ESEP - Dissertações de Mestrado
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Browsing ESEP - Dissertações de Mestrado by advisor "Almeida, Maria Celeste"
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- Autogestão na pessoa com doença pulmonar obstrutiva crónicaPublication . Vieira, Sílvia Daniela Ribeiro; Almeida, Maria CelesteA DPOC é uma doença crónica, progressiva e incapacitante, caraterizada pela presença de sintomas respiratórios persistentes e pela diminuição gradual da energia, com implicações no domínio do autocuidado. A pessoa com DPOC está sujeita a um regime terapêutico complexo, que inclui múltiplas estratégias farmacológicas e não farmacológicas em simultâneo. Neste cenário a pessoa é confrontada com a necessidade de desenvolver competências para gerir o seu regime terapêutico e adaptar-se às limitações da sua nova condição de saúde. O presente estudo visa melhorar o conhecimento sobre o processo de autogestão da pessoa com DPOC. É um estudo transversal, descritivo e correlacional. Participaram 45 pessoas com diagnóstico de DPOC, internadas em serviços de medicina interna de um hospital da zona norte de Portugal continental. Como instrumentos de avaliação foram utilizados a Escala de Adesão aos Medicamentos (EAM), um Questionário de medidas farmacológicas e não farmacológicas, a Escala de Competência Percebida (ECP), a Escala de Suporte Social (ESS), e a Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (EADH). Os resultados sugerem que as pessoas com DPOC sentem-se competentes para seguirem o tratamento da DPOC, em geral, e especificamente a aplicação dos inaladores. Os dados traduzem um nível elevado de adesão aos medicamentos. No entanto, os resultados revelam baixa adesão à prática de exercício físico, aos exercícios respiratórios, à técnica de relaxamento e às estratégias de controlo da dispneia. Apesar dos níveis elevados de competência percebida, os dados revelam ainda que um número elevado de participantes apresenta défice de conhecimento relativamente aos inaladores, e a esmagadora maioria apresenta falhas em mais de um dos passos da técnica inalatória. Em relação ao suporte social, os participantes do estudo percecionam um suporte globalmente positivo. Outro dado que emerge do estudo é a existência de um número significativo de participantes com sintomas clínicos de ansiedade e de depressão. Os resultados deste estudo podem contribuir para orientar a prática clínica dos enfermeiros junto das pessoas com DPOC, ao nível das intervenções promotoras da autogestão, destacando-se a importância da aquisição de competências de gestão do regime terapêutico, e de atender aos aspetos de ordem emocional.
- Consulta de enfermagem pré-operatória e de follow-up em cirurgia de ambulatório: A perspetiva dos enfermeirosPublication . Cardante, Sandra Daniela de Figueiredo; Almeida, Maria CelesteA cirurgia ambulatória é um modelo organizativo que possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos, habitualmente efetuados em regime convencional, em contexto de ambulatório, com a admissão e a alta clínica do utente no mesmo dia, garantindo elevados padrões de qualidade e de segurança. A consulta de enfermagem é uma estratégia fundamental para o acompanhamento do utente pelo enfermeiro, quer na admissão do utente à unidade de cirurgia de ambulatório e preparação pré-operatória, quer no seguimento durante o pós-operatório, o qual se realiza à distância, uma vez que o utente tem alta para o domicílio poucas horas após a intervenção cirúrgica. A presente investigação tem como objetivo estudar a perceção dos enfermeiros sobre a dinâmica da consulta de enfermagem (pré-operatória e de follow-up) em contexto de cirurgia de ambulatório. A investigação segue uma abordagem qualitativa, na qual participaram 17 enfermeiros de uma unidade de cirurgia de ambulatório, de ambos os sexos e com idades compreendidas entre os 35 e os 61 anos. Como instrumento de recolha de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada. A análise dos dados seguiu o método de análise de conteúdo de Bardin. Os enfermeiros percecionam a consulta de enfermagem (pré-operatória e de follow-up) como um recurso importante para garantir cuidados de qualidade, salientando-se a relevância que atribuem à transmissão de informação e aos registos dos procedimentos realizados nas consultas. Identificam como dificuldades a gestão do tempo, o planeamento de cuidados e aspetos organizacionais. Consideram como fragilidades situações de ensinos menos completos, a não reavaliação do utente após a consulta de follow-up e a pouca informação que têm sobre os indicadores de desempenho. Manifestam vontade de melhorar a sua prática, concretizando-se na uniformização de procedimentos, na reestruturação das consultas e na formação dos enfermeiros. O conhecimento da perceção dos enfermeiros sobre a dinâmica da consulta de enfermagem revela-se importante na medida em que, permite compreender as forças e as fragilidades do desempenho dos enfermeiros, as dificuldades vivenciadas por estes profissionais e identificar necessidades de mudança. Os resultados obtidos podem constituir uma fonte de informação privilegiada para os próprios enfermeiros refletirem sobre as suas práticas e auxiliar os gestores a repensarem na adequação e rentabilização de recursos humanos e materiais, rumo à qualidade dos cuidados cirúrgicos de ambulatório.