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- Impacto da síndrome de Down na saúde bucal : avaliação das particularidades e estratégias de manejoPublication . Chapus, Thibault Côme Stephane; Gaspar, Evguenia Pavlovna BekmanA síndrome de Down, também conhecida como trissomia 21, é uma anomalia genética que resulta em caraterísticas anatómicas e funcionais nos pacientes afetados, incluindo caraterísticas orais específicas. Esta tese explora o impacto da síndrome de Down na saúde oral em dois domínios principais.(Antonarakis SE et al.,2022) Em primeiro lugar, serão analisadas as caraterísticas anatómicas e fisiológicas dos doentes com síndrome de Down. Assim, serão destacadas as alterações que afectam a cavidade oral, como as malformações dentárias, as anomalias de oclusão, a microdontia e a hipotonia muscular, que influencia a mastigação e a deglutição (Mubayrik, A. bin. (2016)). Será também dado ênfase ao aumento da prevalência da doença periodontal e da cárie nestes pacientes, devido a factores locais e sistémicos relacionados com a sua condição. A segunda parte da tese centrar-se-á em estratégias específicas de gestão dentária para estes pacientes.(Elrefadi Ret al.,2022) O tratamento odontológico de indivíduos com síndrome de Down apresenta desafios particulares, nomeadamente devido às deficiências intelectuais associadas e às dificuldades comportamentais que podem complicar os cuidados. Serão examinados os protocolos de adaptação dos tratamentos, que vão desde as técnicas de gestão comportamental até aos cuidados sob anestesia geral. Esta secção também sugere abordagens preventivas adequadas, baseadas numa colaboração estreita entre profissionais, famílias e outro pessoal médico e paramédico, para garantir cuidados abrangentes e individualizados.(Schmidt P et al.,2022) O objetivo desta tese é fornecer uma visão geral dos problemas orais e dentários associados à síndrome de Down e sugerir formas práticas de melhorar a qualidade dos cuidados prestados a esta população.
- Estudo das patologias das glândulas salivares : epidemiologia, diagnóstico e tratamentos, das inflamações aos tumoresPublication . Gannac, Emma Béatrice; Ribeiro, Carlos ZagaloAs glândulas salivares desempenham um papel fundamental não só na saude oral, como também no bem-estar geral do paciente. As suas disfunções podem contribuir para o aparecimento de diversas patologias relevantes. . Enquanto médicos dentistas, a nossa prática clínica depende em parte da função das glândulas salivares, tanto diretamente, através da observação e rastreio de patologias das próprias glândulas, como indiretamente, uma vez que muitos tratamentos beneficiam das propriedades naturais da saliva. Existem três glândulas salivares principais: a parótida, a submandibular e a sublingual. Existem ainda glândulas salivares acessórias ou minor, distribuídas por toda a cavidade oral, sobretudo ao nível dos lábios e do palato. Estas glândulas produzem a saliva, uma secreção complexa composta por água, eletrólitos, proteínas e enzimas. A saliva é essencial para diversas funções fisiológicas. As patologias das glândulas salivares podem ter várias origens, incluindo: • Mecânica: obstáculos à saída de saliva, causados pela presença de cálculos nos canais excretores ou no interior das próprias glândulas, conhecidos como litíase salivar. • Infecciosa: por exemplo, a parotidite epidémica (papeira), que constitui a patologia infecciosa mais clássica. Esta é uma doença viral infantil causada por um paramixovírus, que se manifesta principalmente por tumefação da glândula parótida. • Imunológica: como a síndrome de Gougerot-Sjögren, também conhecida como síndrome seca, que afeta as glândulas exócrinas salivares, lacrimais e também das mucosas nasais, genitais e gástricas, sendo provocada por uma doença autoimune. • Tumoral: neoplasias malignas que se desenvolvem a partir das glândulas salivares acessórias e que se podem propagar ao longo das fibras nervosas. As opções terapêuticas para estas patologias variam conforme a etiologia e incluem abordagens (medicamentos, laser, intervenções cirúrgicas e terapias inovadoras). Este estudo tem como objetivo rever a literatura para aprofundar o conhecimento sobre as doenças das glândulas salivares, sublinhando a importância do diagnóstico precoce e da prevenção ativa pelos profissionais de saúde.
- Inteligência artificial : uma nova realidade para a medicina dentária contemporâneaPublication . Garcia, Thibault Jean-François Daniel; Ramos, Irene Ventura; Guerreiro, EduardoA inteligência artificial (IA) tem vindo a assumir um papel cada vez mais relevante na transformação digital da medicina dentária. Esta monografia apresenta uma revisão narrativa da literatura recente, com o objetivo de explorar as aplicações atuais e futuras da IA na prática clínica dentária, analisando as suas vantagens, limitações, desafios éticos e legais. Através da capacidade de processar grandes volumes de dados, reconhecer padrões complexos e apoiar a tomada de decisão, a IA tem vindo a demonstrar utilidade concreta em áreas como o diagnóstico de cáries, a radiologia dentária, a endodontia, a periodontologia, a implantologia, a ortodontia, a prótese, a medicina oral e a odontopediatria. Os algoritmos de machine learning e deep learning, nomeadamente as redes neuronais convolucionais (CNN), têm demonstrado elevada eficácia na análise de imagens clínicas e radiográficas, com desempenhos muitas vezes comparáveis aos dos especialistas humanos. Ferramentas baseadas em IA permitem, por exemplo, identificar lesões com elevada precisão, prever o sucesso de tratamentos, planear cirurgias e reabilitações, bem como automatizar tarefas clínicas e administrativas. Apesar do enorme potencial, a adoção da IA em medicina dentária ainda enfrenta desafios importantes, como a escassez de bases de dados clínicas robustas, a necessidade de validação científica dos modelos, a variabilidade na maturidade digital das clínicas e preocupações com a privacidade dos dados dos pacientes. Acrescem ainda considerações éticas sobre transparência algorítmica, responsabilidade em caso de erro e equidade no acesso às tecnologias. Esta revisão conclui que, apesar dos obstáculos, a IA representa uma das ferramentas mais promissoras para o futuro da medicina dentária, contribuindo para uma prática mais precisa, eficiente, personalizada e centrada no paciente. O seu desenvolvimento responsável e a formação contínua dos profissionais são fatores essenciais para garantir uma integração segura e ética destas tecnologias no contexto clínico real.
- Semelhanças e diferenças entre periodontite e peri-implantite : revisão narrativaPublication . Anglade, Hermine Claire Marie Madeleine; Cardoso, José Maria; Marinho, LeonorA Periodontite é uma doença crónica inflamatória multifatorial associada a um biofilme disbiótico e caracterizada pela destruição progressiva do aparelho de suporte do dente. A peri-implantite é uma patologia associada à placa bacteriana que se desenvolve nos tecidos em redor dos implantes dentários. Caracteriza-se pela inflamação da mucosa periimplantar e subsequente perda progressiva do osso de suporte. Apesar das semelhanças entre as duas doenças, existem diferenças importantes a nível anatómico, imunológico e microbiológico. A periodontite tem uma prevalência estimada de 50% na população adulta, sendo a sua forma severa considerada a sexta doença mais prevalente a nível global. A peri-implantite, por sua vez, afeta cerca de 20% dos portadores de implantes, segundo revisões recentes. A microbiota associada a ambas é composta por bactérias anaeróbias, mas a periimplantite pode envolver espécies adicionais, como Peptostreptococcus spp. e Staphylococcus spp.. Os tecidos peri-implantares diferem dos periodontais por não apresentarem cemento nem ligamento periodontal, por terem menor vascularização e por possuírem um epitélio juncional mais longo, sem fibras colagénicas de inserção direta. Do ponto de vista clínico, os tecidos peri-implantares saudáveis não se distinguem visualmente dos periodontais, embora as sondagens ao redor de implantes sejam geralmente mais profundas. Contudo, no caso dos implantes, não se define uma profundidade "normal", sendo os sinais de inflamação o principal critério diagnóstico. A resposta imunológica na peri-implantite tende a ser mais agressiva, com maior infiltração inflamatória e perda óssea mais rápida. No que diz respeito ao tratamento, a periodontite dispõe de protocolos bem definidos e eficazes nas fases de controlo do biofilme. Já na peri-implantite, a evidência científica para o sucesso terapêutico ainda é limitada, sendo o principal objetivo a descontaminação da superfície do implante.
- Análise bibliométrica sobre disfunção temporomandibular e bruxismoPublication . Neves, Andresa Santos das; Torre Canales, Giancarlo de laA Disfunção Temporomandibular (DTM) e o bruxismo são condições multifatoriais frequentemente inter-relacionadas, que afetam a articulação temporomandibular, os músculos mastigatórios e estruturas associadas. Ambas geram impactos clínicos, funcionais e psicossociais significativos. O bruxismo é reconhecido como fator de risco e perpetuador da DTM, e a sua interação complexa requer um manejo clínico adequado. Dentre as diversas abordagens terapêuticas disponíveis, as goteiras oclusais destacam-se como uma estratégia conservadora amplamente empregada no tratamento de ambas as condições. Apesar do seu uso disseminado, a evidência científica sobre a eficácia das goteiras permanece heterogênea. Neste contexto, o presente estudo realizou uma análise bibliométrica da literatura sobre goteiras no tratamento da DTM e do bruxismo, com o objetivo de identificar tendências de pesquisa, principais áreas de interesse e colaborações científicas no campo. Os resultados visam fornecer subsídios para a prática clínica baseada em evidência e orientar futuras linhas de investigação
- Influência da genética e do ambiente no microbioma oral : importância dos estudos com gémeosPublication . Inoubli, Rabeb; Bessa, LucindaO microbioma oral é um ecossistema complexo e dinâmico, essencial para a saúde humana. Abriga uma diversidade de microrganismos que interagem com o hospedeiro e o ambiente, mantendo a homeostasia da cavidade oral. Compreender os fatores que moldam este ecossistema representa um dos grandes desafios da ciência biomédica contemporânea: em que medida a composição do microbioma oral é determinada pelo património genético, ou pelos fatores ambientais a que estamos expostos ao longo da vida? O objetivo desta revisão narrativa foi, precisamente, reunir um conjunto de literatura científica recente, centrada na influência interdependente da genética e do ambiente na modulação do microbioma oral, com base no modelo dos estudos com gémeos. A pesquisa bibliográfica foi feita nas bases PubMed, Scopus e Web of Science, usando palavras-chave como: Microbioma Oral, Gémeos, Genética, Ambiente. Foram considerados, maioritariamente, artigos publicados a partir de 2015. Se fatores como dieta, higiene oral, uso de antibióticos, tabagismo e contexto socioeconómico influenciam profundamente o microbioma oral, também é reconhecido que fatores genéticos, imunológicos e epigenéticos podem impactar a estabilidade de certos perfis bacterianos. Perante esta complexidade, os estudos com gémeos impõem-se como uma metodologia de referência de valor inestimável, já amplamente utilizada noutras disciplinas da biomedicina, oferecendo uma oportunidade única e um modelo natural privilegiado para abordar esta problemática. Ao comparar gémeos monozigóticos, com identidade genética quase idêntica, com gémeos dizigóticos, com semelhança genética comparável à de irmãos comuns, permitem isolar com maior precisão os efeitos da genética e do ambiente, identificar marcadores microbianos ou imunológicos específicos, reveladores da variabilidade fenotípica, e avaliar a heriditariedade das respostas imunológicas aos patogénios orais. O crescente interesse por esses estudos decorre de sua importância na formulação de estratégias preventivas e terapêuticas personalizadas, ao permitirem distinguir com precisão fatores inatos e adquiridos, base fundamental para abordagens integrativas em saúde oral e sistêmica
- Guia de gestão de traumatismos dentáriosPublication . Belkadi, Amine Chakir; Rebola, JorgeOs traumatismos dentários representam uma emergência frequente na prática odontológica, especialmente em crianças. Com origem multifatorial anatómica, comportamental e ambiental, estas lesões exigem diagnóstico rápido, tratamento adaptado e acompanhamento prolongado. A dentição decídua, pelas suas particularidades morfológicas e proximidade com os germes dentários permanentes, está particularmente vulnerável, podendo os traumatismos resultar em sequelas como hipoplasia do esmalte, dilacerações ou perturbações de erupção. A gestão eficaz depende de fatores como a gravidade da lesão, o desenvolvimento radicular e a precocidade da intervenção. As « guidelines » da IADT (Associação Internacional de Traumatologia Dentária ) fornecem protocolos atualizados para orientar o clínico, desde a consulta de urgência até ao seguimento a longo prazo. Nos dentes permanentes imaturos, preserva-se prioritariamente a vitalidade pulpar, enquanto nos dentes com desenvolvimento radicular completo é muitas vezes necessário tratamento endodôntico. As complicações tardias incluem necrose, reabsorções (inflamatórias ou por substituição), anquilose e obliteração do canal radicular. Nestes casos, a vigilância clínica e radiográfica sistemática é crucial. A prevenção é um pilar central e envolve medidas adaptadas à idade, educação de pais e profissionais, uso de protetores bucais e viseiras em atividades de risco, e identificação precoce de maloclusões suscetíveis de aumentar o risco traumático. A aplicação móvel ToothSOS e as diretrizes da IADT reforçam o papel dos profissionais de saúde oral na prevenção, na orientação e no treino de primeiros socorros. Finalmente, o impacto funcional, estético e psicossocial destes traumatismos exige uma abordagem multidisciplinar, desde o alívio da dor até à reabilitação protética, com atenção à autoestima da criança. Uma intervenção precoce, baseada em evidência, é essencial para preservar a saúde oral e a qualidade de vida do paciente.
- O papel da disfunção mitocondrial na patogénese da doença periodontalPublication . Rivières, Guillaume Thomas; Bessa, LucindaA periodontite é uma doença inflamatória crónica caracterizada pela destruição dos tecidos de suporte dos dentes, resultante de uma interação complexa entre bactérias patogénicas orais e a resposta imunitária do hospedeiro. As mitocôndrias são organelos essenciais para a produção de energia celular e para a regulação de processos fundamentais como a apoptose, desempenhando um papel central na inflamação oral, assim como na modulação do stress oxidativo e das respostas imunitárias. Na periodontite, uma resposta inflamatória excessiva provoca uma grande produção de espécies reativas de oxigénio (ROS), que exacerba as lesões tecidulares. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados PubMed, Scopus e Web of Science, utilizando palavras-chave como "disfunção mitocondrial", "doença periodontal", "stress oxidativo" e "resposta inflamatória", privilegiando principalmente artigos publicados após 2015. Nesta revisão narrativa foram explorados os mecanismos da disfunção mitocondrial nas doenças periodontais, destacando o papel chave do stress oxidativo e a interação bidirecional entre mitocôndrias e inflamação oral. Foram também abordadas as anomalias estruturais e funcionais das mitocôndrias frequentemente observadas nestas patologias e as suas repercussões sistémicas, demonstrando a sua importância como alvos terapêuticos potenciais para controlar a inflamação e favorecer a regeneração tecidular. Como conclusão, a evidência atual mostra que a disfunção mitocondrial desempenha um papel central na progressão da periodontite ao favorecer o stress oxidativo e a inflamação. A utilização das mitocôndrias como alvo terapêutico configura-se como uma estratégia terapêutica promissora para limitar os danos inflamatórios e restaurar o equilíbrio celular nas doenças periodontais. Contudo, a literatura ainda é limitada nessa área, o que reforça a importância de dar continuidade à investigação, visando o desenvolvimento de abordagens viáveis e seguras.
- O papel da amamentação no crescimento e evolução oro-facial do bebéPublication . Cordonnier, Thaïs; Kizi, Gunel; Barata, Ana RaquelAtualmente, os diversos governos europeus estão alinhados com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para melhorar o equilíbrio alimentar, especialmente no que diz respeito à amamentação. Assim, de acordo com a OMS:
- Abordagem cirúrgica das recessões gengivais no 5° sextante : evidência científicaPublication . Lapère, Pierre Gérard Marie Josèphe; Santos, Alexandre MiguelEntre as diferentes regiões da cavidade oral, o setor incisivo-canino mandibular, designado como o 5º sextante, apresenta a maior prevalência de recessões gengivais. Essa alta frequência explica-se tanto pela diversidade de suas etiologias quanto por suas particularidades anatômicas desfavoráveis: profundidade do vestíbulo reduzido, inserções musculares elevadas, um freio labial proeminente, quantidade limitada de gengiva queratinizada, fenótipo gengival fino e uma tábua óssea vestibular delgada. Essas limitações anatómicas aumentam a dificuldade de se obter um recobrimento radicular total previsível e duradouro, ressaltando a necessidade de uma abordagem terapêutica rigorosa, personalizada e adaptada a cada situação clínica. As técnicas cirúrgicas para o tratamento das recessões gengivais evoluíram significativamente, especialmente no 5º sextante, a fim de superar suas particularidades anatômicas. Entre as abordagens iniciais, o enxerto gengival livre foi durante muito tempo o método preferido para aumentar a faixa de gengiva queratinizada e manter os tecidos periodontalmente saudáveis. Posteriormente, o surgimento das técnicas de retalho, como o retalho de avanço coronal ou o retalho rodado lateralmente, permitiu uma melhora significativa dos resultados, especialmente em termos de recobrimento radicular. Mais recentemente, a técnica de tunelização passou por evoluções: desenvolvimento da técnica do túnel de avanço coronal modificado, a técnica VISTA (Vestibular Incision Subperiosteal Tunnel Access), ou a técnica de túnel fechado lateralmente. Esta revisão narrativa teve como objetivo ajudar os clínicos na escolha da abordagem terapêutica mais adequada para o tratamento das recessões gengivais no 5º sextante, apresentando as indicações clínicas e comparando a eficácia das diferentes técnicas cirúrgicas. A avaliação foi baseada em parâmetros clínicos como a taxa de recobrimento radicular médio e completo, bem como o aumento da gengiva queratinizada, com base na evidência científica disponível na literatura.