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ESEC - Teses de Doutoramento

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  • Sistema de ensino, transição societal e práticas educativas estratégicas dos actores sociais : o caso dos alunos de fracos recursos socioeconómicos de Luanda (Angola)
    Publication . Correia, Virgilio Gomes; Grácio, Sérgio Montenegro Miguel
    Este trabalho, centralizado nos subsistemas dos ensinos secundário e superior, examina as práticas educativas estratégicas de alunos detentores de fracos recursos socioeconómicos em Luanda (Angola), no período pós-colonial, em articulação com um conjunto de elementos que constituem as condições de escolarização. A análise destas práticas efectua-se num quadro de referências teóricas inter-relacionadas. Uma abordagem teórica inicial integra (i) os processos de transição (económica e sociopolítica) e de construção de Estado, e (ii) a educação, a análise estratégica e as representações sociais. Outras referências teóricas, incluindo desigualdades sociais e educativas, relação escola-família, projectos e expectativas escolares e sociais, decisão escolar, investimento em educação escolar, são mobilizadas no desenrolar da investigação. Esta fundamentação teórica, de carácter sociológico e focada na perspectiva da sociologia da educação, permite revelar os constrangimentos que condicionam a escolarização dos alunos e a sua qualidade de actores sociais, detentores de capacidades de leitura crítica da realidade escolar, de projecção e antecipação do futuro, e de decisão e acção. A metodologia seguida combina diversos métodos e técnicas. As pesquisas de terreno concretizam-se através da análise de documentos pertinentes (documentos oficiais, bibliografia de carácter monográfico sobre Angola, bibliografia crítica sobre a problemática em estudo) e de dados dos inquéritos por questionários e por entrevistas não-dirigidas (individuais e de grupo) administrados a alunos e, no caso destes últimos, também a técnicos do Ministério da Educação, professores e famílias. Os resultados permitem argumentar que as práticas educativas estratégicas de alunos detentores de fracos recursos socioeconómicos se explicam por factores que constituem as condições de escolarização, elas próprias influenciadas pela forte valorização que os mesmos alunos fazem da educação escolar. Mais especificamente, as condições de escolarização constrangedoras (constrangimentos das realidades económicas, sociopolíticas e educativas do país; debilidades das condições socioeconómicas dos alunos e dificuldades que marcam os seus percursos escolares; representações pouco positivas das suas escolas e das interacções escola-família), a par daquelas outras facilitadoras (ambiciosos projectos/expectativas escolares e profissionais dos alunos), influenciadas pela forte valorização da educação escolar, motivam e promovem decisões e acções de alunos que visam melhorar os seus processos de escolarização e as suas perspectivas profissionais. Os alunos emergem enquanto actores relativamente autónomos e criativos, capazes de cálculo, manipulação e adaptação aos contextos adversos. Este estudo fornece um modelo explicativo que melhora a compreensão das práticas educativas estratégicas de alunos (angolanos) de fracos recursos socioeconómicos, das suas condições de escolarização, e das suas capacidades de influenciarem e transformarem as realidades socioeconómicas, políticas e educativas em que se inserem; identifica um elemento decisivo de resiliência dos alunos aos constrangimentos e desafios que enfrentam no campo do ensino: o forte investimento na educação escolar, traduzido em práticas educativas estratégicas; aponta outras orientações de pesquisas passíveis de melhorar o conhecimento das realidades socioeducativas angolanas, incluindo práticas educativas de outros actores educativos, como famílias e professores.
  • Tecer para não ter de remendar : o desenvolvimento socioemocional em idade pré-escolar e o programa Anos Incríveis para educadores de infância
    Publication . Vale, Vera; Gaspar, Maria Filomena Ribeiro da Fonseca
    É durante os primeiros anos de vida que se alicerçam as competências socioemocionais manifestadas em empatia, regulação emocional, resolução de problemas, competências estas essenciais para a prontidão escolar. O presente estudo apresenta a intervenção realizada com o Programa Anos Incríveis Educadores (Webster- -Stratton, 2003). Englobou crianças pré-escolares, utilizando grupo experimental e de controlo. Os resultados obtidos indicam que as educadoras que implementaram o Programa nos seus grupos descrevem as crianças, no final, como apresentando significativamente menos dificuldades do que no início e apresentando mais competências pró-sociais do que antes da implementação do Programa. Decorridos 7 meses após a intervenção os ganhos obtidos mantêm-se. Concluímos que formar educadores para providenciarem um ambiente de suporte socioemocional produz efeitos positivos no comportamento pró-social das crianças.
  • International cooperation for development in tourism destinations
    Publication . Lima, Susana; Partidário, Maria do Rosário; Eusébio, Maria Celeste de Aguiar
    O objectivo principal desta tese é desenvolver um modelo conceptual sobre os factores críticos de sucesso dos programas de turismo e cooperação internacional para o desenvolvimento que se baseiam na transferência de conhecimento. O modelo teórico proposto procura preencher uma lacuna na literatura científica relativamente ao turismo e à cooperação internacional para o desenvolvimento e o papel da transferência de conhecimento como um meio para induzir alterações positivas em termos de desenvolvimento humano. Foi desenvolvida uma abordagem de investigação qualitativa através de um estudo de caso do programa UNWTO.Volunteers. O principal contributo teórico desta tese é estabelecer uma ponte entre vários campos de investigação que não estão suficientemente estudados na literatura científica de forma integrada - transferência de conhecimento, turismo e a cooperação internacional para o desenvolvimento. Com o modelo teórico proposto pretende-se contribuir para a investigação futura, tendo este sido aplicado e testado parcialmente no contexto real da implementação de um programa de cooperação internacional para o desenvolvimento. Este estudo sugere que não é possível obter resultados satisfatórios nestes programas se, em vez de potenciar a transferência de conhecimento e a criação de um ambiente propício à partilha de conhecimento, forem adotadas abordagens estáticas e lineares Norte-Sul. O estudo sugere que as características destes projectos de desenvolvimento devem ser revistas no sentido em que se torna difícil garantir que as alterações induzidas inicialmente pelos programas perdurem no tempo depois daqueles terminarem. O estudo tornou evidente que existe um grande potencial para uma efetiva transferência de conhecimento que contribua para a melhoria das condições de vida e do desenvolvimento dos destinos intervencionados, mas que os mesmos estão demasiadamente dependentes dos sistemas políticos locais e das relações de poder existentes, assim como do seu nível do desenvolvimento turístico. É necessário desenvolver mais investigação para analisar outros programas em diferentes contextos de aplicação para que se possam generalizar os resultados para outros programas de cooperação de destinos de países em desenvolvimento.
  • Moralidade e excelência numa época de pluralismo : contributos do ensino superior
    Publication . Gonçalves, Susana; Simões, Maria da Conceição Taborda; Alferes, Valentim Rodrigues
  • Relação dos alunos com a escola, com o saber escolar e com os outros atores escolares : encontros, desencontros e pontes por construir
    Publication . Parreiral, Sílvia; Seixas, Ana Maria Magalhães Teixeira de
    A transformação dos paradigmas sociológicos permitiu a abrangência teóricoconcetual de novas problemáticas sociais escolares, passando-se a considerar cada vez mais a comunidade educativa e, dentro dela, o aluno enquanto sujeito ativo e integrante do seu próprio processo educativo. Assim, enquadrado numa “cultura organizacional escolar” produzida de forma participada pelos diferentes atores, nas relações que mantêm uns com os outros, nos diferentes espaços e momentos e com os próprios saberes, o aluno, constitui-se um sujeito (co)autor da sua escolaridade. A literatura, debruçando-se sobre as vivências e sentidos dos alunos sobre a escola e o saber escolar é unânime em referir que a instituição escolar, apesar de se ter democratizado, facultando o acesso a todas as crianças e jovens, parece ainda não ter evoluído de forma correspondente, dando azo a que muitos alunos se mantenham distantes de uma relação de bem-estar com a escola e com o saber escolar (Abrantes, 2003, 2008; Covell, 2010; Mendonça, 2006; Oliveira, 2009; Osler, 2010; Quaresma, 2011; Rodrigues, 2009; Santos, 2007; Teixeira, 2010, entre outros). Nesta dinâmica relacional de aprendizagem, o aluno é também alvo de uma nova socialização escolar, que resulta de estratégias individuais e familiares de correspondência às solicitações institucionais, nomeadamente dos diversos professores, com vista à ordem social e escolar (Abrantes, 2011), fundamentais para o bem-estar e para qualquer experiência escolar significativa. Partindo destes pressupostos, o desenho da investigação que aqui se apresenta centrou-se particularmente nas perceções dos alunos sobre o seu processo relacional com a escola, com o saber e com os outros atores escolares que, traduzidas em atitudes, posições e disposições diárias, foram confrontadas com o que os professores perspetivam sobre elas, permitindo-nos avaliar as sintonias e discordâncias, os encontros e desencontros e que pontes podem sempre ser erigidas, esbatendo barreiras e estreitando relacionamentos. A partir da análise dos dados qualitativos obtidos por meios de entrevistas realizadas a grupos de alunos e a professores, verificámos sintonia entre alunos e 5 professores quanto às percepções positivas e de valorização da escola e do saber escolar reveladas pelos alunos. No entanto, contrariamente ao que os professores revelam, os alunos preocupam-se com o futuro e não apenas com a satisfação das suas vontades atuais que a escola também lhes permite. Além disso, alunos e professores reconhecem valor a uma maior participação nos espaços e momentos da escola, mesmo na tomada de decisões, enquanto prática ainda demasiada adultocentrada, que mantem ausentes os alunos, vistos sem capacidades para as vivências democráticas nos contextos escolares onde se discute e decide muito do que a eles diz respeito, sem que tenham a oportunidade de se pronunciar. Aliado à critica apontada pelos alunos de que não têm tempo nem oportunidade para participarem em atividades para além das aulas, o que os leva a verem a escola como uma “seca”, que lhes rouba a liberdade e os mantém fechados em salas de aula, tempo demais. Além disso também construímos o Questionário de Perceções e Vivências Escolares-Alunos (QPVE-A) que aplicámos aos alunos, através do qual recolhemos dados que submetemos à análise das qualidades psicométricas das escalas que revelaram estruturas fatoriais com sentido concetual e índices de consistência interna bastante aceitáveis, o que nos possibilitou a sua utilização da avaliação do nível de identificação do aluno com a escola, por meio das escalas: Bem-estar com a escola e Excesso de tempo escolar; o tipo de relação que os alunos mantêm com o saber, com as aprendizagens e com as tarefas escolares, através das escalas: Aprendizagem e tarefas escolares e Avaliação escolar e o tipo de relação que os alunos valorizam relativamente aos adultos e aos seus pares, com as escalas: Harmonia com os adultos e Harmonia com os pares. Os resultados obtidos por meio destas escalas foram analisados através de estudos diferenciais em função de características pessoais (idade e género), da definição de escola, do envolvimento e participação nas atividades e decisões da escola, do percurso e escolaridade futuras e participação dos pais na escola. Relevância em suscitar o interesse e a necessidade de intervir de modo a que todas as experiências escolares sejam sempre significativas e promotoras de maior bem-estar para todos os envolvidos. E, contrariando uma conceção meramente adultrocentrada, alertamos para a relevância em tornar mais visíveis aquelas que são verdadeiramente as perspetivas dos alunos sobre o que sentem e experienciam da escola e da sua escolarização, uma vez que, e segundo constatámos, são muitas vezes dissonantes daquilo que os professores (e adultos em geral) perspetivam.
  • Visão e controlo motor : influência da visão no controlo da corrida de trail
    Publication . Gomes, Ricardo; Mendes, Rui Manuel Sousa; Dias, Gonçalo Nuno Figueiredo; Silva, Manuel João Coelho e
    Ancorado na Teoria dos Sistemas Dinâmicos, mais concretamente no modelo dos constrangimentos de Newell, este trabalho teve como objetivo analisar a importância da informação visual na corrida de trail, investigando a influência que o nível de experiência dos atletas tem nas estratégias de busca visual, assim como a influência da fadiga fisiológica neste processo. A amostra foi constituída por 18 participantes, todos praticantes de corrida de trail (37.89±5.73 anos) tendo a mesma sido dividida em dois grupos de nove, sendo um grupo composto por atletas experientes (38.89±6.30 anos) e outro composto por praticantes recreativos (36.90±4.91 anos). Os participantes percorreram 10 vezes uma pista de 21 metros que permitia simular a corrida de trail, antes e depois de realizarem um percurso de trail longo (26.2km, desnível acumulado positivo de 860 metros). Para a caracterização do impacto desta prova nos participantes foram recolhidos dados sobre a composição corporal, lactato, Perceção Subjetiva de Esforço e de atenção. Os movimentos dos olhos durante a corrida em pista foram gravados com recurso a óculos de vídeo-oculografia, que nos permitiram estudar os padrões de movimentos e de fixações do olhar dos participantes no percurso de teste. Para o tratamento estatístico a comparação entre experts e não-experts foi feita recorrendo ao teste t para amostras independentes. Foi ainda utilizado o teste t para amostras emparelhadas para a comparação entre as variáveis antes e depois da prova de trail. Para a análise não linear dos dados, a variabilidade dos padrões de fixação foi estudada através da entropia visual, e da entropia de transições de estados, recorrendo às matrizes de transição de primeira ordem de Markov. A variabilidade dos padrões de movimentos dos olhos foi estudada através da entropia aproximada, da sample entropy, do expoente de Lyapunov e do expoente de Hurst. Os resultados indicam que as estratégias de busca visual adotadas na corrida de trail são influenciadas tanto pela experiência dos atletas como pela fadiga. Foram ainda encontradas algumas diferenças ao nível da variabilidade dos padrões de movimentos dos olhos, apontando também para a influência do efeito da experiência e da fadiga neste processo.
  • Os profissionais da comunicação estratégica das organizações em Portugal : em busca de identidade profissional e reconhecimento
    Publication . Sobreira, Rosa; Andrade, Rogério Ferreira de
    Este trabalho analisa o processo de construção da identidade profissional dos profissionais da comunicação estratégica em Portugal e as estratégias de reconhecimento por eles intentadas. Tradicionalmente, o campo que identificamos como da comunicação estratégica das organizações surgiu e iniciou o processo de construção identitária a partir da emergência das relações públicas, na primeira década do século XX, nos EUA. Tendo em conta essa evidência, primeiro, procura-se compreender a emergência do campo das ciências da comunicação e explicar as razões subjacentes à multiplicação de perfis profissionais no mesmo (jornalismo, publicidade e relações públicas), assim como os elementos identitários que contribuíram, inicialmente, para o seu reconhecimento profissional. A construção de identidade profissional e a obtenção de reconhecimento não podem ser percebidos sem o enquadramento dos contextos sociais, económicos, tecnológicos e organizacionais onde ocorrem, e as influências desses factores sobre as profissões. Ao fazer essa análise foi possível verificar que o campo das ciências da comunicação viveu, nas últimas décadas do século XX, um processo de fragmentação intenso, com o aparecimento de múltiplas formas de relacionamento com os públicos, ferramentas de comunicação inovadoras e novas concepções sobre o que deve ser a comunicação nas e das organizações. Essa fragmentação influenciou as características de identidade dos seus profissionais e o reconhecimento obtido pelos mesmos tanto nas organizações como socialmente. Uma das principais evidências dessa fragmentação foi a incapacidade de resposta das relações públicas face às imposições provenientes de um meio caracterizado por grande instabilidade e volatilidade. Neste âmbito de fragilidade de reconhecimento profissional, foram os profissionais das agências e das consultoras de comunicação que assumiram o papel de proporcionar um 14 conhecimento com valor estratégico para organizações enfrentarem essa envolvente. A importância que estes profissionais assumiram resulta do facto de o tipo de conhecimento que detêm e demonstram provir mais das interacções sociais resultantes do contexto do trabalho e da capacidade de reacção às dificuldades impostas pelo meio, do que do saber cumulativo formalmente adquirido, como defendem as abordagens mais tradicionais de análise da identidade profissional. Por outro lado, esta nova centralidade do conhecimento estratégico e a multiplicidade de designações de actividades profissionais que as novas tecnologias da informação e da comunicação “inspiraram”, colocam em causa o discurso de construção identitária proveniente tanto da academia e como do movimento associativo que privilegiam, ainda, elementos formais da profissionalização. O último ponto do trabalho aponta para essa dificuldade de articular um discurso mais centrado em elementos bem definidos de uma profissão e a visibilidade e emergência de profissões mais fluidas e multifacetadas, mas que geram polémicas e colocam em causa as fronteiras entre os diferentes campos e, sobretudo, procuram serem reconhecidas como parceiros estratégicos das organizações.
  • Rapport : a fact-based question answering system for portuguese
    Publication . Rodrigues, Ricardo; Gomes, Paulo Jorge de Sousa; Machado, Fernando Jorge Penousal Martins
    Question answering is one of the longest-standing problems in natural language processing. Although natural language interfaces for computer systems can be considered more common these days, the same still does not happen regarding access to specific textual information. Any full text search engine can easily retrieve documents containing user specified or closely related terms, however it is typically unable to answer user questions with small passages or short answers. The problem with question answering is that text is hard to process, due to its syntactic structure and, to a higher degree, to its semantic contents. At the sentence level, although the syntactic aspects of natural language have well known rules, the size and complexity of a sentence may make it difficult to analyze its structure. Furthermore, semantic aspects are still arduous to address, with text ambiguity being one of the hardest tasks to handle. There is also the need to correctly process the question in order to define its target, and then select and process the answers found in a text. Additionally, the selected text that may yield the answer to a given question must be further processed in order to present just a passage instead of the full text. These issues take also longer to address in languages other than English, as is the case of Portuguese, that have a lot less people working on them. This work focuses on question answering for Portuguese. In other words, our field of interest is in the presentation of short answers, passages, and possibly full sentences, but not whole documents, to questions formulated using natural language. For that purpose, we have developed a system, RAPPORT, built upon the use of open information extraction techniques for extracting triples, so called facts, characterizing information on text files, and then storing and using them for answering user queries done in natural language. These facts, in the form of subject, predicate and object, alongside other metadata, constitute the basis of the answers presented by the system. Facts work both by storing short and direct information found in a text, typically entity related information, and by containing in themselves the answers to the questions already in the form of small passages. As for the results, although there is margin for improvement, they are a tangible proof of the adequacy of our approach and its different modules for storing information and retrieving answers in question answering systems. In the process, in addition to contributing with a new approach to question answering for Portuguese, and validating the application of open information extraction to question answering, we have developed a set of tools that has been used in other natural language processing related works, such as is the case of a lemmatizer, LEMPORT, which was built from scratch, and has a high accuracy. Many of these tools result from the improvement of those found in the Apache OpenNLP toolkit, by pre-processing their input, post-processing their output, or both, and by training models for use in those tools or other, such as MaltParser. Other tools include the creation of interfaces for other resources containing, for example, synonyms, hypernyms, hyponyms, or the creation of lists of, for instance, relations between verbs and agents, using rules.
  • Desportos de natureza e desenvolvimento local sustentável : análise dos praticantes e das organizações promotoras dos desportos de natureza
    Publication . Melo, Ricardo; Gomes, Rui Adelino Machado
    Os Desportos de Natureza (DN) são um fenómeno crescente em todo o mundo e a sua contribuição para a sustentabilidade dos territórios é bem aceite. Esta tese tem como objectivos: i) caracterizar os praticantes dos DN, maiores de 18 anos, residentes em Portugal continental, identificando as suas características sociodemográficas, as práticas de lazer e o uso dos seus tempos livres, e o perfil de prática dos DN; ii) caracterizar as Organizações Promotoras dos Desportos de Natureza (OPDN), a operar em Portugal continental, identificando o seu perfil geral, as características da sua oferta, da procura, e o perfil dos seus dirigentes; iii) Identificar os impactos (ambientais, económicos e socioculturais) gerados pelos DN, e o seu contributo para a sustentabilidade do desenvolvimento local, partindo da percepção dos praticantes e dos agentes promotores destas actividades, e dos seus comportamentos nos locais das práticas. Os dados foram recolhidos através da aplicação de dois questionários online a uma amostra de praticantes (n=1126), e de dirigentes das OPDN (n=166), e analisados através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). O perfil geral dos praticantes inquiridos corresponde ao indivíduo do sexo masculino, jovem, solteiro, com um nível de escolaridade ao nível do ensino superior, trabalhador por conta de outrem, em grupos profissionais altamente qualificados, com um capital económico acima da média nacional, e residente no litoral do país. Os praticantes apresentam um estilo de vida activo centrado nas práticas expressivas (desportivas e ao ar livre). Em relação à prática dos DN, os dados apontam para uma procura satisfeita, apesar dos praticantes inquiridos indicarem que gostariam de realizar a actividade favorita mais vezes, pressupondo-se por isso alguns constrangimentos que condicionam a frequência das respectivas práticas, assentes principalmente na falta de tempo e na falta de dinheiro. Por outro lado, a questão ambiental (e.g. para estar em contacto com a natureza) e a aventura (e.g. para ter novas experiência e sensações de aventura) são as principais razões para praticarem DN. Os dados sugerem que o BTT, seguido do pedestrianismo e da canoagem, são os DN mais praticadas em Portugal. Os DN são, de forma geral, realizados ao longo de todo o ano, pelo menos uma vez por semana, durante o fim-de-semana, e durante o período da manhã. Os praticantes percorrem vários espaços de prática (sem local fixo para a prática), realizando as x suas actividades preferencialmente no concelho de residência. No entanto, este perfil de prática é distinto em função das diferentes características de cada actividade dos DN, do perfil dos praticantes e do âmbito socio-organizacional da prática. Em relação à oferta, foram identificadas quatro tipologias de OPDN: empresas (turismo, desporto, etc.); clubes desportivos; clubes de praticantes e associações (ambientalistas, culturais, desportivas, recreativas, etc.). Os resultados apontam para uma oferta distinta pelos diferentes tipos de OPDN. Os dados mostram que o surf é a actividade desenvolvida por mais empresas; o BTT, a vela e as multiactividades por mais clubes desportivos; e o BTT e o pedestrianismo pela maioria das associações. Os resultados indicam que tanto os praticantes como os dirigentes das OPDN consideram as três dimensões dos impactos (ambientais, económicos e socioculturais) como geralmente positivas, sugerindo que o impacto dos DN na sustentabilidade do desenvolvimento local é positivo. Os resultados mostram também que ambos os grupos (praticantes e dirigentes) percepcionam, de forma geral, a repercussão dos impactos positivos como relevantes, e os impactos negativos como não relevantes. Tanto os praticantes com os dirigentes das OPDN indicam apresentar um comportamento sustentável nos locais de destino e junto das comunidades locais. Os praticantes dos DN referem que os valores despendidos com as práticas dos DN são expressivos, quando comparados com os valores médios gastos com as actividades de lazer turístico em Portugal, o que mostra que os DN são uma componente importante do lazer e do turismo dos praticantes. A maioria dos dirigentes das OPDN também considera que o sector dos DN apresenta um potencial de crescimento nos próximos 10 anos. A segmentação dos praticantes, baseada nas razões (benefícios esperados) para a prática dos DN, resultou em seis grupos de praticantes: aventureiros ambientalistas, aventureiros sociabilizadores, ambientalistas eclécticos, aventureiros competitivos, higienistas ambientalistas, e turistas ambientalistas. Estes seis segmentos foram caracterizados em função das características dos praticantes que os compõem.