ISSSP - Dissertações de mestrado em Gerontologia Social
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Browsing ISSSP - Dissertações de mestrado em Gerontologia Social by advisor "Almeida, Maria Sidalina"
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- O ateliê de música: uma intervenção em centro de dia para a criação de oportunidades de fruição cultural para os idososPublication . Teixeira, Olívia Salomé Ribeiro; Almeida, Maria SidalinaEste relatório apresenta o trabalho desenvolvido ao longo de um estágio de 8 meses, no âmbito do Mestrado em Gerontologia Social. Desenvolvemos este estágio num centro de dia de uma Instituição Particular de Solidariedade Social. Optámos por utilizar a metodologia de projeto que nos permitiu fazer o diagnóstico social da instituição e dos idosos e planificar e implementar um programa de atividades que ajudasse a organização a cumprir a sua missão. O diagnóstico social teve como principal propósito a identificação dos problemas e das suas causalidades, sendo portanto necessário o recurso a um quadro teórico de referência e a formulação de hipóteses de trabalho. Ainda em termos metodológicos, este diagnóstico recorreu à análise documental, à entrevista semi-estruturada e à observação participante que são técnicas que permitem a implicação dos atores na hierarquização de necessidades e na obtenção de consensos fundamentais para conceber o plano de intervenção. O diagnóstico permitiu-nos definir como foco principal de intervenção a área da animação sociocultural, mais especificamente a criação e dinamização de um atelier de música. Teoricamente orientados por uma perspetiva de envelhecimento ativo propomos que as respostas sociais criem oportunidades de participação ativa dos idosos nas questões culturais de forma a que façam novas descobertas e aprendizagens, em particular no campo musical. Assim, planeamos e dinamizamos sete sessões onde os idosos tiveram a oportunidade de conhecer uma variedade de estilos musicais e de experimentar e viver momentos musicais diferentes daqueles a que estavam habituados. No que concerne aos resultados do projeto estes revelaram que as respostas sociais devem, no cumprimento da sua missão, desenvolver projetos de animação sociocultural que acabem por dar a oportunidade aos idosos de desenvolver novas aprendizagens que permitam a expressão musical, fruir e enriquecerem-se culturalmente, e, principalmente, criar comunidade e manter a curiosidade pelas coisas da vida.
- Como fomentar a participação ativa do idoso em contexto de larPublication . Monte, Sílvia Maria Gonçalves do; Almeida, Maria SidalinaAs estruturas residenciais têm assumido um importante papel no apoio e no cuidado aos idosos. É inegável que as mesmas asseguram a satisfação das necessidades que permitem aos idosos manter a sua vida biológica, oferecendo serviços que lhes permitem a realização das atividades básicas de vida diária. Contudo, investigações realizadas mostram que há outro tipo de necessidades dos seniores que não são satisfeitas: entre elas a sua autonomia para a tomada de decisões sobre a vida da instituição e sobre a sua própria vida e ainda a sua capacidade de iniciativa. Essas investigações referem que a entrada dos idosos numa estrutura residencial representa uma rotura com o seu quotidiano e com os seus objetivos de vida, com as suas relações sociais, com a capacidade de exercer controlo sobre a sua vida, perdendo a autonomia para tomar decisões e a capacidade de tomar iniciativa. Mobilizando a metodologia de projeto, apresenta-se uma proposta de intervenção baseada num diagnóstico social onde os problemas que acima enunciamos foram encontrados. Trata-se de uma proposta de intervenção voltada para o empowerment dos idosos que possibilite a sua autonomia e participação ativa. Assim, torna-se essencial a criação de condições que permitam ao idoso participar de uma forma mais efetiva na gestão das suas rotinas quotidianas. O objetivo último deste projeto de intervenção é permitir que os seniores tenham um maior controlo sobre o seu quadro de vida (a estrutura residencial) e sobre as suas próprias existências. Tal objetivo só poderá ser alcançado se se reunirem algumas condições: o estabelecimento de relações de confiança entre os idosos e entre profissionais e idosos; o acesso dos idosos à informação; e a necessária autorização da direção para a existência de contexturas de participação dos idosos nas estruturas residenciais. As estratégias de ação propostas passam pela construção da cooperação entre todas as categorias de profissionais e os próprios gestores para, orientados por saberes teóricos e pelo conjunto dos saber-fazer, a realização de um trabalho de equipa apostado numa intervenção que permita a adequada satisfação das necessidades dos residentes. Tal pressupõe que os profissionais conheçam os anciãos e as suas histórias de vida e que fomentem o seu envolvimento e dos seus familiares na definição do plano de cuidados.
- Envelhecimento homossexual: preocupações, anseios e preconceitos sentidosPublication . Leite, Inês Matias; Santos, Luís; Almeida, Maria SidalinaApesar de nas últimas duas décadas se ter verificado que surgiram em grande número estudos relacionados com o envelhecimento em Portugal, poucos são os que fazem referência ao envelhecimento homossexual. O presente trabalho divide-se nas componentes teórica e empírica, estando dividido por cinco capítulos. Este trabalho apresenta conclusões de uma pesquisa que se propôs estudar a experiência no envelhecimento por parte de 5 participantes homossexuais masculinos com idades compreendidas entre os 61 e os 68 anos. A pretensão foi compreender o processo de envelhecimento em indivíduos homossexuais a partir dos seus relatos, segundo as suas perceções, elaborações e do significado que atribuem a este momento das suas vidas. Aos participantes deste estudo foi aplicada uma entrevista semiestruturada. A informação recolhida das entrevistas dos participantes do estudo, foi organizada de acordo com o Modelo Interativo de Análise de Dados proposto por Miles e Huberman (citado por Léssard- Hébert et al, 1990), posteriormente procedeu-se ao tratamento da informação através da análise do conteúdo das entrevistas (Vala, 2001). Os principais resultados indicam que os participantes receiam a solidão, fazendo referência à falta de descendentes que os possam apoiar na velhice. Os participantes dão a entender que adotam estratégias e táticas para contrapor o estigma e a marginalização social. Outro dado a salientar é a omissão da sua orientação sexual nos cuidados de saúde primários, nomeadamente ao seu médico de família e o receio de uma futura institucionalização em lar.
- Estudo do perfil de envelhecimento da população de Jovim: da conceção do diagnóstico gerontológico à elaboração do plano de intervençãoPublication . Marantes, Maria Alexandra Seixas Pinto; Almeida, Maria SidalinaO trabalho de projeto construído no âmbito do mestrado em gerontologia social, resultou da elaboração do diagnóstico gerontológico na freguesia de Jovim, a pedido da União de Freguesias de S. Cosme (Gondomar) Valbom e Jovim. Mobilizamos a metodologia de projeto para construir o diagnóstico gerontológico de um território local (a freguesia de Jovim) que foi a base do plano de intervenção gerontológico, que prevê o envolvimento das organizações e associações locais, para que elas reorganizem os seus modos de fazer e criem dinâmicas potenciadoras de estruturas e/ou projetos capazes de intervir no combate aos problemas sociais que atingem a população mais envelhecida da freguesia de Jovim. E tendo sido o diagnóstico gerontológico o instrumento de suporte ao plano de intervenção aqui apresentado, foi importante estudar em profundidade as diferentes fases da metodologia de projeto, em particular a do diagnóstico social focado nos problemas associados ao envelhecimento. Começamos por definir o seu conceito, importância e fins; posteriormente partimos para uma caracterização desta etapa fundamental da metodologia de projeto, explicando o complexo de tarefas que ela envolve e indicando as suas etapas. Seguidamente, e numa perspetiva mais operativa, referimos os métodos e técnicas de recolha de informação para elaboração do diagnóstico gerontológico e os atores que nele intervieram. Fizemos uma breve referência aos diagnósticos municipais, explicitando as suas particularidades e a importância do diagnóstico gerontológico no desenvolvimento local. Na realização do diagnóstico procedeu-se a uma abordagem das três dimensões de vulnerabilidade social nomeadamente: a económica, relacional e simbólica. A eleição destas dimensões levou-nos a explorar especificamente temas como os rendimentos, trajetórias socioprofissionais, habitação e condições de habitabilidade, os recursos relacionais, (com particular destaque para o potencial protetor da sociabilidade primária), os modos de vida na reforma e os equipamentos/serviços e projetos de intervenção para idosos que já os utilizaram ou que neles participaram ou que têm como expetativa vir a utilizá-los no futuro. Para a concretização do diagnóstico gerontológico administrou-se um inquérito por questionário a uma amostra de 53 inquiridos com idade igual ou superior a 65 anos. Procedeu-se à análise de dados e identificaram-se problemas (rendimentos, redes de relações sociais que não garantem a proteção social dos idosos, poucas oportunidades de frequentar e de se sentirem pertença de grupos, projetos, associações culturais e desportivas, problemas na área habitacional e barreiras arquitetónicas no espaço urbano), definiram-se prioridades de intervenção que resultaram na elaboração do plano gerontológico constituído por um programa de ação de dinamização sociocultural e outro de reabilitação habitacional e urbana.
- Gerontologia educativa: a educação como mecanismo capaz de conceber empowerment à pessoa idosaPublication . Baptista, Simone Nogueira; Almeida, Maria SidalinaNovos desafios de investigação e de intervenção social gerontológica emergem, inscritos num paradigma que defende o envelhecimento ativo, devido à heterogeneidade das formas de envelhecer que, hoje, também se caracterizam pela crescente escolaridade dos idosos jovens que estão nas primeiras etapas da condição de reformados. Esta nova população caracterizada por níveis de escolaridade mais elevados procura estruturas sociais que lhes permitam satisfazer as suas necessidades de cultura e educação, realçando a importância da aprendizagem ao longo da vida como pilar do envelhecimento ativo. O objetivo deste estudo é perceber se a educação numa universidade sénior que concretiza a ideia da aprendizagem ao longo da vida, pode ser um mecanismo capaz de conceber empowerment ao idoso ou de o manter. Importa para a condução teórica desta investigação compreender a gerontologia educativa que se preocupa com aspetos educativos direcionadas para a população idosa. Assim, e de forma a alcançar o objectivo proposto, procedeu-se primeiramente à construção de um modelo de análise que comporta a problemática teórica centrada essencialmente nos conceitos de gerontologia educativa e de empowerment, cuja tradição literal significa mais poder e que integra diversas variáveis que interessam estudar: autonomia, sociabilidades, resolução de problemas, envolvimento na sociedade, autoestima/bem-estar e estímulo intelectual. O método privilegiado para a recolha de informação foi a análise intensiva, destacando-se a recolha de informação qualitativa pro meio de entrevista semiestruturada a um grupo de 13 idosos com frequência superior a um ano numa universidade sénior. Foi realizada uma análise de conteúdo temática que nos permitiu identificar as categorias que emergiam do corpus de análise que as questões de resposta aberta constituíam. Os resultados e análise demonstraram que a maioria dos idosos são indivíduos com instrução universitária, sendo que das 6 dimensões de empowerment analisadas, três (sociabilidades, autoestima, estímulo intelectual) tiveram melhorias após a entrada na universidade sénior, enquanto as restantes (autonomia, resolução de problemas e envolvimento na sociedade) se mantiveram.
- A importância da avaliação diagnóstica na intervenção personalizadaPublication . Fonte, Nance Lara Lourenço da; Almeida, Maria SidalinaEste relatório de estágio foi desenvolvido num Lar de idosos, situado na região de Trás-os-Montes e Alto Douro, mais concretamente na capital de distrito – Vila Real. Estagiando num território do interior, tornou-se pertinente falarmos sobre o envelhecimento nesta zona do país salientando as dificuldades existentes no acesso a bens e serviços, bem como de algumas vantagens em envelhecer neste território. Salientamos o facto de estas zonas serem mais isoladas e terem cada vez menos jovens, tornando-se assim locais mais envelhecidos onde se verifica o espírito de boa vizinhança e solidariedade. Para além disto defendemos ainda a importância dos diagnósticos sociais para uma intervenção mais personalizada e centrada nas necessidades, gostos e potencialidades dos idosos, uma vez que os lares atuais, incluindo o lar de idosos em estudo, descuram muitas vezes esta ferramenta de intervenção. Verificamos pois que, muitas vezes, as atividades realizadas não são as mais adequadas para os idosos na medida em que não levam em conta alguns dos aspetos fundamentais para uma boa intervenção e para uma melhoria da qualidade de vida destes. Isto deve-se principalmente ao facto de nem sempre termos em conta que o idoso é um ser biopsicossocial. Desta forma tornou-se fundamental revermos os diagnósticos sociais da instituição em estudo e atualizá-los com o intuito de conhecermos melhor as histórias de vida dos idosos internados para uma melhor intervenção. A burocracia imposta, pelas várias entidades componentes, aos lares é um entrave para exercermos aquilo que a Gerontologia defende (uma intervenção mais personalizada, estando mais próxima dos idosos). Percebemos assim que, muitas vezes, o trabalho de gabinete tira tempo precioso aos técnicos. Este tempo poderia ser aproveitado para fazer mais atividades e para estarem mais presentes na vida dos idosos.
- Programas de acção sobre estimulação cognitiva de idosos e formação em exercício de profissionaisPublication . Garcia, Raquel Gomes Biltes; Almeida, Maria SidalinaSob o título “Programas de acção sobre estimulação cognitiva e formação em exercício em lar de idosos”, este relatório explicita o trabalho realizado ao longo de um estágio no âmbito do Mestrado em Gerontologia Social que decorreu entre Dezembro de 2012 e Julho de 2013, num Lar de Idosos de uma Instituição Particular de Solidariedade Social. Optámos pela metodologia de projecto para atender ao diagnóstico, e nele destacamos a importância das hipóteses teóricas que transformámos em hipóteses operacionais, à execução dos programas de acção e à avaliação dos resultados. A observação participante e o diário de campo foram ferramentas que usámos para transcrever a nossa prática. Para os residentes foi realizado um conjunto de 16 sessões de estimulação cognitiva enquadradas na animação sociocultural. Para o pessoal auxiliar apresentaram-se 3 acções de formação em exercício que permitiram adquirir competências e treinar conhecimentos para um melhor desempenho das suas funções. Relativamente aos resultados da estimulação cognitiva, parece-nos ter confirmado as hipóteses operacionais: através da estimulação cognitiva os residentes são capazes de manter níveis de auto-estima e estabelecer relações de proximidade interpessoais, são capazes de se envolver e participar na escolha do tema e no desenvolvimento das sessões. Sobre os resultados das acções de formação aos funcionários, apesar do seu número limitado, os funcionários foram capazes de equacionar novos comportamentos de forma a melhorar as relações empáticas com os residentes bem como presenciar o reconhecimento do seu trabalho pelas chefias.
- Projeto de enriquecimento das atividades de animação sociocultural em larPublication . Costa, Paula Manuela Martinho Valadares; Almeida, Maria SidalinaNeste relatório analisa-se uma experiência de estágio de gerontologia social que elege como campo de observação e de intervenção um lar de idosos, situado na região do Porto. Orientados pela metodologia de projeto, num primeiro momento direcionada para a elaboração do diagnóstico da situação social, atende-se às engrenagens sociais que, no seio desta instituição especializada no tratamento da velhice frágil e dependente, geram uma silenciosa exclusão que está bem patente nas atitudes de retraimento e de desistência dos idosos. O tratamento destes idosos está remetido para esta instituição e para os seus profissionais que perspetivam os idosos essencialmente como meros recetores de serviços, numa lógica de sobrevalorização da realização das atividades básicas de vida diária destinadas à manutenção da sua vida biológica, não considerando tanto as atividades como os relacionamentos que manteriam a vida social dos idosos e a sua integração social. A elaboração do diagnóstico social permitiu-nos compreender o quotidiano dos idosos institucionalizados e que é em muito caracterizada por uma série de ruturas derivadas do facto da sua vida passar a decorrer num único lugar caracterizado por um encerramento com o mundo exterior - e portanto por um corte nas relações com indivíduos pertencentes a outras gerações - e onde os idosos devem obedecer a um conjunto de regras que os impedem de ter controlo e comando sobre a sua própria existência. O diagnóstico permitiu-nos identificar os caminhos da intervenção que passaram por proporcionar aos idosos um projeto de intervenção organizado segundo dois eixos fundamentais, sendo o primeiro a criação de espaços de transmissão intergeracional da história vivida, de comunicação das experiências dos mais velhos e de reflexão conjunta em torno dos valores e prioridades a estabelecer na condução da vida e o segundo um programa concertado de atividades de produção e de fruição culturais no interior e no exterior da instituição. No primeiro programa considera-se a importância de sessões que permitem a criação de momentos de transmissão intergeracional através de partilha histórias, de jogos e de canções. Mestrado em Gerontologia Social – ISSSP 3 O segundo programa teve como ideia envolver e despertar a curiosidade dos mais velhos para a realização de atividades de animação sociocultural, o que lhes permitiu superar sentimentos de frustração e de vazio, encontrar sentido para a vida e melhorar as interações com os outros idosos e com os profissionais que lhes prestam cuidado.
- Recordar é viverPublication . Oliveira, Cristiana Patrícia de Sousa; Almeida, Maria SidalinaEste “trabalho de projecto” tem como tema “Recordar é viver” e foi desenvolvido num Lar de idosos, situado na região metropolitana do Porto. Afastando-nos de um entendimento da estruturação da vida quotidiana dos idosos em lar assente unicamente nas rotinas que decorrem da realização das actividades básicas de vida diária e que não permitem senão satisfazer as necessidades que mantêm a vida biológica, centramos este projecto na concepção e implementação de um programa de acção mais ambicioso porque centrado noutro tipo de necessidades. Defendemos programas de acção centrados na animação sociocultural com o objectivo de possibilitar aos idosos fazerem frente às alterações que a vida em lar traz às suas rotinas, entenderem e viverem melhor os processos de mudança que estão inerentes ao processo de envelhecimento, tornando os idosos mais activos por via do desenvolvimento de actividades socialmente úteis e fortemente identificadas com a sua trajectória profissional que lhes permitam dar sentido à vida, afirmar os seus talentos ou competências e que lhes possibilitem a intensificação e diversificação dos seus relacionamentos. Mobilizando a metodologia de projecto que nos levou à realização do diagnóstico da situação social que passou por um olhar aprofundado dos idosos, da organização lar e do contexto local, planificamos e implementamos um projecto de intervenção com um grupo de idosas institucionalizadas numa Instituição Particular de Solidariedade Social. Este projecto, reconhecendo as limitações e a não concretização efectiva do plano de actividades institucional, focou-se na construção de um “atelier da cortiça”, pois foi neste sector que todas as idosas envolvidas desenvolveram a sua actividade profissional. O registo escrito do saber oral das idosas sobre os ofícios por elas desenvolvidos neste sector industrial e sobre as suas próprias experiências de vida em outros domínios, a confecção de objectos em cortiça e a organização de outras actividades no interior e no exterior do lar, permitiram construir uma dinâmica que contrariou a detioração cognitiva e física, as imagens negativas de si, o sentimento de solidão, a apatia e a desistência da vida. Acreditamos que o desenvolvimento de actividades de animação sócio cultural que tem em conta as suas histórias de vida e que vão de encontro às necessidades dos idosos, tornando-os co-produtores e fazendo com que se sintam úteis, privilegiando os seus saberes, os seus interesses, as suas vontades, opiniões e desejos, é um caminho a 7 seguir pela intervenção social gerontológica em contexto residencial. As práticas desenvolvidas no atelier foram, para estes idosos, ricas em significado e permitiram-lhes reavivar a curiosidade pelas coisas da vida, manter a familiaridade com o mundo envolvente e criar laços sociais.
- Representações sociais de estudantes de gerontologia social acerca da sexualidade na velhicePublication . Leite, Ana Paula Matias; Costa, Dália; Almeida, Maria SidalinaCompreender a representação social dos/as estudantes do 3º Ano de Gerontologia Social do 1º ciclo de estudos do Instituto Superior de Serviço Social do Porto, acerca da sexualidade dos idosos é o objetivo deste trabalho. Para atingir este objetivo, elegemos como referencial metodológico e teórico a Teoria das Representações Sociais. As representações sociais relacionadas com a velhice tendencialmente conduzem a atitudes discriminatórias que estão particularmente ligadas a ideias preconcebidas, a mitos e a estereótipos. Pretende-se com este trabalho contribuir para alterar a visão da sociedade ocidental que classifica a sexualidade na velhice como um período de assexualidade e como sendo uma prerrogativa dos jovens. Pretende-se também contribuir para a construção de propostas sobre a sexualidade na velhice que possam futuramente integrar na formação dos/as Gerontólogos/as Sociais. E por isso, é importante desmitificar e esclarecer que a sexualidade, o desejo sexual, a intimidade, o amor, os afectos, não desaparecem com o envelhecimento. O idoso ama e precisa de viver a sua vida e a sua sexualidade de uma forma digna e livre. Admitindo a necessidade de melhor compreender a sexualidade na velhice, desenvolvemos uma investigação de cariz exploratório, com realização de 6 entrevistas semiestruturadas a estudantes do 3º Ano da Licenciatura de Gerontologia Social do ano letivo 2013/2014. Da análise dos resultados verifica-se que os/as futuros/as Gerontólogos/as Sociais revelaram que existe uma lacuna na formação académica, no que se refere ao desenvolvimento de competências para lidar com as questões da sexualidade na velhice, o que indica a necessidade de incorporar estudos sobre a sexualidade na Licenciatura. Os/as estudantes enfatizaram a importância de discutir a sexualidade na velhice na sua formação profissional e a necessidade de criação de espaços de discussão e problematização em torno das questões da sexualidade. Ao lidar com as questões da sexualidade na velhice, os/as estudantes de Gerontologia Social utilizam as suas experiências e opiniões pessoais.