ESAP - Mestrados : Dissertações
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- A Paisagem de LuandaPublication . Costa, Jandira; Silva, FilipeEste trabalho propõe o estudo de uma unidade de paisagem urbana localizada no centro da cidade de Luanda. A definição de paisagem torna-se fundamental para a compreensão e reconhecimento das características físicas e simbólicas da área de estudo. No âmbito da investigação, a definição de paisagem é dada pelos fundamentos de base da Convenção Europeia da Paisagem, a qual define de forma clara o seu significado. Neste sentido, entendese a paisagem intrínseca à atividade humana (pelos seus factores humanos) e como factor que agrega as formas naturais da terra (pelos seus factores naturais). Escreve-se sobre paisagem do ponto de vista espacial; o ponto de vista do arquiteto. É nesta condição que persiste o desejo de conciliação entre paisagem e arquitetura, agregada à clara consciência da necessidade de partilha de propósitos. O trabalho passa por duas fases distintas em que, na primeira, faz-se uma breve apresentação do lugar. Na segunda fase, definem-se os conceitos chave associados a esta temática, partindo para uma análise mais detalhada da paisagem, segundo a sua estrutura, identidade e significado. A análise conduznos ainda para a construção de uma ideia de cidade que prevalece no imaginário colectivo. Para onde nos transporta a paisagem do centro de Luanda? Nesta acepção, a memória é vista como uma continuidade temporal, uma linha que nos conduz à estrutura urbana do centro cidade de Luanda, através de vínculos identitários que se estabelecem pelo reconhecimento e apropriação de lugares marcados na memória. É sobre estes contextos que será analisada a paisagem da área de estudo como um símbolo de cultura, memória e história.
- Sistema Modular para uma Habitação Evolutiva a Custos ControladosPublication . Fernandes, Alexandre; Cannatà, MicheleO âmbito desta investigação prende-se com a necessidade de investigação acerca do uso de sistemas modulares como estratégia para a conceção de habitação evolutiva no sentido de responder às necessidades de construção a custos controlados. Neste sentido, analisa se o programa/projeto evolutivo tendo em consideração os agentes intervenientes num processo desta natureza e as eventuais condicionantes que possam restringir o seu desenvolvimento. O papel do arquiteto é de um mediador entre as diferentes entidades envolventes num projeto evolutivo. Através da análise, dos casos de estudo do Bairro da Malagueira e a Quinta Monroy do Elemental, procurou se perceber como se desenvolveram as fases do projecto evolutivo, as vantagens confirmadas das transformações das habitações e as implicações que estes casos sofreram ao longo do tempo. A habitação evolutiva é um programa que se adapta de forma positiva não só ao problema da carência habitacional, já que possibilita a partilha de responsabilidade (arquiteto/promotor/construtor/usuário), e assume um projeto faseado, facilitando todo o processo que envolve este tipo de construção, não só burocrático, mas também (e principalmente) económico.
- Eixo Mouzinho − FloresPublication . Carapuço, Susana; Flores, JoaquimÉ inegável que o centro histórico do Porto é o palco de uma transformação radical num curto espaço de 6 anos (2009 – 2015). Ela está à vista de todos aqueles que circulam pelas suas ruas e utilizam os seus edifícios. O foco desta tendência encontra-se na área delimitada eixo Mouzinho-Flores - que corresponde à maior operação feita até à data – sendo assim o exemplo mais ilustrativo das novas dinâmicas de reabilitação urbana. Estudar estas dinâmicas é um trabalho de investigação essencial na medida em que, não só se compila informação diversa registando a última fase da evolução do território mas também se reflete sobre o futuro e orientação que esta está a tomar, assim como sobre a qualidade, pertinência e sustentabilidade do que se fez até então.
- Arquitetura e Fotografia: relações, interpretações e aplicaçõesPublication . NEVES, Ricardo Espinheira; MAIA, Maria Helena; TREVISAN, AlexandraDesde o aparecimento da fotografia, que este medium é alvo de teorias, opiniões e debates. Podemos afirmar que a sua capacidade mimética em relação ao real é um dos principais fatores de fascínio, potenciando várias interpretações por parte dos teóricos dedicados a este tema. As possibilidades oferecidas pela fotografia, tornaram este meio um dos principais responsáveis na divulgação da Arquitetura Moderna. As diferentes abordagens fotográficas, com todas as suas características, provocam diferentes opiniões. A sua relação com a arquitetura, pode ser observada nos trabalhos dos fotógrafos devotados à sua divulgação. Em Portugal, o olhar de fotógrafos, como Teófilo Rego e Mário Novais, permitiu-nos revisitar uma época, onde a fotografia se assume como um dos principais meios de propaganda. A representação arquitetónica permite-nos assim, aumentar a nossa compreensão sobre a construção de uma sociedade moderna. Cada fotografia é representativa de uma denúncia sobre determinado tema. O trabalho pessoal do fotógrafo Teófilo Rego, é realizado essencialmente na Baixa do Porto, retratando os diferentes valores de um local com fortes raízes históricas. As intervenções por parte do fotógrafo alteraram pontos de vista da cidade. Por outro lado, as diferentes iniciativas elaboradas na época, por parte dos estudantes da ESBAP e dos próprios arquitetos, que consistiam no melhoramento das zonas da cidade com piores condições de vida, criaram uma consciencialização da responsabilidade social das diversas atividades. As diferentes relações entre a arquitetura e fotografia tornam-se assim, o principal objeto de estudo da minha investigação.
- Esquisso: Linguagem Criativa da ArquitecturaPublication . Cardoso, Ana; Guimarães, José LuísA pertinência do esquisso na concretização de ideias é plasmada nas primeiras reflexões e percepções. Este integra uma componente abstracta, que vincula uma intenção pragmática e poética com o próprio conceito. É um espelho das passagens do pensamento inserido num contexto conceptual, que, muitas vezes, não é explícito. Traduz dialéctica consciente entre a incerteza do saber e a expectativa, que pode desabrochar no conceito de arquitectura sobre o qual o arquitecto se apoia, numa visão retroactiva. Transmite e clarifica, subtilmente, para o suporte material, visões, objectivos e intenções, criando e recriando um momento pessoal e único do arquitecto aquando da absorção da energia do espaço. Há uma vontade intrínseca de traçar o que os nossos olhos veem, e nesse momento o cérebro anseia por identificar-se com o mundo e com a linha marcada. A aptidão de conseguir elucidar a realidade exterior ou imaginada num só desenho de índole abstracta, é uma fonte de prazer e desenvolvimento quer intelectual, quer artística. O esquisso, enquanto elo de ligação e elemento ordenador do pensamento no contexto arquitectónico, explora as possibilidades de transformar uma visão ou memória alheia numa realidade funcional e futura, satisfazendo como ferramenta nesta busca incessante pela elucidação da realidade exterior. Através da revisão literária e da análise documental à diversa obra gráfica do arquitecto Eduardo Souto de Moura, procura-se reflectir, nesta dissertação, sobre a importância do esquisso no processo criativo e das suas faculdades enquanto catalisador da expressão artística e arquitectónica. A presente investigação argumenta que o esquisso se assume como recurso essencial metodológico para a arquitectura, uma alavanca impulsionadora do acto criativo que contribui como potencial de qualidades expansíveis e transformadoras da visão arquitectónica, materializando o que existe além do olhar tangível e da mente, e potencializando a visão e espírito crítico do arquitecto face ao mundo que o rodeia.
- OS QUATRO ELEMENTOS DA ARQUITECTURA, INTERPRETAÇÕES A PARTIR DA TEORIA DE GOTTFRIED SEMPERPublication . Oliveira Martins, Francisca; Sales, FátimaEsta dissertação procura verificar os caminhos que G. Semper abriu para a teoria contemporânea. Daí e de acordo com este desejo, esta posição estrutura-se a partir de capítulos que se afirmam como pequenos ensaios, que podem ser vistos de forma autónoma - e nos quais se exploram conceitos básicos do construir, em conjunto com descrições concretas dos processos, reflexões teóricas, orientação prática da arquitectura – mas que na dissertação se constituem como partes que se relacionam procurando a coerência do todo. Como fundamento desta visão panorâmica, a perspectiva exposta submete-se a uma articulação temática, o que permite uma rápida localização, sendo, no entanto, os elementos gráficos e fotográficos remetidos para anexo, conforme orientações regulamentares. Depois da introdução expõe-se, em cada capítulo específico, conceitos, pontos centrais de temas aos quais se volta com o objectivo de demonstrar até que ponto a expressão arquitectónica depende da sua concepção construtiva. A par dos elementos também os princípios semperianos: material, técnica e finalidade orientam esta dissertação no sentido de descortinar as formas essenciais ou iniciais, que, não obstante, perdem capacidade no processo de maturação e com isto na prática da arquitectura. Admite-se à semelhança de Semper que se pode alcançar um estilo de liberdade. Outro aspecto importante é a ideia que se deu à materialização como essência da arte, sem deixar de descortinar a arquitectura como um reflexo de uma sociedade e da sua época.
- USO E APROPRIAÇÃO EM ARQUITECTURA - DOIS CASOS DE ESTUDOPublication . Ramos, João Gonçalo; Maia, HelenaPartindo de alguns pressupostos teóricos de autores que trabalharam este tema, como é o caso de noção de Arquitectura Pobre de Pedro Vieira de Almeida, dos estudos de Nuno Portas dos anos 60/70 e da interpretação de territorialidade de Robert David Sacks, entre outros, procurei compreender as relações entre o projecto e o seu uso. A partir do corpo teórico estudado sobre o tema, tentei identificar os mecanismos de apropriação da arquitectura construída, os processos e expectativas de uso presentes no projecto e a articulação com as condicionantes legais e sociais que em cada caso lhe são inerentes. Para isso, selecionei dois casos de estudo, a partir dos quais tentarei construir uma interpretação espacial analítica assente no programa de projecto, no valor do uso, nos modos de apropriação e no eventual engajamento político e económico presente nos exemplos em causa. Como exemplos de demonstração escolhi tratar as propostas de habitação evolutiva de Álvaro Siza para a Quinta da Malagueira (1973) e de Alejandro Aravena para a Quinta Monroy (2010).
- ATMOSFERAS: A EXPERIÊNCIA NA OBRA DE PETER ZUMTHORPublication . Dias, Ricardo; Mendes, SérgioO presente trabalho académico reflecte o interesse em aprofundar a relação que se dá entre o carácter construtivo e material da arquitectura, e do lado sensorial e emocional do ser humano. O nosso principal interesse é o de estudar o desenrolar da experiência sensorial que decorre nos edifícios, e como é que isso pode ser manipulado pelo arquitecto. Procurámos a princípio abordar brevemente o tema dos órgãos sensoriais humanos, como seus instrumentos de percepção e a vertente fenomenológica da filosofia, para conseguirmos ter um melhor entendimento dos complexos fenómenos da percepção humana. De seguida concentrámo-nos na discussão do tema das "atmosferas" em arquitectura, que representa a relação que decorre entre todas as características físicas e materiais componentes dos espaços arquitectónicos e a percepção humana deles. Analisámos ainda o método de trabalho do arquitecto Peter Zumthor, para compreendermos melhor o papel deste tema no seu processo conceptual. Na fase final do trabalho realizámos uma investigação a duas obras deste arquitecto que visitámos, o Museu Kolumba (Colónia, Alemanha) e a Capela de Bruder Klaus (Wachendorf, Alemanha). Tentámos descrever e analisar a experiência vivida nestes edifícios, e verificar como o arquitecto trabalhou em função desse tema.
- Mitos e Lendas Populares: Importância no Imaginário do Cinema PortuguêsPublication . Rodrigues Silva, Carina; Araújo, NelsonAnalisar o imaginário constitui o grande objetivo deste trabalho. A finalidade é comprovar como os mitos e lendas populares estimulam a imaginação e como esta encontra no cinema um dispositivo crucial no diálogo entre os mais diversos tipos de imagens e na interação entre o real e o utópico. Assim proponho-me explorar e desconstruir a componente imaginativa, demonstrando, como por exemplo “Veredas” [1978] de João César Monteiro, através de elementos visuais como as paisagens, fotografias e elementos auditivos como a voz-off, consegue construir uma viagem ao coração de Portugal, fundamentada em mitos e canções populares. Demonstrar como a verdadeira "alma" da cultura e da história portuguesa nos mitos e no folclore camponês presentes na remota região do extremo norte de Portugal são transportados para o filme “Trás-os-Montes” [1976] codirigido por António Reis e sua mulher Margarida Cordeiro, por meio da semiótica do cinema, através da análise da imagem que é algo extralinguístico, o que está lá para além da narração. A dissertação tem como objetivo principal identificar através da leitura dos filmes e de outros elementos a singularidade e a originalidade que algumas obras como as de António Reis, Margarida Cordeiro, João César Monteiro, Miguel Gonçalves Mendes e Manoel de Oliveira são fortemente marcadas e inspiradas por mitos ou lendas populares que em tempos lhes foram contadas e permaneceram em suas memórias e os inquietaram ao ponto de necessitarem de as perpetuar dando-lhes corpo e forma. O corpus fílmico é constituído por diversificados filmes, para assim reforçar a afirmação de que os mitos e lendas populares são importantes e estimulam o processo criativo de um realizador.
- O ESTRANHAMENTO COGNITIVO NO CINEMA DE WERNER HERZOG: AS RETÓRICAS DO DOCUMENTÁRIO E DA FICÇÃO CIENTÍFICA NOS FILMES LIÇÕES DA ESCURIDÃO E ALÉM DO AZUL SELVAGEMPublication . Ribeiro, Deborah Lemes; Rosa, LilianaO presente estudo objetivou analisar dois filmes Além do azul selvagem /The Wild Blue Yonder (2005) e Lições da escuridão / Lektionen in Finsternis (1992),do realizador Werner Herzog, com vistas a investigar a existência de aspectos do estranhamento cognitivo nestas produções. Os filmes foram selecionados pela utilização intercalada de duas retóricas cinematográficas, a da ficção científica e o documentário, utilizadas pelo realizador para comunicar uma verdade sublime, que vai além da realidade factual. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de investigação e análise fílmica, tendo como base os fundamentos da teoria crítica, que possibilita o aprofundamento teórico e a análise. Desta forma, explanamos sobre os gêneros da ficção científica e documentário, o modelo narrativo clássico e sua negação, o estranhamento cognitivo, e a hibridização da ficção e não-ficção, a luz das teorias críticas. Nos remetemos as ideias de Bertolt Brecht e Serguei Eisenstein para mediar a análise dos filmes. Concluímos que foi possível relacionar o que Herzog chama de verdade extática, com o estranhamento cognitivo nas películas analisadas. O formato híbrido encontrado uniu a retórica da ficção científica e do documentário, o que consiste em um facilitador para a localização dos problemas sociais, formação de sujeitos mais perceptivos e críticos com relação a condição individual, e seu papelcomo agente de mudanças coletivas.