ESEL - CIDNUR - Pensar Enfermagem
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A Pensar Enfermagem é uma revista científica publicada pelo Centro de Investigação, Inovação e Desenvolvimento em Enfermagem de Lisboa (CIDNUR) da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, que tem como objetivo divulgar conhecimento científico das ciências da enfermagem, com abordagem interdisciplinar, no âmbito das ciências da saúde, das ciências sociais e do comportamento, das ciências da vida, das ciências da educação e das artes e humanidades.
A Pensar Enfermagem publica em open access (acesso aberto) e em rolling pass (fluxo contínuo) artigos originais, artigos de revisão, artigos teóricos/ reflexão/ relatos de experiência e cartas ao editor. A revista tem publicação contínua, desde 2022, com um volume por ano, mantendo em aberto a publicação de números especiais. A abertura do número regular acontece em janeiro e o término em dezembro do respetivo ano.
Os artigos a publicar estão sujeitos a um sistema de submissão e de revisão por pares (peer-review), double blind, gratuitos.
Pensar Enfermagem is a scientific journal published by the Nursing Research, Innovation and Development Centre of Lisbon (CIDNUR) of the Nursing School of Lisbon (ESEL). Its purpose is to disseminate scientific knowledge of nursing science, with an interdisciplinary approach, within the scope of health sciences, social and behavioral sciences, life sciences, educational sciences, and the arts and humanities.
Pensar Enfermagem publishes original articles, review articles, theoretical articles/ reflection/ experience reports, and letters to the editor under an open access and rolling pass system. The journal has continuous publication, since 2022, with one volume per year, keeping open the publication of special issues.
The regular number opens in January and closes in December of the respective year.
Articles for publication are subject to a free, double blind, peer-review submission system.
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- Papéis e competências dos professores de enfermagem:Publication . Mestrinho, Maria de GuadalupeEste artigo refere-se a uma fase de investigação mais vasta que pretende conduzir à compreensão de papéis e competências dos professores de enfermagem, enquanto enfermeiros e professores, fundamentados em valores que orientam o profissionalismo docente (1). Trata-se de um estudo de caso assente numa análise indutiva de situações circunscritas contextual e temporalmente. No contínuo metodológico do estudo, a recolha de dados realizou-se através de entrevistas semi-estruturadas a professores com responsabilidades a diferentes níveis do processo formativo dos enfermeiros (docentes com cargos de gestão científica; coordenação de cursos; regência ou colaboração em unidades curriculares teóricas, teórico-práticas e práticas) e também pela técnica de observação a professores de enfermagem em sala de aula, onde cada participante se considerou um caso no contexto da investigação. O quadro de análise, nesta fase, perspectiva uma check list de competências que se apoia nos dados das entrevistas, da observação e no confronto, na cultura europeia, com um conjunto de workshops da FINE (2), revelando-se assim, um referencial de competências para os professores de enfermagem.
- A caracterização de contextos como prática de autoformação do investigador :Publication . Barbosa, Luis Marques; Lopes, Carla Pereira; Serrano, João ManuelA problemática que se desenvolve neste texto procura responder a duas necessidades. Primeira: alargar o conceito de “Investigação-Acção” para “investigação-Acção/Formação”. Segunda: demonstrar que a extensibilidade anterior pode ser conseguida ao criar-se um regime de complementaridade metodológica entre a Investigação-Acção/Formação e certos procedimentos típicos da Grounded Theory. Porquê porém as preocupações anteriores? Porque o carácter auto-formativo da InvestigaçãoAcção é demasiado interveniente nas decisões de pesquisa, sem que disso muitas vezes se tenha a noção, e porque a subjectividade que os investigadores colam às práticas de inferenciação com que desenvolvem as suas metodologias não garante justas leituras do real. Recorrendo à análise de um processo de investigação em curso procura demonstrar-se: primeiro que efectivamente quem investiga e age impõe, a si e aos actores com quem trabalha, um processo formativo que interfere com a adequada leitura da realidade que se analisa; segundo, que o recurso às técnicas hermenêuticas de analisar os dados seguidas nas metodologias da Grounded Theory aligeiram os processos formativos anteriores e colocam os investigadores mais perto da efectiva realidade.
- Poder no relacionamento entre profissionais e doentesPublication . Fernandes, Manuel AgostinhoO presente artigo tem como principal objectivo apresentar uma análise sobre a presença do poder no relacionamento entre profissionais de saúde e doentes de um serviço de nefrologia. Assim, foram utilizadas como foco de análise as concepções correspondentes às categorias e subcategorias, definidas na tese de doutoramento, (do autor do artigo) dedicado ao estudo deste relacionamento. Utilizou-se como ponto de partida a importância atribuída ao princípio da autonomia (Beauchamp & Childress, 2002), e o direito à autodeterminação do doente no relacionamento entre profissionais e doentes consagrado na dos Carta do Direitos dos Doentes, do Ministério da Saúde. O estudo no qual se baseia esta análise, tem como principal questão de investigação, definir qual a dinâmica de relacionamento entre profissionais de saúde e doentes que melhor se adapta à Gestão da Qualidade na Saúde, sendo ao mesmo tempo, adequada à realidade clínica e sociológica actual. Assim sendo, decidiu-se adoptar no âmbito desta análise o método fenomenográfico, enquadrado nas metodologias qualitativas, o qual foi considerado adequado ao estudo de fenómenos em que se procura identificar a diversidade de concepções existentes sobre os mesmos. Como o método defende que o fenómeno será mais facilmente compreendido se forem utilizadas as perspectiva dos vários intervenientes, foram utilizados como informantes, médicos, enfermeiros e doentes, os principais intervenientes no processo de cuidados. Respeitando este principio, foram entrevistados doze (12) doentes, cinco (5) médicos e dez (10) enfermeiros de um serviço de nefrologia, onde se realizam terapias de substituição da função renal. De acordo com os resultados procurou-se cartografar a diversidade de concepções existentes em cada grupo, bem como entre os diferentes grupos. Conceptualmente esta análise baseou-se nas ideias de Foucault, nomeadamente no estudo de instituições onde se verificam relações de poder, nas quais se incluem as instituições hospitalares (Foucault, 1984, 1992, 2003b). Interessam especialmente as relações de poder relacionadas com o saber e com a disciplina, presentes na cultura contemporânea (Machado, 1992) e que, como tal, dão o suporte adequado à estruturação da problemática em causa. Os aspectos de manifestações de poder iniciam-se, de acordo com a terminologia utilizada pelos profissionais de saúde, com o “catalogar” dos doentes, fase em que são evidenciadas as diferenças de poder entre os três grupos de intervenientes, sendo clara a existência de maior poder por parte dos profissionais. É aceite que o doente é receptáculo do saber/poder dos profissionais e que deve seguir as suas recomendações, sendo no entanto reconhecida a apropriação do discurso médico por parte dos doentes. Os enfermeiros encontram-se associados a um poder disciplinar que é complementado com a vigilância sobre o corpo do doente, através da sua monitorização. Num primeiro momento, os médicos recorrem ao poder associado ao seu saber, considerando se as pessoas melhor posicionadas para resolver todos os problemas do doente. Os profissionais de saúde servem-se ainda dos familiares como extensão do seu poder no seio familiar, sendo o processo informativo um meio de aculturação, usando e abusando muitas vezes de estratégias de persuasão, ao invés de ajudar à autodeterminação dos doentes. Contudo, este relacionamento assemelha-se mais a um conluio entre profissionais e doentes do que a estratégias de dominação, em que o poder pode ser considerado produtivo. Como aspecto a salientar, destaca-se a necessidade dos profissionais de saúde estarem conscientes da utilização do seu poder, de modo a questionarem até onde devem usar esse poder e em que circunstâncias, tendo em consideração o direito à autodeterminação do doente. Conscientes de que a prestação de cuidados de saúde não se rege pelas mesmas regras da prestação de serviços noutras áreas, hà que realçar que os profissionais de saúde são também cidadãos com códigos de ética a cumprir, o que nem sempre torna fácil a tarefa de decidir os limites do poder do profissional e do doente. O que não deve continuar a acontecer é o uso quase exclusivo do princípio da beneficência como orientador da acção dos profissionais de saúde, escamoteando ou ignorando a existência de poder no relacionamento na prestação de cuidados.
- A reforma dos serviços de assistência psiquiátricaPublication . Soares, Maria IsabelEste texto é parte de um estudo, em desenvolvimento por uma equipa da UIDE (1) sobre a saúde mental durante o Estado Novo. É um trabalho exploratório da lei de assistência psiquiátrica, apresentada pelo Governo e aprovada em 1945, do parecer da Câmara Corporativa e da discussão na Assembleia Nacional. Apesar de Lei 2006, de 11 de Abril de 1945 ser considerada progressiva e acolhida com grande expectativa, não foi aplicada completamente por falta de recursos entre os quais avultam a escassez de recursos financeiros como nos é revelado por alguns artigos publicados na imprensa periódica de psiquiatria.
- Modelo conceptual versus “modelo oculto” para a (na) prática da enfermagemPublication . Silva, Margarida Alexandra; Graveto, João
- Qual o lugar da escrita sensível nos registos de enfermagem?Publication . Martins ... [et al.], AmaroA importância dos registos de enfermagem é actualmente reconhecida e indispensável para assegurar a continuidade dos cuidados, realçando a sua função de comunicação dos aspectos resultantes deste processo de cuidados. Sendo o ser humano o alvo da profissão de enfermagem, é imperativo construir uma linguagem em que o elemento humano esteja bem visível. Mas será que esta linguagem tradutora de sensibilidade e que identifica a pessoa como única está presente nos registos realizados? Esta questão surgiu como força impulsionadora para a realização deste estudo de carácter exploratório e descritivo, com uma abordagem qualitativa e teve como principal objectivo conhecer a expressão do agir pensado, da dimensão humana do cuidar, nos registos de evolução de enfermagem. Procedeu-se à análise das notas de evolução de dois clientes de cada um dos 18 serviços, num período de 24 horas. O tratamento dos dados foi realizado segundo a análise de conteúdo de Bardin. Deste estudo concluímos que, os enfermeiros reconhecem como grande finalidade dos registos a garantia da continuidade dos cuidados, realçando os aspectos técnicos e relacionados com as intervenções interdependentes. Os aspectos emocionais e os relativos à família não têm uma expressão significativa. As categorias, embora com menor número de unidades de registo, relacionadas com a atenção centrada na pessoa que está envolvida no processo de cuidar, a referência à sua autonomia e capacidade de decisão, faz sobressair na escrita a sua singularidade e a presença do enfermeiro nesta interacção de cuidar e ser cuidado.
- Investigação em enfermagem :Publication . Martins, José Carlos AmadoToda a investigação científica é uma actividade humana de grande responsabilidade ética pelas características que lhe são inerentes. Desde a selecção do problema até à publicação dos resultados, o investigador tem um longo caminho a percorrer, podendo ser de grande importância alguns aspectos que, à primeira vista, são de pormenor. O presente artigo surge com o objectivo principal de discutir alguns destes “pormenores”, sempre no ensejo de contribuir positivamente para o desenvolvimento da enfermagem, através de melhor investigação em enfermagem, em que a competência, o respeito pela dignidade da pessoa humana e sentido de responsabilidade deverão ser os pressupostos de qualquer trabalho.
- Qualidade do sono, cronótipos e estados emocionais :Publication . De Martino, Milva Maria Figueiredo; Basto, Marta LimaAlguns cronobiologistas argumentam que a mais importante contribuição da cronobiologia para o estudo da atividade humana no trabalho é a noção de variabilidade das funções biológicas ao longo das 24 horas do dia. Isso faz com que os trabalhadores tendam a responder diferentemente a uma mesma situação de trabalho, conforme o momento do dia em que ela ocorra. Com referência às repercussões sobre o impacto da inversão do ciclo vigília sono tais como fragmentação de sono diurno, De Martino e Cipolla-Neto (1999) relatam que, em ocupações como a enfermagem, em que o trabalho noturno exige estar vigilante neste período, nem sempre o sono diurno é reparador. A presente pesquisa teve como objectivo analisar a variabilidade da função biológica (sono) e comportamental ao longo do dia em enfermeiros que trabalham por turnos. O estudo teve como participantes enfermeiros portugueses a trabalhar num hospital público de Lisboa, com base numa amostra intencional (72). Foram utilizados 5 questionários: para levantamento de dados sóciodemograficos; Avaliação do Ciclo Vigília-Sono (Diário de Sono); Questionário de Horne & Östberg (1976) para o cronotipo; Lista de Estados Emocionais Presentes (LEP) e Questionário Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Os principais resultados mostraram cronotipos de vários tipos, sendo o mais frequente o tipo indiferente (64.62%). A analise da LEP indicou que a maioria dos enfermeiros tinha um estado emocional estável. A qualidade do sono foi de melhor qualidade (PSQI) para o grupo com idade abaixo de 30 anos do que no grupo acima dos 30 anos. O grupo de sujeitos com <30 anos acordava mais tarde e mostrou quantidade de sono maior em comparação com o grupo >30. Concluiu-se que as variáveis idade e rotação de turnos podem ter interferência no bem estar do enfermeiro, sendo necessários mais estudos nesta área.
- Ensino de enfermagemPublication . Amendoeira, JoséO Ensino de enfermagem vive na actualidade um dos períodos do seu processo evolutivo onde o debate se impõe de forma profunda, mobilizando os actores, os contextos e os saberes ao longo das diferentes épocas numa abordagem que é suportada em dois pressupostos organizadores: 1 - Um, em que reflectimos numa perspectiva sócio-histórica sobre a evolução da educação em enfermagem em Portugal, por referência à segunda metade do século XX e início do século XXI, reportando-nos essencialmente a um conjunto de factos que caracterizam a década de 90 e o início do século XXI. 2 - Outro, em que consideramos de forma integrada, este período como um espaço transicional de análise, que nos permite reflectir sobre se, na actualidade o ensino de enfermagem vive uma mudança de paradigma ou se estamos perante um paradigma em transição. Posicionamo-nos manifestamente na segunda perspectiva. Recorremos ao modelo transicional, como metodologia de análise sócio-histórica do fenómeno. Finalizaremos partilhando alguns aspectos para reflexão, no âmbito das perspectivas de desenvolvimento do ensino de enfermagem, mobilizando para o efeito os constrangimentos advenientes essencialmente das incertezas com que o presente e o futuro se nos apresenta.
- Os enfermeiros como cidadãos organizacionaisPublication . Gaspar, Maria Filomena Mendes; Jesuino, José CorreiaO presente estudo tem por objectivo desenvolver uma escala de Comportamentos de Cidadania Organizacional (CCO), aplicável ao grupo profissional de enfermagem a exercer funções em ambiente hospitalar. A escala proposta apresenta uma estrutura multidimensional tendo sido identificados dez factores de primeira ordem (itens relacionados com acções voluntárias dirigidas ao cliente, ajuda aos colegas e organização, participação e identificação organizacionais, responsabilidade e inovação, e ainda à harmonia interpessoal) que segundo a análise confirmatória (x2=703/df 453; GFI=.89; CFI=.920; TLI=.912;RMSEA= .042) se organizam em duas dimensões de segunda ordem: Comportamentos voluntários dirigidos às pessoas (CCO-I) e comportamentos dirigidos à organização (CCO-O); que parecem vir na linha investigações anteriores (Smith Organ e Near, 1983; Williams e Anderson (1991); Irvine (1995) Organ, (1997); Organ e Paine (1999). A versão final apresenta uma consistência interna elevada alfa de Cronbach de .89 (n= 309), sendo a estabilidade teste-reteste de .85 (n=43). Foram ainda realizados estudos de validação qualitativa por acordo inter-juizes que abonam em favor da validade de constructo e de conteúdo da medida desenvolvida.