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  • Configurações de conhecimento e política na regulação da educação sexual em meio escolar
    Publication . Carvalho, Luís Miguel; Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos
    Nos últimos vinte e cinco anos, a intervenção das autoridades públicas em matéria de educação sexual em meio escolar tem-se materializado, para além da produção legislativa, na criação de programas, redes, grupos de trabalho e textos vocacionados para coordenar, guiar e apoiar a acção junto dos jovens escolares. Este artigo procura descrever e analisar os conhecimentos que sustentam e resultam dessa intervenção política, bem como os mecanismos de regulação que se associam à mobilização e geração desses saberes. Na primeira parte, traça um retrato da variedade de conhecimentos que se reúnem na intervenção da autoridade pública, em momentos de definição de problemas e de preconização de planos de acção. Na segunda parte, dá atenção a três controvérsias que os debates têm recorrentemente acolhido, e que se referem à existência ou não de educação sexual nas escolas, às visões da sexualidade juvenil e modalidades da sua educação, e à hierarquização dos saberes gerados nos sectores da educação e da saúde. Tal como na primeira parte, o artigo apresenta uma análise interpretativa acerca de quais são, de onde provêm, e como se combinam e ordenam os conhecimentos percebidos pelos actores como relevantes para fabricar a educação sexual em meio escolar.
  • Estudantes de animação sociocultural: percursos traçados entre a formação e o mundo do trabalho
    Publication . Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos
    Este artigo constitui essencialmente uma reflexão sobre as dinâmicas atualmente verificadas entre a formação e o mundo do trabalho no curso de Animação e Intervenção Sociocultural da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal. Assumimos essencialmente dois objetivos. O primeiro é o de interrogar o modo como o sistema de ensino superior, que, na lógica tripartida tradicional (formal, não formal, informal), se caracteriza como formal, se torna capaz de preparar os estudantes para um futuro exercício profissional assumidamente na área da educação não formal. A pertinência desta questão deriva dos dados disponíveis sobre os estudantes que atualmente se inscrevem no curso: estes evidenciam que a maioria tem percursos consideravelmente escolarizados e poucas ou nenhumas experiências consciencializadas de educação não formal. Assim, parece-nos que as vivências de educação não formal proporcionadas ao longo do processo formativo assumem uma importância vital, pelo que procuramos analisar as oportunidades criadas para o efeito. Um segundo objetivo é o de perceber como é que os estudantes analisam a sua própria experiência formativa e a relacionam com um trajeto vocacional próprio, bem como a mobilizam (ou não) no seu percurso profissional após a conclusão dos seus estudos. Para concretizar este último objetivo, foram realizadas três entrevistas a diplomados deste curso, tratando-se apenas de uma recolha exploratória de dados, a qual terá que ser ampliada para permitir consolidar esta reflexão.
  • As lentes de género
    Publication . Pessoa, Ana Maria; Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos; Jesus, Isabel Henriques de; Marin, Susana Câmara
    A educação inclusiva é um termo comummente usado para referir o esforço de transformação que escolas e professores têm que fazer para que as diferenças em termos de capacidades motoras, relacionais e/ou cognitivas não sejam penalizadas. A questão da igualdade de género tem muitos pontos em comum, tratando-se de promover a igualdade de direitos que corresponde a uma cidadania plena, uma aspiração de todas as sociedades democráticas. Sendo a escola o lugar por onde passam todas as crianças e jovens, não se lhe pode deixar de atribuir responsabilidades na formação global do ser humano, no que ele é ou virá a ser, nas suas relações consigo e com os outros. A escola não pode fazer tudo, mas não poderá demitir-se de algumas das responsabilidades inerentes à construção de representações e comportamentos associados ao género. Tudo na escola está impregnado de ideias sobre o género, frequentemente assentes em estereótipos. Com o apoio da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) e com o acolhimento da Câmara Municipal do Seixal, a Escola Superior de Educação de Setúbal tem vindo a desenvolver processos de formação de professores/as dos vários níveis de ensino, procurando sensibilizá-los/as para colocarem as lentes de género na sua acção comum enquanto docentes. Acresce a isso o facto de poderem usar os conteúdos da sua própria disciplina em matéria de educação de género. Dando conta de um conjunto de realizações em sala de aula, pretendemos mostrar que esse trabalho é, afinal, possível.
  • Boas marés: reflexão sobre uma dinâmica de parceria na área do Turismo Ambiental
    Publication . Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos; Cordeiro, Sandra
    Este artigo procura abordar os seguintes pontos: 1) a ética ambiental que envolve os laços do cidadão com o seu meio e, em particular, o modo como algumas profissões podem ter nesta matéria uma missão importante, designadamente os animadores socioculturais; 2) a promoção activa dos conceitos através de experiências vividas no âmbito da formação desses profissionais; 3) as autarquias como instituições fundamentais na promoção do turismo cultural e ambiental e a importância das parcerias construídas em torno dos seus equipamentos patrimoniais e; 4) o projecto do Moinho de Maré da Mourisca e a parceria com o curso de Animação e Intervenção Sociocultural da Escola Superior de Educação de Setúbal.
  • Estudantes de animação sociocultural: percursos traçados entre a formação e o mundo do trabalho
    Publication . Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos; Cordeiro, Sandra
    Esta comunicação constitui essencialmente uma reflexão de duas docentes do curso de Animação e Intervenção Sociocultural da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal sobre as dinâmicas actualmente verificadas entre a formação e o mundo do trabalho. Assumimos essencialmente dois objectivos. O primeiro é o de interrogar o modo como o sistema de ensino superior, que na lógica tripartida tradicional (formal, não formal, informal) se caracteriza como formal se torna capaz de preparar os estudantes para um futuro exercício profissional assumidamente na área da educação não formal. A pertinência desta questão deriva dos dados disponíveis sobre os estudantes que actualmente se inscrevem nestes cursos, evidenciando estes que, na sua maioria, eles têm percursos consideravelmente escolarizados e poucas ou nenhumas experiências consciencializadas de educação não formal. Lucilia Salgado afirmava nos anos 1990 que os "animadores associativos eram intelectuais formados nas práticas militantes dos anos 70" (Salgado, 1990, p.7) e assim era de facto, mas esse legado está em vias de desaparecimento. De facto podemos constantar que "a sala de aula, mais do que a escola na sua globalidade, impôs-se como o contexto educativo de referência, o sítio onde se constroem e reconstroem as identidades, se atribuem os papéis institucionais e se exercem os respectivos ofícios escolares" (Palhares, 2009, p.68). Assim, parece-nos que as vivências de educação não formal proporcionadas ao longo do processo formativo assumem uma importância vital, pelo que procuramos analisar, do ponto de vista do plano de estudos do próprio curso, as oportunidades que são criadas nesta matéria. Um segundo objectivo é o de perceber como é que os estudantes analisam essa experiência formativa, a incluem num trajecto vocacional próprio e a mobilizam (ou não) no seu percurso profissional após o término do curso. Para concretizar este último objectivo e considerando que se trata apenas de uma recolha exploratória de dados que necessariamente terá que ser ampliada para permitir consolidar a reflexão que fazemos, foram realizadas três entrevistas a diplomados deste curso. Subjacente a esta nossa reflexão está uma preocupação adicional que constitui a nossa óptica de análise, a de saber se a Animação Sociocultural está a perder a dimensão transformadora que marcou a sua génese e a assumir um registo meramente instrumental (Ferreira, 2008).
  • Identidade cultural e artes: a metodologia da oficina de histórias e teatro
    Publication . Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos; Sardinheiro, José Júlio
  • Contributos para a compreensão do conceito de redes sociais e políticas
    Publication . Figueiredo, Carla Cibele Fiel de Vasconcelos
    O texto procura explicitar o conceito de redes sociais situando-o em três abordagens diferenciadas, mas que podem ser complementares: a) a da sociologia e antropologia, cujos contributos para a compreensão do conceito se situam sobretudo ao nível da investigação; b) a das políticas públicas, cuja análise incide sobre as redes enquanto modo de coordenação e c) a intervenção social que se constrói e suporta numa lógica de rede. As duas últimas perspectivas acabam em parte por se complementar pois as redes evidenciam um estilo de governação em que há uma diversidade de actores estatais e não estatais implicados, com tendência clara por parte dos governos centrais e locais para implicar actores da sociedade civil na génese e operacionalização das políticas, recorrendo para isso a determinados instrumentos, como é o caso das redes sociais das autarquias. Há, no entanto, redes que se nascem autonomamente, procurando trilhar os seus próprios caminhos com base no compromisso dos seus membros. Este mundo conexionista entra assim na agenda da investigação e é importante que se vá criando análise crítica.