AM - TIA - INF - Especialidade de Infantaria
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Browsing AM - TIA - INF - Especialidade de Infantaria by Field of Science and Technology (FOS) "Ciências Militares na Especialidade de Infantaria"
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- Abordagens metodológicas, em Portugal e França, para a condução de treino no âmbito de operações militares em ambientes urbanosPublication . Mendonça, João Carvalho Santos Soares; Duarte , Olga Maria Oliveira; Marcos , David Elias MoreiraO presente trabalho de investigação aplicada tem como objetivo comparar as abordagens metodológicas adotadas por Portugal e França no treino de forças militares para operações em ambiente urbano, com foco específico nos centros especializados Centro de Excelência de Combate em Áreas Edificadas e Centre d’Entraînement aux Actions en Zone Urbaine. A crescente centralidade do combate urbano na guerra contemporânea, aliada à necessidade de adaptação contínua das doutrinas, infraestruturas e tecnologias de treino, constitui o pano de fundo desta investigação. Através de uma abordagem qualitativa de natureza descritiva e comparativa, recorreu-se à análise documental e à realização de entrevistas semiestruturadas com militares portugueses com experiência no Centro de Excelência de Combate em Áreas Edificadas e no Centre d’Entraînement aux Actions en Zone Urbaine. A análise incidiu em cinco dimensões principais: infraestruturas físicas, metodologias pedagógicas, tecnologias de apoio, estratégias de manutenção e atualização e possibilidades de adaptação de boas práticas francesas ao contexto nacional. Os resultados revelam que o Centre d’Entraînement aux Actions en Zone Urbaine apresenta uma abordagem mais integrada, tecnologicamente avançada e institucionalmente consolidada, enquanto o Centro de Excelência de Combate em Áreas Edificadas se destaca pela flexibilidade e pela formação de instrutores especializados, embora enfrente limitações orçamentais e estruturais. Com base na comparação efetuada, são formuladas recomendações concretas para a modernização do Centro de Excelência de Combate em Áreas Edificadas, nomeadamente ao nível da tecnologia, da manutenção contínua e da integração de experiências operacionais. Este estudo contribui para a compreensão aprofundada dos desafios e potencialidades do treino urbano em Portugal, oferecendo propostas realistas para reforçar a capacidade do Exército Português neste domínio estratégico.
- Análise ergonómica de tarefas críticas no Combate em Ambiente UrbanoPublication . Antunes ,Marcelo dos Reis; Assunção, Ana Raquel Martins d’; Lucena , Rui Jorge Palhoto deO Combate em Ambiente Urbano representa, atualmente, um dos maiores desafios operacionais para as forças militares, exigindo elevados níveis de prontidão física e mental. A natureza imprevisível destes cenários, aliada à sua complexidade arquitetónica e à constante presença de civis, impõe exigências significativas ao corpo do combatente, potenciando o risco de Lesões Músculo-Esqueléticas, sobretudo durante a execução de tarefas críticas. Reconhecendo esta realidade, a presente investigação teve como objetivo avaliar os riscos ergonómicos associados às posturas e movimentos adotados pelos militares em contexto de ambiente urbano. Através de uma abordagem experimental realizada no Centro de Formação e Treino de Combate em Áreas Edificadas, em Mafra, foram simuladas situações operacionais com elevado grau de realismo. Participaram no estudo quatro militares da Brigada de Reação Rápida, submetidos a técnicas de análise biomecânica com recurso a sensores inerciais e ao método Rapid Entire Body Assessment. A recolha destes dados permitiu identificar zonas corporais sujeitas a maior carga física e momentos críticos em termos posturais, com destaque para posições forçadas e assimétricas mantidas ao longo de uma missão simulada, com a duração de 120 segundos. Os resultados demonstram a presença de níveis de risco significativos, especialmente em tarefas que requerem agachamento prolongado, manuseamento de armamento e movimentos táticos. Esta evidência reforça a necessidade de integrar a ergonomia nos processos de treino e planeamento operacional. A aplicação de princípios ergonómicos não só contribui para a redução do risco de lesões, como também potencia o desempenho e a segurança dos militares, aumentando a eficácia em ambientes operacionais exigentes. Este trabalho enfatiza, assim, que a ergonomia, aliada ao treino físico e à adequação do equipamento, desempenha um papel fundamental na otimização da capacidade de combate dos militares em contexto urbano.
- A Capacidade de Lições Aprendidas no Âmbito do Planeamento, Condução e Conclusão do Exercício ORIONPublication . Cardoso,João Rafael Paulino dos Santos; Dias , Paulo Alexandre das Neves Rodrigues; Bandeira , Ana Maria Carapelho Romão LestonA presente investigação analisou a aplicação da Capacidade de Lições Aprendidas no contexto do exercício ORION do Exército português, com o objetivo de compreender de que modo esta capacidade contribuiu para o ciclo de planeamento, condução e avaliação dos exercícios. Adotou-se uma metodologia de investigação qualitativa, recorrendo à realização de entrevistas semiestruturadas dirigidas a participantes com funções relevantes no processo de lições aprendidas. A análise dos dados revelou uma evolução significativa da integração da aprendizagem organizacional no Exército, verificando-se o reforço da participação da Capacidade de Lições Aprendidas no planeamento dos exercícios, a dinamização da recolha de dados durante a condução e a sistematização das práticas de avaliação e disseminação de conhecimento. Constatou-se que a Capacidade de Lições Aprendidas promoveu mudanças estruturais e culturais, favorecendo uma cultura de melhoria contínua, inovação e adaptação institucional. Contudo, as principais limitações do estudo prenderam-se com a dimensão da amostra e a ausência de observação direta dos exercícios. Em termos conclusivos, o estudo sublinha a importância da Capacidade de Lições Aprendidas como mecanismo estratégico para a transformação organizacional e para a resposta eficaz aos desafios operacionais contemporâneos.
- Caracterização biomecânica de tarefas críticas no combate em áreas urbanas: análise cinemática e eletromiografiaPublication . Ramos, João Pedro Gomes Rodrigues Henriques; Pedro , Bruno Miguel Machado; Lucena, Rui Jorge PalhotoO combate urbano desempenha um papel crucial no campo de batalha, englobando múltiplas tarefas críticas devido à sua complexidade inerente. Entre estas, o arrasto de feridos destaca se como uma tarefa fisicamente exigente e operacionalmente essencial. Esta investigação teve como objetivo a caracterização e comparação cinemática e eletromiográfica da tarefa de arrasto de um ferido quando realizada por um e por dois indivíduos. Foram analisados os ângulos articulares e um total sete músculos do membro superior e inferior. Foi adotada uma metodologia quantitativa e experimental, envolvendo quatro militares paraquedistas do Exército português que executaram a tarefa em ambas as condições. Os dados cinemáticos foram recolhidos através de sensores inerciais e a atividade muscular registada por eletromiografia de superfície no lado não dominante. A variável independente foi o número de indivíduos a realizar a tarefa, sendo as variáveis dependentes a ativação muscular e os padrões de movimento. Os resultados demonstraram que o arrasto realizado por dois indivíduos permitiu uma locomoção mais rápida e fluida, com maior comprimento da passada e presença de fase de voo. A nível da eletromiografia, verificou-se uma menor ativação dos músculos dos membros inferiores, nomeadamente no bicípite femoral e no gémeo medial, e do tronco, de forma mais notável na grande dorsal, sendo o flexor radial do carpo uma exceção, que se manteve altamente ativado em ambas as condições. No geral, a execução partilhada revelou se mais eficiente e fisicamente menos exigente. Estes resultados indicam que a partilha da carga durante o arrasto de feridos melhora o desempenho funcional e a segurança da tarefa, com implicações relevantes para o treino operacional e a prontidão tática em ambiente urbano.
- Impacto Metabólico do Equipamento Individual de Combate numa Equipa de ParaquedistasPublication . Cardoso,Tomás Salvador Pereira Coelho de Mendes; Lucena , Rui Jorge Palhoto; Almeida , NunoA boa condição física é um fator essencial para o empenhamento eficaz em missões de combate que exigem o uso prolongado do Equipamento Individual de Combate. O peso e a configuração do equipamento representam uma carga significativa para o militar, afetando diretamente a sua resistência, mobilidade e desempenho operacional. Um nível elevado de preparação física permite sustentar esforços intensos por períodos prolongados, reduzindo a fadiga precoce e garantindo que o militar mantenha a sua prontidão ao longo da missão. Além disso, uma boa condição física contribui para a redução do risco de lesões musculoesqueléticas, como dores lombares e problemas articulares, que podem ser agravados pelo transporte contínuo de cargas pesadas. O desenvolvimento da força, resistência e flexibilidade ajuda a mitigar estes impactos, tornando o militar mais resistente às exigências físicas do combate Este estudo investigou o impacto metabólico do Equipamento Individual de Combate numa equipa de paraquedistas, analisando as exigências fisiológicas associadas ao seu uso. Para quantificar esse impacto, foi utilizada a velocidade crítica como única variável a ser estudada. A velocidade crítica é um indicador do desempenho aeróbio que permitiu avaliar de forma objetiva o efeito da carga transportada sobre a capacidade física dos militares. A investigação foi conduzida através de testes específicos, comparando a velocidade crítica em 2 diferentes condições. Os resultados deste estudo forneceram informações relevantes para a otimização da seleção e distribuição do equipamento, permitindo minimizar a fadiga precoce e melhorar o desempenho dos operacionais em missões exigentes. Além disso, poderão servir como base para futuras investigações sobre a aplicação da velocidade crítica na avaliação do desempenho físico em contextos militares. Através de uma metodologia indutiva, constituiu-se uma amostra de quatro elementos pertencentes ao 2º Batalhão de Infantaria Paraquedistas do Exército português.. Desta forma, tornou-se possível avaliar o impacto do equipamento individual nas várias capacidades metabólicas. Foi igualmente realizada uma revisão de literatura, baseada em bibliografia de relevo sobre a área em estudo. De acordo com os resultados, foi possível aferir que o desempenho físico dos militares foi significativamente afetado pelo transporte da carga externa, implicando uma iv redução de 22% na sua velocidade crítica. Registou-se também um aumento substancial da intensidade e exigência das atividades, refletido na elevada frequência respiratória, concentrações de lactato e perceção subjetiva do esforço, aferidas nos testes com equipamento. Desta forma, epilogamos que a preparação física adequada é crucial para o sucesso das operações militares, verificando-se ser fundamental trabalhar tanto a capacidade aeróbia como anaeróbia, por forma a melhorar a eficiência e utilização do equipamento individual de combate.
- A influência da Inteligência Emocional na Coesão e na Autoeficácia dos militares em contexto operacionalPublication . Coelho,Miguel Ângelo Guedes; Santos, Renato Pessoa dosA Inteligência Emocional é reconhecida como uma competência essencial para o desempenho e bem-estar em contextos operacionais exigentes, como o meio militar. A sua influência na dinâmica interpessoal e na regulação emocional torna-a particularmente relevante em ambientes marcados por tensão, imprevisibilidade e exigência coletiva. A presente investigação teve como objetivo analisar os níveis de Inteligência Emocional, Coesão e Autoeficácia dos militares em missão, bem como compreender de que forma a Inteligência Emocional influencia a perceção de coesão e de competência individual. O estudo, de natureza quantitativa e longitudinal, foi desenvolvido com recurso a uma Força Nacional Destacada em missão, numa amostra de 182 elementos, com recolha de dados em três momentos distintos: durante a missão, no final da missão e após o regresso. Os resultados indicaram médias elevadas e consistentes das três variáveis ao longo do tempo. Verificaram-se relações positivas e estatisticamente significativas entre Inteligência Emocional, Coesão e Autoeficácia em todos os momentos avaliados. Embora não tenham sido encontradas diferenças significativas nas médias das variáveis entre os momentos, a análise univariada demonstrou que a Inteligência Emocional foi um fator preditor consistente da Coesão e da Autoeficácia em todas as fases do estudo. Estes resultados reforçam a relevância da Inteligência Emocional como fator de proteção e de adaptação psicológica em contexto militar, o que sustenta a importância da sua integração nos programas de preparação e treino das forças nacionais destacadas.
- Sistema Integrado de Formação e Treino da Força de Operações Especiais: contributos e desafiosPublication . Silva, Francisco Pedro Machado; Bandeira , Ana Maria Carapelho Romão Leston; Cardoso , Rui Pedro Gomes de AguiarA formação e o treino são componentes fundamentais para a eficácia das Forças de Operações Especiais, garantindo que os seus elementos possuam as competências necessárias para operar em ambientes de elevada exigência e complexidade. Esta investigação tem como objetivo analisar e caracterizar o Sistema Integrado de Formação e Treino adotado no Centro de Tropas de Operações Especiais, explorando a sua estrutura, impacto operacional e desafios inerentes à sua implementação e desenvolvimento. A metodologia adotada baseia-se numa revisão narrativa da literatura, recorrendo à análise de documentos, manuais nacionais e estrangeiros e estudos anteriores sobre o tema, complementada com a realização de entrevistas a oficiais portugueses, espanhóis e romenos da especialidade de Operações Especiais. Através destes testemunhos diretos, procurou-se obter uma perspetiva prática sobre a aplicação do Sistema Integrado de Formação e Treino, os seus benefícios e limitações, bem como identificar oportunidades de melhoria. Os principais resultados demonstram que a eficácia do sistema depende de uma abordagem holística, que integre componentes teóricas, práticas e operacionais de forma equilibrada. Além disso, a investigação aponta para a necessidade de adaptação contínua do sistema às novas realidades operacionais e tecnológicas, bem como a importância de mecanismos que proporcionem uma apreciação contínua para a sua melhoria. A investigação identifica algumas limitações significativas, como a morosidade nos processos formais de atualização dos referenciais de curso e manuais, instabilidade dos seus quadros formadores e um nível baixo de performance física dos formandos, finda a primeira fase do Curso de Operações Especiais. Conclui-se que o Sistema Integrado de Formação e Treino constitui uma base sólida para a formação em Operações Especiais, mas a sua consolidação requer medidas estruturais que reforcem a estabilidade, agilizem os mecanismos de atualização e assegurem a continuidade institucional do modelo.
