ISLA - Dissertação de mestrado
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Browsing ISLA - Dissertação de mestrado by advisor "Araújo, Patricia"
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- Engagement e Satisfação com a Vida: Um Estudo Comparativo entre Portugal e os Países do CPLPPublication . Godinho, Patrícia; Araújo, PatriciaPrimeiramente nos anos 90 o engagement foi, durante bastante tempo, definido como trabalhadores que se apresentavam de forma física, cognitiva e emocional envolvidos nas suas funções laborais. Mas com o passar dos anos vários autores concluíram outras definições como Schaufeli e Bakker, em 2004, com o seu modelo de três dimensões. A satisfação com a vida é a avaliação cognitiva do grau de satisfação geral de uma pessoa com sua situação atual, conforme definido pela própria definição do que constitui uma vida satisfatória Várias pesquisas foram desenvolvidas sobre conceitos complexos e subjetivos, como felicidade, bem-estar, relacionamentos, amor e satisfação com a vida, e de foram exaustiva estudadas, onde se desenvolveram com vários resultados. Este trabalho teve com principal objetivo explorar a relação entre o Engagement no trabalho e a Satisfação com a Vida, em trabalhadores de países da Comunidade de Língua Portuguesa, bem como a relevância de variáveis sociodemográficas e profissionais neste âmbito. Foi preparado um questionário sociodemográfico e profissional, aplicado online, com um total de 33 itens, composto pelas seguintes seções: (a), Agradecimentos e disponibilização de email para contacto e copia do estudo para os participantes que o desejassem (b) 11 perguntas sobre variáveis sociodemográficas e profissionais; (c) a Utrecht Work Engagement Scale (UWES 17) dos autores Schaufeli e Bakker (2004), com 17 itens, mas neste estudo foi usada a versão portuguesa validada por Martins (2013) e (d) a Satisfaction With Life Scale (SLWS) com 5 itens, de Diener et al. (1985), versão portuguesa de Simões em 1992. Foi garantido o anonimato e confidencialidade dos dados recolhidos e tomadas precauções éticas na investigação. Participaram 91 pessoas, trabalhadores ativos de países da CPLP. Obteve-se os seguintes resultados descritivos na Tabela 2. No que se refere aos resultados inferenciais, podemos realçar os seguintes: (a) o nível de escolaridade foi significativo para as três dimensões da UWES-17, Vigor, Dedicação e Absorção (p˂.05), apresentando melhores resultados os participantes com mais vigor no trabalho e mais baixos os participantes com mais absorção no trabalho (b) Podemos notar que existe ainda correlação positiva significativa entre a satisfação com a vida e as 3 dimensões do UWES-17 onde o vigor e a dedicação contribuem mais do que a absorção para esta relação. Este resultado é um contributo relevante para a literatura uma vez indicia que, quanto maior satisfação com a vida maior o engagement, no entanto, não podemos afirmação causalidade.
- FLORESCIMENTO NOS COLABORADORES DA GARVAL: Um Estudo sobre felicidade laboral com o modelo PERMAPublication . Caldas, Maria; Araújo, PatriciaAo longo das últimas décadas o interesse científico sobre bem-estar no trabalho tem aumentado, o que tem levado a um crescimento de preocupações por parte das organizações. Uma organização é constituída por pessoas, pelo que se as pessoas forem felizes, a organização também o será, e assim, as ciências empresariais têm continuamente demonstrado que as empresas serão mais produtivas, mais eficazes e lucrativas, fazendo a diferença competitiva no mundo empresarial e atingindo os objetivos, quer individuais dos colaboradores quer comuns: o sucesso no mundo do trabalho. O presente estudo visa analisar a felicidade no trabalho dos colaboradores da Garval - Sociedade de Garantia Mútua, aplicando o Modelo PERMA (Cujas siglas significam respetivamente as cinco dimensões do modelo Positive Emotions, Engagement, Relationships, Meaning e Achievement) para medir os níveis de florescimento dos colaboradores, marco-conceito oriundo da corrente da psicologia positiva, fundado e fundamentando pelo investigador Martin Seligman, como uma medida de felicidade. Usou-se uma abordagem quantitativa, recorrendo ao instrumento já existente do Modelo PERMA geral (composto por 23 itens, numa escala Likert e 0 a 10) e adicionando perguntas sociodemográficas e socioprofissionais diversas. Osresultados demonstraram que: (a) Os níveis de florescimento dos colaboradores da Garval situam-se nos 7,79 na dimensão Relacionamentos e 7,75 na dimensão Significado; (b) a medida do Bem-Estar Geral que o modelo fornece (inclui a soma de 15 itens + o item 32) obteve um resultado final de 7,66; (c) não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas quanto às várias variáveis sociodemográficas; (d) encontrou-se diferenças significativas quanto a dimensão Emoções Negativas em que apresentou um valor de 5,18, (e) encontrou-se diferenças estatisticamente significativas na Dimensão Saúde no que diz respeito ao Sexo, sendo são os elementos do sexo masculino os que apresentam um valor menor. Obtendo-se uma média de 6,94, correspondente ao sexo feminino e uma média de 6,19 referente ao sexo masculino. Termina-se esta investigação aplicada, discutindo os resultados, sugerindo estudos futuros, com propostas de intervenção organizacional orientada para melhoria do bem-estar laboral a ser implementadas pela Garval.
- A GESTÃO ANCORADA NO BEM-ESTAR LABORAL: UM ESTUDO NACIONAL SOBRE AS PRÁTICAS MEDITATIVAS LABORAIS DOS PORTUGUESESPublication . Tavares, Carolina; Araújo, PatriciaAs organizações, nas últimas décadas conseguiram alcançar aumentos de produtividade, devido ao início da era industrial, desde a oferta de matérias-primas a baixo custo, da crescente globalização e ao crescimento das tecnologias, estes acontecimentos no passado, só afirmavam que a inovação que iria existir no futuro, teria grandes dimensões. Assim, percebeu-se que as pessoas, vulgo, os colaboradores, estavam a tornar-se num recurso essencial para a organização e a gestão centrada nos aspetos humanos desenvolve-se fortemente. Prova disso, é por exemplo a NORMA Portuguesa NP4590, do sistema de gestão do bem-estar e felicidade organizacional, que se encontra neste momento em discussão e consulta pública e que aposta no bem-estar laboral, com objetivo de atingir o sucesso das empresas, e logo a produtividade e o lucro, mas também com objetivos de atrair e reter talentos num mundo laboral cada vez mais VUCA. As ciências empresariais têm procurado soluções para promover o bem-estar laboral e tornar-se mais competitivas de forma a reter talentos, e a oferta de práticas meditativas laborais tem sido uma abordagem em crescimento. A literatura aponta que as práticas meditativas contribuem para o bem-estar laboral, trazendo diferenciação aos benefícios oferecidos pelas empresas aos colaboradores, reduzindo o stress profissional, aumentando as emoções positivas no trabalho, melhorando relacionamentos laborais e consecutivamente, aumentando produtividade e logo, a competitividade das organizações. Pode-se definir Ciências contemplativas como a harmonia de um conhecimento profundo dos acontecimentos mentais, em que estamos num estado de consciência, em que adotamos uma postura de disciplina com o objetivo de neutralizar os impactos dos desequilíbrios mentais. Enquanto as Práticas meditativas, incluem todas as práticas, de todas as origens e tradições que incluam praticas de meditação. A meditação humana existe há cerca de 5000 anos, e de forma resumida pode ser definida como a autorregulação intencional da atenção, existindo dezenas se não centenas de práticas meditativas documentadas. Em particular, a Meditação mindfulness tem atingido grande mediatismo por ser uma das mais investigadas segundo o método científico, nas últimas décadas. Trata-se de uma tipologia de meditação - traduzido em português por prática de atenção plena - que implica direcionar a atenção ao momento presente, de forma descentrativa e sem julgamentos ao desenrolar da experiência atual. A meditação mindfulness é o estado de consciência da mente, em que a nossa atitude está relacionada com a nossa curiosidade e a nossa intenção é a capacidade de controlar essa curiosidade. Neste estudo, para perceber as práticas meditativas de trabalhadores portugueses, na sua relação com as facetas de mindfulness, optou-se por uma metodologia quantitativa, usando um questionário composto por: (a) perguntas sobre as variáveis sociodemográficas e profissionais; (b) a versão portuguesa do Five Facet Mindfulness Questionnaire de Baer et al., (2006), tradução e adaptação de Gouveia e Gregório (2007), com 39 questões; (c) e por um conjunto de 12 perguntas sobre práticas meditativas construído especificamente para este estudo. Participaram 170 indivíduos e destacam-se os seguintes resultados: (a) das cinco facetas, a faceta com melhor resultado nesta amostra foi a faceta ‘Observar’; (b) a prática meditativa com frequência mais elevada correspondeu à meditação em movimento (Yoga, Pilates, Qigong, Taichi, entre outras); (c) variáveis sociodemográficas como a idade mostraram-se significativas, verificando-se que os participantes mais velhos apresentaram resultados mais elevados (nas facetas descrever e observar), em comparação com os mais novos; (d) outra variável sociodemográfica significativa, foi a variável género relacionada com as práticas meditativas, em que se confirmando que o valor da média mais alto do género feminino, foi nas práticas de comunicação consciente para com os outros (Mindful Comunication) e nas práticas de cultivo da paciência, benevolência, altruísmo, gratidão e outras forças positivas. Por fim, termina-se discutindo os resultados, sugerindo investigação futura e deixando pistas para o futuro das práticas meditativas laborais como estratégia de promoção do bem-estar laboral.