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CI - ISCEM - Dissertações de mestrado

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  • O fado como marca de luxo
    Publication . Campina, Ana; Condado, Mafalda
    A finalidade desta tese é mostrar que a riqueza patrimonial cultural portuguesa se conseguiu impor através do fado como marca. Com esse propósito, fez-se o diagnóstico da sua identidade e, uma vez que se trata de uma marca de excelência, procurou-se compreender as suas aproximações ao luxo. Com o objetivo de identificar o fado como produto icónico e como marca cultural, recorreu-se à literatura para definir as ferramentas de marketing do setor comercial e adaptá-las da melhor forma possível a este tipo de produto e de marca. Este conceito de marca no domínio do marketing artístico e cultural é relativamente novo, sendo por isso muitas vezes negligenciado (O’Reilly, 2011). Como tal, não se inventou uma marca, apontaram-se simplesmente elementos de marca que já existiam. Através da literatura reinterpretou-se o marketing territorial, já que esta marca cultural descende da marca Portugal e da marca Lisboa. Fez-se a investigação empírica e pesquisa qualitativa para analisar e contextualizar o mundo do fado. Com o intuito de descortinar os traços que caraterizam a identidade da marca fado e analisar a sua forma de relacionamento com o mercado, utilizou-se o modelo de diagnóstico e estudo do Prisma da Identidade de Kapferer (2004). Resultou na construção de ideograma de identidade ou mapa dos traços de caráter em que se obteve uma identidade distintiva, a sua verdadeira essência. A metodologia aplicada no trabalho foi a da análise por métodos qualitativos, a partir de um conjunto de 28 entrevistas elaboradas a diferentes profissionais do fado e consultores de marcas, nomeadamente marcas de luxo. Não é objetivo deste estudo fornecer uma receita para criar uma estratégia de marketing para cada setor de atividade que se relaciona com a marca fado, já que cada um terá os seus objetivos, circunstâncias, recursos e competências. Conclui-se que o fado é hoje um dos maiores símbolos representativos da forma de sentir e expressar o viver do povo português, com aproximadamente dois séculos de 7 história e evolução, elemento distintivo num mercado global cada vez mais competitivo, culminando no reconhecimento da UNESCO como Património Imaterial e Cultural da Humanidade. O fado tem um universo próprio que deu origem a uma indústria transversal a vários setores de atividade, que foi preciso analisar e compreender. O fado possui atributos de prestígio, únicos e excelentes, que muito se aproximam de algo raro e desejável, razão pela qual se analisou a marca fado através do Prisma da Identidade da marca de luxo (Kapferer & Bastien, 2012) para averiguar se se trata de uma marca de luxo.
  • Transgénicos e OMG free - o rótulo como forma de comunicação com o consumidor
    Publication . Leite, Maria; Teixeira, Natália
    Os OGM (organismos geneticamente modificados) pertencem à classe da biotecnologia que recorre a inúmeras aplicações tecnológicas para conceber ou modificar produtos, para um fim determinado. Alimentos obtidos como resultado da engenharia genética são comercializados em larga escala há mais de duas décadas pelo mundo fora, especialmente na América do Norte. O desconhecimento sobre o que comemos e a forma como o fazemos, suscita várias interrogações, até mesmo no plano ambiental. O primeiro impacto visual de um produto alimentar advém da rotulagem. Contudo, é notória a falta de informação relativamente à sua eficácia, a qual carece de trabalhos de investigação, nomeadamente em áreas como: conhecimentos sobre OGM, leitura e interpretação de rótulos alimentares e motivações de compra. Neste trabalho pretende-se compreender a comunicação por meio da rotulagem, e se a mesma corresponde às necessidades, interesses e anseios dos consumidores. Analisa-se a possibilidade de desenvolver um rótulo adicional, de carater voluntário, que mencione a ausência de OGM. No decorrer da investigação, entendeu-se ser necessário elaborar um questionário para avaliar a sensibilidade dos consumidores face a este tema. Analisar se o conteúdo dos rótulos influencia o processo de compra, interpretar mensagens de rótulos alimentares, grau de informação dos consumidores, são algumas das questões propostas. A amostra, escolhida por conveniência, representa um setor mais esclarecido da população (ensino secundário completo), cujo nível de compreensão parece ser mais adequado para este estudo. Dos resultados depreende-se que a grande maioria dos inquiridos está familiarizado com a temática, mas o nível de conhecimentos é reduzido. Há, contudo, abertura para mais informação. Esta afirmação é corroborada pela elevada percentagem de indíviduos que considera importante destacar esta mensagem no rótulo (95%). Os consumidores estão muito divididos em relação à disponibilidade para pagar um preço acrescido pela mesma, pelo que aumentar o preço pode ter efeitos contraproducentes na procura. A composição e o valor nutricional são fatores considerados de extrema importância na rotulagem e os mais decisivos na compra de bens alimentares. O consumidor prefere a mensagem de “sem organismos geneticamente modificados”, a colocar num rótulo complementar.