ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
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Browsing ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social by Subject "Acolhimento Residencial"
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- Construir Pontes para a AutonomiaPublication . Oliveira, Inês; Oliveira, Madalena; Machado, IdalinaA autonomização de jovens em Acolhimento Residencial é uma questão de crescente relevância social, dada a sua importância na transição para a vida adulta. Considerando a especificidade das suas trajetórias, é fundamental adotar estratégias eficazes, adaptadas às necessidades singulares dos jovens acolhidos e garantir um acompanhamento contínuo que permita a sua integração plena na sociedade, reduzindo os riscos de exclusão social. O presente estudo teve como objetivos a compreensão das perceções dos profissionais sobre as estratégias de autonomia, bem como a identificação das práticas institucionais que contribuem para o desenvolvimento de competências de vida e a análise do papel dos Planos de Atividades para a preparação para a autonomização. Metodologicamente, privilegiou-se uma abordagem mista, baseada na aplicação de um inquérito por questionário, com questões abertas e outras fechadas, destinadas a profissionais de Casas de Acolhimento em Portugal Continental e Regiões Autónomas. Complementarmente, procedeu-se à análise documental de 7 Planos de Atividades de Casas de Acolhimento, com o intuito de obter uma visão abrangente das práticas adotadas nas Casas de Acolhimento Residencial para Crianças e Jovens. Os resultados evidenciaram que a promoção de autonomia assenta, sobretudo, na aquisição de competências de vida diária, na gestão financeira e na integração social. No entanto, foram identificadas fragilidades na articulação entre as equipas técnicas e famílias, bem como dificuldades no acesso a recursos habitacionais e na empregabilidade após a saída do acolhimento. Apesar dos esforços das equipas das Casas de Acolhimento na promoção da autonomia, persiste a necessidade de reforçar medidas de acompanhamento pós-acolhimento, assegurando um suporte contínuo que facilite a sua transição para a vida independente.
- A importância da preparação de um processo de autonomia para o sucesso pós institucionalPublication . Moreira, Patrícia; Reis, JoséA presente investigação estudo tem como objetivo principal por objetivo central analisar as perceções dos jovens que experienciam o acolhimento residencial acerca do seu processo de autonomia, bem como da forma como vivenciam a sua preparação. Pretende-se analisar de que forma os técnicos das instituições preparam a saída dos jovens durante o processo de acolhimento residencial, bem como as suas perceções sobre a sua importância para o sucesso da saída. No sentido de compreender estas questões foi realizado um estudo com 4 jovens da “casa da eira”, através de entrevista realizada para o efeito. Foi utilizado neste estudo o método de analise qualitativa, pois a técnica aplicada foi a entrevista semiestruturada. É importante analisar as perceções que os jovens têm sobre a medida de acolhimento, ou seja, sobre os valores, as políticas da organização, sobre as rotinas da instituição, nas atividades, relações sociais e, de forma particular sobre o seu processo de autonomia e formação profissional. Os objetivos gerais do estudo centraram-se nas experiências e vivencias dos jovens ao longo do processo de institucionalização, principalmente a preparação do seu processo de autonomia A investigação realizada permitiu concluir que ainda é necessário trabalhar alguns aspetos das competências de autonomia nos jovens, como a gestão de dinheiro e a utilização de serviços. Deve também ainda estar presente na sua política organizativa e nas práticas profissionais, o trabalho com as famílias biológicas e o acompanhamento dos jovens pósinstitucionalização.
- Práticas profissionais que potenciam a reunificação familiarPublication . Laranjeira, Letícia; Almeida, Maria SidalinaO presente estudo tem como objetivo principal conhecer práticas profissionais que potenciam a reunificação familiar de crianças/jovens que passaram pela medida de colocação residencial. Este tema é tanto mais importante para nós porque existe urgência em promover projetos de vida que perspetivem a reunificação familiar que façam diminuir o número consideravelmente expressivo de crianças e jovens atualmente com medida de colocação residencial. O trabalho dos profissionais que integram as equipas técnicas das entidades do sistema de promoção e proteção com as crianças/jovens acolhidos e com as suas famílias é determinante para a reconstrução do sistema familiar no sentido da reunificação. Partindo de uma abordagem qualitativa e utilizando como técnicas de recolha de dados o focus group com a participação de três técnicas de uma casa de acolhimento e a entrevista semiestruturada a um técnico de um CAFAP da região Norte de Portugal, foi possível conhecer as perspetivas e significados atribuídos às práticas profissionais relativas ao processo de reunificação familiar. A informação recolhida foi objeto de análise de conteúdo temática e os resultados obtidos permitiram conhecer o protocolo de intervenção proposto pelos profissionais, as suas perceções sobre as práticas profissionais que potenciam a reunificação familiar e os constrangimentos por eles sentidos no seu quotidiano de trabalho que dificultam a efetivação de uma intervenção para a concretização desta medida de promoção e proteção. Revelou-se a importância de intervir de forma contínua e longa com a criança/jovem e a família de forma personalizada, para identificar adequadamente as necessidades que se manifestam e o trajeto a percorrer para gerar mudança, possibilitando a reconstrução da estrutura familiar.
- Promover (Re)Encontros com SentidoPublication . Pinto, Carla Sofia Silva; Marques, ElsaO presente relatório resulta de uma experiência de estágio realizado numa Casa de Acolhimento do distrito do Porto que acolhe 11 crianças em situação de risco ou perigo, com idades compreendidas entre os 0 e os 10 anos. Procura-se neste trabalho refletir acerca de uma intervenção que foi realizada, entre o mês de novembro e março de 2018, junto de um grupo de seis das crianças acolhidas e respetivas famílias. Tendo em conta as fragilidades diagnosticadas no momento das visitas das famílias às crianças, procurou-se implementar um plano de ação cujo principal objetivo era contribuir para que a interação entre as crianças e seus familiares constituísse um momento de qualidade, quer em termos educativos, quer no que respeita ao aprofundamento dos laços entre ambos. O planeamento da intervenção realizada passou por procurar responder às seguintes questões: Como transformar o período das visitas num momento rico em aprendizagens e interações gratificantes entre pais e filhos? Como tornar as visitas dos pais aos seus filhos institucionalizados, momentos de expressão de afetos positivos e, consequentemente, de reforço dos seus laços de vinculação? Como contribuir para que esses mesmos progenitores desenvolvam o sentimento de que são capazes de auxiliar os filhos a adquirir aprendizagens importantes para o seu desenvolvimento? Ainda que o acolhimento residencial seja uma resposta que se pode prolongar no tempo, consideramos que a permanência nesse regime não constitui o projeto de vida mais adequado para uma criança. Com efeito, não basta procurar resolver os problemas que surgem no imediato, mas projetar as crianças no futuro, o qual, para muitas delas, passará pela reintegração familiar. O trabalho realizado permitiu-nos concluir que o investimento nos momentos de visita dos familiares às crianças é uma dimensão a priorizar na intervenção em contexto de acolhimento. Apesar do trabalho desenvolvido na Casa de Acolhimento onde estagiámos ter proporcionado oportunidades de aprendizagem para todos os atores envolvidos (famílias, técnicos e crianças), assim como a troca de afetos positivos entre familiares e crianças, durante o período de visita, consideramos que existe, ainda, um longo caminho a percorrer no que respeita ao investimento que deve ser feito entre a referida Casa de Acolhimento e as famílias biológicas. Sabendo que as competências parentais são indissociáveis das oportunidades sociais que os progenitores têm acesso, não se pode esperar que as suas competências educativas sejam distintas das que conduziram à retirada das crianças sem que exista um investimento profundo na mudança das suas condições de vida e nos estímulos a que estão submetidos.