ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social
Permanent URI for this collection
Browse
Browsing ISSSP - Dissertações de mestrado em Intervenção Social na Infância e juventude em Risco de Exclusão Social by Subject "Acolhimento residencial"
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- A Arte de RecomeçarPublication . Soares, Inês; Pinto, Maria LuísaO relatório apresentado tem duas componentes: uma componente de investigação e uma componente de intervenção. O estudo tem como objetivo caracterizar e compreender os significados atribuídos à medida de acolhimento residencial e o que pensam os/as jovens sobre as casas de acolhimento enquanto lugares de (re)socialização para a sua integração na comunidade. Realizado no decurso do estágio, a presente pesquisa estudou as trajetórias biográficas de 12 jovens institucionalizados, com idades compreendidas entre os 14 e os 24 anos, residentes há cinco anos. Os resultados do estudo foram obtidos através de análise reflexiva das narrativas dos/as jovens. Os resultados obtidos indicam que a medida de acolhimento residencial representa um fator de proteção nas trajetórias biográficas dos/as jovens institucionalizados, tal como pudemos verificar nas narrativas dos/as jovens. A análise evidencia que as estratégias terapêuticas mobilizadas estão a gerar alterações atitudinais e comportamentais nos/as jovens, constituindo-se num fator de proteção de comportamentos disruptivos no futuro. O projeto de investigação e o projeto de intervenção - intitulado “(Re)Começar”, foi orientado para o desenvolvimento de competências pessoais, cognitivas, emocionais e comportamentais - evidenciaram trajetórias biográficas onde a dor, o sofrimento, a insegurança, o abandono, o vazio emocional e a perda do sentido de vida, a par da vivência de certas práticas marginais, são os atributos que melhor definem a desesperança e expressam o medo de não se ser importante para ninguém. A identidade forjada numa vida de errância levou-os a criar um imaginário, onde as figuras escolhidas lhes permitiram encontrar-se na terra de ninguém.
- Do acolhimento residencial para o mundo exterior: que desafios no processo de autonomizaçãoPublication . Alves, Joana; Machado, IdalinaAo longo dos anos, o crescimento e desenvolvimento das crianças e dos jovens têm sido alvo de atenção por parte dos poderes públicos. Nesse sentido, têm sido implementadas e ajustadas políticas de proteção e medidas de intervenção por forma a salvaguardar o interesse superior da criança, as suas necessidades e o seu bem-estar. O estudo sobre os sinais de risco e de perigo, bem como das suas consequências para as crianças e jovens tem vindo a ser cada mais desenvolvido por forma a encontrar soluções que preservem o seu estado quer físico, psicológico e emocional. Várias são as medidas de proteção existentes em Portugal direcionadas à infância e juventude e, não obstante se privilegiar as que se destinam à manutenção da criança no seu meio natural de vida, o acolhimento continua a ter uma expressão a não desconsiderar, sendo o acolhimento residencial claramente superior ao acolhimento familiar. Quando se pensa no acolhimento residencial, deve ter-se em conta que é necessário promover um crescimento e desenvolvimento digno e, desta forma, os acolhimentos residenciais, juntamente com cada uma das crianças e dos jovens, traçam o seu caminho tendo por base as suas necessidades. Atendendo a que há crianças e jovens que crescem nos acolhimentos residenciais e aí se tornam adultos, o desenvolvimento de um projeto de autonomia constitui uma fase importante para a preparação para uma vida adulta independente. Compreender de que modo se processa essa preparação para a vida adulta em jovens com percursos de institucionalização, bem como os desafios que enfrentam quando saem do acolhimento residencial foi o mote da pesquisa desenvolvida e da qual se dá conta nesta dissertação. Com recurso a entrevistas a jovens com percursos de institucionalização e a técnicos que trabalham em acolhimentos residenciais procurou compreender-se como se processa o trabalho com vista à promoção da autonomia. Foram identificados para entrevista, através de um processo em bola de neve, jovens em projeto de autonomia ou que já estavam fora do contexto de acolhimento. De forma intencional e por conveniência, entrevistaram-se, igualmente, profissionais que trabalham em contextos de acolhimento residencial com o objetivo de perceber de que forma são desenvolvidos esses projetos de autonomia e quais os desafios/dificuldades que os jovens possam sentir no momento da saída para o exterior. ii Destaca-se que este trabalho pode ser uma mais-valia para qualquer acolhimento residencial visto que pode ser o início de uma investigação mais aprofundada. Com isto pretende-se desafiar os técnicos, juntamente com os jovens, a identificar as dificuldades e os desafios aquando da saída do acolhimento residencial para poder melhorar o trabalho desenvolvido ao nível dos projetos de autonomia. Não podemos esquecer que cada projeto difere uns dos outros. Contudo se houver a possibilidade de entender quais os problemas identificados de um modo geral, é possível priorizar certas ações nos acolhimentos residenciais com o objetivo de capacidade os jovens para a sua vida autónoma.
- Uma infância difícil não é uma sentençaPublication . Sequeira, Sara; Montenegro, ElsaEsta investigação visa contribuir para a discussão teórica sobre os processos de autonomização e transição nas instituições de acolhimento, e sobre o seu impacto na vida dos jovens ex-acolhidos. Pretende, igualmente, contribuir para a identificação de pistas de ação conducentes à inversão de trajetos vulneráveis dos processos de saída destes jovens. Este trabalho teve por base uma metodologia qualitativa, apoiada na realização em entrevistas semiestruturadas junto de cinco jovens ex-acolhidos, com idades compreendidas entre os 26 e os 33 anos, cujo percurso de acolhimento ocorreu entre os anos 1997 e 2016, em uma casa de acolhimento do concelho de Coimbra. O processo de recolha de informação foi realizado entre janeiro e abril de 2023. Os resultados obtidos a partir da análise de conteúdo das entrevistas realizadas, indicam que, apesar dos jovens entrevistados entenderem que a medida de acolhimento residencial representou um fator de proteção no seu percurso, é consensual que o sistema ainda não está completamente estruturado para dar resposta às dificuldades inerentes ao processo de saída dos jovens para o exterior, destacando como principais falhas a desvinculação e desresponsabilização das instituições de acolhimento a partir do momento de saída. Esta dissertação termina com uma discussão de resultados à luz da literatura existente e implicações para a prática, responsabilizando gradualmente os jovens, através de atividades que fomentem a sua autonomia.
- Para lá da institucionalização: que desafios encaram os jovens no processo de autonomizaçãoPublication . Silva, Cátia; Machado, IdalinaEm Portugal, a exposição de crianças e jovens a situações de risco e perigo é uma temática que tem suscitado grande preocupação ao longo dos últimos anos, seja por parte do sistema judicial, dos interventores sociais ou da população em geral. Pretende-se que esta população seja alvo de políticas de proteção que reduzam ou evitem a exposição a estas problemáticas e as orientem para respostas ajustadas às suas necessidades. Segundo o Relatório Anual de 2018 da Avaliação da Atividade das CPCJ, no âmbito das políticas de proteção na infância e juventude, o acolhimento residencial é a segunda medida de acompanhamento mais aplicada na proteção de crianças e jovens em situação de risco e perigo. Trata-se de uma resposta que se pretende temporária e que visa a preparação dos jovens para a reintegração na sociedade, seja por via da autonomização, seja por via do retorno à família de origem. Durante o período em que as crianças e os jovens se encontram integrados no acolhimento residencial, pretende-se que os técnicos de acompanhamento contribuam para a sua autonomização a nível cognitivo, emocional e funcional, através de um trabalho orientado para a aquisição de um conjunto diversificado de competências pessoais e sociais. Através de uma amostra de bola de neve, fruto de contactos com instituições, associações e através da rede social da investigadora, realizaram-se entrevistas semiestruturadas a jovens que estiveram institucionalizados, de modo a analisar-se as suas experiências durante e após o processo de institucionalização. O trabalho desenvolvido permitiu compreender a diversidade de experiências vividas, desde as dificuldades sentidas durante o acolhimento residencial, as competências adquiridas e os desafios enfrentados após a saída da instituição. Pretende-se que este estudo seja um reforço às boas práticas, através da observação dos sentimentos e visões daquele que vivenciaram esta medida de promoção e proteção, assim como um espaço de apresentação de sugestões para a melhoria das práticas profissionais.