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- Media and Misinformation in Times of COVID-19: How People Informed Themselves in the Days Following the Portuguese Declaration of the State of EmergencyPublication . Baptista Ferreira, Gil; Borges, SusanaThis study takes as a starting point the importance and dependence of the media to obtain information about the pandemic. The dependency theory of the media system was developed in the 1970s when mass media were the dominant source of information. Today, at a time when media choices have become abundant, studies are needed to understand the phenomenon of media dependence in light of new dimensions made important by the transformations that have taken place in the social and media fields—where the coexistence of mass media with social media platforms stands out. As large-scale crises rarely occur and the media environment changes rapidly, it is important to analyze how media dependence relates to choose and trust in different media (traditional media vs. social media) in times of crisis. Several questions arise. What is the trust attributed by individuals to social media as sources of information about COVID-19? How well informed are the individuals who choose these sources as the main sources of information? From a questionnaire administered to 244 individuals in Portugal, during the first week of the state of emergency (March 2020), this research seeks to identify how people gained access to information about COVID-19, how they acted critically towards the various sources and how they assess the reliability of different media. Finally, it analyzes the association between the type of medium chosen and adherence to misinformation content about the virus. The results reveal the existence of a phenomenon of dependence on the media, with a strong exposure (both active and accidental) to informative content, with conventional media being privileged as the main source, and positively distinguished in terms of confidence. Finally, a statistically significant association of a positive sign was identified between the use of social media as the main source and the acceptance of misinformation.
- A informação no Facebook e a satisfação com a democraciaPublication . Borges, Susana; Ferreira, Gil BaptistaO artigo questiona o impacto da informação pelo Facebook na formação de opinião sobre assuntos políticos, entre jovens portugueses que frequentam o Ensino Superior. Começa por avaliar a utilização do Facebook como instrumento para a expressão de opiniões e para a obtenção de informação. Procura, de seguida, caracterizar o ambiente discursivo sobre assuntos políticos mais comuns nessa rede social. A partir de um questionário aplicado a 160 estudantes do Ensino Superior em Portugal, o estudo constata que pouco mais de um terço dos estudantes publica na rede Facebook, a qual é, por sua vez, diariamente consultada pela quase totalidade dos alunos, para quem esta é a plataforma online mais utilizada para obter informação. Identifica-se a existência, nesse espaço, de um ambiente marcado pela negatividade e pela insatisfação em relação ao funcionamento da democracia. Os dados recolhidos permitem sugerir a existência de um fenómeno de informação pelos pares (consistente com o modelo “two-step flow of communication”), em que uma maioria é exposta a um ambiente hegemónico alimentado por uma minoria (gerando um fenómeno de espiral do silêncio), criando as condições para a existência de um pseudo-ambiente de negatividade e de insatisfação, que poderá favorecer uma perceção pública hostil ao funcionamento da democracia.
- Perceções e pré-conceitos na construção da identidade profissional de jornalistas e de profissionais de relações públicasPublication . Fernandes, J.L.; Borges, Susana; Baptista Ferreira, GilA relação entre jornalistas e profissionais de relações públicas, na vertente da assessoria de imprensa, é determinante num contexto de democracia e para o exercício da liberdade de expressão e de informação. Embora a literatura relate e enfatize uma tensão entre estes profissionais, identifica-se uma história comum e propósitos partilhados, mas orientados por lógicas distintas. O momento de formação académica parece ser relevante para a construção de um conhecimento mútuo entre estas duas profissões da comunicação e terá implicações na qualidade do relacionamento profissional futuro. A voz dos futuros profissionais revela entendimentos prévios sobre esta relação e permite identificar pré-conceitos que podem enformar a construção prévia de um exercício profissional mais, ou menos, favorável à colaboração entre jornalistas e profissionais de relações públicas. Este estudo analisa os resultados de um questionário aplicado a estudantes de licenciatura em Comunicação Social e em Comunicação Organizacional (n=267) de uma mesma instituição de ensino superior portuguesa, no qual se solicitou o grau de concordância relativamente a afirmações sobre a relação entre jornalistas e profissionais de relações públicas. Em particular, foram analisadas as perceções sobre o reconhecimento público destes profissionais e a igualdade de estatuto das duas profissões. Os resultados apontam para uma valorização da cooperação entre as duas profissões, por parte dos estudantes dos dois cursos, embora seja notória uma discrepância entre a perceção do respeito do público pelas duas profissões, a favor da profissão de jornalista. Os resultados apontam ainda, e de forma expressiva, para uma discordância no reconhecimento de um estatuto equivalente entre as duas profissões. Esta análise vai dotar o corpo docente de informação relevante para uma formação conducente a uma prática de mútuo entendimento e contribuir para uma compreensão da relação entre jornalistas e profissionais de relações públicas.
- Opinião pública, media e cidadania : as manifestações pela paz nas vésperas da II Guerra do GolfoPublication . Borges, SusanaCentramo-nos na representação mediática da Opinião Pública, interpelando criticamente este conceito normativo central das democracias de matriz liberal à luz de uma muito concreta (e particular) forma de expressão: as manifestações anti-guerra de 2003. Relacionaremos a forma como o jornal “Público”, em editorais, avaliou o significado político das manifestações com alguns dos momentos (autores) centrais da conceptualização da Opinião Pública no século passado. Problematizamos, em concreto, a forma como os media, enquanto estruturas fulcrais na comunicação pública política contemporânea, contribuem para a gestão dos fluxos de opinião no espaço público, através da representação que fazem da Opinião Pública e do significado que lhe atribuem, do ponto de vista da sua relação com o poder executivo (governo).
- Os editoriais do jornal Público e a crise iraquiana de 2003 : espaço público, retórica e estratégias de legitimação de uma guerra anunciadaPublication . Borges, SusanaO editorial é o espaço de maior comprometimento cívico e político do jornal, ao expressar a sua posição sobre a actualidade noticiosa que comenta e a que dá significado. Através do discurso editorial, o jornal veicula normas e valores e orienta o debate público na formação da opinião. Este artigo caracteriza o discurso editorial do jornal Público sobre a crise iraquiana de 2003, à luz da argumentação com que enquadra a iminência da guerra, problematizando o seu significado na gestão da comunicação no espaço público e, concretamente, dos processos de dissensão de opinião.
- O género editorial e a gestão da opinião no espaço público : o Público e a II Guerra do GolfoPublication . Borges, SusanaAbordamos o contributo do Jornal Público para a gestão das dissensões de opinião no espaço público, na fase que antecedeu o início da II Guerra do Golfo, em 2003, através da análise dos editoriais publicados entre 1 e 20 de Março. Concluímos que este alinhou pela posição oficial do governo português, desvalorizando os argumentos anti-guerra da oposição parlamentar e relativizando a oposição do Presidente da República a uma intervenção decidida à margem da ONU
- A segunda fase do jornalismo públicoPublication . Borges, Susana
- Opinião pública : história, crítica e desafios na era transnacionalPublication . Borges, SusanaA Opinião Pública emerge, na sua aceção moderna, como o “tribunal” que legitima e fiscaliza o exercício do poder político, ao expressar a voz do “público esclarecido”. Nem a longa história do conceito, nem a sua relevância enquanto força política, permitem, contudo, uma clarificação do que é e como se forma a Opinião Pública. As inúmeras investigações que lhe são dedicadas ilustram a sua opacidade, explicitando contradições conceptuais e tensões paradigmáticas. As diferentes configurações assumidas pela Opinião Pública explicam, em boa medida, esta dificuldade na sua aclaração e aconselham a sua análise à luz de conceitos afins, como o público, a publicidade e o espaço ou esfera pública. No novo milénio, estes assumem uma dimensão transnacional, a qual acarreta novos desafios à legitimidade e à eficácia política da Opinião Pública.