EM - IUEM - Psicologia Clínica e da Saúde
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- Assédio sexual em estudantes do ensino superior : prevalência, caracterização e impacto psicossocialPublication . Ramos, Margarida da Mota Cardoso; Cardoso, Jorge; Reis, Marta SofiaNa União Europeia, desde os 15 anos de idade, uma em cada duas mulheres experienciou assédio sexual, pelo menos uma vez ao longo da sua vida. Este fenómeno complexo, ainda que globalmente reconhecido, apresenta muitas lacunas relativamente às suas dinâmicas e diversidade de impactos, particularmente na realidade portuguesa. O presente estudo visa promover uma melhor compreensão do assédio sexual no contexto do Ensino Superior em Portugal, bem como de alguns dos fatores psicossociais que lhe estão associados, designadamente: distress, pensamentos negativos intrusivos, investimento académico e resiliência. Recorreu-se a uma amostra de 541 estudantes do Ensino Superior público e privado (M = 22,57; DP = 4,71), tendo-se utilizado os seguintes instrumentos de autorrelato: Questionário de Experiências Sexuais, Escala de Atitudes face ao Assédio Sexual, Escala de Distress, Escala de Pensamentos Negativos Intrusivos, Questionário de Investimento Académico e Escala de Resiliência. Verificaram-se correlações positivas entre as experiências sexuais não desejadas e o distress, os pensamentos negativos intrusivos e o investimento académico. Foi encontrada uma prevalência de 14,4% referente a experiências de assédio sexual, sendo 89,3% das vítimas mulheres, tendo como principal agente de perpretação colegas do sexo masculino, e destacando-se as festas no recinto da instituição e as salas de aula/laboratórios como os contextos onde mais frequentemente ocorreram estes comportamentos indesejados. Os resultados encontrados alertam para a necessidade de desenvolver políticas eficazes de prevenção do assédio sexual no contexto do Ensino Superior, bem como de implementar programas de intervenção psicológica orientados para as vítimas deste fenómeno.
- Complex realities : the impact of parental psychopathological disorders on the child-parent attachment through two case studiesPublication . Charot, Marie; Gouveia, Patrícia; Reis, Marta SofiaThis dissertation addresses the complex issue of attachment in parents with psychopathology, through the analysis of two different case studies. Its main objective is to explore the impact of psychopathological disorders on the quality of parent-child attachment. A literature review was carried out focusing on the effects of a specific psychopathological disorder on the parent-child bond, highlighting the observable manifestations of the bond and the possible disturbances resulting from the psychopathological condition. The results of this analysis provided an in-depth insight into how these parents manage to establish and maintain emotional bonds with their children, despite the challenges inherent in their mental health condition. The two case studies provide a more nuanced understanding of this complex relationship and were analyzed using the systemic model. The conclusions drawn from this research contribute to a better understanding of family dynamics, guidelines for early intervention or the development of policies and support programs, useful for mental health professionals, social workers and researchers working in the field of parenting and psychopathology.
- Comunicação com doentes crónicos e familiares : perceção da satisfação e empatiaPublication . Pinto, Inês da Silva; Castro, Elisa Kern deA satisfação com a comunicação na saúde reflete a qualidade dos atendimentos prestados, contribui para uma adequada utilização dos serviços, para a adesão ao tratamento de doentes e para o aumento do bem-estar do paciente e da sua família. A comunicação requer treino para que o profissional de saúde possa agir de forma que atenda as necessidades do utente, de forma ética e correta. O presente estudo teve como objetivo avaliar a satisfação com a comunicação na saúde, a partir da perspetiva de doentes crónicos e familiares, e a sua relação com a perceção de empatia demonstrada pelos profissionais de saúde. A amostra foi constituída por 69 participantes, 33 doentes crónicos e 36 familiares de doentes crónicos com idade igual ou superior a 18 anos, que cumpriram os critérios de inclusão previamente definidos. Os dados foram recolhidos através de um questionário sociodemográfico e questões acerca da doença crónica, o Questionário de Avaliação da Satisfação do Utente na Comunicação com Profissionais de Saúde e a “Scale of Patient Perceptions of Physician Empathy – Versão Portuguesa”. Os resultados mostraram que não houve diferenças significativas entre os pacientes e familiares em relação à satisfação com a comunicação (U = 1172,000, p = 0,285) e a empatia, (U = 1082,500, p = 0,768). Além disso, a empatia mostrou-se significativamente correlacionada com a satisfação da comunicação (Comunicação Verbal: r = 0,639, p = 0,001; Comunicação não verbal: r = 0,547, p = 0,001; Empatia: r = 0,645, p = 0,001; Respeito: r = 0,555, p = 0,001; Resolução de Problemas: r = 0,407, p = 0,019; Material de apoio: r = 0,536, p = 0,001). Conclui-se que pacientes e familiares têm perceções semelhantes sobre a comunicação e a empatia dos profissionais de saúde, e essas duas variáveis (satisfação com a comunicação e suas dimensões e empatia), o que pode indicar que existe uma evolução nas habilidades aprendidas pelos profissionais de saúde.
- Crescimento pós-traumático em familiares de doentes oncológicosPublication . Ladeira, Joana Filipa Martins; Ramos, Ana CatarinaObjetivo: Os familiares que cuidam de doentes oncológicos são também expostos a esta experiência desafiante e potencialmente traumática. Podem apresentar elevados níveis de desgaste associados ao impacto da doença e às múltiplas responsabilidades acrescidas. Contudo, tem-se vindo a reconhecer que mudanças positivas podem emergir de circunstâncias de vida altamente desafiantes. Assim, a presente investigação tem como objetivo avaliar a relação entre crescimento pós-traumático (CPT), desgaste do cuidador, resiliência, coping e sentido da vida em cuidadores familiares de doentes oncológicos. Método: A amostra, resultante de uma amostragem não probabilística por conveniência, foi constituída por 110 familiares (M = 40,26; DP = 13,68) que assumiram o papel de cuidador principal de pessoas com diagnóstico de cancro. Através da plataforma Qualtrics, os participantes responderam ao protocolo de investigação. Resultados: Verificou-se uma correlação positiva e significativa entre o CPT e a resiliência (rs = 0,311; p ≤ 0,001) e entre o CPT e o sentido da vida (rs = 0,468; p ≤ 0,001). O modelo composto pelo CPT como variável dependente revelou-se significativo (F (3,106) = 14,23; p ≤ 0,001). O sentido da vida (β = 0,36; t = 3,99; p ≤ 0,001) foi a variável com um maior valor explicativo no CPT, seguindo-se do desgaste do cuidador (β = 0,22; t = 2,61; p = 0,010) e da resiliência (β = 0,18; t = 2,03; p = 0,044). Conclusão: Este estudo evidencia que o sentido de vida, o desgaste do cuidador e a resiliência são componentes essenciais no processo de CPT.
- Dor crónica : crescimento pós-traumático e a sua relação com vergonha, coping e resiliênciaPublication . Ponte, Ana Catarina Pereira Codinha da; Ramos, Ana Catarina; Ferreira-Valente, AlexandraA dor crónica é uma das principais causas de incapacidade e afeta cerca de 37% da população adulta em Portugal. Trata-se de uma experiência complexa, multidimensional, idiossincrática e subjetiva, influenciada por um elevado número de fatores. Existem evidências de que o Crescimento Pós-Traumático (CPT) possa ser desenvolvido no seguimento da experiência de dor crónica, apesar do número insuficiente de estudos. Este estudo visa caraterizar a experiência de dor crónica nesta população, assim como avaliar a aplicabilidade do modelo de CPT em pessoas com dor crónica. Uma amostra não probabilística de 171 adultos portugueses com dor crónica (idade: M=49,07; DP=10,66) respondeu a um questionário online. Os resultados sugerem que o modelo de CPT pode ser aplicado a pessoas com dor crónica, sendo a disrupção das crenças centrais a variável com maior efeito no desenvolvimento de CPT. Para além disso, concluiu-se que pessoas desempregadas e reformadas, e com níveis de escolaridade mais baixos, por comparação a pessoas empregadas e com o ensino superior, apresentam maior severidade de dor. Os resultados do nosso estudo reforçam a necessidade de contemplar o CPT não só em estudos futuros, como também na intervenção individual ou em grupo em pessoas com dor crónica.
- Estudantes universitários com doença crónica : autorregulação emocional, autocuidado e qualidade de vidaPublication . Marques, Mariana e Silva; Castro, Elisa Kern deA transição para o ensino superior acarreta maiores responsabilidades e autonomia, gestão do tempo, alterações nos hábitos e estilos de vida, entre outros. Estas mudanças poderão tornar-se mais complexas quando associados à experiência de uma doença crónica não transmissível – DCNT. O autocuidado e a autorregulação eficazes atuam na prevenção e melhoria dos efeitos da doença e, consequentemente, num melhor bem-estar e qualidade de vida. O objetivo do estudo foi analisar a relação entre a autorregulação, o autocuidado e a qualidade de vida de estudantes universitários com DCNT´s, bem examinar o possível papel preditor da autorregulação emocional e do autocuidado para a qualidade de vida desses jovens. A amostra é constituída por 121 participantes com idades entre os 18 e os 77 anos, 39.7% homens e 60.3% mulheres. A amostra foi recolhida através de um questionário online, que incluiu: questionário sociodemográfico e clínico; a Difficulties in Emotion Regulation Scale – Short Form; o Self-Care of Chronic Illness Inventory v4.c; e o World Health Organization Quality of Life – bref. Os resultados obtidos sugerem uma associação significativa entre a autorregulação emocional, o autocuidado e a qualidade de vida. Os homens apresentaram níveis mais elevados de regulação emocional, a nível de impulsos e consciência. A autorregulação emocional e o autocuidado foram variáveis preditoras da qualidade de vida (física, psicológica, social e ambiental). Conclui-se que uma autorregulação emocional e um autocuidado pouco eficazes resultam numa pior qualidade de vida em jovens universitários com DCNT´s.
- Fatores psicológicos dos prestadores de cuidados formais na avaliação da dor em pessoas com demência, utilizando o PainChek®Publication . Dias, Beatriz de Oliveira Fernandes Domingues; Ramos, Ana Catarina Ramos; Andrade, Teresa MalveiroIntrodução: À medida que a demência progride, a capacidade de comunicação verbal sobre a dor tende a diminuir, conduzindo a pessoa a recorrer a sinais não-verbais, como vocalizações, expressões faciais e gestos corporais, para comunicar o desconforto. Assim, a avaliação da dor em pessoas com demência torna-se complexa devido a estas dificuldades de comunicação, o que pode aumentar a sobrecarga emocional e profissional nos prestadores de cuidados formais. O principal objetivo deste estudo é avaliar o impacto dos fatores psicológicos nos prestadores de cuidados formais na avaliação da dor em pessoas com demência, com foco no Burnout, no Stress Percebido, na Satisfação e Fadiga por Compaixão, na Empatia Afetiva e Cognitiva, e na Inteligência Emocional. Método: A amostra incluiu 95 prestadores de cuidados formais (M = 37,88; DP = 10,5), que trabalham com pessoas idosas com demência. Os participantes preencheram um questionário online. Resultados: Os resultados demonstraram que a exaustão emocional e a despersonalização estão associadas a níveis mais baixos de inteligência emocional, afetando negativamente a empatia. A exaustão emocional e o aumento do stress percebido, prejudica a qualidade dos cuidados prestados. Conclusão: Este estudo sublinha a importância de formação contínua, focada no desenvolvimento da inteligência emocional para que desenvolvam as suas capacidades empáticas, promovendo o bem-estar e a diminuição do impacto psicológico na gestão da avaliação da dor em pessoas com demência.
- A importância do exercício físico na saúde mental nos estudantes do ensino superiorPublication . Luís, Carlos Daniel Barroso Miranda; Reis, Marta SofiaA relação positiva entre a saúde física e a saúde mental é cada vez mais reconhecida. Estudos comprovam que a prática regular de exercício físico é eficaz na redução de sintomas relacionados com a ansiedade e a depressão, no entanto existem muitas lacunas relativamente esta temática na realidade portuguesa no contexto do ensino superior. O presente estudo tem como objetivo proporcionar um melhor conhecimento sobre a influência do exercício físico na saúde mental, no contexto do ensino superior em Portugal, analisando a sua associação com fatores como a resiliência, depressão, ansiedade e stress. A amostra é constituída por 505 estudantes do ensino superior público e privado, e utilizaram-se os seguintes instrumentos: Escala de Resiliência e escala de Ansiedade de Depressão e Stress. Observou-se uma associação positiva entre a prática de exercício físico e a resiliência, e associações negativas entre a prática de exercício com a ansiedade, depressão e stress. Verificou-se que 59,8% dos estudantes do ensino superior praticavam exercício físico e 40,2% não praticam, sendo os motivos predominantes para não praticar a falta de tempo, falta de motivação e não gostarem da prática. Os resultados encontrados alertam para a necessidade da criação de campanhas que promovam a prática de exercício físico no contexto do ensino superior, juntamente a programas de intervenção psicológica orientados para esta prática.
- Integrated literature review on the relationship between cognitive bias and depression and anxiety in adultsPublication . Poincheval, Paul; Gouveia, Patrícia; Reis, Marta SofiaCognitive psychology deals with mental processes and their impact on the knowledge and behaviour of individuals. Scientific research is the privileged instrument for observing and evaluating these processes. The main objective of this study is to present the state of the art of recent research on the relationship between cognitive biases and anxiety and depressive disorders. Twenty-four studies published between 2020 and 2024 were analysed in order to determine which psychological intervention, based on modifying cognitive biases, is most effective for an adult population suffering from depressive or anxiety symptoms. The results point to the existence of unknown factors, either in the interaction between cognitive biases or simply in the assessment of certain biases that are difficult to measure. Imagery-based group CBT proved to be as effective as individual verbal CBT in modifying the biases analysed. Image-based group CBT had a huge advantage in requiring less therapist time to achieve a result similar to verbal CBT. The intervention of CBM via the Internet still presents many uncertainties and contradictions in the literature. In conclusion, there is a need for further research into the role of cognitive biases in depressive and anxiety symptoms, as well as into the effectiveness of existing psychotherapies, as there are still grey areas in these areas. Moreover, CBT is also an effective therapy which would benefit from continuing to develop new forms or being combined with another approach.
- O papel da saúde, satisfação e prazer sexual na saúde psicológica dos estudantes do ensino superiorPublication . Mateus, Filipa de Matos Ribeiro; Reis, Marta SofiaA saúde sexual constitui-se como parte integrante do bem-estar geral e psicológico dos indivíduos. A satisfação e o prazer sexual, em particular, têm sido associados a diversos indicadores de saúde psicológica, nomeadamente à ansiedade, depressão e stress. O presente estudo versa-se na investigação na relação dessas variáveis nos estudantes do ensino superior, uma vez que se configura como um grupo frequentemente exposto a diversos desafios. O objetivo deste estudo visa a compreensão da saúde sexual, a satisfação e o prazer sexual com a saúde psicológica de estudantes do ensino superior. Especificamente, procura-se avaliar de que forma essas variáveis impactam os sintomas de ansiedade, depressão e stress. A amostra constitui um total de 254 estudantes do ensino superior público e privado, tendo sido utilizados os seguintes instrumentos: Questionário sobre Saúde Sexual e Comportamentos Sexuais, Escala de Prazer Sexual, Escala de Sensações Sexuais, Nova Escala de Satisfação Sexual, Escala de Ansiedade, Depressão e Stress. Os resultados demonstraram uma correlação significativa entre níveis mais elevados de satisfação e prazer sexual com uma menor prevalência de sintomas de ansiedade, depressão e stress. Também foram encontradas diferenças significativas entre grupos de idade e sexo no que diz respeito à saúde sexual e psicológica. Os resultados encontrados evidenciam a importância de abordar a saúde sexual e a satisfação sexual no contexto da saúde psicológica dos estudantes do ensino superior, através de intervenções direcionadas para esse âmbito.