ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
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Browsing ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social by advisor "Almeida, Sidalina"
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- A institucionalização de crianças e jovens e processos de definição identitária: o caso de três acolhimentos residenciaisPublication . Gonçalves, Patrícia Sofia Correia; Almeida, SidalinaAtualmente, as casas de acolhimentos estão cada vez mais preparadas para acolher crianças e jovens, isto no que diz respeito às condições físicas. Efetivamente, há cada vez mais uma preocupação em criar para estas crianças e jovens um ambiente em que se sintam seguras, em que tenham a alimentação, o alojamento, a higiene, o vestuário e cuidados de saúde assegurados. Porém, se o acolhimento residencial se restringir apenas aos cuidados básicos, não atendendo ao estabelecimento de laços afetivos e emocionais, o que será feito do desenvolvimento cognitivo e emocional destas crianças e jovens acolhidas? Será que o ambiente institucional se constitui num potenciador da requalificação identitária? Com base neste questionamento, o estudo efetuado foca-se essencialmente na importância de adultos significativos, dentro da casa de acolhimento, nomeadamente do gestor de caso, dando o devido valor às suas relações de vinculação com as crianças/jovens, no processo de (re)construção saudável da identidade. De facto, pode-se afirmar que este é o maior desafio do acolhimento residencial. Nem todo o crescimento infantil está comprometido se forem dadas às crianças condições para que estas acreditem nas suas capacidades. O facto de uma criança nascer numa família com determinadas problemáticas não significa que o seu futuro tenha que ser prejudicado. Tal como Erikson preconiza, um conflito por mais que não esteja resolvido, pode vir a sê-lo em qualquer uma das fases de desenvolvimento, desde que haja as devidas condições para que tal possa acontecer. Quando se fala de crianças e jovens acolhidas, há que ter consciência que as suas histórias de vida foram marcadas por ruturas e muito sofrimento, sendo notório as suas dificuldades de definição identitária positiva. Às vezes, o esforço que estas fazem para mostrar o seu valor é provavelmente maior do que o de outra criança com história de vida mais favorável. No entanto, auxiliar estas crianças/jovens nem sempre é uma tarefa fácil, pois utilizam o seu mecanismo de defesa, parecendo não precisar de ajuda ou desconhecendo a esperança, todavia cabe à casa de acolhimento, bem como às figuras de referência criar um ambiente social e relações simbólicas potenciadoras de requalificação identitária, permitindo trabalhar com estas crianças/jovens no sentido de melhorar a sua autoestima, gerando sentimentos satisfatórios e levando-as acreditar no seu verdadeiro valor.
- Modelo ecológico de avaliação e intervenção nas situações de risco e perigo na CPCJ Gaia NortePublication . Tavares, Ana; Almeida, SidalinaO tema deste relatório que procura dar conta de uma experiência de estágio na CPCJ Gaia Norte está ancorado teoricamente no Modelo Ecológico de Avaliação e Intervenção nas Situações de Risco e de Perigo e a realidade da intervenção das profissionais técnicas desta CPCJ, na sua tríade necessidades de desenvolvimento integral das crianças e jovens, competências parentais e fatores familiares e ecológicos. Metodologicamente convocámos a metodologia de projeto que concretiza a metodologia de investigação-ação que tem que enquadrar uma experiência de estágio com objetivos de investigação e de intervenção e não menos atenta à necessidade de fomentar a participação, em especial das crianças e jovens e das famílias. Para fundamentar esta experiência de intervenção a mobilização do quadro jurídico normativo foi crucial para entender o sistema de promoção e proteção das crianças e jovens em risco/perigo em Portugal, que nos permitiu perceber as etapas do processo de intervenção e todos os procedimentos que os profissionais são chamados a desenvolver. Apresentamos as avaliações diagnósticas relativas à gestora de processo que acompanhávamos e as atividades em que tivemos oportunidade de a acompanhar: os atendimentos; as reuniões da comissão restrita, da comissão alargada e com profissionais de outras entidades e as visitas domiciliárias. O estágio permitiu perceber que os profissionais procuram fazer um acompanhamento personalizado às crianças e jovens e às suas famílias, apostando na construção de uma verdadeira relação de ajuda que reconhecem como fundamental para a avaliação diagnóstica e para o plano de intervenção individual, na base das medidas de promoção e proteção selecionadas. Em particular o trabalho que envolve os técnicos da CPCJ que acompanham crianças e jovens para os quais foi aplicada a medida de colocação residencial que obriga à constituição de uma equipa de parceria que enaltece o trabalho em rede entre as diversas entidades. O estágio permitiu ainda entender os constrangimentos que um elevado número de situações em acompanhamento que se caraterizam pela complexidade e pelo dinamismo, coloca aos profissionais que nem sempre conseguem efetivar todos os procedimentos para os quais remetem as etapas do processo de intervenção com a qualidade que seria necessária para fazer sempre prevalecer o superior interesse das crianças e dos jovens.
- O modus operandi do gestor de caso: a intervenção ao nível da promoção e proteção de crianças e jovens em CPCJPublication . Dias, Cândida; Almeida, SidalinaEsta pesquisa assume como objetivo principal conhecer a intervenção desenvolvida pelo gestor de caso com crianças/jovens e suas famílias em situação de perigo, dando-se ênfase às dificuldades, limitações, os pontos fortes e os pontos fracos com que se confrontam na sua prática profissional. Nesta investigação privilegiamos instrumentos de recolha de informação qualitativos como a entrevista semiestruturada e o focus group. As entrevistas individuais foram realizadas a doze técnicas de duas CPCJ distintas inseridas na área Metropolitana do Porto, enquanto o focus group contou com a participação de seis técnicas de uma das CPCJ. No total, participaram catorze técnicas, sendo que doze das técnicas tanto participaram nas entrevistas individuais como no focus group e duas técnicas participaram apenas no focus group, e não realizaram as entrevistas individuais. Os resultados obtidos permitem conhecer o processo de intervenção social, as principais fases e instrumentos de trabalho que são utilizados pelas técnicas gestoras de caso na prática profissional e as oportunidades e constrangimentos por elas sentidas no seu quotidiano de trabalho. No âmbito das entrevistas, as técnicas apresentaram as suas dificuldades em cada fase de processo de intervenção, tendo destacado o elevado volume processual que têm sob a sua responsabilidade, contribuindo para reduzir o tempo e o investimento que dedicam a cada um dos processos. Por outro lado, retrataram também a escassez de recursos e de respostas sociais com a finalidade de responder às necessidades económicas e materiais apresentadas pelas famílias e, também, apresentaram as dificuldades em promover a mudança social ao nível do absentismo, insucesso escolar, da violência doméstica e da alienação parental. Estas dificuldades sentidas pelas técnicas na intervenção chamam-nos à atenção para a necessidade de haver uma rede de apoio e de trabalho entre as diversas entidades mais coesa e melhor estruturada para que a CPCJ consiga dar uma resposta aos problemas das famílias e crianças/jovens com maior qualidade e eficácia.
- (Re) construindo percursos de vida através do desenvolvimento de competências para uma futura emancipação de jovens mães: um trabalho de projetoPublication . Rodrigues, Andréa; Almeida, SidalinaO presente trabalho de projeto foi realizado em uma Comunidade de Inserção, que acolhe crianças e suas progenitoras; tendo como finalidade compreenção do trabalho implementado no dia-dia desta instituição. Este projeto visa conhecer essas jovens mães e os motivos que levaram à institucionalização, as dificuldades pra uma futura autonomização e também o trabalho realizado pelas equipas desta instituição, para promoção do desenvolvimento de competências dessas jovens e dos seus filhos. Tendo em vista as dificuldades relativas à falta de competências de vida dessas jovens, para uma transição da vida institucional para a vida autónoma, este trabalho tem como objetivo potenciar o desenvolvimento de competências para o projecto de vida das jovens neste contexto. Desta maneira observamos o quotidiano dessas jovens dentro da Comunidade de inserção, assim identificando as fragilidades e dificuldades de cada uma, para uma futura autonomização, bem como as suas potencialidades, procuramos deste modo planificar estratégias de intervenção com vista à sua autonomização e transição para uma vida independente. Buscando conhecer o trabalho das equipas para este percurso, conhecendo as rotinas de trabalho, participando no convívio dentro da Comunidade de Inserção, assim identificando aspectos que a instituição realiza e outros que podem vir a ocorrer neste processo de desenvolvimento de competências. O projeto foi planejado para ter duração de um ano, e no inicio era Estágio, mas infelizamente com a pandemia, tivemos que mudar de modalidade para Trabalho de Projeto. Assim concebido com propósito de trabalhar as dificuldades de desenvolvimento de competências das jovens, apresentamos um plano de ação a implementar no trabalho das equipas com este público. Apostamos na realização de oficinas de grupo com as jovens, possibilitando o desenvolvimento de competências, por meio de atividades lúdico- pedagógicas, assim favorecendo o seu processo de mudança pelo desenvolvimento da autonomia para o seu projecto de vida.