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- A Academia Militar e a Guerra de Àfrica.Publication . Borges, João VieiraPara um "filho da Guerra de Àfrica", que entrou pelas portas do Paço da Rainha com o curso D. Pedro, Infante de Portugal, constitui simultaneamente uma honra e uma responsabilidade acrescida, abordar a temática da formação dos quadros na Academia entre 1960 e 1974. Constitui uma honra e um privilégio, em virtude do voto de confiança em mim depositado pelo Comando da Academia Militar, julgo que em função da minha ligação privilegiada à casa mãe dos oficiais do exército (sem deixar de o ser para a Força Aérea e para a GNR) como professor, como comandante de companhia de alunos, como comandante do 1º batalhão de alunos e como autor de algumas obras sobre a História da Academia Militar. A responsabilidade acrescida advém do facto de abordar um período ainda muito recente da História da Academia Militar, cujos actores, com quem trabalhei ao longo dos últimos 30 anos, são naturalmente os melhores juízes e observadores. Ao longo do trabalho de pesquisa, tive o prazer de "reviver" centenas de camaradas que constituíram e constituem uma referência para a minha geração, como comandantes, como militares , e como homens que serviram Portugal pelos quatro cantos do mundo, com elevado sacrifício pessoal, alguns deles com o sacrifício pessoal, alguns deles com o sacrifício da própria vida. Começar esta análise em 1960 ( há cerca de 49 anos ) levou-me de imediato ao Capitão de Artilharia Abel Cabral Couto, já então professor catedrático da 45º cadeira, ou ao Tenente Faia Correia, então instrutor de táctica de artilharia, oficiais da minha arma que muito estimo e respeito e que deste modo me deram mais duas lições: que 50 anos foi efectivamente "ontem", em termos da história de uma Instituição; que vale a pena servir com devoção, a Academia Militar, o Exército e Portugal. Assim, optei por uma metodologia que passa pela análise da evolução da formação na Academia Militar no período em estudo, conjugada pelas percepções decorrentes de pequenas entrevistas que efectuei a alguns dos "cadetes" dos diferentes cursos da Academia Militar, mas também a alguns dos muitos oficiais milicianos que dignificaram Portugal em todos os teatros de operações (TO). Estas "entrevistas" foram muito importantes para confirmar (ou não) os dados mais científicos retirados fundamentalmente da "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de Àfrica (1961-1974)" e dos "Anuários da Academia Militar" (entre 1959/60 e 1973/74), mas também para me abrirem novos caminhos de análise até então não equacionados. relativamente á formação da Academia Militar 1960-1974, entendi mais adequado analisar as preocupações de cada um dos comandantes (manifestadas através do "Pórtico" ou nos diferentes discursos publicados nos Anuários), o progresso da legislação (orientada prioritariamente para a Guerra de Àfrica e para o recrutamento), os planos dos cursos (nas suas três componentes; científica, militar e cultural) e, separadamente, as actividades circum-escolares e cerimónias académicas e militares mais relacionadas com a componente cultural, com a formação geral, a disciplina e o "espírito". Sem deixar de abordar de modo muito genérico a formação dos oficiais milicianos neste mesmo período, termino com dez considerações finais mais em jeito de desafios (para um trabalho mais cuidado) do que de contributos para uma História da Academia Militar no período de 1960 a 1974.
- Socorristas e socorro de urgência, uma abordagem do processo de tomada de decisão imediataPublication . Ribeiro, Luísa; Thomaz, JoãoRESUMO Os socorristas intervêm preferencial ou opcionalmente mediante normas e procedimentos protocolados, embora com margem para desvios, segundo o que se pode prefigurar como intuição em actuação por reconhecimento de padrões (KLEIN, 2003). Da sua actuação atempada, em síntese, dependerá a sobrevivência ou a margem de recuperação optimizada de vítimas de acidente ou acometidas por doença grave. A sua janela de oportunidade extrema de actuação é de quatro minutos, quando se trate de falha completa do sistema circulatório ou ventilatório (VELLOSO et al., 2004). Esse será o seu quadro determinante de referência, constituindo a sua missão primordial a salvaguarda da vida, mesmo que, por acção das manobras a executar, possa causar sequelas físicas acessórias na pessoa assistida. Concluiu-se que os socorristas atribuem a maior importância ao equipamento de base mas que se sentem capazes de actuar sem o mínimo de apetrechos, caso seja necessário. O seu desempenho tende a ser entendido como sobretudo individual, mesmo que operando em equipa, porque a certo ponto poderão ter que se dedicar em exclusivo a uma vítima. Contudo, em manobras de ressuscitação que requeiram tempo, um socorrista poderá não ser capaz de executar as manobras eficazmente além de uma dada margem de esforço; será então fundamental a rodagem com os colegas ou peão habilitado. Nalguns casos, os socorristas poderão menosprezar a regra de ouro do seu mester, a segurança pessoal, em prol do salvamento de alguém. Esta conclusão deriva da procura da determinação dos seus pesos e medidas, transpostos para as suas vivências, em função do que entenderiam como os seus processos pessoais de decisão imediata e versou padrões de reconhecimento de factores na abordagem e ajuda prestada a vítimas nos seus diversos surgimentos, por acidente ou problema de saúde. Com base numa metodologia e em instrumentos de observação, baseados em entrevistas e inquéritos acessórios, foi possível investigar a forma de actuação e promover nos entrevistados um autodiagnóstico das sequelas emocionais devidas ao trabalho desenvolvido pelos prestadores de socorro de urgência. Concluiu-se que é utilizado o processo de decisão imediata numa vertente mais limitada e que o reflexo emocional dos casos acompanhados tem considerável peso nas suas vidas, constituindo uma excepção o acompanhamento e mitigação do stress pós-traumático nos socorristas.
- Mediatização de Informação Militar Confidencial - Estudo exploratório a partir das fugas de informação sobre a Guerra no Afeganistão divulgadas pela plataforma WiKiLeaks no âmbito da opinião pública nacionalPublication . Teixeira, Antero; Bandeira, AnaNuma Era em que a Informação se encontra à distância de um clique e acessível em tempo real através da internet a partir e para qualquer ponto do Mundo, o sítio WikiLeaks através de uma das mais recentes e propaladas revelações globais logrou disponibilizar informação classificada e relativamente recente sobre a Guerra no Afeganistão. Essa divulgação é agora conhecida como Afghan War Logs, constituindo-se como a maior fuga de sempre de informação na História Militar até então. Este caso propôs-se a expor a todo o Mundo o que o WikiLeaks considera ser a indiscutível verdade e como tal visando a alteração da percepção alargada e pública de como se conduzem os conflitos modernos, mediante o livre escrutínio do público. Acessível a todos, terá produzido um impacto, terá deixado marcas que perdurarão pela alteração do entendimento que o público tem do conflito no Afeganistão? Nesta dissertação apresenta-se um estudo exploratório que indicia que este caso despertou pouco interesse no público nacional, não exercendo qualquer influência sobre a sua percepção e interesse no conflito no Afeganistão. Estabelece-se também uma correlação entre o desconhecimento por parte do público com o pouco espaço dedicado a esta temática por parte da imprensa escrita, reforçando a importância dos média convencionais em associação com este tipo de divulgação para aumentar o seu impacto.
- Catástrofe em Portugal: Gestão da InformaçãoPublication . Silva, Carlos; Garcia, FranciscoRESUMO Os desastres repetem-se desde sempre com alguma regularidade por todo o planeta, assumindo, nalgumas circunstâncias, contornos de uma verdadeira calamidade. A prevenção, o socorro e a recuperação constituem-se necessidades primárias do Estado e das populações assim como o dever de o Estado as proteger. A presente dissertação, situada no campo da Guerra de Informação/Competitive Intelligence, visa analisar como a Gestão da Informação é feita no enquadramento de uma catástrofe em Portugal decorrente de um sismo. Este estudo visa igualmente analisar os fluxos de informação entre as entidades intervenientes, como elas se articulam num cenário real de catástrofe, isto é, visa analisar em que moldes se deve gerir, coordenar e comandar a crise e quem é que deve e como se deve fazer a Gestão da Informação pública. Por outro lado, visa também entender o fenómeno dos acidentes e catástrofes nas sociedades, compreender a articulação funcional entre a Autoridade Nacional de Protecção Civil e o Conselho Nacional de Planeamento Civil de Emergência na gestão de um desastre a fim de se encontrarem falhas estruturais e funcionais no actual sistema. Para o efeito propomos um modelo integrador, eficaz e eficiente.
- Media e a Gestão da percepção nas novas conflitualidadesPublication . Lemos, Elsa; Garcia, FranciscoRESUMO O terrorismo tem sido alvo da atenção crescente de todos, desde o cidadão anónimo aos governantes mais influentes no Mundo. Também o modo como a informação sobre actos terroristas é veiculada e percebida tem vindo a suscitar particular interesse por parte dos investigadores. No entanto, os estudos em torno da Gestão da Percepção t êm sido pautados por uma elevada dispersão de dados. Partindo de uma linha humanista-interpretativa, a presente dissertação procurou compreender o papel dos media e da Gestão da Percepção nas novas conflitualidades, recorrendo à análise de perspectivas e estudos recentes dos media, das neurociências e da psicologia do terrorismo. Sugere-se que é possível condicionar a percepção e as acções do adversário e que os media podem ser utilizados como mult iplicador de força.
- O Contributo da Gestão das perceções na projecção do poderPublication . Martins, Rebeca; Nunes, PauloResumo Esta dissertação, de índole teórica,comprova a importância da Gestão das Percepções na projecção do poder estatal. No quadro teórico é feita uma contextualização da investigação à luz da teoria realista das Relações Internacionais e da crescente importância da Informação como o quarto vector do poder nacional. A Informação é o aspecto central desta dissertação, uma vez que desempenha uma forte influência na forma como as pessoas percepcionam a realidade. A dissertação exemplifica como podem existir diferentes percepções de um mesmo acontecimento, condicionadas pela informação disponível, por aspectos político-sociais dos receptores, mas também pela legitimidade e imagem que determinados Estados transmitem, podendo gerar tensões e conflitos. São explicados alguns métodos de Gestão das Percepções como Operações de Informação, Propaganda, Informação Pública, Diplomacia Pública e são explicados os aspectos a ter em consideração no planeamento, execução e monitorização de campanhas deste teor. É criado então um modelo, onde se definem linhas orientadoras da forma como as Forças Armadas devem contribuir para a Gestão das Percepções. O trabalho finaliza com a análise sobre a evolução do poder de influência dos EUA junto de outros Estados, desde a Guerra Fria até à actualidade e das suas consequências.
- Cyber Intelligence. A obtenção de informações a partir de fontes abertas no CiberespaçoPublication . Frias, ÓscarNa sequência do desenvolvimento de estratégias de segurança e defesa no ciberespaço, surgiu a necessidade de Portugal desenvolver a sua própria Estrutura Nacional de Cibersegurança, de modo a fazer face às exigências internacionais, ao nível económico, político e militar. Desta forma, o Conceito Estratégico de Defesa Nacional, aprovado a 21 de março de 2013,em Conselho de Ministros, confirma a relevância da obtenção de informações no ciberespaço pelo caráter imprevisível, multifacetado e transnacional das novas ameaças e preconiza a edificação, ao nível das Forças Armadas, de uma capacidade de Ciberdefesa. Tendo em consideração o binómio Segurança e Defesa, a condução de operações de gestão de crises no ciberespaço é fortemente influenciada pela forma como é realizada a gestão de informação aberta e como é efetuada a sua utilização (des)cuidada, neste novo domínio de interação de natureza virtual. Assim, é fundamental que exista uma cooperação interinstitucional civil-militar, baseada num ciberespaço livre, aberto e seguro, de forma a garantir uma decisão mais informada e eficaz. O presente trabalho aborda a obtenção de informações através de fontes abertas no ciberespaço, inserindo-se o tratamento deste tema na mudança do paradigma da aplicação/adaptação dos conceitos de Segurança e de Defesa, à Era da Informação. Neste âmbito,procura-se equacionar a recolha de informações e produção do conhecimento situacional sobre as ciberameaças, no contexto da tomada de decisão em situações de gestão de crises, melhorando a resiliência nacional no ciberespaço. Face aos desafios e ameaças emergentes neste novo ambiente de interação global, a Ciberdefesa representa um novo desafio para a Segurança Nacional dos Estados e para a condução eficaz das operações de gestão de crises, reunindo para esse efeito capacidades civis e militares, que devem trabalhar em conjunto para atingir um objetivo comum. O objetivo do presente trabalho está centrado no desenvolvimento de um modelo proactivo e preventivo de informações, capaz de reforçar a capacidade de recolha e análise de informações no ciberespaço e de integrar, em tempo oportuno, a informação obtida na condução das operações de Ciberdefesa. Esta atividade deve, ainda, intercetar e negar as atividades de informações conduzidas por terceiros.
- As Forças Armadas na Segurança Interna: Mitos e RealidadesPublication . Borges, João VieiraA abordagem do tema "Forças Armadas na Segurança Interna", numa altura marcada por fortes constrangimentos financeiros e económicos, pela discussão das grandes opções do Conceito Estratégico de Defesa Nacional e pela reforma da Defesa Nacional, constitui um desafio aliciante com carácter de oportunidade. Efectivamente constitui um desafio, em especial para um militar profissional que também é académico, porque obriga à contraposição da praxis da actuação das Forças Armadas em missões de Segurança Interna numa perspectiva de colaboração das FA com as Forças e Serviços de Segurança, em alternativa a uma visão mais legalista e politizada, que desde 1982 vem "limitando" a intervenção das FA no território nacional, mesmo em face do crescendo das ameaças de cariz transnacional. O carácter de oportunidade advém da actual discussão nas grandes opções do CEDN 2013, designadamente no que respeita à possibilidade das FA colaborarem na SI em missões de combate a ameaças de cariz transnacional.
- A Ciberespionagem no contexto PortuguêsPublication . Silva, SusanaNa era da Sociedade da Informação, as empresas e as matérias-primas deixaram de ser os recursos alvo mais procurados, passando a informação, a ser um alvo privilegiado de ações maliciosas enquanto recurso intangível. A crescente dependência da tecnologia e da informação por parte de pessoas e Estados, tornam-nos vulneráveis às ameaças do ciberespaço, fazendo com que cada vez mais se criem mecanismos de protecção e segurança para minimizar os riscos que daí advém. No entanto, a exploração das redes, no ciberespaço, não apresenta apenas uma vulnerabilidade, tendo em conta que produz a capacidade de alguns atores hostis influenciarem a cadeia de funcionamento e de valor das organizações e dos Estados, evidenciando no final um exercício do poder Assim, esse ciberespaço é utilizado muitas vezes como um local privilegiado para a espionagem de Estados e para uma exploração militar, facto esse que tem naturalmente repercurssões ao nível do ambiente estratégico, nacional e internacional. Aos Estados, enquanto garantes da segurança nacional, exige-se que os mesmos se preocupem com estas questões primordiais e que as mesmas façam parte das suas preocupações, no que respeita às políticas e instrumentos de Segurança e Defesa. Todas estas preocupações têm fomentado esforços no sentido de se elaborarem Estratégias de Cibersegurança e de mobilizar a cooperação internacional, pois é neste desiderato que se julga também estar boa parte das soluções, nomeadamente no que concerne ao combate à ciberespionagem.
- O papel dos Serviços de Informações no Combate ao Ciberterrorismo: O Caso PortuguêsPublication . Amaral, SandraQuase sem nos apercebermos, a nossa vida em sociedade foi-se transferindo para um novo domínio, o ciberespaço, para onde também migraram todas essas estruturas que suportam o normal funcionamento dos Estados. À conta de um simples clique, deparam-se-nos facilidades e rapidez na resolução de situações e problemas do nosso quotidiano e no acesso à informação e ao conhecimento, abrindo-se novas oportunidades para o estabelecimento de novas relações interpessoais e de negócios. Estas facilidades e oportunidades que o ciberespaço proporciona, não distinguindo quem a ele acede, trouxeram infelizmente consigo riscos que comprometem não apenas a segurança de pessoas e bens, a economia dos países mas, por vezes, até as próprias seguranças nacional e internacional. São eles os cibercriminosos, os ciberterroristas, os ciberespiões, os ciberrativistas e outros que utilizam igualmente o espaço cibernético para a prática de actos ilícitos e crimes. De entre todos, os ciberterroristas, pela sua conotação com a violência, com as suas gravosas consequências e com os sentimentos de medo e de angústia que se criam e que se caracterizam os actos terroristas, são os que mais têm vindo a preocupar os Estados, levando a que estes tenham definido ou procurem definir as suas políticas estratégicas de cibersegurança, visando a prevenção e o combate ao ciberterrorismo e, bem assim, de outros ataques e crimes cibernéticos. Portugal viu a sua Estratégia Nacional de Cibersegurança aprovada no corrente ano de 2014. Não revelando-se fácil a destrinça nos crimes praticados por terroristas no ciberespaço, como sendo um de ciberterrorismo ou apenas de um cibercrime, um papel importante na sua detecção/prevenção cabe à intelligence, ou seja, aos Serviços de Informações, uma estrutura que dispondo de competências, aptidões e de know how específicos, sabe que para se derrotar o inimigo há que primeiramente conhecê-lo e vigiar de perto os seus movimentos.