ESAE - Dissertações de Mestrado
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- Explorando a lacuna entre o Conhecimento científico e a Perceção dos tutores sobre a Disfunção cognitiva caninaPublication . Gigante, Sofia Elisabete da Silva; Silva, CarolinaA Síndrome da Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) é uma condição neurocomportamental subdiagnosticada que afeta cães geriátricos, comprometendo a sua qualidade de vida e o vínculo com os tutores. O principal objetivo deste trabalho foi explorar o nível de conhecimento dos tutores sobre a SDCC e identificar fatores que possam influenciar o diagnóstico e desenvolvimento desta patologia na região do Alentejo. A investigação incluiu uma revisão bibliográfica aprofundada e a aplicação de oitenta e seis questionários a tutores de cães com oito ou mais anos de idade. Foram recolhidos dados sobre idade, porte, dieta, estado reprodutivo, nível de atividade física e sinais comportamentais associados à SDCC. Os resultados indicaram que apenas 9,3% dos cães foram diagnosticados clinicamente com SDCC, evidenciando uma diferença em relação aos dados do questionário (46% com SDCC leve e 12% com SDCC severa). Além disso, 29,1% dos tutores desconheciam a existência da doença. Observou-se maior prevalência de diagnósticos entre cães de pequeno e médio porte e uma relação exclusiva com animais esterilizados. A maioria dos participantes residia em áreas urbanas (59,3%). Constatou-se também que fatores como a dieta e o nível de atividade física podem desempenhar um papel importante, embora sejam necessários estudos mais aprofundados e uma amostra superior para validar essas associações. Conclui-se que a criação de protocolos de triagem e consultas de enfermagem veterinária geriátrica são estratégias promissoras para reduzir o subdiagnóstico e promover o bem-estar de cães geriátricos, assim como uma maior divulgação desta condição junto da comunidade. Este estudo contribui para a valorização do diagnóstico precoce da SDCC, ao mesmo tempo que reforça a importância da sensibilização dos tutores e do fortalecimento da relação entre médicos veterinários, enfermeiros veterinários, tutores e seus animais.
- Efeito do Enriquecimento Ambiental a nível cognitivo em Murganhos “Mus Musculus”Publication . Nogueira, Daniel José Almeida; Hurtado, LauraO enriquecimento ambiental é fundamental na promoção de uma qualidade de vida superior para os animais em cativeiro, destacando o impacto positivo que pode ter na saúde física e mental. Em cativeiro envolve a introdução de brinquedos, desafios alimentares, mudanças regulares no ambiente e adição de novos cheiros no habitat. Ao longo desta dissertação foram explorados com maior detalhe os efeitos do enriquecimento ambiental a nível cognitivo. Neste estudo, os animais incluídos foram da espécie Mus musculus nascidos em cativeiro e foram excluídos os que apresentavam problemas de saúde. A amostra (n=12) foi dividida em grupos. O grupo 1 (n=6) incluiu os animais que viveram num habitat com enriquecimento. O grupo 2 (n=5) incluiu os animais cujo habitat era desprovido de enriquecimento com exceção do social visto serem alojados em grupo. O 2A (n=1) é um subgrupo do grupo 2 composto por um sujeito que diferentemente do restante grupo viveu sem qualquer tipo de enriquecimento. A parte inicial do estudo foi dedicada à preparação da amostra. Numa segunda parte, este foi dividido em duas fases. Na fase 1, os animais foram observados de modo a recolher informações dos seus hábitos e comportamento. A observação dos sujeitos nos seus habitats teve como auxílio câmaras da marca tp-link que permitiu o registo de imagem tanto durante o dia como durante a noite devido a sua visão noturna. Na fase 2, cada sujeito foi submetido individualmente a dois desafios verificando-se o efeito que o enriquecimento ambiental ou a falta dele atuou nos animais em estudo. O grupo 2 registou menores tempos que os do grupo 1, sugerindo que o enriquecimento ambiental não teve qualquer efeito a nível cognitivo no grupo 1. No entanto, o grupo que beneficiou do enriquecimento mostrou-se mais saudável e exibiu comportamentos semelhantes aos que manifestaria na natureza.
- Avaliação do risco associado à manipulação de agentes anestésicos em profissionais das ciências veterináriasPublication . Varandas, Cláudia Sofia Rodrigues; Costa, Lina Luis SalgueiroO ambiente clínico-hospitalar oferece diversos riscos sendo os mais negligenciados os riscos por manipulação de agentes anestésicos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o risco associado à manipulação de anestésicos por profissionais das ciências veterinárias e identificar problemas de saúde associados à sua exposição prolongada. Foi elaborado um inquérito online, direcionado a profissionais de saúde para avaliação do nível de conhecimento e de exposição relativo a este risco ocupacional. Foram analisados 129 inquéritos de profissionais de medicina veterinária e 29 de profissionais de medicina humana. Nas ciências veterinárias os resultados demonstram o fraco acondicionamento e segurança no armazenamento dos fármacos anestésicos e psicotrópicos (66%); reduzido número de equipamentos anestésicos com protocolo de manutenção e segurança (37,2%); número reduzido de salas com extração de ar ou ventilação forçada (48%); percentagem elevada de salas de recobro sem ventilação adequada (69,8%); número ainda reduzido de consultas de medicina no trabalho (81% dos inquiridos desconhece); pouca sensibilização e conhecimento sobre os riscos por contacto com drogas anestésicas (37,2%); desconhecimento sobre a legislação vigente (48,1%); fraca adesão à utilização de equipamentos de proteção individual, exceto em profissionais do sexo feminino quando gestantes, nas quais o nível de aplicação é de 60,34%. Na área de medicina veterinária a informação e os estudos são ainda reduzidos e pouco explícitos comparativamente com a medicina humana. Este estudo destaca a necessidade de melhorar práticas e medidas de controlo na manipulação de agentes anestésicos em ambientes veterinários. A adoção de sistemas de ventilação adequados e a formação contínua dos profissionais são cruciais para reduzir os riscos ocupacionais. Uma boa combinação de medidas de controlo de riscos e o acompanhamento por consultas de medicina no trabalho permitirão reduzir significativamente a exposição a estes riscos, garantir um ambiente de trabalho seguro e saudável bem como cuidar da saúde dos profissionais expostos.
- Avaliação de sensores aplicada à refletância das folhas para a fertilização sustentável em olivalPublication . Manuelito, Maria Catarina Lopes; Monteiro da Conceição, Luis AlcinoCom a intensificação das culturas, nomeadamente do olival, surgiram preocupações quanto ao consumo de água e ao impacto ambiental causado pelo uso de produtos fitofarmacêuticos e fertilizantes. Assente nesta preocupação, na União Europeia a estratégia Farm to Fork tem como algumas das principais metas até 2030 reduzir 50% a utilização dos pesticidas químicos e diminuir fatores que causem pelo menos 50% das perdas de nutrientes do solo. Com foco na eficiência de produção e sustentabilidade, esta dissertação tem como objetivo principal, através da deteção proximal, validar medições de refletância das folhas de oliveira (Olea europaea L.), obtidas com um sensor multiespectral de baixo-custo e um espectrómetro de alta resolução, para o diagnóstico nutricional em macronutrientes principais do olival. O ensaio decorreu no olival em sebe do Departamento de Olivicultura do INIAV, I.P., em Elvas no ano de 2022. Para esse efeito foi delineado um ensaio com fertilização diferenciada por fertirrega, durante o ciclo vegetativo, em três cultivares de oliveira, ‘Azeiteira’, ‘Arbequina’ e ‘Koroneiki’. O material vegetal foi recolhido na maturação dos frutos, somando um total de 120 amostras e um total de 14 400 folhas, onde posteriormente se procedeu às medições de refletância. Após a recolha de dados com os sensores, as folhas foram submetidas a análises químicas clássicas para quantificação de nutrientes. A correlação entre os dados recolhidos pelos sensores com o teor de macronutrientes principais mostrou ser bastante promissora com o espectrómetro de alta resolução onde se obtiveram os melhores resultados para o Fósforo (R2: 0,67 – modelo KNeighborsRegressor) e Potássio (R2: 0,60 – modelo SVR).
- Instalação de povoamento de Quercus suber inoculado com fungo pioneiro, em regadioPublication . Catalão, Marcelo Custódio Salgado; Póvoa, OrlandaO projeto foi idealizado de março a novembro de 2023, para a Herdade da Courela Seca, Arraiolos, visando instalar um povoamento de sobreiros em regadio, previamente inoculado com o fungo pioneiro Pisolithus arhizus, utilizando técnicas de micossilvicultura. Pretende-se uma gestão holística do montado, diversificando produtos de forma sustentável. A área de 5606m2 será requalificada com sobreiros propagados de bolotas de árvores de qualidade da propriedade, adotando um compasso de 3×3m. O delineamento experimental será de 2 blocos casualizados, com comparação entre sobreiros regados e não regados, assim como inoculados e não inoculados. A monitorização será feita em 40 árvores, 10 em cada modalidade de estudo, tendo como objetivo avaliar a sobrevivência das árvores e variáveis dendrométricas, tais como o diâmetro, altura e raio de copa. Foram elaboradas peças cartográficas do local (topografia, sistema de rega, circuitos de monitorização micológica, mapas cartográficos da localização, esquema de área de estudo e valores de nutrição do solo). O projeto visa conciliar a produção de cortiça com a crescente demanda por cogumelos silvestres de alto valor nutricional e económico. Os desafios incluem incertezas climáticas, custos crescentes e a necessidade de práticas sustentáveis. Para a estimativa de rendimento foram considerados vários preços de cortiça, com taxa de desconto de 3%, num período de análise até 75 anos. Estimou-se que, em 9 anos, a média de produção de macrofungos comestíveis será de 90kg a 540kg, e a produção de cortiça será 200 a 500 arrobas/ha/9 anos, apresentando um retorno financeiro, entre os 6000€/ha a 15000€/ha (666€/ha/ano a 1666 €/ha/ano). O êxito do empreendimento pode contribuir para a riqueza do território e a biodiversidade vegetal.
- “Quick Sequential Organ Failure Assessment" e "Sequential Organ Failure Assessment with lactate", em cães em unidade de cuidados intensivosPublication . Gomes, Paula Rute Rodrigues; Dotti, Luisa; Costa, LinaUma pontuação qSOFA (quick Sequencial Organ Failure Assessment) superior ou igual a dois pontos aumenta a probabilidade de cães morrerem ou serem eutanasiados em comparação com cães com uma pontuação inferior, no entanto a escala apresenta baixa sensibilidade na deteção precoce de pacientes críticos. A combinação das três variáveis do qSOFA, juntamente com a concentração plasmática de lactato (LqSOFA) melhora significativamente a capacidade de identificação de pacientes em risco. Os objetivos do estudo foram aplicar e comparar as escalas qSOFA e LqSOFA em pacientes hospitalizados na UCI, de forma a verificar a sua utilidade prognóstica. Para a aplicação da escala qSOFA foram utilizados os critérios: frequência respiratória ≥22rpm, pressão arterial sistólica ≤100mmHg e alteração do estado mental. Para a escala LqSOFA adicionou-se a escala qSOFA um ponto, para níveis de lactato ≥3mmol/L. As medições foram realizadas na admissão (T0), 24h (T24) e 48h (T48) após a admissão dos cães. Conclui-se que a adição do lactato à escala qSOFA aumentou a sua sensibilidade em 20% em T0 e em 33,7% em T48, mas diminuiu a especificidade. Entre T0 e T24, 25% dos animais que diminuíram a sua pontuação sobreviveram e 17% dos animais que aumentaram vieram a óbito. A escala LqSOFA foi mais útil na previsão da mortalidade quando avaliada em T24 (AUC=0,707) ou quando utilizada a média das pontuações obtidas ao longo das 48 horas (AUC=0,822). A escala qSOFA e LqSOFA apresentam a mesma sensibilidade na identificação de pacientes séptico em T0 (75%). Os critérios SIRS estiveram presentes em 86,5% dos pacientes críticos, mas demonstraram baixa especificidade 18,5%, além disso a capacidade de prever mortalidade hospitalar (AUC=0,507) foi inferior às escalas LqSOFA (AUC=0,604) e qSOFA (AUC=0,533). As escalas têm utilidade clínica, no entanto não devem ser usadas como uma ferramenta única no processo de tomada de decisão.
- Estudo Comparativo entre a Estimulação Magnética Periférica Repetitiva e a Eletroestimulação Funcional em Cães com Lesão ToracolombarPublication . Oliveira, Ana Catarina Ribeiro; Martins, Ângela; Quintas, HelderAs lesões toracolombares da medula espinhal, podem ser classificadas como completas, em cães sem sensibilidade à dor profunda (DPN) ou incompletas, em cães com sensibilidade à dor profunda (DPP) e, a sua reabilitação, depende de protocolos de neurorreabilitação intensiva (INR). Para tal, devem ser desenvolvidas modalidades que promovam a contração muscular (MC) e a capacidade interneural (INC), sem presença de dor. Os objetivos do presente estudo observacional prospetivo, foram avaliar a capacidade de tolerância e segurança da electroestimulação funcional (FES) e da estimulação magnética periférica repetitiva (RPMS), compará-las segundo MC, INC e presença de dor e correlacioná-las com doentes DPP e DPN. 53 cães, foram admitidos à consulta de INR e submetidos, no 3o dia em ambiente controlado, à modalidade FES num dos membros, seguida da RPMS, após o término da FES, no membro contralateral. Foram efetuadas 106 observações, com discordância interobservadores de 11%, das quais, 38 relativas ao grupo A, cães DPP (GA) e 68 ao grupo B, cães DPN (GB). Na avaliação da MC, a FES obteve maior prevalência nos tratamentos com MC>10 segundos, e diferença significativa de p=0.002, entre as duas modalidades. Na avaliação INC, o movimento do membro contralateral, teve prevalência de 40.6% na FES e 19.8% na RPMS e o movimento da cauda, teve prevalência de 33.9% na FES e 9.4% na RPMS (p<0.001), com maior evidência no GB (p<0.001). Em relação à presença de dor, foram observadas vocalizações em 3 doentes na FES e 1 na RPMS (p=0.006), todas pertencentes a GA, e movimento de virar a cabeça, em 8 observações na FES e 1 na RPMS (p=0.012). Em conclusão, FES e RPMS, são modalidades seguras e toleráveis, tendo sido a FES, mais efetiva quanto à MC e INC, mas associada à presença de dor e, a RPMS, eleita no bem- estar animal.
- Tolerância, efeitos secundários e segurança da administração de canabinóides em cãesPublication . Rijo, Inês Alexandra Rebelo; Costa, Lina; Hurtado, LauraNos últimos anos, os canabinóides têm sido alvo de estudo na área da medicina veterinária devido às suas propriedades anti-inflamatórias e analgésicas. Contudo, a sua utilização continua a ser alvo de estudo em animais de companhia. A presente dissertação foi realizada com base nos dados obtidos no Hospital Veterinário da Arrábida, durante o período de um mês, com a finalidade de verificar a tolerabilidade, segurança e efeitos secundários associados à administração de óleo de canabidiol na dose anti-inflamatória em cães. Vinte e quatro cães com alterações osteoarticulares foram avaliados por um médico veterinário diplomado e submetidos ao estudo, com monitorização de análises séricas alanina aminotransferase e fosfatase alcalina (ALT e ALKP) em T0 (primeiro dia), T1 (décimo quinto dia) e T2 (trigésimo dia). Em T0 e T2 foram também avaliados a partir de check-list neurológica e quanto aos sinais gastrointestinais. A vinte e quatro cães, com idade média de 7.8 (±2.8) anos e 20.5 (±11.9) kg, foi prescrito 5 mg/kg BID de óleo de canabidiol durante quatro semanas. Foram ainda realizados questionários aos tutores em T2 relativamente à palatibilidade e tolerabilidade. Na check-list neurológica em T2, 95.84% (23/24) não apresentaram alterações. Relativamente às transaminases, apenas 16.7% (4/24) durante 4 semanas não demonstraram alteração, verificando-se fosfatase alcalina aumentada em 70.8% (17/24) (em T1) e em 20.8% (5/24) (em T2), fundamentando a monitorização sérica ao longo das 4 semanas terapêuticas. Aproximadamente 50% (12/24) dos tutores indicaram o produto palatável e em 37.5% (9/24) observou-se aumento de apetite. O stress gastrointestinal foi residual. Apesar do estudo realizado sugerir boa tolerabilidade, segurança e promotor de bem-estar à administração de óleo de canabidiol, o estudo deve ser continuado.
- Plano de Gestão Cinegética da Tapada do Arneiro com vista à sua sustentabilidade ambiental, técnica e económicaPublication . Faria, Olga Maria Duarte Mariano de Almeida; Nunes, José RatoCom este trabalho é esperada a possibilidade de melhoria da gestão cinegética da Tapada do Arneiro, tornando a atividade cinegética uma parte importante das receitas da propriedade a fim de promover a sua sustentabilidade ambiental, técnica e económica. Foram realizadas contagens dos efetivos das espécies cinegéticas existentes na propriedade, para efeitos de censos e medição dos rácios macho/fémea, permitindo a tomada de decisão quanto ao número de animais a retirar, quais e os métodos de caça a aplicar. Foram propostas várias melhorias de gestão em termos de alimentação, abeberamento e refúgio dos animais, assim como do controlo de predadores, conservação da biodiversidade e melhoramento genético dos animais. Pretende-se ainda a dinamização de várias áreas e setores, nomeadamente o turismo cinegético e a valorização da carne de caça através da implementação de um estabelecimento de manipulação de caça e uma sala de desmancha de caça, embalamento e comercialização com marca própria. A viabilidade das propostas apresentadas foi avaliada através da execução da análise económica e financeira das mesmas, a qual foi comprovada. A atividade cinegética contribui para o desenvolvimento da propriedade, através da manutenção da biodiversidade, do turismo cinegético e do turismo de natureza, e contribui ainda para o desenvolvimento da região, através da dinamização do turismo local e da gastronomia.
- Estudo comparativo de três protocolos anestésicos para maneio da dor perioperatória em cães submetidos a osteotomia de nivelamento do platô tibialPublication . Dias, João Pedro Lourenço; Costa, LinaA rutura do ligamento cruzado cranial é uma das patologias articulares de maior incidência nos cães, e consequentemente, é considerada uma das principais causas que predispõem a doença articular degenerativa ou ao seu agravamento. Tendo em vista a necessidade de realização de técnicas cirúrgicas e a importância do bem-estar do animal perante a dor aguda, os objetivos dos anestesistas passam por proporcionar relaxamento muscular e analgesia adequados. O presente estudo pretende comparar três protocolos de maneio da dor perioperatória em cães saudáveis submetidos a osteotomia de nivelamento do platô tibial. Foram acompanhados trinta cães (n=30) com rutura do ligamento cruzado cranial, divididos em 3 grupos e a cada um foi aplicado um protocolo diferente para maneio da dor (com utilização ou não de analgésicos opióides, e utilização ou não de bloqueio ecoguiado dos nervos periféricos do membro pélvico intervencionado). Atendendo ao estudo comparativo de pontuações de dor, conclui-se que os três protocolos se mostraram eficazes no maneio da dor pós-operatória 1, 2 e 3 horas após a cirurgia. O grupo em que se utilizaram opióides em conjunto com bloqueio dos nervos periféricos, provou ser o protocolo mais eficaz, com uma pontuação média de dor de 3.73 no final das 3 horas. O grupo com aplicação de bloqueio de nervos periféricos de forma exclusiva, apresentou um pain score médio de 3.96 e provou ser possível a realização da técnica cirúrgica, conseguindo uma anestesia livre de opióides garantindo a analgesia e conforto do paciente. Este estudo apoia o esforço contínuo em direção a uma abordagem multimodal para a analgesia veterinária em combinação com pontuações de dor baixas para os grupos em que foi usado bloqueio dos nervos periféricos.