EM - IUEM - Ciências Farmacêuticas
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Browsing EM - IUEM - Ciências Farmacêuticas by advisor "Aguiar, João Pedro"
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- O aconselhamento sobre a corticoterapia tópica prestado em farmácia comunitáriaPublication . Morais, Catarina Mourão Lamy da Cruz; Aguiar, João Pedro; Santos, DanielaIntrodução: O aumento de utentes com queixas dermatológicas tem evidenciado a importância do aconselhamento, sobretudo na vertente dos corticosteroides tópicos (CT). Alguns estudos têm demonstrado lacunas no conhecimento e na prática sobre o aconselhamento de CT, mas poucos são aqueles que têm focado esta problemática em profissionais de farmácia. Objetivos: Avaliar o conhecimento real e percecionado dos profissionais de farmácia sobre o aconselhamento de CT e caracterizar a prática diária dos mesmos relativamente ao aconselhamento de CT. Métodos: Foi realizado um estudo transversal (abril-junho 2023), destinado a todos os profissionais de farmácia (farmacêuticos, técnicos de farmácia – TF e técnicos auxiliares de farmácia – TAF), tendo-se estimado uma amostra de 261 profissionais. Foi enviado um e-questionário via mailmarketing e redes sociais, com o objetivo de avaliar o conhecimento (percecionado – através de uma escala de Likert de 5 itens – e real – através de casos clínicos, com um score final entre 0-20 pontos) e a prática diária relativamente ao aconselhamento de CT. Foi realizada estatística uni- e bivariada e regressão logística, considerando-se um intervalo de confiança de 95% (IBM SPSS v.29). Resultados: Obtiveram-se 176 participantes. A maioria dos profissionais de farmácia sentiam-se confiantes com o aconselhamento de CT, tendo-se verificado que a maioria deles (56,3%; n=99) tinha um bom conhecimento real sobre o tema (score médio de 13,14±3,14 pontos). Na prática diária, 75% (n=132) dos profissionais de farmácia sentem que existem barreiras no aconselhamento de CT, sendo as mais comuns falta de informação e relutância dos utentes ao uso de CT. Conclusão: Verificou-se uma elevada confiança e conhecimento no aconselhamento de CT por parte dos profissionais de farmácia, embora a maioria reconheça a existência de barreiras na sua prática a um bom aconselhamento. Futuras intervenções educativas devem ser desenvolvidas com base nas lacunas aqui identificadas.
- Caracterização do padrão de consumo de psicofármacos em estudantes universitáriosPublication . Nunes, Catarina Teixeira; Aguiar, João PedroIntrodução: A prevalência das doenças mentais, em estudantes universitários, tem vindo a aumentar ao longo do tempo e são escassos os estudos que se focam no padrão de consumo de psicofármacos e sintomas de insónia, depressão e ansiedade/stress. Objetivos: Caracterizar o padrão de consumo de psicofármacos nos estudantes universitários e caracterizar a sua qualidade do sono, sonolência diurna, sintomas depressivos e stress percecionado. Métodos: Foi realizado um estudo transversal (Fevereiro-Julho 2024), através do desenvolvimento e disseminação de um questionário aplicado a estudantes universitários (amostra prevista de 384 estudantes). Este questionário foi disseminado através das redes sociais e de instituições de ensino e pretendia oferecer uma caracterização sociodemográfica da amostra, da sua carga horária letiva e/ou laboral, do consumo de psicofármacos e da prevalência de sonolência diurna, qualidade de sono, sintomas depressivos e stress percecionado. Os resultados foram tratados com recurso a estatística uni- e bivariada (IBM SPSS v.29). Resultados: Dos 354 participantes, a maioria era do sexo feminino (71,8%; n=254) com uma idade média de 20 ± 2,3 anos. Em relação ao consumo de psicofármacos, observouse que, 37,5% (n=99) já consumiu psicofármacos e 10,5% (n=37) ainda consumia atualmente, sendo que a classe mais utilizada os antidepressivos, nomeadamente os ISRS. Em termos de sintomas, verificou-se que a maioria dos estudantes apresentavam sonolência diurna excessiva (51,7%; n=183), pobre qualidade de sono (85,0%; n=301), sintomas depressivos ligeiros a moderados (59,9%; n=212) e um stress percecionado médio de 20,52 ± 7,02 pontos. Estes resultados foram ainda mais significativos quando observados apenas no grupo que consumia psicofármacos. Conclusão: Verificou-se que uma percentagem ainda importante da amostra que consumia psicofármacos, apresentando também uma percentagem importante de sintomas de insónia, depressão e ansiedade. Estes dados são preocupantes, porque podem apontar para uma percentagem de estudantes não medicados ou que podem vir a desenvolver no futuro perturbações mentais.
- Caracterização do serviço de cessação tabágica nas farmácias comunitáriasPublication . Cunha, Laura Gouveia da Costa e; Aguiar, João Pedro; Silva, Patrícia CavacoIntrodução: O tabagismo é a principal causa de morte evitável a nível mundial e uma das principais ameaças à saúde pública. O Serviço de Cessação Tabágica (SCT) é prestado pelas Farmácias Comunitárias, contudo, há pouca informação acerca da forma como é prestado e o perfil dos utentes em acompanhamento. Objetivos: Os principais objetivos deste trabalho foram caracterizar a forma como é prestado o SCT nas farmácias comunitárias portuguesas e caracterizar os utentes que se encontram em acompanhamento neste serviço. Métodos: Realizou-se um estudo transversal (fevereiro – agosto 2024), onde se aplicou um questionário online, direcionado a todas as farmácias comunitárias portuguesas que prestam o SCT e disseminado através do Departamento de Projetos e Serviços do Grupo Holon e das redes sociais. A análise de dados foi realizada com recurso a medidas de dispersão central e medidas de frequência relativa. Resultados: Obteve-se uma amostra de 12 farmácias, sendo que 75,0% (n=9) das farmácias cobrava o SCT. A maioria das farmácias participantes (91,7%; n=11) referiu não ter colaboração com outros profissionais de saúde e que as consultas eram exclusivamente presenciais. Verificou-se que 83,3% (n=10) das farmácias não realizava acompanhamento pós-cessação tabágica para avaliar a manutenção da abstinência tabágica. A falta de: interesse por parte do utente (75,0%; n=9), tempo dos profissionais de farmácia aquando da realização do serviço (66,7%; n=8), colaboração de outros profissionais de saúde (66,7%; n=8) e valorização e visibilidade do serviço (58,3%; n=7) foram as principais barreiras identificadas na prestação do serviço. Conclusão: Apesar da baixa taxa de resposta, verificou-se que poucos utentes beneficiaram do SCT e que existe falta de colaboração entre os profissionais de saúde no serviço. Várias barreiras na prestação do SCT foram identificadas, sendo necessário ultrapassá-las, de forma a melhorar o serviço.
- Identificação de potenciais complexidades terapêuticas no doente idoso institucionalizado : o exemplo do idoso com demênciaPublication . Romão, Cristiana Sobral; Aguiar, João PedroIntrodução: Os idosos institucionalizados e com demência têm maior risco de apresentar complexidade terapêutica, que inclui fenómenos como Medicamentos Potencialmente Inadequados (MPI), interações medicamentosas clinicamente relevantes (crDDI), e a utilização de medicamentos com elevado risco de efeitos anticolinérgicos. Objetivo: Avaliar a prevalência de complexidade terapêutica, MPI, crDDI e medicação com elevado risco de efeitos anticolinérgicos e estudar fatores preditores para um elevado risco de experienciar complexidade terapêutica. Métodos: Foi realizado um estudo transversal com recurso a dados secundários provenientes de residências seniores (2015-2019). A prevalência de complexidade terapêutica foi definida como o residente apresentar pelo menos um dos seguintes fenómenos: MPI (identificados através dos Critérios de Beers de 2019 e dos critérios EU(7)PIM – operacionalizada em 2021 para Portugal); crDDI (através do Drug Interaction Checker – Medscape -, e Resumo de Características do Medicamento – RCM); e índex anticolinérgico (calculado através da escala ACB). Os fatores preditores foram identificados com recurso a uma regressão logística. Resultados: Dos participantes cerca de 34,0% (n=79) apresentavam demência, sendo que 79,7% (n=63) eram do sexo feminino com uma média de idade de 84±6,8 anos. A prevalência de MPI foi de cerca de 96,2% (n=76) e 86,1% (n=68) com recurso aos critérios de Beers de 2019 e EU(7)PIM, respetivamente. A prevalência de crDDI foi de 44,2% (n=34), enquanto a prevalência de medicamentos com elevado risco de efeitos anticolinérgico foi de 62,3% (n=48). Os fatores preditivos de elevado risco de complexidade terapêutica foram o número de crDDI (OR 4,50; 95% CI 2,29-8,81), idade superior a 85 anos (OR 3,33; 95% CI 1,02-10,92) e o score ACB obtido (OR 2,64; 95% CI 1,69-4,14). Conclusão: Concluiu-se que idosos com demência têm uma prevalência superior de complexidade terapêutica, nomeadamente MPI, crDDI e medicamentos com elevado score anticolinérgico-. Verificou-se que a idade avançada, o número de crDDI e o score ACB constituem fatores preditores para um risco elevado de experienciar complexidade terapêutica.
- Indicadores Smart na prescrição de antipsicóticos no doente idoso: uma perspetiva cardiovascularPublication . Bernardo, Catarina Simões; Costa, Filipa Alves da; Aguiar, João PedroIntrodução: A utilização de antipsicóticos (AP) no doente idoso tem vindo a aumentar, estando documentada a sua associação com eventos adversos cardiovasculares major nesta população. As intervenções para reduzir a prescrição inadequada de AP no idoso são pouco conhecidas. Objetivos: (a) estudar o consumo de AP em Portugal (2008-2017); (b) estimar a prevalência de utilização de AP como medicamento potencialmente inadequado (MPI) em idosos; e (c) validar indicadores sensíveis, mensuráveis, atingíveis e com sensibilidade à mudança (SMART) que permitam otimizar a segurança na prescrição de AP no idoso. Métodos: Analisaram-se as tendências de consumo de AP na última década, por denominação comum internacional (DCI), em DDD por 1000 habitantes/dia (DHD); posteriormente realizou-se um estudo transversal em 2 lares (utentes com ≥65 anos e com ≥1 AP), onde se estimou a prevalência de AP como MPI, através da ferramenta PIMBase; por fim, propuseram-se indicadores SMART a um painel de peritos (nacionais e internacionais) para validação através de painel e-Delphi de duas rondas. Resultados: Houve um aumento no consumo de AP (+62%), sendo a quetiapina a DCI mais consumida. A prevalência de AP como MPI foi de 59.6%. Foram propostos 38 indicadores SMART aplicáveis a 4 fármacos selecionados (quetiapina, haloperidol, olanzapina e aripiprazol) para análise da relevância clínica e exequibilidade no terreno, 63,1% (n=24) dos quais geraram consenso na 1ª ronda. Entre os 37 indicadores incluídos na 2ª ronda, obtive-se consenso para 22 (59,4%). Em ambas as rondas, a psiquiatria parece ser a especialidade com maior acesso aos indicadores. Conclusão: O consumo de AP continua a aumentar em Portugal. A elevada prevalência de MPI em consumidores de AP é preocupante nos cuidados de saúde terciários. Os 22 indicadores SMART validados poderão aumentar a especificidade dos sistemas de decisão terapêutica na população idosa, promovendo a segurança do doente.
- Interações clinicamente relevantes com antipsicóticos : o que nos indicam as diferentes fontes de informação?Publication . Catapirra, Mariana Machado da Silva de Matos; Costa, Isabel Margarida; Aguiar, João PedroIntrodução: Com o aumento da esperança média de vida, os indivíduos tendem a morrer mais tarde, levando a um maior consumo de medicamentos por indivíduo, resultando num aumento do risco de interações medicamentosas. É urgente que os profissionais de saúde consigam obter a mesma informação nas diferentes fontes de informação para identificar interações medicamentosas, sobretudo as clinicamente relevantes (do inglês, clinically relevant drug-drug interactions – crDDI). Objetivos: a) determinar a prevalência de crDDI entre um grupo específico de antipsicóticos e outros fármacos nas diferentes ferramentas; e b) avaliar o grau de confiabilidade das diferentes ferramentas na deteção de crDDI. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional transversal com recurso a uma base de dados secundária de idosos institucionalizados. Para identificar a prevalência de crDDI, utilizaram-se quatro ferramentas distintas: Resumo das Características do Medicamento (RCM), Medscape, Micromedex e UpToDate. Como as interações medicamentosas não são classificadas da mesma forma nas diferentes ferramentas, procedeu-se a uma uniformização do sistema de classificação. A análise estatística foi realizada com recurso ao programa “IBM SPSS Statistic 28.0”, utilizando-se estatística uni e bivariada. Resultados: Foram incluídos 84 idosos, cuja média de idades foi 83,2 anos, 78,6% (n=66) da amostra era do sexo feminino e 91,7% (n=77) encontrava-se polimedicada. O Micromedex apresentou uma prevalência na deteção de crDDI que variou entre 64 e 100%, o RCM uma prevalência entre 0 e 94%, 18 e 78% no Medscape e 27 e75% no UpToDate. As diferentes ferramentas apresentaram um grau de confiabilidade moderado para a clozapina (0,689; p=0,018), o haloperidol (0,728; p<0,001) e a quetiapina (0,595; p<0,001), enquanto que para a olanzapina (0,149; p=0,349) e para a risperidona (0,393; p=0,164) apresentaram um grau de confiabilidade fraco. Conclusão: Verificou-se uma elevada variabilidade na deteção de crDDI detetadas por diferentes ferramentas, mas o Micromedex foi a ferramenta com maior prevalência. Determinou-se que existe uma variação do grau de confiabilidade entre fraco a moderado, consoante o antipsicótico em estudo.
- Potencial integração da revisão da medicação no serviço de preparação individualizada da medicação prestado a laresPublication . Ramalho, Carolina Roque; Aguiar, João Pedro; Santos, DanielaIntrodução: As Farmácias Comunitárias desempenham um papel vital, oferecendo serviços diferenciadores, como a Preparação Individualizada da Medicação (PIM) e a Revisão da Medicação (RM) com o objetivo de otimizar a terapêutica dos utentes. Contudo, ainda são escassos os dados relativos à caracterização de ambos os serviços. Objetivos: Os principais objetivos deste trabalho foram: a) caracterizar o serviço de PIM e de RM, desde a sua implementação até à forma como são prestados; e b) avaliar as principais barreiras à integração do serviço de RM na PIM. Métodos: Realizou-se um estudo transversal (Abril - Julho 2023), onde se aplicou um e-questionário, a uma amostra de farmácias (amostra estimada de 202 farmácias). Este questionário foi difundido via mailmarketing e através de social media, pretendendo caracterizar as farmácias participantes, avaliar o grau de implementação de ambos os serviços e avaliar a forma como são prestados atualmente. A análise de dados foi realizada com recurso a estatística uni- e bivariada e a regressão logística, considerando um intervalo de confiança de 95% para cada teste (IBM SPSS Statistic v.29.0). Resultados: Obteve-se uma amostra de 229 farmácias, sendo que a maioria das farmácias participantes (71,6%; n=164) prestava o serviço de PIM e, destas, 70,7% (n=116) prestavam-no para lares. Verificou-se que 68% (n=111) das farmácias realizavam o serviço de PIM simultaneamente com a RM. Contudo, quando avaliado de forma isolada, apenas 21,4% (n=49) realizavam o serviço de RM. A falta de valorização e visibilidade do serviço e a falta de colaboração de outros profissionais foram as principais barreiras identificadas na prestação dos serviços. Conclusão: Verificou-se que a maioria das farmácias já presta o serviço de PIM, incluindo para lares, mas apenas uma pequena parte realiza o serviço de RM de forma isolada. Contudo, há uma porção considerável da amostra que já presta ambos os serviços em simultâneo.
- Validation of a digital tool in the era of mental health : the example of dementiaPublication . Inez, Raquel Calheiros Catroga; Costa, Filipa Alves da; Paulino, Ema; Aguiar, João PedroIntroduction:Dementia is one of the examples where currently mobile applications (MA) can be an asset, allowing patients or caregivers to improve their disease management (including medication management - MM). Many of the available MA come from other countries, so it’s important to explore what are the needs of caregivers and health professionals (HCPs), making it possible to adapt them. Aims: a) identify MA available to caregivers and people with dementia in the literature and in digital stores; b) explore the difficulties perceived by caregivers and characteristics to include in a new MA; c) explore the needs perceived by the PS on the characteristics considered most relevant to be included in an MA. Methods: Three steps: a systematic literature review (PRISMA guidelines) was carried out, complementing with a search in digital stores to identify tools already available; individual interviews were conducted with informal caregivers, asking them about difficulties in managing the disease, in MM and experience of using MA; finally, a nominal group technique with HCPs was performed to explore characteristics to be included in a MA. Results: 12 references were included, extracting a total of 47 MA. Complementing the digital stores, 29 MA were extracted. Only 19.7% MA had any resource related to MM. Most difficulties perceived by the three interviewed caregivers were related to disease management and MM. For HCPs, the main characteristics identified included communication with HCPs and MM, with a tie (23 points). Conclusion: Most of the MA identified in the literature were not available in digital stores and many did not consider MM as a characteristic. Some caregivers were unaware of the existence of MA and HCPs recommended that MA that are easy to use and more personalized can be useful for users and may lead to the adaptation of a tool to the Portuguese reality.