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O papel da amamentação no crescimento e evolução oro-facial do bebé
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Abstract(s)
Atualmente, os diversos governos europeus estão alinhados com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para melhorar o equilíbrio alimentar, especialmente no que diz respeito à amamentação. Assim, de acordo com a OMS: <Todos os bebés devem ser amamentados exclusivamente desde o nascimento até os 6 meses de idade. As mães devem ser aconselhadas e receber apoio para amamentação
exclusiva em cada contato pós-natal.=
A literatura destaca a importância da amamentação prolongada na prevenção de maloclusão, no estímulo ao crescimento sagital da mandíbula e na correção da oclusão.
A função é vista como o principal fator no desenvolvimento das características faciais e oclusais, com a genética tendo um papel secundário. Os benefícios da amamentação materna para a saúde geral da criança são bem conhecidos. No entanto, as recomendações muitas vezes não estabelecem uma conexão clara entre amamentação, saúde e crescimento orofacial. Durante esta reflexão, questionaremos se essas vantagens também se estendem aos aspetos orofaciais e à saúde oral.
Numa primeira fase, vamos analisar a amamentação de uma maneira geral, com definições e fisiologia da lactação, anatomia da glândula mamaria e da cavidade oral do recém-nascido e os mecanismos na produção de leite e na sequência da amamentação.
Numa segunda parte, vamos destacar as consequências fisiológicas da amamentação em comparação ao biberão, em particular no crescimento mandibular e na sincronização das funções, como o desenvolvimento da respiração nasal, o controle do fluxo e a deglutição.
Numa última observação, enfatizaremos o impacto do método de alimentação no desenvolvimento ou na proteção de maloclusões nas dimensões vertical, sagital e transversal, assim como as controvérsias sobre o tema ressaltadas por certos estudos. Por fim, iremos avaliar o envolvimento dos vários profissionais de saúde na resolução destes potenciais problemas.
Currently, various European governments are aligned with the World Health Organization (WHO) recommendations to improve nutritional balance, especially regarding breastfeeding. According to the WHO: "All infants should be exclusively breastfed from birth to 6 months of age. Mothers should be counseled and supported for exclusive breastfeeding at every postnatal contact." The literature highlights the importance of prolonged breastfeeding in preventing malocclusion, stimulating sagittal mandibular growth, and promoting proper occlusion. Function is seen as the main factor in the development of facial and occlusal characteristics, while genetics plays a secondary role. The benefits of maternal breastfeeding for a child's overall health are well known. However, recommendations often fail to clearly link breastfeeding with oral and orofacial development. In this reflection, we will explore whether these advantages also extend to orofacial aspects and oral health. In the first part, we will examine breastfeeding in general, including definitions and the physiology of lactation, the anatomy of the mammary gland and the newborn's oral cavity, as well as the mechanisms of milk production and the sequence of breastfeeding. In the second part, we will highlight the physiological consequences of breastfeeding compared to bottle feeding, particularly regarding mandibular growth and the synchronization of functions such as the development of nasal breathing, flow control, and swallowing. In a final observation, we will emphasize the impact of feeding methods on the development or prevention of malocclusions in the vertical, sagittal, and transverse dimensions, as well as the controversies on the subject highlighted by certain studies. Finally, we will assess the involvement of various healthcare professionals in addressing these potential issues.
Currently, various European governments are aligned with the World Health Organization (WHO) recommendations to improve nutritional balance, especially regarding breastfeeding. According to the WHO: "All infants should be exclusively breastfed from birth to 6 months of age. Mothers should be counseled and supported for exclusive breastfeeding at every postnatal contact." The literature highlights the importance of prolonged breastfeeding in preventing malocclusion, stimulating sagittal mandibular growth, and promoting proper occlusion. Function is seen as the main factor in the development of facial and occlusal characteristics, while genetics plays a secondary role. The benefits of maternal breastfeeding for a child's overall health are well known. However, recommendations often fail to clearly link breastfeeding with oral and orofacial development. In this reflection, we will explore whether these advantages also extend to orofacial aspects and oral health. In the first part, we will examine breastfeeding in general, including definitions and the physiology of lactation, the anatomy of the mammary gland and the newborn's oral cavity, as well as the mechanisms of milk production and the sequence of breastfeeding. In the second part, we will highlight the physiological consequences of breastfeeding compared to bottle feeding, particularly regarding mandibular growth and the synchronization of functions such as the development of nasal breathing, flow control, and swallowing. In a final observation, we will emphasize the impact of feeding methods on the development or prevention of malocclusions in the vertical, sagittal, and transverse dimensions, as well as the controversies on the subject highlighted by certain studies. Finally, we will assess the involvement of various healthcare professionals in addressing these potential issues.
Description
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Universitário Egas Moniz
Keywords
Amamentação Crescimento oro-facial do bebé Odontopediatria Ortodontia