IPC-ESTeSC - Trabalhos de projeto / relatórios de estágio / projetos de investigação
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- Adesão e seguimento terapêutico : utentes e novas tecnologias de informação e comunicaçãoPublication . Lima, João Tomás Coutinho Mascarenhas Pereira, 1988-; Cruz, Rui Santos, 1964-; Ribeiro, António Nestor; Monteiro, CármenIntrodução: As doenças crónicas são uma das principais causas de mortalidade e morbilidade na Europa, constituindo assim um problema grave de saúde pública. Neste tipo de patologias, a necessidade de tratamentos farmacológicos é permanente e duradoura. Donde, a não-adesão aos medicamentos prescritos, é um problema particularmente importante que importa resolver. Numerosas intervenções e estratégias para reduzir a não-adesão à medicação têm sido desenvolvidas, mas por uma razão ou por outra, com manifesta falta de sucesso. Dado que a utilização da tecnologia na saúde está na ordem do dia, a simbiose entre cuidados de saúde, novas tecnologias de comunicação e informação, pode ser uma solução para resolver o problema da não-adesão à terapêutica. Atualmente, a tecnologia está na palma das nossas mãos (telemóveis, smartphones, etc.), podendo constituir-se um precioso auxiliar dos doentes crónicos, em ambiente doméstico ou mesmo em instituições. Sendo assim, este trabalho tem um duplo objectivo. Primeiro, pretende-se identificar as necessidades dos utentes relativamente à adesão terapêutica ao nível da farmácia comunitária, de modo a avaliar o acompanhamento farmacoterapêutico proporcionado na farmácia. Em segundo lugar, pretende-se avaliar a utilização das novas tecnologias no quotidiano dos utentes, para determinar qual o método mais adequado a nível tecnológico para otimizar a adesão terapêutica. A inovação tecnológica e os meios de comunicação, atualmente existentes, podem potenciar a criação de uma aplicação prática para melhorar a adesão e acompanhamento farmacoterapêutico. Metodologia: Realizou-se um estudo observacional, descritivo e transversal. O período de recolha de dados decorreu entre Dezembro 2013 e Janeiro de 2014. O local do estudo situou-se na região Norte de Portugal – Braga – concretamente nas 19 farmácias comunitárias disponíveis para um universo de 70053 habitantes. A amostra é não probabilística, sendo obtida por conveniência teve uma dimensão amostral de 214 indivíduos, calculada para um nível de confiança de 95% e um erro amostral de 5%. Resultados: A população da nossa amostra apresenta-se preocupada com a sua terapêutica, é instruída e com um nível de aceitação às novas tecnologias bastante interessante. São conhecedoras das valências das farmácias e dos seus colaboradores para ajudar a cumprir o seu regime terapêutico. Há ainda algumas falhas de adesão que podem comprometer o sucesso das terapêuticas. È uma população com um nível tecnológico surpreendente, e com facilidade de acesso a smartphones. Demonstram receptividade aos avanços das tecnologias, desde que sejam em prol de uma otimização dos cuidados diários de saúde. Conclusão: A adesão à terapêutica na população em estudo é bastante boa, porém foram descobertas algumas falhas que podem ser colmatadas e otimizar o processo. O seguimento terapêutico é considerado bom, contudo o sinergismo entre utente e profissional de saúde podem ser melhorados pelas novas tecnologias. Estamos perante uma sociedade evoluída em termos de novas tecnologias e meios de comunicação, em que os smartphones fazem parte do quotidiano das mesmas, podendo assim melhorar todo o processo da terapêutica. A população mostrou-se recetiva às novas tecnologias na adesão e seguimento farmacoterapêutico.
- Análise da abordagem educacional no nível de conhecimento de idosos acerca dos riscos de quedaPublication . Filho, Agêge Haidar; Martins, Anabela CorreiaSegundo dados da própria OMS, estima-se que, para o ano de 2050, existirão cerca de 2 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo, sendo a maioria vivendo em países em desenvolvimento. Neste contexto, a estimativa desse aumento expressivo no número de idosos, o grande desafio é o estabelecimento de políticas públicas e estratégias que venham garantir a qualidade de vida dessas pessoas idosas. As estratégias de educação a exemplo de palestras, cartilhas e autocuidados apresentam evidência de moderada a forte e têm sido usadas para melhorar o enfrentamento de doença e aderência aos tratamentos propostos. O objetivo da pesquisa foi analisar a abordagem educacional no nível de conhecimento de idosos acerca dos riscos de queda.Trata de um estudo de caráter quantitativo, descritivo de delineamento longitudinal, realizada no período de outubro de 2017 a março de 2018 em 60 idosos de ambos os sexos, selecionados de forma não probabilística, da Comunidade da Ponta-do-Farol, sendo um grupo de idosos participantes de reunião regular da comunidade assistida pela Pastoral da Pessoa Idosa. Os idosos participaram de 4 encontros com palestras informativas na temática de quedas e após foi aplicado o questionário de Kirkpatrick. A análise dos dados foi realizada com o teste do quiquadrado de independência, o teste do quiquadrado de aderência e ainda, foi aplicado o teste de correlação de Spearman (Rs). O programa estatístico utilizado foi o SPSS 24.0 (IBM, Armonk, NY, USA). O nível de significância estabelecido foi de 5%. A maioria da amostra foi constituída de idosas do sexo feminino, viúvas. A escolaridade não foi um fator que influenciou na frequência de queda dos participantes (P>0,05). Com relação ao nível de conhecimento, não demonstrou ter havido diferença significativa no decorrer dos encontros. Os resultados expressaram que houve uma correlação significativa entre o número de encontros e o aumento dos escores da autopercepção da saúde. Os níveis de conhecimento de idosos acerca do risco de quedas e sua aplicabilidade na vida cotidiana aumentou, embora esse incremento não tenha tido diferença significativa.
- Automedicação na freguesia de SourePublication . Domingues, Sarah de Sousa, 1982-; Balteiro, António Jorge Dias, 1967-; Rocha, Maria Clara da Silva Pereira, 1971-A automedicação é uma prática habitual nos dias de hoje e é influenciada por muitos fatores, tais como a educação, a família, a sociedade, o direito, a disponibilidade de medicamentos e a exposição a publicidades. A sua utilização irracional pode provocar riscos para a saúde do indivíduo. Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência da automedicação na freguesia de Soure, assim como avaliar os riscos e benefícios da automedicação nesta população, através da sua caracterização e da sua motivação para a praticar. Permitiu também analisar a atitude da população perante uma situação de doença ligeira. Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal, realizado a 295 indivíduos, através de um questionário aplicado entre o período de setembro e dezembro de 2013. Os dados foram sujeitos a tratamento estatístico através do programa SPSS 21.0 (Statistical Package for Social Sciences). A prevalência da automedicação encontrada foi de 56,3%. Destes, 60,2% refere a prática da automedicação quando considera que se trata de uma doença sem gravidade aparente, outras razões mencionadas para a prática da automedicação foram a não gravidade da doença, a experiência anteriormente adquirida e a falta de tempo. A farmácia foi o local mais mencionado para a aquisição dos medicamentos para a automedicação, com uma percentagem de 73,5%. Os grupos farmacoterapêuticos mais amplamente utilizados na automedicação foram os analgésicos e antipiréticos (82,9%), seguido dos anti-inflamatórios não esteroides (48,9%). As patologias mais mencionadas para a prática da automedicação foram as gripes e constipações (72,9%) e as cefaleias (38,6%). As mulheres recorreram com maior frequência à automedicação, não havendo contudo uma diferença estatisticamente significativa. A prevalência de automedicação foi maior entre os 18 e os 64 anos com 22,8%, por sua vez os idosos recorrem mais ao centro de saúde e hospital aquando de uma situação de doença ligeira. Os indivíduos com maiores habilitações literárias apresentaram maior prevalência da automedicação com 28,3%. Rendimentos intermédios apresentam maior percentagem de inquiridos a referir a toma de medicamentos por iniciativa própria. Relativamente à situação profissional, não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas. Os indivíduos com nível socioeconómico médio recorrem com maior frequência à farmácia assim como à automedicação, enquanto que os indivíduos com nível socioeconómico baixo recorrem com maior frequência ao centro de saúde. Os indivíduos não casados recorrem com maior frequência ao hospital e à toma de medicamentos por iniciativa própria, perante uma situação de doença ligeira. É importante que os indivíduos percebam os benefícios mas também os riscos da automedicação. Através da realização deste trabalho foi possível verificar que a prevalência de automedicação se encontra elevada e que existe ainda muita falta de informação. O profissional de farmácia tem um papel essencial na informação e no aconselhamento ao utente, promovendo desta forma uma prática mais responsável.
- Avaliação da densidade mineral óssea em pacientes infetados por VIHPublication . Farinha, Cristina Isabel Oliveira; Tavares, Óscar Manuel da ConceiçãoA epidemia da infeção do VIH/SIDA é um problema mundial e um dos maiores desafios alguma vez lançados ao desenvolvimento e ao progresso social. A infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH) é reconhecida internacionalmente como uma ameaça ao desenvolvimento social e económico das populações e, como tal, em Portugal constitui uma prioridade do Plano Nacional de Saúde, sendo um dos programas prioritários definidos pelo XIX Governo Constitucional. O papel prioritário desta patologia resulta da dimensão abrangente dos determinantes da transmissão e das implicações da infeção a todos os níveis da saúde e da integração social. O estigma e a discriminação que desde cedo se associaram à SIDA obrigam a colocar o respeito pelos direitos humanos no centro da atenção às pessoas que vivem com a infeção do VIH. Embora os cuidados de saúde sejam um direito humano fundamental e apesar de mais de 100 milhões de profissionais de saúde prestarem serviços em todo o mundo, o objetivo de “saúde para todos” está longe de ser alcançado. Foram identificados obstáculos a diferentes níveis, nomeadamente na implementação de políticas de ajustamento estrutural que levam à redução da despesa pública e do emprego, falhas na gestão das políticas e nas estratégias do setor da saúde, falta de infraestruturas, de equipamentos e de recursos humanos, que deste modo, dificultam a prestação de cuidados de saúde. Entre os problemas identificados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a nível de recursos humanos, contam-se a quantidade e a qualidade dos profissionais de saúde, a desmoralização destes e as enormes lacunas tanto na formação inicial como na formação interna. A epidemia da infeção VIH/SIDA é mais um fator importante que está a sobrecarregar o sistema de saúde em diversos países. A sobrecarga de trabalho resultante da epidemia, o medo do contágio e a ausência de disposições adequadas sobre segurança e saúde ou formação específica no domínio da infeção VIH/SIDA colocam os profissionais de saúde sob uma enorme pressão psicológica e física. Devido ao receio do estigma associado aos profissionais de saúde, são cada vez menos as pessoas que abraçam esta profissão nos países em desenvolvimento. Esta situação vem evidenciar a incapacidade do sistema de saúde para fazer face à infeção VIH/SIDA. De acordo com a OMS, o vírus da imunodeficiência humana (VIH) é um retrovírus que infeta as células do sistema imunitário, destruindo ou prejudicando a sua função. Como a infeção progride, o sistema imunológico fica mais fraco, e a pessoa fica mais suscetível a infeções. A fase mais avançada da infeção pelo VIH é síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA). Em 2011, aproximadamente 34 milhões de indivíduos estavam infetados com o vírus VIH, tendo ocorrido 1.7 milhões de mortes devido a esta patologia no mesmo ano. Na Europa Ocidental, Portugal continua a apresentar elevadas incidências de infeção por VIH, apesar de existir uma tendência favorável na descida do número de novos casos (1941 diagnosticados em 2007 e 1518 diagnosticados em 2010). Nas últimas décadas, foram dados largos passos no conhecimento da patogénese do VIH. A melhor compreensão da invasão, proliferação, ligação e entrada nas células pelo vírus da imunodeficiência, bem como a compreensão da resposta imunitária induzida, conduziram às novas abordagens terapêuticas atualmente disponíveis no mercado nacional. (5) Desde o primeiro medicamento antirretroviral aprovado há 25 anos, o melhoramento da potência, tolerância, e disponibilidade da terapia antirretroviral (TARV) resultou numa redução drástica do número de doenças oportunistas e de mortes associadas a esta patologia. A compreensão progressiva da dinâmica vírica e celular e o melhor conhecimento dos mecanismos de ação farmacológica e da resistência aos antirretrovirais (ARV) têm permitido avanços consideráveis no controlo clínico da imunodeficiência causada pelo VIH. Por outro lado, a emergência de eventos adversos tardios influenciou negativamente a qualidade de vida, fazendo com que a condição de viver com VIH assumisse características semelhantes a outras doenças crónico-degenerativas.
- Avaliação da instabilidade femoropatelar por ressonância magnética: estudo comparativo com a tomografia computorizadaPublication . Sousa, Olga Maria Teixeira de,; Tavares, Óscar Manuel da Conceição, 1965-; Brandão, Fernanda Sofia QuintelaA instabilidade rotuliana é uma patologia ortopédica que se apresenta na decorrência de um defeito anatómico da articulação femoropatelar e do aparelho extensor músculo-tendinoso do joelho. Caraterizada por dor retropatelar ou peripatelar resultante de alterações físicas e bioquímicas da articulação, surge como dor anterior do joelho envolvendo a rótula e retináculos. Com maior incidência em adolescentes e adultos (2ª e 3ª décadas de vida), prevalece em indivíduos do sexo feminino (2:1), sendo pouco frequente em crianças com menos de 8 anos de idade. Um diagnóstico preciso desta patologia assume enorme relevância na otimização do tratamento, pois o seu objetivo é reduzir a dor e melhorar o alinhamento rotuliano e, consequentemente, a função articular. O sucesso do tratamento adotado reside na execução correta da técnica terapêutica, seja conservadora ou cirúrgica. Nesse sentido, a conjugação dos dados da avaliação clínica com os achados imagiológicos figura-se essencial no diagnóstico diferencial e planeamento terapêutico da instabilidade femoropatelar. A Tomografia Computorizada (TC) é a técnica de imagem gold standard no estudo das relações femoropatelares, sendo mais precisa e eficaz do que a avaliação por Radiologia Convencional em incidências axiais. Contudo, a sua limitação na visualização dos tecidos moles circundantes e, em particular, no diagnóstico de possíveis defeitos da cartilagem articular, tem potenciado o recurso à técnica de Ressonância Magnética (RM) para uma análise mais aprofundada da instabilidade. O recurso a este método de imagem para mensuração das distâncias e ângulos padronizados e definição do diagnóstico diferencial não é consensual no seio da comunidade científica. De facto, após alguma pesquisa bibliográfica sobre o tema, constata-se que alguns autores primam a TC pela sua eficácia cientificamente comprovada, bem como o menor custo associado, maior facilidade de acesso e elevada tolerância pelo paciente a este tipo de exames, contrariamente ao exame de RM. Apesar da RM ser um método imagiológico tecnologicamente mais avançado que a TC, sem recorrer à emissão de radiação ionizante, apresenta contra-indicações absolutas para a sua realização, limitando o número de pacientes a usufruírem desta tecnologia, de menor acessibilidade e custos associados superiores. Deste modo, o problema de investigação que serviu de orientação a este projeto foi saber qual a eficácia da RM na definição de diagnóstico e orientação terapêutica de instabilidades femoropatelares comparativamente com a TC. No sentido de dar resposta a esta problemática, propõe-se a elaboração de um estudo quantitativo, realizado numa amostra de 40 pacientes de ambos os sexos, com suspeita clínica de instabilidade rotuliana corroborada por exame prévio de TC. O mesmo decorrerá na Unidade de Ressonância Magnética do Serviço de Imagiologia do Centro Hospitalar de São João - E.P.E., no Porto. Este trabalho surge no âmbito da unidade curricular Projeto em Radiologia do 2º ano do Curso de Mestrado em Radiologia – Especialização em Osteo-articular, lecionado pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, e destina-se à avaliação da disciplina. Para a elaboração do mesmo, procedeu-se a uma extensa revisão bibliográfica sob a forma de livros, artigos científicos e elementos em suporte digital, que posteriormente foi selecionada e resumida, procurando sempre documentar-se tudo em fontes fidedignas e atuais. O projeto está descrito de modo a facilitar a compreensão de cada assunto. Inicialmente será efetuado o enquadramento teórico da problemática em estudo, procedendo-se, em seguida, à fase metodológica da investigação, onde descrevemos e apresentamos a metodologia a utilizar no decorrer da investigação, definindo objetivos, tipo de estudo, as variáveis envolvidas, estratégia de recolha e tratamento de dados, resultados esperados e possíveis limitações para a realização do mesmo. Por último, fazemos referência à organização da nossa pesquisa, elucidando o local e período de estudo assim como a sua calendarização, recursos envolvidos e aspetos ético-legais relevantes.
- Avaliação do impacto económico do receituário devolvido para as farmácias comunitárias: contribuição da DCI, do CNPEM e das justificações técnicasPublication . Lopes, José Luís; Monteiro, Carmen Sofia; Joaquim, João JoséIntrodução: Em Portugal, as farmácias comunitárias vêem-se envolvidas pelos tentáculos da crise que abala não só o país, a Europa mas o globo inteiro. A Farmácia sofreu inúmeras alterações nos últimos anos, fruto das sucessivas alterações legislativas, das quais se destacam: a implementação da prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) e através do Código Nacional para a Prescrição Eletrónica de Medicamentos (CNPEM), o recurso a justificações técnicas pelos prescritores, entre outras. A devolução do receituário às farmácias, por parte do Centro de Conferência de Faturas (CCF), constitui mais um obstáculo à gestão financeira das próprias farmácias. O objetivo do estudo passa por avaliar a extensão na qual a implementação das medidas referidas tem afetado o processo de dispensa do medicamento e contribuído para a devolução do receituário às farmácias. Metodologia: Através de um estudo descritivo-correlacional longitudinal, foi entregue um questionário a cada uma das cinquenta farmácias pertencentes ao concelho de Coimbra. O questionário foi enviado para a morada do autor, através de envelope sem remetente, de modo a assegurar o anonimato dos dados. Software: Microsoft Excel 2010® e SPSS 20.0®. Testes estatísticos: Friedman, Rho de Spearman, Wilcoxon e U de Mann-Whitney (nível de significância=0,05). Resultados: A taxa de resposta foi de 58%. As diferenças detetadas entre os meses em análise revelaram um maior impacto das devoluções em setembro de 2013, que se deve, principalmente, à menção das justificações técnicas, mas também à recente implementação do CNPEM. As exceções têm aumentado o número de medicamentos pagos por inteiro pelo utente. A redução da média do valor não processado pelo CCF, verificado em março de 2013, pode querer dizer que a DCI veio reduzir o impacto das devoluções. Os valores médios não processados pelo CCF apresentam um impacto significativo para a gestão financeira das respetivas farmácias. No entanto, as farmácias conseguem recuperar grande parte do valor não processado, após a correção e o reenvio das prescrições devolvidas. Porém, é de assinalar o tempo despendido pelos profissionais durante este procedimento. Os erros mencionados com maior frequência como origem de devoluções, ao longo dos três meses analisados, foram: o C024 e o D999, ambos relacionados com o preço dos medicamentos e associados a diferenças de interpretações quanto às regras de dispensa, por parte das farmácias e do CCF. Nenhum dos erros colocou em risco a saúde dos utentes. Conclusão: A DCI poderá estar na origem da redução do número de prescrições devolvidas. O CNPEM, dada a recente implementação, contribuiu para o aumento do número de devoluções. No entanto, esta influência inicial poderá deixar de ter tradução no futuro. A menção de justificações técnicas tem criado dificuldades ao processo de dispensa de medicamentos e tem contribuído ativamente para o aumento do impacto económico provocado pela devolução do receituário. Todavia, prevê-se também a redução do impacto do receituário devolvido devido à menção de justificações técnicas.
- Avaliação do tendão de aquiles por elastografia em voluntários assintomáticos e praticantes de atletismoPublication . Pedro, Maria Teresa Gomes; Monteiro, Mário João Gonçalves; André, Maria Alexandra de AlbuquerqueA Elastografia é uma das mais recentes inovações na área da ecografia, tendo sido descrito pela primeira vez o seu princípio de imagem em 1991, por Ophir et al [1], e só em 1999, por Pesavento et al [2] terá sido desenvolvida a técnica ecográfica para uso clínico. Sendo baseada nos ultra-sons, permite a avaliação da elasticidade pelo pressuposto que uma compressão dos tecidos produz determinada deformação dos mesmos, correspondendo portanto maiores deformações a tecidos menos consistentes e menores deformações a tecidos mais consistentes. A deformação é causada por compressão aplicada sobre os tecidos com a própria sonda de ecográfica, realizada diretamente pelo operador [3]. Esta recente aplicação apresenta-se como uma oportunidade de reconhecer in vivo propriedades mecânicas dos tecidos, e não apenas a avaliação das características internas [4]. A elastografia tem sido alvo de muitos estudos na área da patologia cancerígena da mama [5], tiroide [6], e próstata [7]. Na área musculo-esquelética ainda não estão publicados muitos estudos, sendo de referir Monetti et al. [8] com um estudo sobre o contributo da elastografia neste tipo de patologia, bem como Zordo et al. [9], com estudos na avaliação da tendinopatia do tendão de Aquiles por elastografia. O tendão de Aquiles encontra-se facilmente acessível através da palpação e a estudos imagiológicos, como a ecografia. Apesar de ser o tendão mais forte do corpo humano, é também, de todos os tendões do tornozelo, o que mais frequentemente sofre lesões [10]. A grande maioria dos distúrbios dos tendões está relacionada a trauma e inflamação decorrentes de uso excessivo por atividades ocasionais ou desportos, principalmente através de tensão excessiva ou microtrauma repetitivo [11]. No seu estudo Kayser refere que queixas relativas ao tendão de Aquiles são frequentemente observadas em atletas de competição nas áreas de corrida, salto e desportos com bola [12]. Neste estudo pensamos ser de valor apresentar um grupo controlo de voluntários assintomáticos em comparação com o grupo experimental o qual seja constituído por atletas de competição na área da corrida de curta distância ou velocidade (100, 200 ou 400 metros), média distância (800 ou 1500 metros), longa distância (3000 metros). Esta investigação tem como objetivo avaliar a aplicação da Elastografia ao sistema músculo-esquelético em situações de tendinopatia, nomeadamente do tendão de Aquiles, em comparação com a Ecografia Convencional. Pretendemos perceber se há alterações a nível dos achados imagiológicos que poderão decorrer da prática desportiva com treino físico intensivo, e ainda avaliar se a Elastografia poderá identificar com melhor sensibilidade e acuidade alterações tendinosas secundárias a processos degenerativos ou roturas parciais do tendão, que são referidos por vários autores como uma limitação da Ecografia Convencional. Por conseguinte, os resultados obtidos nesta pesquisa poderão ser de grande importância pois a Elastografia poderá revelar precisão na identificação de alterações na elasticidade do tendão de Aquiles por treino físico ou processos patológicos adjacentes.
- Avaliação e otimização da dose por procedimento e da dose ocupacional em cirurgias ortopédicasPublication . Domingos, Luís Henriques, 1987-; Santos, Joana Margarida Rodrigues dos, 1982-; Paulo, Graciano do Nascimento Nobre, 1966-Desde a descoberta dos raios-X, várias modalidades de imagem como a Radiologia Geral a Fluoroscopia e a Tomografia Computorizada foram aperfeiçoadas para diagnosticar e potenciar o tratamento de doenças. Devido à sua vasta utilização nos vários ramos da medicina, tem-se verificado uma expansão da fluoroscopia fora dos departamentos de Radiologia, como por exemplo os procedimentos de intervenção realizados em Cardiologia, Urologia, Neurologia e Ortopedia . Os avanços técnicos das cirurgias ortopédicas percutâneas tornaram o uso da fluoroscopia uma prática comum, pois estas têm permitido uma baixa taxa de ocorrência de infeção, bem como, incisões mais pequenas nos locais da cirurgia. Apesar do risco associado à exposição à radiação ser reconhecido, pesquisas realizadas pela International Atomic Energy Agency (IAEA), em mais de 30 países em desenvolvimento, demonstraram uma reduzida monitorização de dose no paciente (90% dos casos), bem como uma ausência de dados confiáveis sobre a exposição ocupacional fora dos departamentos de Radiologia. Nas últimas décadas, os progressos tecnológicos levaram a uma redução considerável da exposição. Comissões internacionais reconhecidas estabeleceram linhas de orientação para utilização destes métodos de modo a reduzir os riscos individuais associados. O tempo real e o limite anual de exposição à radiação que os profissionais e pacientes estão expostos, durante as diversas cirurgias ortopédicas, não é conhecido, tornando-se assim essencial o seu estudo. Este trabalho visa avaliar a dose no profissional e no paciente, em contexto de cirurgia ortopédica com o intuito de adotar medidas com vista à otimização dos procedimentos.
- Avaliação por RM do efeito da viscossuplementação com ácido hialurónico na osteoartrose do joelhoPublication . Castro, Andreia Filipa Cruz da Silva; Tavares, Óscar Manuel da Conceição,1965-A patologia reumatismal é hoje uma das queixas mais frequentes dos doentes no consultório de Medicina Geral e Familiar, condicionando um maior ou menor grau de incapacidade física no indivíduo afetado, que se manifesta por uma relativa dificuldade de integração na vida social, com evidente compromisso da vida pessoal e familiar. O aumento da prevalência da Osteoartrose com envelhecimento, juntamente com os dados demográficos do envelhecimento da população, faz da Osteoartrose um problema de saúde de elevada prioridade . A Osteoartrose do joelho é a maior causa de dor e incapacidade das pessoas idosas. São várias as condições que predispõem determinado indivíduo para o desenvolvimento desta patologia. Com toda a sua complexidade estrutural e com a importância que desempenha no movimento humano, rapidamente se depreende a imensidão de lesões que esta articulação pode sofrer e o impacto que as mesmas vão ter sobre a vida diária dos doentes. Não existem tratamentos que permitam parar ou inverter em definitivo um processo de Osteoartrose. No entanto, a adequada elaboração de um protocolo terapêutico permite prevenir, ou mesmo corrigir, alterações da troficidade e da morfologia articulares e, consequentemente, aliviar os sintomas, prolongar no tempo a capacidade funcional, minimizar o agravamento decorrente da progressão da doença e melhorar a qualidade de vida. O procedimento viscossuplementação com ácido hialurónico oferece uma perspetiva de uma outra abordagem terapêutica na Osteoartrose, apresentando benefícios para a dor e função, e também altera favoravelmente o curso da doença, melhorando quantitativamente e qualitativamente a cartilagem articular.
- Corpo, género e sexualidadePublication . Rodrigues, Ana Luísa Marques; Teixeira, Maria Filomena RodriguesO projeto de intervenção, realizado no âmbito da Educação para a Saúde, teve como principal objetivo compreender a influência dos padrões de beleza sociais na autoaceitação do corpo e do cuidado com a saúde pelos/as jovens, assim como no seu estilo de vida. Pretende-se assim, informar os e as jovens sobre a sua saúde, principalmente a sexual, melhorando a sexualidade, a autoestima e a autoaceitação, com efeitos na sua qualidade de vida. No projeto participaram nove jovens residentes em Miranda do Corvo. Foram realizadas 6 sessões com duração de 90 minutos cada. A avaliação incluiu a administração de um inquérito por questionário aos/às participantes, antes e após a intervenção. Os resultados obtidos mostraram ter havido nos/as participantes mudanças na relação com o corpo e com a sexualidade. Concluiu-se que o projeto cumpriu os objetivos propostos, evidenciando o quão importante é a implementação de programas de intervenção no âmbito da promoção da saúde física, sexual e mental de jovens que envolvem o seu corpo e sexualidade.