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- Desvendando a halitose : etiologia, prevenção e tratamentoPublication . Langin, Louise Sara Benoîte; Rozan, Cecília; Bessa, LucindaA halitose define-se como um odor desagradável proveniente da cavidade oral e que é percecionado pelos outros quando a pessoa fala ou respira. Popularmente, a halitose é conhecida como mau odor oral ou mau hálito. O objetivo deste estudo é fornecer uma visão geral e atualizada sobre a halitose, com ênfase particular na halitose patológica intraoral. A redefinição da etiologia e dos mecanismos fundamentais desta condição permitirá facilitar o seu diagnóstico, contribuindo para uma abordagem clínica mais eficaz e adequada dos pacientes. O hálito desagradável é uma condição indesejável, sendo uma queixa comum que afeta ambos os sexos e abrange todas as faixas etárias. A prevalência da halitose a nível mundial varia de 22% a 50% na população adulta. Atualmente, a halitose é considerada uma preocupação generalizada na população adulta e constitui o terceiro motivo mais frequente de consulta dentária logo a seguir à cárie e à doença periodontal. A halitose tem uma etiologia multifatorial e pode ter uma origem intraoral e extraoral. A halitose intraoral representa uma proporção relativamente grande dos casos de halitose e engloba as situações em que a halitose é causada ou exacerbada por doenças ou condições patológicas relacionadas com os tecidos orais. Vários microrganismos têm um papel reconhecido na etiologia da halitose, nomeadamente bactérias anaeróbias produtoras de gás e bactérias envolvidas na libertação de compostos proteicos contendo sulfureto. Muitos profissionais de saúde, incluindo médicos e médicos dentistas, e biológicos carecem de entendimento adequado sobre a origem e a bioquímica dessa condição. A compreensão por parte dos profissionais de saúde, sobretudo médicos e médicos dentistas, dos fatores que estão na origem e que contribuem para a halitose é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento adequadas.
- Curvas de aprendizagem de impressões intraorais digitaisPublication . Cruz, Filipe Cacela e; Vieira, Ana Maria; Nobre, ManuelObjetivos: Investigar a curva de aprendizagem associada à utilização de um scanner intraoral (IOS) e analisar a relação entre esta curva e as competências digitais do utilizador. Materiais e Métodos: Após a obtenção da aprovação da Comissão de Ética da Egas Moniz, foi realizada uma investigação com uma amostra de 10 estudantes de Medicina Dentária sem experiência prévia na utilização de scanners intraorais. Cada participante realizou uma leitura semanal, durante cinco semanas, utilizando o scanner intraoral 3Shape TRIOS 5 num modelo in vivo. Foram registados o tempo de leitura e o número de imagens obtidas em cada sessão. Adicionalmente, cada participante completou um questionário sobre competências digitais e aceitação da tecnologia. As leituras realizadas foram alinhadas em relação a uma leitura de referência, efetuada por um utilizador experiente. As curvas de aprendizagem foram analisadas estatisticamente em relação às variáveis de tempo de leitura (TMP), número de imagens (IMG) e desvio quadrático médio (RMS), que quantifica a distorção nas leituras. Foi também avaliada a associação entre as curvas de aprendizagem e as competências digitais. Resultados: Observou-se uma curva de aprendizagem mais acentuada na análise do tempo de leitura, especialmente na mandíbula (r²=0,904; p=0,018 < 0,05), embora não tenham sido registadas melhorias significativas na qualidade das leituras. As competências digitais aumentaram ao longo do estudo, sugerindo uma potencial correlação com o desempenho na utilização do IOS. Contudo, a relação entre as competências digitais e o desempenho na utilização do IOS não foi confirmada, em virtude do reduzido tamanho da amostra. Conclusão: O scanner intraoral foi bem aceite pelos participantes, apresentando potencial para aplicação clínica. No entanto, são necessários estudos adicionais com amostras mais amplas e protocolos padronizados para validar as conclusões deste estudo.
- Libertação de microplásticos por alinhadores ortodônticos transparentesPublication . Pitschieller, Margarida Leitão; Ascenso, Carla; Pereira, António DinisObjetivo: Este trabalho teve como objetivo estudar a potencial libertação de partículas plásticas por alinhadores ortodônticos transparentes expostos a fricção mecânica e a diferentes meios, simulando distintos ambientes da cavidade oral. Materiais e métodos: O estudo foi realizado em alinhadores de três marcas diferentes, divididos por grupos: G1, G2 e G3. Cada par de alinhadores ortodônticos transparentes foi submetido a um tratamento de sete dias que consistiu em ciclos de 5 h/dia com agitação de 60 rpm na presença do meio de estudo (Coca-Cola® e Água de Pedras Salgadas®), a 37ºC, seguidos de repouso (sem agitação) em saliva artificial, a 37ºC. Como controlo usou-se saliva artificial em substituição das bebidas, durante os ciclos de agitação, a qual já tinha mostrado originar partículas plásticas num estudo recente, realizado por outros autores. Após o tratamento, as soluções foram filtradas e as partículas retidas na membrana detetadas à lupa foram analisadas por FTIR. Partículas com espetros semelhantes ao alinhador ortodôntico transparente original foram identificados como microplásticos, partículas com espetros distintos como impurezas. Resultados: Os espetros FTIR dos alinhadores ortodônticos transparentes confirmaram a sua constituição plástica distinta: G1 contem tereftalato de polietileno na sua constituição e G2 contem poliuretano. Embora não havendo informação disponível da composição de G3, a semelhança do seu espetro FTIR com o do grupo G1, com 93% de correlação, permitiu concluir ser constituído pelo mesmo termoplástico. Observou-se libertação de partículas plásticas pelos alinhadores dos grupos G1 e G2 e os resultados obtidos sugerem que a Coca-Cola® seja um agente promotor da libertação de microplásticos destes dispositivos, uma vez que originaram sempre mais partículas do que o controlo, nos diferentes ensaios realizados. No grupo G3 não foram detetadas partículas compatíveis com fragmentos de alinhador. Os resultados dos ensaios com Água de Pedras Salgadas® foram inconclusivos. Conclusão: Os alinhadores ortodônticos transparentes libertam micro e/ou nanoplásticos e algumas bebidas como a Coca-Cola®, provavelmente pela acidez, podem favorecer a libertação de partículas. Esta observação é preocupante, na medida em que, embora seja desaconselhada a ingestão inclusive de líquidos durante a sua utilização, estudos mostram o incumprimento de alguns pacientes aumentado o risco a possíveis complicações.
- Carcinoma pavimento-celular da línguaPublication . Santos, Júlio César de Azevedo dos; Ribeiro, Carlos ZagaloO carcinoma pavimento-celular da língua, tal como outras formas de cancro oral e da orofaringe, é uma doença de elevada complexidade, difícil de tratar, mas cuja etiologia está na maior parte dos casos associada a hábitos culturais. Por outro lado, uma vez desenvolvida a doença, verifica-se que o seu tratamento pode ser simplificado se diagnosticada precocemente. A existência deste trabalho no âmbito da medicina dentária deve-se apesar de tudo à importância do médico dentista na fase maior probabilidade de sucesso no combate à doença: prevenção e diagnóstico precoce. Por forma a contribuir para a consciencialização acerca da doença, foi feita uma revisão geral, descrevendo-se os principais aspetos da doença: na epidemiologia onde se verifica uma dispersão que acompanha a dos principais fatores etiológicos ; na carcinogénese, com a noção da acumulação de alterações genéticas com vista a progénie mutante e sua heterogeneidade; nos fatores etiológicos com o destaque para o efeito sinérgico tabaco-álcool e infeção por vírus como o HPV, entre outros; na prevenção, com destaque para o Projeto de Intervenção Precoce no Cancro Oral – PIPCO ; na anatomia , pela importante perceção de como a localização topográfica e restantes características anatómicas ajudam a explicar a dispersão da doença ; na patogénese pela explicação do cursar da doença; na identificação de lesões potencialmente malignas, apresentação clinica da doença, caracterização de sinais e sintomas e descrição dos principais exames complementares de diagnostico, pela sua importância com vista ao diagnostico; no prognostico e consequentes grupos de estadiamento identificando os principais fatores e já atualizando os respetivos grupos de estadiamento; no tratamento, fazendo referência a algumas das abordagens mais utilizadas e últimas técnicas, nomeadamente no âmbito da cirurgia robótica ; na descrição das principais complicações e sequelas ao tratamento sua gestão e análise da resultante qualidade de vida.
- Diabetes, sua influência na saúde oralPublication . Prata, Andrea Karina Moisés André; Antunes, Júlia RibeiroA Diabetes Mellitus afeta cerca de 382 milhões de pessoas em todo o Mundo e a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que este número possa duplicar até 2030 devido ao envelhecimento populacional, hábitos alimentares incorretos, obesidade e sedentarismo. Esta, é uma das condições sistémicas que de diversas formas está intimamente relacionada com a saúde oral, apresentando os doentes diabéticos manifestações orais que devem ser observadas e avaliadas pelos médicos dentistas com rigor. Inúmeras são as complicações associadas a este distúrbio metabólico sistémico, que de maneira tão silenciosa e lenta, pode comprometer o estado de saúde dos indivíduos acometidos por ela, nomeadamente o periodonto. Ao longo de décadas, não se têm medido esforços para conhecer o mecanismo de ação da Diabetes Mellitus, mas sobretudo saber quais as medidas a tomar atempadamente, de forma preventiva, ou qual a probabilidade que um indivíduo apresenta a longo prazo e para desenvolver Diabetes Mellitus recorrendo ao questionário FINDRISK. Pretende-se com esta monografia compreender e conhecer de que forma uma condição sistémica pode ter impacto tão significativo na saúde oral e de que maneira o conhecimento da doença, a mudança de estilo de vida e o cumprimento da terapêutica têm um papel crucial para o aumento da esperança média de vida. Diversos estudos têm tido como objeto de estudo a relação existente entre a Diabetes Mellitus e a Periodontite, e foi possível compreender que os distúrbios metabólicos causados pela Diabetes Mellitus exacerbam a manifestação dos mediadores inflamatórios envolvidos, bem como a inflamação e os microrganismos característicos da Periodontite, favorecem o agravamento da resistência à insulina que gera o desenvolvimento e consequente evolução de Diabetes Mellitus. Pelas razões mencionadas podemos afirmar de que existe uma relação bidirecional ente a Diabetes Mellitus e a Doença Periodontal.
- Análise do perfil químico e características interfaciais da dentina radicular, após tratamento com um sistema de irrigação inovador Dual Rinse® HEDP, em comparação com irrigação convencionalPublication . Oliveira, Maria do Carmo Barreiros Orta Campos de; Azul, Ana Mano; Delgado, António Sales; Neves, João AlbernazObjetivos: Analisar o perfil químico e características interfaciais da dentina radicular após irrigação com Dual Rinse® HEDP, em comparação com irrigação sequencial de NaOCl a 3 % e EDTA a 17 %. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo pré-clínico com dentes monorradiculares hígidos, composto por 4 grupos: CG_X (apenas água salina); CG_Pos (NaOCl e EDTA); NaOCl_HEDP (NaOCl e HEDP); HEDP_Sol (apenas HEDP). Cada dente foi instrumentado com o sistema de limas BlueShaper, até à Z4, e irrigado consoante o grupo a que foi alocado. De seguida, os dentes foram hemi-seccionadas, e cada metade originada foi alocada ou a um ensaio de microespectroscopia de Raman, ou utilizada para ser restaurada com cilindros (n=3; 2x2 mm) de resina composta flowable auto-adesiva Constic. Os espécimes cilíndricos foram posteriormente submetidos a um ensaio de microcisalhamento (1 mm/min). Metade da amostra foi submetida a ensaios antes do envelhecimento térmico, enquanto a restante metade foi submetida a ensaios após o processo de envelhecimento. Os picos de intensidade de micro-Raman foram utilizados para calcular o rácio amida I/mineral (1650 cm-1/960cm-1), permitindo determinar a quantidade relativa de conteúdo orgânico à superfície. A análise estatística contemplou ANOVA two-way Bonferroni (p>0,05). Resultados: Para o Rᴍ/ᴍ, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas, do fator tipo de “tratamento experimental” e do fator “envelhecimento” (ANOVA two-way, p>0,05). Relativamente à resistência adesiva, confirmou-se que as diferentes irrigações resultaram numa diferença estatisticamente significativa (ANOVA two-way; F=7.4; p<0,01), verificando-se diferenças apenas entre o grupo de CG_POS e o grupo NaOCL_HEDP (Bonferroni, p<0,001). A média global da resistência adesiva aumentou com o efeito do envelhecimento. Conclusão: Os resultados sugerem que o HEDP pode ser uma alternativa promissora nos protocolos de irrigação, uma vez que provoca menor desmineralização na dentina. No entanto, continuam a ser necessários mais estudos, com ênfase em perceber se o presente protocolo poderá, ou não, afetar as restaurações pós-endodônticas.
- Leucoplasia oral : uma revisão narrativaPublication . Kim, Taeyoon; Azul, António ManoObjetivo: O objetivo desta revisão da literatura (revisão narrativa) é abordar a lesão oral potencialmente maligna (LOPM) mais prevalente que é a leucoplasia oral de forma a que seja um instrumento de trabalho simples para os médicos dentistas que com a cobertura nacional que fazem da saúde oral, possam ser também os primeiros a identificar estas lesões potencialmente malignas, permitindo o seu tratamento, levando à vigilância de longo prazo destes doentes e participando assim no esforço global da saúde para a diminuição da taxa de mortalidade por cancro oral em Portugal. Pretende-se com a elaboração desta revisão narrativa elucidar sobre a prevalência da leucoplasia oral, possíveis fatores etiológicos, apresentação clínica, diferentes características e localizações desta LOPM, diagnóstico clínico e caracterização histológica, taxa de transformação maligna descrita nos diferentes estudos internacionais, diagnóstico diferencial e opções terapêuticas. Será ainda discutida a leucoplasia proliferativa verrucosa como entidade independente. Materiais e Métodos: A presente revisão da literatura será realizada com recurso às mais recentes publicações científicas sobre o tema, utilizando as plataformas como a Embase, Scopus e Web of Science , PubMed e COCHRANE (Cochrane Libraly), esta pesquisa ocorreu entre os meses de janeiro de 2024 e de abril 2024. Conclusão: Esta revisão narrativa resumiu os resultados e conclusões dos artigos que abordam as lesões potencialmente malignas e o cancro oral apos a leitura e revisão aprofundada das mesmas. Não existe acordo sobre qual o tratamento indicado para a leucoplasia quando há somente hiperqueratose sem displasia, estando indicada a monitorização ou a remoção cirúrgica consoante os autores. No caso das leucoplasias com displasia e a leucoplasia verrucosa proliferativa, é recomendado a excisão das mesmas com margens sem lesão. São necessários mais estudos prospectivos, multicêntricos e sequenciamento genómico para o estudo da leucoplasia e investigar os potenciais biomarcadores, promover a importância de vigiar ou tratar qualquer tipo de lesões potencialmente malignas de forma evitar a transformação maligna.
- Desproteinização da dentina e o seu efeito nas propriedades à superfície : resistência adesiva à microtraçãoPublication . Marques, Rita Neves dos Santos; Azul, Ana Mano; Delgado, António SalesObjetivos: Avaliar e comparar a resistência adesiva à microtração (μTBS) de duas resinas auto-adesivas flowable, no imediato, variando o tipo de tratamento de desproteinização da superfície dentinária. Materiais e métodos: Foram utilizados 30 molares humanos definitivos, hígidos, cuja dentina coronária média foi exposta com o auxílio de um micrótomo. Estes dentes foram divididos aleatoriamente em 3 grupos (n=10) consoante o agente desproteinizante aplicado na dentina e, de seguida, sub-divididos por duas resinas auto-adesivas (n=5), Constic (DMG, Alemanha) e VertiseTM Flow (Kerr, EUA), originando 6 grupos: Cons_H2O; VerF_ H2O; Cons_NaOCl; VerF_NaOCl; Cons_HOCl; VerF_HOCl. Os tratamentos da superfície dentinária consistiram na aplicação de água (H2O), hipoclorito de sódio (NaOCl) ou ácido hipocloroso + cloreto de estrôncio (HOCl + SrCl2). Sobre a dentina tratada foi realizado o procedimento restaurador, seguindo as instruções do fabricante. Após 24 h em água destilada a 37oC, os dentes foram seccionados em palitos (1,2 ± 0,2 mm) e posteriormente foram testados numa máquina de testes universal (1 kN; 0,5 mm/min). As superfícies de fratura foram observadas num estereomiscroscópio e o tipo de falha foi registado. Os dados foram analisados estatisticamente através de testes ANOVA two-way e Tukey’s HSD post-hoc (α = 0,05). Resultados: A análise da ANOVA two-way revelou que tanto o tipo de resina (F=8,1; p=0,0088) quanto o tratamento da superfície (F=5,7; p=0,0084) influenciaram significativamente a resistência adesiva à microtração (μTBS), sendo que o tratamento de superfície teve um impacto ligeiramente maior. O teste post-hoc de Tukey revelou apenas uma diferença estatisticamente significativa entre o grupo Cons_H2O e VerF_HOCl (p=0,000787), destacando a eficácia da combinação Vertise Flow e HOCl + SrCl2 na adesão dentinária. A resina Vertise Flow apresentou, de maneira geral, valores médios de resistência adesiva superiores aos da resina Constic. Conclusão: A desproteinização com estratégias alternativas ao hipoclorito de sódio, como o HOCl + SrCl2 pode ser uma abordagem promissora na melhoria da resistência adesiva de resinas auto-adesivas. Contudo, será preciso testar diferentes formulações de resinas auto-adesivas, e mais estratégias análogas.
- Validação transcultural do Chronic Oral Mucosal Disease Questionnaire-15 numa população portuguesaPublication . Pimentel, Matilde Gama; Trancoso, PedroObjetivo: Este estudo pretende testar a validação transcultural e aplicabilidade do Chronic Oral Mucosal Disease Questionnaire-15 (COMDQ-15) numa população portuguesa, incentivando o seu uso na prática clínica. Materiais e métodos: O COMDQ-15 original foi traduzido e adaptado culturalmente tornando-o adequado para a população-alvo. De abril a julho de 2024, a versão portuguesa, complementada com questões demográficas, foi respondida por uma amostra de 55 pacientes com líquen plano oral erosivo da Clínica Integrada de Medicina Oral, Lda., de forma voluntária e anónima, dando o seu consentimento livre e informado. Posteriormente, foi realizada a validação psicométrica do questionário, avaliando a sua confiabilidade através da análise da consistência interna, com recurso ao coeficiente Alfa de Cronbach. Resultados: A amostra total de participantes com líquen plano oral erosivo que preencheram o questionário aplicado é composta por indivíduos com uma idade média de 62,4 anos (±11,7) e um predomínio do sexo feminino (69,1%). Deste total cerca de 54,5% são trabalhadores e 10,9% são fumadores ativos, sem predominância de sexo. A versão portuguesa do COMDQ-15 demonstrou alta confiabilidade, com um valor Alfa de Cronbach de 0,910, indicando um excelente nível de consistência interna. Este valor sugere que os itens do questionário estão fortemente correlacionados entre si, de forma estável e consistente, garantindo que todos medem aspetos coerentes do mesmo construto. Conclusão: A versão portuguesa do COMDQ-15 é um questionário breve, de baixa carga, válido e confiável, com capacidade de fornecer informações sobre a perspetiva dos pacientes com líquen plano oral erosivo relativamente à sua qualidade de vida, numa população portuguesa. A sua baixa carga de resposta facilita a comunicação com os pacientes e simplifica o seu uso na prática clínica diária.
- Estudo in vitro do efeito do ascorbato de sódio na resistência adesiva à dentina por microtração após aplicação de ozono na cavidadePublication . Marquês, Martim Braz; Cruz, Joana Vasconcelos eObjetivos: Avaliação da resistência adesiva à dentina por microtração (μTBS) após a aplicação de diferentes formas de ozono e o antioxidante ascorbato de sódio. Materiais e Métodos: Foram selecionados 25 molares humanos hígidos e distribuídos aleatoriamente por 5 grupos (n=5): CTR (controlo sem ozono), O3_GAS (ozono gasoso), O3_AG (água ozonizada), O3_GAS+AS (ozono gasoso + ascorbato de sódio) e O3_AG+AS (água ozonizada + ascorbato de sódio). Inicialmente foram preparadas cavidades classe I em todas as amostras para expor a dentina. Posteriormente, as cavidades foram expostas a ozono (água e gás) e ascorbato de sódio, de acordo com o grupo experimental e, em seguida, foi aplicado o sistema adesivo OptibondTM FL (Kerr Corporation, Orange, California, EUA) e restauradas com resina composta HS-20/20 Hybrid Composite (Henry Schein, Nova Iorque, EUA) em incrementos de 2 mm, perfazendo uma altura de 3 mm acima da superfície oclusal. As amostras foram armazenadas durante 24h em água destilada e seccionadas em palitos de 1 mm2 para serem testadas por microtração. A análise estatística foi feita com testes ANOVA one-way e Tukey HSD, com um nível de significância de 5% (R, v.4.2.1). Resultados: Após análise estatística, verificaram-se diferenças significativas entre o grupo CTR e os grupos de ozono e ozono e ascorbato de sódio (O3_GAS+AS, O3_AG+AS) (p<0,001). No entanto, não se verificaram diferenças significativas entre os grupos de ozono (O3_GAS, O3_AG) e os grupos de ozono e ascorbato de sódio (O3_GAS+AS, O3_AG+AS) (p≥0,05). Conclusão: A aplicação de ozono e ascorbato de sódio interferem na resistência adesiva à dentina por microtração (μTBS).