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- "Teclas prá vida" : a transformar janelas em realidades inclusivasPublication . Patrão, Carla; Soeiro, Dina; Parreiral, SílviaO desafio da inclusão das pessoas mais velhas na realidade digital leva- -nos a apresentar algumas experiências vivenciadas pelos participantes nas oficinas "Teclas Prá Vida". Estas oficinas de alfabetização digital integram- -se num projeto vocacionado para a promoção das literacias, o "Letras Prá Vida". Descrevemos como é desenvolvida a literacia digital crítica, ao longo das sessões das oficinas, e partilhamos alguns dados decorrentes da participação das pessoas na ação nacional "7 Dias com os Media", uma iniciativa do Grupo Informal sobre Literacia para os Media, que visa a promoção da literacia crítica com e para os media. Seguindo uma metodologia qualitativa de investigação-ação participativa, as oficinas de alfabetização baseiam-se numa abordagem de educação de adultos não formal, com planificações e avaliações flexíveis e participadas, usando a música, a poesia, a literatura e a tecnologia como meios de promoção das várias literacias. Valoriza-se a literacia da vida dos participantes, sendo os afetos uma constante. No final de cada sessão, a equipa reúne, reflete, partilha, avalia e produz o relatório crítico. Entre os resultados, consideram- -se as várias literacias que o projeto promove e, no âmbito da literacia digital crítica, destacamos a pertinência dos participantes aprenderem a avaliar a credibilidade e a fiabilidade da informação e das suas fontes, com preocupação pela proteção e questões éticas. Assim, os participantes tornam-se capazes de tirar benefício pessoal e social do uso das tecnologias, assumindo-se como cidadãos ativos. Inspirados na ideia de Sydney Harris (1985) de que o propósito da educação é transformar espelhos em janelas, sugerimos a proposta de transformar janelas em realidades inclusivas. Não é a imagem do “velhinho à janela”, a observar o presente e o futuro a ser construído, mas da pessoa mais velha a construir a paisagem, no presente e para o futuro.
- Letras prá Vida: alfabetização de adultos com o coração!Publication . Soeiro, Dina; Silva, Inês; Silva, Joana; Silva, Mónica; Parreiral, Sílvia; Carvalho, VeraLetras Prá Vida é um projecto de intervenção comunitária que promove a literacia, o empoderamento e a inclusão social através da dinamização de oficinas de alfabetização com pessoas adultas. Dinamizaram-se sessões semanais com cerca de 60 participantes, entre os 20 e os 90 anos, organizados em 6 grupos heterogéneos. Desenvolveram-se actividades de leitura e escrita, baseadas no Método Paulo Freire, na Pedagogia da Autonomia, Andragogia e Aprendizagem Autodirigida, nos afectos e na literacia da vida de cada um. O projecto participa no Círculo de Alfabetização da APCEP, desenvolve uma comunidade de prática e oferece formação em alfabetização de adultos.
- Sentimento de comunidade e bem-estar em contexto institucional : perceção das pessoas idosasPublication . Silva, Sofia; Marques, Filipa Daniela; Soeiro, Dina; Parreiral, Sílvia; Tavares, João; Atalaia, Leonor; Raposo, DanielOs estudos sobre o sentimento de comunidade (SdC) revelam que este conceito está associado a uma maior participação ou envolvimento na vida da comunidade, satisfação com a vida, capacidade para mobilização na resolução dos problemas pessoais e coletivos, autoestima, suporte social percebido e qualidade das relações sociais. A investigação sobre o SdC em contexto gerontológico é ainda parca, mas a literatura sugere a sua relação com o envelhecimento bem-sucedido. O objetivo deste estudo é analisar a relação entre o SdC e bem-estar em contexto institucional dirigido à pessoa idosa. A amostra é constituída por 274 pessoas com mais de 60 anos a frequentar diversos contextos gerontológicos: centros de dia, Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI) e escolas séniores. Os principais resultados indicam um elevado sentimento de comunidade nas três tipologias de instituições consideradas, sendo as diferenças estatisticamente significativas mais elevadas em centros de dia e ERPI. O SdC apresentou uma relação positiva moderada com a satisfação com a vida, satisfação com suporte social e afetividade positiva. A pertinência desta investigação relaciona-se com a possibilidade de dar voz à perceção da pessoa idosa em contexto institucional e compreender medidas de planeamento e intervenção social no contexto gerontológico que promovam o SdC que poderá ser um catalisador para o envelhecimento bem-sucedido.
- Letras prá vida a esperançar com Paulo FreirePublication . Soeiro, Dina; De Oliveira Santos, Lina Cláudia; Parreiral, Sílvia; Patrão, Carla
- Letras prá vida : os media ao serviço da literaciaPublication . Soeiro, Dina; Patrão, Carla; Parreiral, Sílvia; Carvalho, VeraDesde 2015 que o projeto Letras Prá Vida dinamiza oficinas de alfabetização e de literacia digital com adultos, promovendo a compreensão do mundo através da literacia com e para os media. Actualmente as oficinas contam com cerca de 120 participantes, maioritariamente mulheres, entre os 20 e os 95 anos de idade, de etnia cigana, imigrantes, idosos institucionalizados e não institucionalizados, organizados em nove grupos com diferentes níveis de literacia. Entre as muitas atividades, exploram jornais, revistas e outras publicações como o “Borda D’Água”, pesquisam na Internet, escrevem memórias e participam no programa de rádio “Velhos Amigos”, emitido na MundialFM. Os alunos de Comunicação Social, da Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra, têm participado no projeto, realizando entrevistas, reportagens, vídeos, documentários, e desenvolvem competências e aptidões jornalísticas, saber-fazer profissionais, auto-determinação, participação cívica, autonomia, sentido de responsabilidade e de cidadania.
- Cidadania e participação dos alunos nos contextos escolaresPublication . Parreiral, SílviaSabe-se que a prática de experiências democráticas escolares desenvolve nos alunos uma maior consciência e atitudes cívicas. Os planos curriculares e os projectos educativos de escola apresentam hoje mais áreas de formação cívica e de cidadania mas, serão as escolas verdadeiros contextos facilitadores de vida democrática? Terão as escolas, uma verdadeira e naturalizada cultura de cidadania? E, por sua vez, os professores, estarão preparados, conscientes e “autorizados” a prepararem os seus alunos para serem sujeitos comprometidos em todos os contextos escolares? Entrevistas feitas a professores e alunos do 2º e 3º ciclos do ensino básico relatam uma dupla e divergente opinião mas com a comum certeza quanto à relevante e necessária presença dos alunos nos organismos de decisão da escola.
- Bem estar escolar : perceções sobre a participação e envolvimento institucional dos alunosPublication . Parreiral, SílviaA literatura revela-nos que ao sentimento de pertença dos alunos à escola, alia-se uma maior participação e envolvimento nas atividades escolares (Wentzel, Battle, Russel, & Looney, 2010), um melhor desempenho académico (Dotterer & Lowe, 2011; Wang & Holcombe, 2010) e um menor abandono escolar precoce (Henry, Knight, & Thornberry, 2012), o que desperta nos alunos um maior bem estar escolar (Covell, 2010; Osler, 2010) traduzido em experiências escolares mais significativas (Swaminathan, 2004). O presente estudo de caso, de natureza qualitativa procurou avaliar o que sentem os alunos sobre a sua ausência nos espaços e momentos decisórios da escola; como reagem a decisões tomadas sem que se tenham pronunciado sobre elas e, na perspectiva dos professores, como atuam os alunos para terem mais voz e participação (formal e informal) na escola. Analisaram-se entrevistas realizadas a grupos de alunos (grupos de discussão), com idades entre os 10 e os 19 anos, e entrevistas individuais realizadas aos directores de turma, de uma escola do 2.º e 3.ºciclos do ensino básico do distrito de Coimbra. Os resultados indicam que alunos e professores mostram-se pouco convictos quanto ao sentimento de pertença dos alunos à escola, revelando tratar-se de uma temática por eles pouco refletida, a qual ainda lhes é pouco questionada. A generalidade dos alunos mostrou-se insatisfeita por ser a quem nada se pergunta e por quem se decide, contudo resigna-se à ideia de que se tomam as decisões acertadas. O que se revela consonante com os professores, para quem a baixa idade e a imaturidade destes alunos os leva a que sejam pouco ouvidos. Concluindo, alertamos para que as perspetivas dos alunos passem a ser devidamente consideradas, levando-os a sentirem-se mais implicados, reforçando a ideia de que à escola cabe a preparação para a sua inserção na sociedade enquanto bons cidadãos, envolvidos e participativos.
- Children’s voice and participation in all school contextsPublication . Parreiral, SílviaThis paper presents a case study research based on content analysis of student group interviews that explores democratic experiences and student involvement in school. Fifteen 5th, 7th and 9th label classes were interviewed about their perceptions as students and partners in the decision-making process on matters that concern them, as children/teenagers with rights and justice ambitions. Class-directors were also interviewed to understand their views on how students feel about being (not being) heard in moments and places of decision, which would make them not just passive future adults. Results indicate that students are disappointed with the fact that decisions are made and implemented by the executive council without their participation. Teachers’ perceptions show that it is important for children to be heard more and participate in different school contexts but, in fact, school doesn´t yet recognize the relevance and importance of a more active and real participation of students in several contexts, mainly at these ages. It is then argued that citizenship education should promote further research and critical reflection in order to identify a new model of practical sense where students are seen as fundamental elements of a well succeeded educational dynamics in school.
- Relação dos alunos com a escola, com o saber escolar e com os outros atores escolares : encontros, desencontros e pontes por construirPublication . Parreiral, Sílvia; Seixas, Ana Maria Magalhães Teixeira deA transformação dos paradigmas sociológicos permitiu a abrangência teóricoconcetual de novas problemáticas sociais escolares, passando-se a considerar cada vez mais a comunidade educativa e, dentro dela, o aluno enquanto sujeito ativo e integrante do seu próprio processo educativo. Assim, enquadrado numa “cultura organizacional escolar” produzida de forma participada pelos diferentes atores, nas relações que mantêm uns com os outros, nos diferentes espaços e momentos e com os próprios saberes, o aluno, constitui-se um sujeito (co)autor da sua escolaridade. A literatura, debruçando-se sobre as vivências e sentidos dos alunos sobre a escola e o saber escolar é unânime em referir que a instituição escolar, apesar de se ter democratizado, facultando o acesso a todas as crianças e jovens, parece ainda não ter evoluído de forma correspondente, dando azo a que muitos alunos se mantenham distantes de uma relação de bem-estar com a escola e com o saber escolar (Abrantes, 2003, 2008; Covell, 2010; Mendonça, 2006; Oliveira, 2009; Osler, 2010; Quaresma, 2011; Rodrigues, 2009; Santos, 2007; Teixeira, 2010, entre outros). Nesta dinâmica relacional de aprendizagem, o aluno é também alvo de uma nova socialização escolar, que resulta de estratégias individuais e familiares de correspondência às solicitações institucionais, nomeadamente dos diversos professores, com vista à ordem social e escolar (Abrantes, 2011), fundamentais para o bem-estar e para qualquer experiência escolar significativa. Partindo destes pressupostos, o desenho da investigação que aqui se apresenta centrou-se particularmente nas perceções dos alunos sobre o seu processo relacional com a escola, com o saber e com os outros atores escolares que, traduzidas em atitudes, posições e disposições diárias, foram confrontadas com o que os professores perspetivam sobre elas, permitindo-nos avaliar as sintonias e discordâncias, os encontros e desencontros e que pontes podem sempre ser erigidas, esbatendo barreiras e estreitando relacionamentos. A partir da análise dos dados qualitativos obtidos por meios de entrevistas realizadas a grupos de alunos e a professores, verificámos sintonia entre alunos e 5 professores quanto às percepções positivas e de valorização da escola e do saber escolar reveladas pelos alunos. No entanto, contrariamente ao que os professores revelam, os alunos preocupam-se com o futuro e não apenas com a satisfação das suas vontades atuais que a escola também lhes permite. Além disso, alunos e professores reconhecem valor a uma maior participação nos espaços e momentos da escola, mesmo na tomada de decisões, enquanto prática ainda demasiada adultocentrada, que mantem ausentes os alunos, vistos sem capacidades para as vivências democráticas nos contextos escolares onde se discute e decide muito do que a eles diz respeito, sem que tenham a oportunidade de se pronunciar. Aliado à critica apontada pelos alunos de que não têm tempo nem oportunidade para participarem em atividades para além das aulas, o que os leva a verem a escola como uma “seca”, que lhes rouba a liberdade e os mantém fechados em salas de aula, tempo demais. Além disso também construímos o Questionário de Perceções e Vivências Escolares-Alunos (QPVE-A) que aplicámos aos alunos, através do qual recolhemos dados que submetemos à análise das qualidades psicométricas das escalas que revelaram estruturas fatoriais com sentido concetual e índices de consistência interna bastante aceitáveis, o que nos possibilitou a sua utilização da avaliação do nível de identificação do aluno com a escola, por meio das escalas: Bem-estar com a escola e Excesso de tempo escolar; o tipo de relação que os alunos mantêm com o saber, com as aprendizagens e com as tarefas escolares, através das escalas: Aprendizagem e tarefas escolares e Avaliação escolar e o tipo de relação que os alunos valorizam relativamente aos adultos e aos seus pares, com as escalas: Harmonia com os adultos e Harmonia com os pares. Os resultados obtidos por meio destas escalas foram analisados através de estudos diferenciais em função de características pessoais (idade e género), da definição de escola, do envolvimento e participação nas atividades e decisões da escola, do percurso e escolaridade futuras e participação dos pais na escola. Relevância em suscitar o interesse e a necessidade de intervir de modo a que todas as experiências escolares sejam sempre significativas e promotoras de maior bem-estar para todos os envolvidos. E, contrariando uma conceção meramente adultrocentrada, alertamos para a relevância em tornar mais visíveis aquelas que são verdadeiramente as perspetivas dos alunos sobre o que sentem e experienciam da escola e da sua escolarização, uma vez que, e segundo constatámos, são muitas vezes dissonantes daquilo que os professores (e adultos em geral) perspetivam.
- Perspectivas de formação e acção dos profissionais da educação para a promoção do bem-estar nos contextos educativosPublication . Parreiral, SílviaA violência em contexto escolar e os problemas a ela associados afectando o desempenho escolar e o relacionamento e integração social, alertam-nos para a necessidade da formação em educação facultar a aquisição e desenvolvimento de competências facilitadoras de ambientes harmoniosos e de sã convivência entre os membros da comunidade educativa. Os profissionais da educação, pela posição privilegiada que ocupam no sistema educativo, devem reflectir e questionar constantemente a realidade social e educativa que constituem, para, assim, melhor se reverem enquanto membros activos de mudança e desenvolvimento.