessários mais estudos para o confirmar. As dosagens de GS-441524 com os melhores resultados de eficácia são de 5 a 10mg/kg por via oral (ou dosagem equivalente por via subcutânea), mas dependem do tipo de PIF, da gravidade dos sinais clínicos e da presença de sinais clínicos agravantes. Dosagens mais elevadas podem ser utilizadas no sentido de evitar recaídas, sobretudo em casos com quadros agravantes, mas a dosagem deve ser dividida em duas tomas diárias para evitar diminuição da absorção. Esta síntese permitiu verificar, entre os estudos analisados, que GS-441524 é uma molécula promissora para o tratamento da PIF tendo-se verificado que a taxa de sucesso é elevada. Porém, estudos randomizados são necessários para permitir a implementação de orientações terapêuticas objetivas e adaptadas a cada quadro clínico.
- Ehrlichiose monocítica canina: Estudo retrospetivo na região de Trás-os-Montes entre 2021 e 2023Publication . Azevedo, Carla Sofia de Oliveira; Anastácio, Sofia FerreiraA Ehrlichiose Monocítica Canina (EMC), com distribuição mundial, é causada por Ehrlichia canis, uma bactéria transmitida maioritariamente pelo vetor, Rhipicephalus sanguineus. Ao longo dos últimos anos, na Europa tem-se verificado o aumento da frequência de algumas doenças vetoriais em animais de companhia, nomeadamente a EMC. Vários fatores podem explicar esta ocorrência, nomeadamente o efeito global das alterações climáticas com um impacto direto nos artrópodes vetores, afetando a sua densidade, distribuição geográfica e capacidade vetorial. Além disso, viagens com animais de companhia para zonas endémicas, modificações no habitat promovidas pelo homem e atividades sociais e de lazer podem também influenciar a frequência de doenças vetoriais em animais de companhia. O presente estudo teve como objetivo descrever e caracterizar os casos de ECM diagnosticados entre janeiro de 2021 e março de 2023, no Hospital Veterinário de Trás-os-Montes (Portugal). Assim, foi realizado um estudo observacional descritivo com carácter retrospetivo, através consulta e análise de informações clínicas dos casos diagnosticados no período de estudo. A partir dos dados recolhidos foi feita uma análise descritiva das características demográficas e clínicas dos casos estudados. No período de tempo estudado foram diagnosticados 16 casos de ECM sendo que 75% (95% IC: 50,5-89,8) foram diagnosticados entre os meses de outubro e março. Entre os casos analisados verificou-se que cerca de 50% ocorreram em machos inteiros, 62,5% em animais com idade superior a 2 anos e 87,5% em animais de raça indeterminada. As manifestações clínicas mais frequentes foram a prostração (50%), hiporexia (37,5%) e vómitos (31,3%). Nos exames complementares de diagnóstico verificou-se com maior frequência trombocitopenia (64,3%) e anemia traduzida por diminuição do hematócrito (64,3%), diminuição do número de glóbulos vermelhos (71,4%) e diminuição da concentração de hemoglobina (57,1%).Os resultados obtidos permitem sugerir que atualmente, o vetor pode estar ativo durante todo o ano e não apenas nos meses mais quentes. Salvaguardando as limitações associadas à tipologia do estudo, os médicos veterinários devem considerar a ECM em quadros com diferentes apresentações clínicas, associados a anemia e trombocitopenia devendo ainda sensibilizar os tutores para a importância do cumprimento dos protocolos de profilaxia, nomeadamente através da desparasitação externa dos seus animais de companhia.
- Encephalitozoon cuniculi em coelhos (Oryctolagus cuniculi) de companhia: um estudo retrospetivo (2020 a 2022) na região Hauts-de-France, FrançaPublication . Savaton, Fleur Marie Odile; Anastácio, Sofia FerreiraEncephalitozoon cuniculi é um microsporídio com uma distribuição mundial. O seu hospedeiro principal é o coelho doméstico (Oryctolagus cuniculi), podendo, contudo, infetar outras espécies, incluindo o homem. No coelho, a infeção pode permanecer no estado subclínico ou causar encefalitozoonose. Num quadro de doença, o animal pode apresentar, de forma isolada ou de forma conjunta, sinais clínicos neurológicos, urinários ou oculares. Este trabalho teve como objetivo determinar a taxa de seropositividade de E. cuniculi em coelhos de companhia na região Hauts-de-France nos anos 2020 a 2022, em França. Para tal, foi realizado um estudo retrospetivo em coelhos de estimação (n=238) recebidos em consulta veterinária na “Clinique du Caducée”, e submetidos a um teste serológico de deteção de anticorpos anti-Encephalitozoon cuniculi por imunofluorescência indireta. Os dados obtidos permitiram observar uma taxa de seropositividade de 70% entre os animais testados. Por outro lado, a análise estatística revelou associações significativas (p<0,05) entre a deteção de anticorpos anti-E. cuniculi e a presença de head tilt, de nistagmo e, de uma forma geral, de síndrome vestibular. Por último, verificou-se que a seropositividade tinha uma associação estatística significativa com a raça anã, com os animais com idade igual ou superior a três anos, com os níveis elevados de ureia e de creatinina, e também com a origem dos animais adquiridos em lojas de animais.
- Estudo retrospectivo de Leptospirose na Região do Baixo Vouga entre 2011 e 2015Publication . da Cruz, João Pedro Gonçalves; Duarte, Sofia Alexandra Giestas Cancela; Anastácio, Sofia FerreiraA leptospirose, doença infecciosa, representa uma ameaça global para a Saúde Animal e Saúde Pública. Casos de leptospirose são descritos tanto em países desenvolvidos como em desenvolvimento, assim como em zonas rurais e urbanas. O polimorfismo clínico da leptospirose canina dificulta o seu diagnóstico e tratamento. Esta dificuldade limita a caracterização da doença quanto ao seu impacto, prevalência e distribuição. Desta forma, este estudo teve como objectivo caracterizar os casos de leptospirose canina, contribuindo para melhor percepção da doença em canídeos na região do Baixo Vouga, assim como identificar possíveis factores de risco associados à infecção nesta região. A realização de um estudo retrospectivo permitiu obter informação relativa aos casos de leptospirose diagnosticados em diferentes Centros de Atendimento Médico Veterinário da região do Baixo Vouga, entre 2011 e 2015. Os resultados obtidos permitiram verificar que o número de casos parece ser superior em meio rural que em meio urbano, assim como em animais com idade entre os 2 e 8 anos, com acesso simultâneo ao exterior e interior, coabitantes com outros animais. Constatou-se ainda uma grande inespecificidade do quadro clínico e que 50% dos casos ocorreram em animais vacinados. Estes resultados realçam a necessidade de realizar mais estudos na região uma vez que a implementação de medidas profiláticas como a vacinação parece não proteger de forma eficaz a expressão clínica. A grande diversidade de hospedeiros e o caracter zoonótico da leptospirose reforçam a necessidade de conhecer melhor a sua epidemiologia na população canina da região
- Estudo Retrospetivo do Perfil de Resistências a Antibióticos em Isolados Bacterianos com Origem em Animais de Companhia (2019 A 2021)Publication . Fontes, Filipa Catarina Francisco; Anastácio, Sofia FerreiraAo longo dos últimos anos, a proporção de agentes bacterianos resistentes a múltiplos antibióticos tem aumentado de forma significativa. Acresce que a importância clínica das resistências adquiridas é uma preocupação em bactérias patogénicas com interesse em medicina veterinária e com implicações em saúde pública. Um estudo retrospetivo foi realizado na Clínica Veterinária Planeta Animal, em Aveiro, com o objetivo de caracterizar o perfil de resistências a antibióticos em bactérias isoladas em cães e gatos, a partir de dados obtidos em boletins analíticos num período de três anos (2019-2021). Em cães, as amostras mais comuns foram zaragatoas auriculares (21,6%; IC 95%: 15,9-28,3) e urina (20,3%; IC 95%: 14,9-27,1). Em amostras de urina, Escherichia coli (46%; IC 95%: 31,0-61,6) foi o principal agente isolado. Contudo, em zaragatoas auriculares, Pseudomonas aeruginosa (30%; IC 95%: 18,1-45,4) e Staphylococcus pseudointermedius (30%; IC 95%: 18,1-45,4) foram in ex aequo os agentes mais comuns. Um perfil de multirresistência foi ainda observado em 46% e 40% dos isolados em urina e zaragatoa auricular, respetivamente. Em gatos, a urina (15,4%; IC 95%: 10,6-21,6), zaragatoa cutânea (9,9%; IC 95%: 6,1-15,4) e zaragatoa nasal (8,8%; IC 95%: 4,9-13,5) foram as amostras mais frequentes. Relativamente às amostras de urina, Escherichia coli foi a bactéria mais frequente (46%). Em zaragatoas cutâneas, a bactéria mais comum foi Staphylococcus chromogenes (16,7%; IC 95%: 5,8-39,2) tal como em zaragatoas nasais (26,7%; IC95%: 10,9-52,0%). Um perfil de multirresistência foi observado em 61% dos agentes isolados em amostras de urina e em 40% dos agentes isolados em zaragatoa nasal. Já em amostras de zaragatoa cutânea, apenas 11% de agentes isolados apresentaram um perfil de multirresistência. A frequência de resistências não sofreu alterações significativas ao longo do período de estudo.