IPS - ESS - BIBLIOTECA - Dissertações de mestrado
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Esta coleção reúne dissertações, trabalhos de projeto e relatórios de estágio, no âmbito de cursos de 2.º ciclo (mestrados), em formato digital.
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- Prática autoreportada da fisioterapia em utentes com osteoartrosePublication . Santos, Bruna Bárbara dos; Cruz, Eduardo Brazete; Domingues, LúciaIntrodução: A osteoartrose é uma condição clínica caracterizada pela presença de dor articular, limitação funcional e diminuição da qualidade de vida. Cerca de 80% da população com esta condição apresenta limitação de movimento e 25% não consegue realizar a maioria das suas atividades de vida diária. Em Portugal a prevalência é de 12.4%, 8.7% e 2.9% nas articulações do joelho, mão e anca, respetivamente. A fisioterapia é uma importante área nos cuidados primários, contudo a investigação realizada noutros países demonstra lacunas entre o padrão de prática e as normas de orientação clínica. Em Portugal ainda não são conhecidos os padrões de prática da fisioterapia. Objetivo: Este estudo tem como objetivos caracterizar a prática (autoreportada) dos fisioterapeutas em utentes com osteoartrose, em Portugal, e identificar as barreiras e elementos facilitadores para a implementação da prática informada pela evidência. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal com 69 fisioterapeutas que trabalham em Portugal, convidados via email. A recolha de dados foi realizada através de um questionário online, entre 15 de Maio e 15 de Outubro de 2018. Resultados: A maioria dos participantes refere avaliar red flags (71%). As modalidades de intervenção mais utilizadas são o exercício (98,6%), educação/aconselhamento (97,1%) e terapia manual (94,2%), sendo que 79,7% refere educar/aconselhar os utentes quanto aos aspetos gerais da condição, 88,4% recomenda a prática de atividade física e a realização de movimento dentro do limiar da dor e 49,3% recomenda a perda de peso. A eletroterapia é utilizada por 44,9% dos participantes. Não foi identificada nenhuma barreira pela maioria dos participantes e “Sinto responsabilidade profissional em contribuir para o desenvolvimento da profissão” foi o elemento facilitador identificado com maior proporção de concordância. Conclusões: Apesar das limitações, é percetível uma discrepância entre a prática clínica dos fisioterapeutas e as normas de orientação clínica em utentes com osteoartrose.
- Compreensão e produção de orações relativas por crianças com perturbação específica do desenvolvimento da linguagemPublication . Fonseca, Ana Rita; Costa, JoãoNeste estudo foi testada a compreensão e a produção de orações relativas de sujeito e de objecto, com o objectivo de determinar diferenças entre a performance das crianças com PEDL-Sintáctica (PEDL-S) e crianças com desenvolvimento típico. Foram avaliadas seis crianças com PEDL-S (idades compreendidas entre os 5;4 e os 9;5), com um teste de Identificação de Imagens adaptado de Friedmann (1998), para avaliar a compreensão de relativas e um teste de Preferência, adaptado de Novogrodsky e Friedmann (2006), para elicitar orações relativas. Os dados obtidos revelam uma assimetria entre relativas de sujeito e relativas de objecto quer na compreensão, quer na expressão. Verifica-se que as crianças com PEDL compreendem e produzem orações relativas de sujeito em idades mais tardias que as crianças sem alterações do desenvolvimento. Em relação às relativas de objecto, as crianças com PEDL avaliadas não conseguiram atingir uma taxa de sucesso comparável à das crianças com desenvolvimento típico.
- Caracterização do acesso lexical em crianças com PEDLPublication . Ferreira, Ana Cristina; Castro, AnaEste estudo tem como objectivo descrever características relacionadas com as competências de acesso lexical das crianças com PEDL. Para testar estas competências foram usadas tarefas de nomeação de imagens e reconto da descrição. Na tarefa de nomeação utilizaram-se 42 imagens do TFF-ALPE (Mendes et al, 2009) para identificar, em cada resposta, o perfil tempo/precisão e as imprecisões ocorridas. No reconto da descrição utilizaram-se quatro segmentos de imagem, apresentados um a um e acompanhados de um relato previamente elaborado, para identificar a produtividade e as imprecisões ocorridas. Participaram no estudo 31 crianças com PEDL de idades compreendidas entre 4 anos e 8 anos e 11 meses. Utilizaram-se critérios de caracterização do acesso lexical adaptados dos estudos de McGregor (1998) e German (2000;2007) e compreenderam para a nomeação quatro tipos de perfil de resposta; RP (Rápido e Preciso), RI (Rápido e Impreciso), LP (Lento e Preciso) e LI (Lento e Impreciso) e ainda quatro tipos de imprecisão; Semânticas, Fonológicas, Não relacionadas com a palavra e Características secundárias. Para o reconto da descrição, procuraram-se características relacionadas com a produtividade: número total de palavras, de nomes e verbos diferentes; e três tipos de imprecisões: Substituição de palavras, Comportamentos de procura e Características secundárias. Verificou-se, em ambas as tarefas, uma maior competência das crianças mais velhas, sobretudo na rapidez de nomeação. Relativamente às imprecisões, as mais frequentes foram as não relacionadas com a palavra. No caso das imprecisões relacionadas com a palavra, surgiram mais parafasias semânticas do que fonológicas. Relativamente a características divergentes nas tarefas, verificou-se, na nomeação, maior número de imprecisões semânticas e os comportamentos de procura foram sobretudo expressões de procura de palavra. No reconto da descrição, os comportamentos de procura de palavra foram essencialmente as pausas. As tarefas de nomeação de imagens e reconto da descrição permitem identificar falhas no acesso lexical e sinalizar possíveis casos de PEDL. A tipologia de comportamentos é reveladora da ruptura no processamento e ajuda a compreender a natureza e organização lexical facilitando a intervenção
- Efeitos imediatos da técnica de desrotação do atlas de Rocabado e do SNAG C1/2 de Mulligan na amplitude do teste de flexão-rotação em indivíduos com cefaleia cervicogénica: um ensaio clínico aleatórioPublication . Cruz, Ana Rita; Cruz, Eduardo BrazeteBackground: A cefaleia cervicogénica é uma forma comum de dor de cabeça, que tem sido associada à existência de uma disfunção das estruturas da coluna cervical superior. Estudos recentes mostram uma grande incidência dessa disfunção a nível de C1-C2, avaliada pelo teste de flexão-rotação. Vários terapeutas manuais, como Brian Mulligan e Mariano Rocabado, têm sido sugerido técnicas de tratamento para este tipo de disfunção. Contudo, a evidência acerca da efectividade dessas técnicas é escassa. Desenho do estudo: Foi efectuado um ensaio clínico aleatório, duplamente cego, composto por três fases: pré-intervenção, intervenção e pós-intervenção. Objectivos: Avaliar e comparar os efeitos imediatos de duas técnicas de Terapia Manual Ortopédica (SNAG C1/2 de Mulligan e técnica de desrotação do atlas de Rocabado), na amplitude de movimento de rotação do segmento vertebral C1-C2, em indivíduos com história de cefaleia cervicogénica e com limitação no teste de flexão-rotação. As técnicas de tratamento foram usadas de forma isolada, em comparação a um grupo placebo. Métodos: Uma amostra de 60 indivíduos, com cefaleia cervicogénica e limitação do teste de flexão-rotação, foram aleatoriamente distribuídos por três grupos: SNAG C1/2 de Mulligan, técnica de desrotação do atlas de Rocabado e grupo placebo. O outcome primário foi a amplitude de movimento obtida no teste de flexão-rotação, que foi medido antes e imediatamente após a intervenção. Resultados: Imediatamente após a intervenção, a amplitude verificada no teste de flexão-rotação aumentou 21.8º (DP, 4.68) no grupo submetido ao SNAG C1/2 de Mulligan, 15º (DP, 5.07) no grupo em que foi aplicada a técnica de desrotação do atlas de Rocabado e 0.65º (DP, 0.67) no grupo placebo. Uma ANOVA modelo misto, 2 por 3, revelou efeito principal significativo do tempo (p<.001) e grupo (p<.001), assim como uma interacção significativa entre grupo e tempo (p<.001), relativamente à variável amplitude do teste de flexão-rotação. Estes resultados indicam que as diferenças verificadas entre os grupos eram dependentes do momento de avaliação. Uma comparação múltipla post hoc revelou que quer as técnicas de Mulligan, quer de Rocabado, produziram efeitos significativamente maiores que a intervenção placebo na amplitude de movimento do teste de flexão-rotação (p<.001 e p=.001, respectivamente). No entanto, não se verificou uma diferença significativa no que diz respeito à efectividade de ambas as técnicas de Terapia Manual Ortopédica aplicadas (p=.42). Conclusão: Esta investigação sugere que as duas técnicas de Terapia Manual Ortopédica avaliadas produziram efeito clínica e estatisticamente significativo na amplitude do teste de flexão-rotação. No entanto, não se verificaram diferenças entre as duas técnicas, no que diz respeito ao seu efeito no ganho de amplitude de movimento. Os resultados obtidos fornecem evidência preliminar sobre a efectividade de ambas as intervenções no tratamento da redução de amplitude de movimento em indivíduos com história de cefaleia cervicogénica.
- Efeitos imediatos da técnica de mobilização com movimento aplicada na articulação tibio-peroneal inferior na amplitude de dorsiflexão em indivíduos com história de entorse do tornozeloPublication . Paço, Maria; Cruz, EduardoIntrodução: A entorse do tornozelo é uma das lesões músculo-esqueléticas mais comuns. A limitação da amplitude de dorsiflexão tem sido demonstrada como uma das consequências desta lesão, bem como um dos factores contribuintes para a recorrência. Vários estudos têm demonstrado que o membro lesado de indivíduos com história de entorse, apresenta uma falha posicional anterior do peróneo. Um estudo realizado em cadáveres revelou que um deslizamento póstero-superior ao nível da articulação tibioperoneal inferior pode contribuir para aumentar a amplitude de dorsiflexão. Está descrita uma técnica de terapia manual que realiza o deslizamento póstero-superior do maléolo lateral associada ao movimento activo de flexão dorsal (MWM). No entanto, não existe, até à data, nenhum estudo que investigue a efectividade desta MWM em indivíduos com limitação da FD e história de entorse unilateral do tornozelo. Desenho de estudo: Ensaio clínico aleatorizado e controlado por placebo, duplamente cego. Objectivos: Avaliar os efeitos imediatos da MWM na articulação tibio-peroneal inferior na amplitude de flexão dorsal e no deslizamento posterior do astrágalo em indivíduos com história de entorse unilateral do tornozelo e limitação da flexão dorsal. O protocolo experimental foi aplicado uma única vez e os seus efeitos comparados com uma intervenção placebo. Metodologia: Uma amostra de 30 indivíduos com história de entorse unilateral e limitação da amplitude de flexão dorsal foi aleatoriamente distribuído por dois grupos: grupo MWM e grupo placebo. Foram avaliados o deslizamento posterior do astrágalo e a avaliação da amplitude de flexão dorsal em carga. As avaliações foram realizadas imediatamente antes e após a intervenção. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos na avaliação inicial (baseline). A realização da one-way ANCOVA revelou que, imediatamente após a intervenção, se verificou um aumento na amplitude de flexão dorsal no grupo MWM (aumento de 1.37 cm (DP, 0.97) significativamente superior ao grupo placebo (diminuição de 0.15cm (DP, 0.63) (P<.001). O deslizamento posterior do astrágalo aumentou 1.51º (DP, 1.77) no grupo MWM, no entanto este aumento não foi significativamente superior ao aumento de 0.76º (DP, 1.26) do grupo placebo (P=.113). Conclusão: Os resultados sugerem que a MWM na articulação tibioperoneal inferior produziram um efeito significativo na amplitude de flexão dorsal embora o mesmo não se tenha verificado no deslizamento posterior do astrágalo. Estes resultados fornecem evidência preliminar para a efectividade da MWM como intervenção em indivíduos com história de entorse unilateral e limitação da amplitude de flexão dorsal.
- Educação e exercício em utentes com dor crónica lombarPublication . Fernandes, Rita; Cruz, Eduardoste trabalho de investigação englobou a realização de um estudo quasi experimental, de carácter exploratório, com dois objectivos distintos. O primeiro objectivo consistiu em estudar os efeitos de um programa baseado na educação e exercício ao nível da capacidade funcional, intensidade da dor e crenças de medo/ evitamento do movimento relacionadas com a actividade física e o trabalho em utentes com DCL.
- Dor crónica lombarPublication . Rodrigues, Carlos; Cruz, EduardoA dor crónica lombar, é uma condição de saúde cuja prevalência tem aumentado nas últimas décadas. É uma condição que pode ser bastante incapacitante para o indivíduo e por consequência, ter importante impacto social e económico na sociedade. É um fenómeno complexo, multifactorial e pouco estudado na população portuguesa. Objectivo: Estudar a associação entre a catastrofização da dor, crenças de medo evitamento da dor, intensidade da dor e a incapacidade funcional auto reportada em indivíduos com dor crónica lombar. Metodologia: Estudo observacional analítico de corte transversal, com uma amostra de 38 indivíduos com dor crónica lombar, seleccionados a partir de uma população de 186 trabalhadores de uma unidade local de saúde. A recolha de dados foi realizada através de 4 instrumentos de avaliação: Questionário de caracterização e levantamento de factores de risco e impacto associados à dor crónica lombar; Questionário de incapacidade de Roland e Morris; Escala de catastrofização da dor; e Questionário de crenças de medo evitamento da dor. A análise dos dados foi feita através de estatística descritiva pela distribuição de frequências e medidas de tendência central para análise da prevalência e caracterização da amostra e por estatística inferencial para estudar as relações entre variáveis através do teste de correlação não paramétrico de Spearman. Resultados: A variável catastrofização da dor obteve um valor de correlação com a incapacidade auto-reportada de rs=0,473, para p<0,01; a variável crença de medo evitamento da dor relacionada com o trabalho obteve um valor de correlação com a incapacidade auto-reportada de rs=0,462 para p<0,01, a percepção da intensidade actual de dor e a intensidade percepcionada no ano anterior, obtiveram valores de correlação com a incapacidade auto-reportada de rs=0,327 e rs= 0,359 respectivamente para valor de p<0,05. Conclusão: As variáveis psicossociais catastrofização da dor e crença de medo evitamento da dor relacionada com o trabalho, influenciam de forma moderada a incapacidade em indivíduos com dor crónica lombar. A associação entre a intensidade da dor e a incapacidade parece ter um papel menos importante demonstrando associações baixas.
- Performance do Transverso do AbdómenPublication . Almeida, I; Matias, RicardoDesenho do estudo: Estudo quantitativo, experimental prospectivo de factor único, desenho pré-teste, pós-teste. Objectivos: Determinar a efectividade da ecografia em tempo real, como Informação de Retorno Extrínseca Visual Ecográfica (IRE-VE) na performance do transverso do abdómen (TrA), em sujeitos saudáveis; analisar eventuais diferenças entre a IRE-VE e a Informação de Retorno Extrínseca Verbal Clínica (IRE-VC); medir a performance da musculatura abdominal, através das diferenças na espessura dos músculos TrA e oblíquo interno (OI) e deslizamento do TrA, em repouso e em contracção. Enquadramento: A maioria dos indivíduos não tem conhecimentos nem consciência do contributo de uma boa performance do TrA para a estabilidade da coluna lombar. Vários estudos recentes se têm dedicado a este assunto, tendo sido mostrado o importante contributo da ecografia como Informação de Retorno Extrínseca (IRE). Uma vez que o TrA e o OI contribuem para a estabilidade lombo pélvica, e que a aprendizagem do seu controlo motor é essencial para a recuperação da função, torna-se relevante clarificar o contributo da informação de retorno na primeira fase da aprendizagem da performance desses músculos, bem como encontrar as melhores estratégias para a sua realização. A ecografia foi o instrumento escolhido para servir esse objectivo. Métodos: Participaram no estudo 75 sujeitos, sem queixas lombares, com idades compreendidas entre os 18 e os 38 anos com um valor médio de 21,9 anos (±4,03), divididos aleatoriamente em três grupos com uma tarefa comum: a "Manobra do Transverso", em que um grupo não recebeu IRE (GC), outro recebeu IRE verbal clínica e palpatória (GIRE-VC) e o outro recebeu IRE visual ecográfica (GIRE-VE). Para efeitos de análise da contracção da musculatura abdominal, foram estudadas a espessura dos músculos TrA e OI e o deslizamento do TrA, visualizados em imagens ecográficas em tempo real, e congeladas para medição em diferido. Estes procedimentos foram apurados num estudo piloto de fidedignidade das medições em causa. Quanto à abordagem estatística das variáveis de performance muscular foi realizada uma análise da variância simples paramétrica para amostras independentes e um teste para a diferença de médias para amostras emparelhadas. Resultados: Observamos que no GC, a ausência de IRE cursou com uma performance idêntica nos dois momentos de avaliação e que nos dois grupos com IRE, das variáveis de performance, é significativamente diferente a contracção do TrA, para uma diferença de 1,95 mm no GIRE-VE (p=0,000) e de 0,84 mm no GIRE-VC (p=0,000). Ao comparar os grupos entre si houve diferenças no limiar da significância (p=0,056) para uma melhor contracção do TrA no GIRE-VE. As outras variáveis, contracção do OI e deslizamento do TrA, não revelaram efeito relacionado com a IRE em nenhum dos grupos. Conclusão: Dos resultados obtidos, podemos concluir que a IRE-VE, quando usada isoladamente, na Manobra do Transverso provoca um maior aumento na espessura do TrA, quando comparada com a IRE-VC . O uso da ecografia mostrou ser efectivo na facilitação da performance da Manobra do Transverso em sujeitos saudáveis.
- Compreensão e produção de orações relativas em crianças falantes do português europeu portadoras de deficiência auditivaPublication . Mangas, Vera Lúcia HortasEste estudo tem como principal objectivo analisar a compreensão e a produção de frases relativas de sujeito e de objecto em crianças com défice auditivo (DA) e em crianças com desenvolvimento típico. O grupo de controlo foi formado por 6 crianças com desenvolvimento típico, falantes nativos do português europeu, com idades compreendidas entre os 7;6 e os 10;00 anos. O grupo experimental é composto por 6 crianças com deficiência auditiva congénita em ambos os ouvidos, com idades compreendidas entre os 7;4 e os 10;10 anos O grau de surdez varia entre severo a profundo e todas as crianças são filhas de pais ouvintes e falantes nativos do português europeu. Todas as crianças deste grupo apresentam acompanhamento em terapia da fala. Para testar a compreensão e a produção das frases relativas foram utilizados testes adaptados por Costa, Lobo, Silva e Ferreira (2008), a partir dos testes desenvolvidos por Namma Friedmann e Rama Novogrodsky. A compreensão de orações relativas de sujeito e de objecto foi testada através de um Teste de Identificação de Imagens. Para testar a produção de relativas de sujeito e de objecto foi aplicado um Teste de Preferência. Os resultados do Teste de Identificação de Imagens sugerem uma assimetria entre as relativas de sujeito e de objecto em ambos os grupos, com pior desempenho nas relativas de objecto. Neste teste os resultados obtidos pelo grupo de controlo foram sempre superiores aos resultados do grupo com DA. Os resultados do Teste de Preferência sugerem uma assimetria entre as relativas de sujeito e de objecto em ambos os grupos, com pior desempenho na formação de relativas de objecto. Ambos os grupos, quando não conseguem formar relativas, optam por vias alternativas para a formação de frases gramaticais, todavia as crianças com DA apresentam maior percentagem de frases agramaticais, com maior recurso à formação de cópias do sintagma nominal. As assimetrias encontradas são robustas devido à análise qualitativa realizada a cada resposta desviante produzida pelo grupo com DA. Este tipo de análise é a única forma de se encontrar a origem das dificuldades que as crianças com DA revelam. Estes dados, de uma forma geral, mostram que as crianças com deficiência auditiva apresentam uma dificuldade generalizada com estruturas sintácticas com dependência A-barra, situação já verificada com surdos de outras línguas. De igual momodo, parece existir uma forte correlação entre a intervenção precoce, grau de surdez e a aquisição da sintaxe.
- Perturbações de linguagem no subdomínio morfossintácticoPublication . Gomes, Andreia; Amaral, IsabelA presente tese tem como objectivo final a recolha de informação sobre o subdomínio morfossintáctico, que permita contribuir para a organização de um manual sobre caracterização, avaliação e intervenção nas perturbações da linguagem. Com o fim de atingir o objectivo proposto, desenvolveu-se um trabalho de projecto que visou: 1) A identificação das necessidades dos terapeutas da fala no que respeita a perturbações morfossintácticas; 2) A organização de respostas de avaliações e intervenção nas áreas identificadas. As necessidades foram identificadas a partir de um questionário enviado a 14 terapeutas da fala, cujos resultados permitiram identificar em que áreas se manifestam maiores necessidades. Este levantamento permitiu seleccionar os temas que serviram de base à elaboração de um texto sobre a problemática das perturbações morfossintácticas.