IUM - Dissertações de Mestrado em Ciências Militares - Segurança e Defesa
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- Competitividade e Racionalização no Hospital das Forças ArmadasPublication . Nunes, JorgeO atual ambiente estratégico das Forças Armadas carateriza-se por uma mutação acelerada e permanente que provoca um elevado grau de incerteza e de imprevisibilidade, a que acresce uma conjuntura de grave crise financeira e económica. Este ambiente apela à necessidade de se efetuarem intensas e rápidas transformações, que se têm vindo a refletir na reforma do Sistema de Saúde Militar, com particular impacto na componente hospitalar. O Hospital das Forças Armadas pela sua natureza assistencial está exposto a um ambiente marcadamente competitivo, próprio das organizações prestadoras de cuidados de saúde, ficando a sua viabilidade a longo prazo dependente da capacidade de criação de valor para os utentes, de adaptação às mudanças que ocorrem do lado da oferta, da procura, das parcerias com outras instituições e às mudanças políticas e sociais. A investigação pretendeu identificar o papel do diretor do Hospital das Forças Armadas que melhor contribuirá para o conduzir futuramente a níveis superiores de competitividade e de racionalização. A metodologia utilizada foi a hipotético-dedutiva, tendo a recolha da informação recorrido à técnica de Delphi, com a aplicação dum questionário, em que se pretendia a ordenação pela importância relativa das dimensões do papel do gestor/diretor segundo o modelo de Mintzberg. Da investigação realizada conclui-se que o papel do diretor que melhor contribuirá para conduzir futuramente o hospital a níveis superiores de competitividade e de racionalização é aquele que integrar por ordem decrescente de importância as dimensões da área interpessoal, da decisão e da informação. O painel foi concordante na ordenação das três dimensões mais importantes (líder, agente de mudança organizacional e primeira figura) mas não o foi nas três últimas (monitor, disseminador e porta-voz, todas da área informação). Também se concluiu que o diretor para exercer o seu papel de gestor estratégico do Hospital das Forças Armadas necessita de ter uma perceção abrangente, constante e atualizada que integre o ambiente externo e o interno, devendo o seu papel ser complementado com os princípios da competitive intelligence. Abstract: The actual Armed Forces strategic environment is characterized by a rapid and permanent mutation that causes a high degree of uncertainty and unpredictability, which it is even more due to the severe financial and economic crisis. These aspects point out to the necessity to introduce intense and quick transformations, with the natural consequences in the Military Health System reform, and with particular relevance on hospital sector. The Armed Forces Hospital should pay attention to the competitive market forces, related with the health care organizations, and thereby its long term feasibility it will depend on the capacity of creating value for users, on the level of adaptation to the changes of the providers, on the patient expectations and behavior, on the partnerships with other institutions and on the political and social changes. The research identifies the role of the Director of the Armed Forces Hospital, in order to improve its competitiveness and rationalization. The methodology used was the hypothetical-deductive and the collection of information resorted to the Delphi method, by applying a questionnaire to identify the relevance of each dimension of the manager/director's role, using the Mintzberg´s management roles. The research point out that the most important dimensions for improve its competitiveness and efficiency are leader, entrepreneur and figure head. In the opposite site, the less relevant dimensions are monitor, disseminator and spokesman. It was also concluded that in order to exercise his role as a strategic manager of the Armed Forces Hospital, the director needs to have a comprehensive, constant and updated perception, which integrates the internal and external environment and his role should be complemented with competitive intelligence.
- A constituição de uma força de assistência humanitária lusófona e a participação no mecanismo de resposta a catástrofes : possíveis contributos do BrasilPublication . Prazeres, Flávio Luís Lopes dosNeste trabalho pretende-se analisar a relevância da criação de uma Força multinacional humanitária para atuação em países da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, sob a ótica do Protocolo de Resposta a Situações de Catástrofes da Comunidade e analisar os possíveis contributos do Estado Brasileiro. Seguindo um raciocínio hipotético-dedutivo aplicado num estudo de caso, analisaram-se ideias e valores que destaquem a importância e viabilidade para a constituição desta Força, a sua possível constituição e/ou versão, o desenvolvimento de um Mecanismo de Resposta a Catástrofes da CPLP e de que forma o Brasil poderia contribuir com toda esta dinâmica; bem como se procurou identificar oportunidades de melhoria e principais valências em tais ações comunitárias. Concluiu-se que a possível constituição de uma Força de Assistência Humanitária Lusófona é viável e a sua participação no Mecanismo de Resposta a Catástrofes da CPLP depende de fatores que transcendem a componente de Defesa da CPLP. Foi revelado que o Brasil pode contribuir com esta formação devido à sua experiência nacional e internacional em ações humanitárias, contribuindo para a edificação desta capacidades no seio da Comunidade Lusófona.
- Contributos de Portugal para a segurança marítima cooperativa no Golfo da GuinéPublication . Marques, Luís Carlos Brandão; Bernardino, Luís Manuel BrásO Golfo da Guiné é, atualmente, uma das zonas do mundo mais afetadas pela pirataria e pelo roubo armado no mar. Esta dissertação tem como objetivo principal analisar o contributo das iniciativas portuguesas face a esta ameaça regional, visando uma segurança marítima cooperativa reforçada com a presença de meios navais na região. A investigação seguiu um raciocínio indutivo, assente numa estratégia de investigação essencialmente qualitativa, consubstanciada num estudo de caso. A partir dos conceitos estruturantes de segurança marítima e segurança marítima cooperativa, aplicadas ao Golfo da Guiné, caracterizou-se o espaço geopolítico da região, com foco na resposta ao fenómeno da pirataria e do roubo armado, analisando principalmente as iniciativas portuguesas no domínio da Defesa. Do estudo resulta o reconhecimento de Portugal como um produtor de segurança marítima, cujas iniciativas poderão contribuir para a segurança marítima cooperativa na região do Golfo da Guiné. Este incremento pode ser feito através da formulação de uma Estratégia de Segurança Marítima nacional e da cooperação estratégica com outros atores e iniciativas, tais como a União Europeia, e, sobretudo, a Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa. Contudo, antevê-se um desafio crescente para as iniciativas portuguesas na região, para que estas possam contribuir para uma resposta dissuasora e credível a este tipo de ameaça, privilegiando a relevância da presença naval portuguesa nesta região de elevado interesse para Portugal.
- Os contributos do e-learning para o sistema de formação da Guarda Nacional RepublicanaPublication . Ferreira, Luís Miguel Gomes; Bessa, Fernando José da Conceição; Guedelha, MárioAs pessoas, como o recurso mais valioso das organizações, carecem de formação adequada para o desempenho das suas tarefas. Pelo conjunto de potencialidades e benefícios pedagógicos, o e-Learning representa, não só ao nível dos aspetos de gestão pedagógica, administrativa e organizacional dos cursos, uma melhoria dos sistemas de formação das organizações. Com a elaboração do presente trabalho pretende-se analisar os contributos do e-Learning para o Sistema de Formação da Guarda Nacional Republicana (SFGNR). Para que as organizações potenciem as mais-valias das metodologias da formação sustentada em tecnologia devem assumir opções estratégicas que valorizem e definam a sua implementação de acordo com o referencial pedagógico definido para a formação online. A qualificação específica dos recursos humanos afetos aos sistemas de formação, a par da sustentação tecnológica, são os dois principais vetores que garantem a implementação e sustentação do e-Learning. Esta investigação seguiu um raciocínio indutivo e um desenho de pesquisa de estudo de caso assente numa estratégia qualitativa. Para o efeito, foi efetuada uma rigorosa análise documental que, associada às evidências obtidas através das entrevistas semiestruturadas realizadas a especialistas intervenientes na matéria, permitiu formular as necessárias conclusões e recomendações. A eficácia e eficiência do SFGNR estarão diretamente ligadas à forma como a instituição se preparou para adotar esta metodologia com base nas lições identificadas dos contributos do e-Learning para o SFGNR.
- Da edificação de capacidades militaresPublication . Batalha, CarlosFindo o bloco soviético e, com ele, desvanecido o inimigo dos Estados ocidentais e a ameaça militar que dele advinha, o conceito de segurança alarga-se no seu espetro, abrangendo outros setores como a política, a identidade societal, o ambiente e a economia. Consequência deste alargamento dá-se igualmente um aprofundamento do quadro de ameaças com caráter subestatal e com fortes conexões com a criminalidade organizada. Face à alteração do quadro de ameaças e dos riscos securitários, consideramos que a sua mitigação deve envolver uma alteração de paradigma, levando-nos a afastar de uma conceção industrial, centrada no inimigo, para uma conceção pós-industrial, onde a inexistência (ou desconhecimento) dos atores geradores das ameaças obrigam a uma nova centralização da edificação de capacidades, nomeadamente nos alvos das mesmas. A mitigação do risco é assim obtida por via de estratégias coercivas de negação as quais incidirão diretamente nas operações dos atores geradores das ameaças e no seu cálculo custo/benefício, com consequente diminuição da probabilidade de ocorrência de ataques aos potenciais alvos (ativos) relevantes para o Estado. Tal capacidade deve ser edificada tendo como principio a construção teórica dos sistemas complexos, gerando uma rede de agentes sensoriais e intercetores interligados entre si por via de uma info-estrutura capaz de potenciar as suas interligações, originando comportamentos emergentes ao nível sistémico. Tal sistema de sistemas, ao permitir maior diversidade ao nível dos agentes, aumenta a adaptabilidade do conjunto, característica fundamental para contrariar os atores subestatais, também eles flexíveis e adaptáveis do ponto de vista operacional. Neste contexto securitário, onde a dissuasão de cariz retaliatório deixou de poder ser materializável pela indefinição dos threateners, a mitigação dos riscos securitários deve ser orientada pela edificação de capacidades interministeriais geradoras de valor no âmbito da proteção dos ativos pertinentes ao Estado. Tendo em consideração o caráter extensivo dos riscos, o custo da capacidade será eventualmente a dimensão mais pertinente na definição do valor, pelo que a sua redução deverá ser uma prioridade. Abstract: Vanished the Soviet bloc and with it, the enemy of the Western States and the military threat that stemmed from it, the concept of security widens in its spectrum, covering other sectors than the military one such as politics, societal identity, environment and the economy. Consequence of this enlargement occurs also a deepening in the spectrum of sub-state threats, with close connections to organized crime. Given the change in the threats scopes and security risks, we consider that its mitigation should involve a paradigm shift, taking us away from an industrial framework, centered on the enemy, to a post-industrial one, where the nonexistence of threats generators requires a new centralization of capability planning, centered in the threats targets. Risk mitigation is thus obtained by means of coercive strategies of denial which will focus directly on the operations of the threats generators, namely in theirs cost/benefit calculus, decreasing the likelihood of attacks on State critical assets and interests. This capability must be erected having as principle the theoretical construction of complex systems, creating a network of agents (sensors and interceptors) interconnected via an info-structure capable of enhancing their interconnections, leading to emerging systemic level behavior. Such a system of systems, capable of diversity generation within the agents, increases the adaptability of the whole, a key feature to counteract the sub-state actors. In this context where deterrence of retaliatory nature is no longer effective, mitigation of security risks should be guided by building up inter-ministerial capabilities able to generate value in State security terms. Considering the extensive nature of the risks, the cost of building the capability will eventually be the most relevant dimension in the definition of value.
- Defesa europeia comum: possibilidades e probabilidade de implementaçãoPublication . Tschakert, Andreas FlorianA cooperação militar já existe há muito tempo na Europa e funciona. De algum modo. No entanto, e por oposição ao seu peso económico no mundo, a União Europeia ainda está longe (e para sua própria insatisfação) de apresentar uma capacidade de ação europeia, que se esconde por detrás da ideia original e do conceito sonante "Exército Europeu". A atual situação política mundial com os novos cenários de ameaça mesmo às portas da Europa alerta especialmente para a necessidade de refletir sobre as possibilidades de uma defesa europeia comum. Perante este cenário, são analisados os problemas atuais a caminho de uma defesa europeia comum, esboçados e avaliados quatro cenários futuros possíveis e nos quais estão alicerçadas as ações propostas no sentido da constituição de uma defesa europeia comum. A análise evidencia que: (1) considerando a situação especial da UE enquanto união de estados não é forçoso que uma defesa comum se assemelhe a uma defesa nacional, (2) existem inúmeros problemas cuja resolução a médio prazo é bastante improvável devido à falta de disponibilidade dos vários estados em abdicar da sua soberania em matéria de política de defesa, (3) nem todos os cenários possíveis da futura constelação da defesa europeia podem ser considerados razoáveis ou passíveis de serem implementados, (4) existem inúmeras medidas a implementar que poderiam aproximar a UE de uma defesa europeia comum, independentemente da sua constelação final, (5) para avançar, deveriam ser dados passos no sentido da harmonização das diversas Forças Armadas nacionais, representando, assim, um passo intermédio no sentido de um exército europeu "tipo ideal", bem como o estado final de uma defesa comum, caso não fosse possível alcançar um maior entendimento entre os parceiros europeus. O objetivo de uma defesa europeia comum não pode, apesar de todos os muitos outros problemas com as quais a UE se vê confrontada atualmente, ser perdido de vista. Abstract: Military cooperation has existed in Europe for a long time and it works. To some extent. However, and as opposed to its economic weight in the world, the European Union is far from presenting (to its great dissatisfaction) the capacity for European action, which hides behind the original idea and the fine-sounding concept of a "European army". The global political status quo, featuring new threat scenarios in Europe's own backyard, raises awareness particularly to the need to reflect on the likelihood of a common European defence. Against this background, the current problems arising on the way to a common European defence are analysed, four possible future scenarios are traced and assessed, on which the actions proposed for the development of a common European defence are founded. This analysis highlights the following: (1) Given the EU's special status as a union of States, a common defence does not have to necessarily resemble national defence; (2) The are several problems the resolution of which is unlikely to happen in the medium term due to the fact that several States are unwilling to waive their sovereign rights regarding defence policy; (3) Not all possible scenarios of the future constellation of European defence can be found reasonable or implementable; (4) There are a number of implementable measures that could bring the EU closer to a common European defence, irrespective of the final constellation; (5) To progress steps should be taken to standardise the different national Armed Forces, thus representing an intermediate step along the way of an "ideal type" of European army and the final state of a common defence, if a consensus cannot be reached between the European partners. In spite of many other problems that the EU currently faces, the goal of a common European defence must not disappear from sight.
- Desafios para a cooperação europeia no domínio da defesa: O caso de Portugal e EspanhaPublication . Sueiras, Bernardo; Saraiva, LuísOs Estados Membros da UE devem assumir a responsabilidade pela sua defesa e segurança, num novo quadro com menos presença dos EUA e novas ameaças. A perda de capacidades militares desde o início da crise é evidente, tornando-se necessária uma partilha que permita manter a eficiência e a economia de meios. Para materializar esta indispensável cooperação em defesa, é possível utilizar uma perspetiva regional, utilizando os mecanismos de cooperação incluídos no Tratado de Lisboa; a “Mutualização e Partilha” de capacidades (Pooling & Sharing) patrocinada pela Agencia Europeia de Defesa; ou os propostos pela OTAN, da Defesa Inteligente (Smart Defense) e Nação-quadro (Framework Nation). Outra opção consiste em utilizar uma perspetiva sub-regional, desenvolvendo aglomerados (clusters) bilaterais ou minilaterais, de geometria variável e com diverso grau de sucesso. Nesta conjuntura, Portugal e Espanha têm definido no Tratado de Baiona (2015) o mais ambicioso quadro legal da sua história para uma necessária cooperação bilateral em defesa. Uma iniciativa que pode e deve servir de primeiro passo na integração da defesa comum europeia. O presente trabalho desenha uma estratégia de cooperação bilateral, materializada num modelo de cooperação construído sobre o Tratado de Baiona, que resulta de analisar os fins, os meios e os modos de cooperação na Europa nos níveis regional (OTAN e UE) e sub-regional (bilaterais e minilaterais). Abstract: The Member States of the UE need to assume the responsibility of their defense and security, in the framework of a reduced presence of the USA and increased threats. The loss of military capabilities since the beginning of the crises appears to be evident, making necessary the establishment of a sharing procedure that ensures efficiency and economy of means. In order to achieve the essential defense cooperation, there is the possibility to apply a regional approach, by using the cooperation mechanisms defined at the Lisbon Treaty; the Pooling & Sharing concept promoted by the European Defense Agency; or the NATO’s Smart Defense and Framework Nation concepts. Another available option consists on the use of sub-regional initiatives, developing bilateral or minilateral clusters on the basis of variable geometry, with different level of success. Within this situation, Portugal and Spain have defined in the Treaty of Baiona (2015) the most ambitious legal framework ever in their common history, for an enhanced bilateral defense cooperation. This initiative may and must serve as first step in the integration of a European common defense. The present work designs a strategy for bilateral cooperation, materialized in a cooperation model build upon the Treaty of Baiona, as a result of the analysis of the ends, ways and means of the European cooperation at both regional (NATO & EU) and sub-regional (bilateral & minilateral) levels.
- O espaço e as pequenas potênciasPublication . Marado, BrunoNeste trabalho de investigação procurou-se determinar quais as motivações que levam as pequenas potências a investir no espaço, de que forma e em que medida o têm feito e quais os contributos do poder espacial para a consecução dos desideratos nacionais. A investigação foi delimitada ao estudo de oito pequenas potências asiáticas e europeias: Coreia do Norte, Malásia, Tailândia, Vietname, Bélgica, Dinamarca, Irlanda e Portugal, tendo a observação da amostra contemplado quatro dimensões: investimento, capacidades espaciais, motivações e contributos para a consecução dos desideratos nacionais. Depois de analisados vários indicadores, concluiu-se que as pequenas potências asiáticas em análise conseguem, com investimentos governamentais inferiores (metade das europeias), uma maior presença no espaço tendo colocado até ao presente 20 satélites próprios, contra apenas sete dos europeus (apesar destes garantirem acesso a mais produtos e de melhor qualidade por via cooperativa). Adicionalmente, enquanto na Europa se assiste a um ténue aumento do investimento no espaço (8% entre 2009-2012), na Ásia assiste-se a uma “corrida espacial” com um aumento acentuado (105% no mesmo período). Quanto às motivações, concluiu-se que as pequenas potências asiáticas são movidas principalmente por motivos políticos, enquanto as europeias são movidas por motivos económicos. Apesar das diferentes abordagens, todas estas pequenas potências retiram do espaço contributos para a consecução dos desideratos nacionais. Foi por fim possível responder à questão “Num contexto de crescente presença no espaço das pequenas potências asiáticas e europeias, quais as motivações, caminhos percorridos e quais os contributos do poder espacial para a consecução dos desideratos nacionais, nas vertentes política, económica e de segurança?”, afirmando-se que “Embora as pequenas potências asiáticas e europeias desenvolvam o seu poder espacial a fim de retirar contributos para a consecução dos desideratos nacionais, nas vertentes política, económica e de segurança - as asiáticas conseguem com investimentos governamentais inferiores obter mais capacidades autónomas e uma afirmação pela presença no espaço superior, pelo fato de as europeias optarem pela via cooperativa de forma assimétrica e colocarem a tónica na vertente económica, especializando-se em subsistemas, ficando com capacidades autónomas residuais, apesar de garantirem acesso a mais produtos espaciais e de melhor qualidade numa ótica de utilizador. Esta distinção deve-se principalmente às motivações, maioritariamente políticas na Ásia, enquanto na Europa são económicas”. Abstract: This research work aimed to determine the motivations that lead small powers to invest in space, how and in which extend they are doing it, as well as which is the contribute to the achievement of national desideratum. Eight asian and european small powers were chosen as observation field: North Korea, Malaysia, Thailand, Vietnam, Belgium, Denmark, Ireland and Portugal. The analysis was conducted considering four dimensions of the space power: investment, capabilities, motivations and contribution to the achievement of national desideratum. After analyzing several indicators, it was observed that asian small powers with smaller investments in space sector (half than the europeans), were able to launch 20 satellites up to today, facing only seven from the europeans. Additionally, while in Europe we assist to a small increase on the space budgets (8% increase from 2009 to 2012), in Asia we assist to a “space race” with a marked increase (105% on the same period). Regarding their motivations, the small asian powers are driven mainly by political reasons, while their european counterparts are driven mainly by economic reasons. Although they follow different approaches, all this small powers take advantage from space to the achievement of their national desideratum. Finally, it was possible to answer the central question “In a context of increasing space presence of asian and european small powers, which motivations, ways and how does space power contributes to the achievement of their national desideratum, in the political, economic and security fields?”, referring that “Although both asians and europeans develop their space power aiming to get contributions to the achievement of their national desideratum – in the politic, economic and security fields – asians are able to get more autonomous capabilities with smaller government investment, and a higher affirmation due to their wider space presence. This is because the europeans choose an asymmetric cooperative way, emphasizing the economic aspect, specializing themselves in subsystems, remaining only residual autonomous capabilities, although ensuring access to more space products, and with higher quality. This differences arise because the motivations in Asia are mainly political, while in Europe are economic.
- Uma estratégia digital para as Forças Armadas PortuguesasPublication . Alves, Ernesto António de Jesus; Costa, Pedro Miguel da Silva; Rei, Filipe da RochaA evolução tecnológica constitui-se como um catalisador de novas ameaças, oportunidades e desafios para a Segurança e Defesa, num ambiente multidomínio, tornando-o mais contestado e imprevisível. Paralelamente, as tecnologias disruptivas conexas à eficácia e eficiência, fazem da Transição Digital uma prioridade para a relevância das organizações na era digital. A presente investigação visa desenvolver contributos para a formulação de uma estratégia digital para as Forças Armadas portuguesas que responda aos desafios deste novo ambiente estratégico. Para tal, a investigação centrou-se num raciocínio indutivo, seguindo uma estratégia qualitativa e uma pesquisa interpretativa, assente na análise documental e em dados recolhidos de questionários e entrevistas nas Forças Armadas. Os resultados obtidos permitiram concluir, que o produto operacional deve assentar em capacidades geradas, assentes na arquitetura, nos dados e na interação homem-máquina. Paralelamente, é essencial uma mudança de cultura assente no digital, a par da otimização de processos, permitindo melhorar o produto operacional, através de uma abordagem digital para que o processo de decisão seja mais rápido, ágil e mais bem informado num ambiente multidomínio. Resultante da análise ao ambiente estratégico foram deduzidos objetivos estratégicos e linhas de ação estratégicas, como medidas essenciais na formulação de uma estratégia digital nas Forças Armadas portuguesas.
- A Estrutura de Comando de Nível Operacional nacional e o PPOPublication . Faria, RibeiroA atual doutrina militar conjunta nacional prevê estruturas de comando operacional e um processo de planeamento que seguem os princípios aplicados na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que, por sua vez, prevê, para além do nível político, três níveis das operações: Estratégico, Operacional e Tático. A doutrina nacional implementa de igual forma estes três níveis, prevendo interações entre eles durante o processo de planeamento. Contudo, a reduzida dimensão que apresentam os fatores dimensão, espaço e tempo nas operações normalmente conduzidas por forças conjuntas portuguesas, suscitam dúvidas quanto à adequabilidade de uma organização e de um processo de planeamento desenvolvidos para operações cuja envergadura é muito díspar da nacional. Assim, a presente investigação visou verificar se a estrutura de comando de nível operacional nacional, nomeadamente no que respeita às suas relações de comando e processo de planeamento com os níveis estratégico e tático, está adequada à natureza das forças conjuntas nacionais e às missões previstas para as mesmas. O percurso metodológico iniciou-se com a revisão da literatura sobre o tema, através da consulta de obras sobre o nível operacional e de publicações doutrinárias OTAN, permitindo uma visão abrangente e completa da problemática dos níveis da guerra e dos processos de planeamento na Aliança. Após a recolha da informação e da sua análise inicial passou-se à construção de um modelo de análise, baseado na doutrina de referência (OTAN), tendo sido identificadas as dimensões e respetivos indicadores a analisar de forma a atingir os objetivos da investigação. Tal permitiu iniciar a observação da realidade nacional, inicialmente através da análise dos documentos doutrinários e legais e, posteriormente, através de entrevistas a militares que desempenham ou desempenharam funções em estruturas de comando nacionais ou internacionais (OTAN), para analisar a implementação prática dos modelos teóricos identificados na primeira parte da investigação, a fim de se confirmar a hipótese de trabalho formulada. As conclusões da investigação apontam para uma inadequação da estrutura de comando de nível operacional à natureza das forças conjuntas nacionais e às missões previstas para as mesmas, porquanto apresenta uma definição dúbia no que respeita à entidade responsável por essa estrutura, depende de processos de delegação de autoridade pouco claros e ambíguos, tem uma organização permanente deficiente em termos de áreas de Estado-Maior (EM), um efetivo reduzido que não lhe permite uma reposta adequada e rápida e possui um órgão de execução que apoia simultaneamente o nível estratégico-militar. Abstract: The current national joint doctrine stipulates operational command structures and a planning process based on the principles applied by the North Atlantic Treaty Organization (NATO). Besides the political level, NATO stipulates three levels for the conduct of military operations: Strategic, Operational and Tactical. The national doctrine implements these same three levels, stipulating continuous interaction between them during the planning process. Nevertheless, the reduced scale of the forces, space and time factors of the operations conducted by the Portuguese joint forces raises some questions concerning the suitability of an organization and planning process originally developed for operations in a much bigger scale. This investigation tries to verify if the national operational level command structure, in terms of its command relationship and planning process interaction with the strategic and tactical levels, suits the nature of the national joint forces and their assigned missions. The investigation started with the revision of publications on the subject of the levels of war, particularly the operational level, and NATO doctrinal publications, which contributed to an overarching vision on the levels of war and the Alliance planning processes. This revision resulted in the construction of a conceptual analysis model, based on our doctrine of reference (NATO), with the dimensions and indicators to focus the analysis in order to attain the objective of this investigation. This analysis model allowed the observation of the national reality, initially through the study of legal and doctrinal documents and, in a subsequent phase, through interviews of selected officers who serve or have served in national or NATO command structures, to analyze the positive implementation of the theoretical models identified on the previous phase of the investigation, in order to confirm the formulated work hypothesis. The investigation concludes that the current operational level command structure is unsuitable for the nature of the national joint forces and their missions, because there is a dubious definition of the entity responsible for the operational level, it depends on unclear and ambiguous authority delegation processes, it presents a deficient permanent organization in terms of staff areas, a reduced manning which prevents an adequate rapid response and possesses an execution structure which simultaneously supports the strategic –military level.
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