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Analisar o imaginário constitui o grande objetivo deste trabalho. A finalidade é comprovar como os mitos e lendas populares estimulam a imaginação e como esta encontra no cinema um dispositivo crucial no diálogo entre os mais diversos tipos de imagens e na interação entre o real e o utópico.
Assim proponho-me explorar e desconstruir a componente imaginativa, demonstrando, como por exemplo “Veredas” [1978] de João César Monteiro, através de elementos visuais como as paisagens, fotografias e elementos auditivos como a voz-off, consegue construir uma viagem ao coração de Portugal, fundamentada em mitos e canções populares. Demonstrar como a verdadeira "alma" da cultura e da história portuguesa nos mitos e no folclore camponês presentes na remota região do extremo norte de Portugal são transportados para o filme “Trás-os-Montes” [1976] codirigido por António Reis e sua mulher Margarida Cordeiro, por meio da semiótica do cinema, através da análise da imagem que é algo extralinguístico, o que está lá para além da narração.
A dissertação tem como objetivo principal identificar através da leitura dos filmes e de outros elementos a singularidade e a originalidade que algumas obras como as de António Reis, Margarida Cordeiro, João César Monteiro, Miguel Gonçalves Mendes e Manoel de Oliveira são fortemente marcadas e inspiradas por mitos ou lendas populares que em tempos lhes foram contadas e permaneceram em suas memórias e os inquietaram ao ponto de necessitarem de as perpetuar dando-lhes corpo e forma. O corpus fílmico é constituído por diversificados filmes, para assim reforçar a afirmação de que os mitos e lendas populares são importantes e estimulam o processo criativo de um realizador.
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Cinema Mitos Lendas Populares Cultura Imaginário