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Authors
Abstract(s)
A automedicação é uma prÔtica habitual nos dias de hoje e é influenciada por muitos
fatores, tais como a educação, a famĆlia, a sociedade, o direito, a disponibilidade de
medicamentos e a exposição a publicidades. A sua utilização irracional pode provocar
riscos para a saĆŗde do indivĆduo.
Este trabalho teve como objetivo determinar a prevalência da automedicação na
freguesia de Soure, assim como avaliar os riscos e benefĆcios da automedicação nesta
população, através da sua caracterização e da sua motivação para a praticar. Permitiu
também analisar a atitude da população perante uma situação de doença ligeira.
Trata-se de um estudo descritivo, correlacional e transversal, realizado a 295 indivĆduos,
atravĆ©s de um questionĆ”rio aplicado entre o perĆodo de setembro e dezembro de 2013.
Os dados foram sujeitos a tratamento estatĆstico atravĆ©s do programa SPSS 21.0
(Statistical Package for Social Sciences). A prevalência da automedicação encontrada
foi de 56,3%. Destes, 60,2% refere a prÔtica da automedicação quando considera que se
trata de uma doenƧa sem gravidade aparente, outras razƵes mencionadas para a prƔtica
da automedicação foram a não gravidade da doença, a experiência anteriormente
adquirida e a falta de tempo. A farmÔcia foi o local mais mencionado para a aquisição
dos medicamentos para a automedicação, com uma percentagem de 73,5%.
Os grupos farmacoterapêuticos mais amplamente utilizados na automedicação foram os
analgésicos e antipiréticos (82,9%), seguido dos anti-inflamatórios não esteroides
(48,9%). As patologias mais mencionadas para a prÔtica da automedicação foram as
gripes e constipaƧƵes (72,9%) e as cefaleias (38,6%).
As mulheres recorreram com maior frequência à automedicação, não havendo contudo
uma diferença estatisticamente significativa. A prevalência de automedicação foi maior
entre os 18 e os 64 anos com 22,8%, por sua vez os idosos recorrem mais ao centro de
saĆŗde e hospital aquando de uma situação de doenƧa ligeira. Os indivĆduos com maiores
habilitações literÔrias apresentaram maior prevalência da automedicação com 28,3%.
Rendimentos intermƩdios apresentam maior percentagem de inquiridos a referir a toma
de medicamentos por iniciativa própria. Relativamente Ć situação profissional, nĆ£o foram verificadas diferenƧas estatisticamente significativas. Os indivĆduos com nĆvel
socioeconómico mĆ©dio recorrem com maior frequĆŖncia Ć farmĆ”cia assim como Ć
automedicação, enquanto que os indivĆduos com nĆvel socioeconómico baixo recorrem
com maior frequĆŖncia ao centro de saĆŗde. Os indivĆduos nĆ£o casados recorrem com
maior frequência ao hospital e à toma de medicamentos por iniciativa própria, perante
uma situação de doença ligeira.
Ć importante que os indivĆduos percebam os benefĆcios mas tambĆ©m os riscos da
automedicação. AtravĆ©s da realização deste trabalho foi possĆvel verificar que a
prevalência de automedicação se encontra elevada e que existe ainda muita falta de
informação. O profissional de farmÔcia tem um papel essencial na informação e no
aconselhamento ao utente, promovendo desta forma uma prƔtica mais responsƔvel.
Description
Keywords
Automedicação Prescrições de medicamentos