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- Crianças como fontes de informaçãoPublication . Marôpo, LidiaCom base em entrevistas com 21 jornalistas portugueses e brasileiros e tomando como referencial teórico as teorias do jornalismo e a sociologia da infância, este artigo discute a escassez da voz das crianças nas notícias. O estatuto minoritário das crianças na sociedade, as rotinas produtivas dos jornalismo e as prioridades comerciais dos media são alguns dos obstáculos para promover o ponto de vista infantil no discurso noticioso. Apontamos caminhos para promover esta participação com base no depoimento dos próprios entrevistados, nas boas práticas de alguns veículos de informação e nas sugestões de organizações de defesa dos direitos infantis.
- A representação da maternidade em celebrity mommy blogsPublication . Jorge, Ana; Andrade, Marta; Marôpo, LidiaEste artigo visa entender como se processa a construção do ethos (=representação), via léxico e argumentos, da maternidade em celebrity mommy blogs. Foi utilizado como aporte teórico pressupostos dos Estudos das Celebridades, Media e Infância, e da Análise do Discurso de linha francesa. Esta análise foi aplicada a três textos com a temática da conciliação trabalho-família. Destacam-se neste artigo: diferenças na representação entre blogues de celebridades e os de mães com popularidade na Internet; o ethos de mães que os blogues querem transmitir; e como os filhos auxiliam a construção dessa representação.
- MC Melody e MC Brinquedo: infância e gênero nas narrativas dos funkeiros mirins no YouTubePublication . Monteiro, Vanessa; Marôpo, Lidia; Sampaio, InêsEste artigo discute as narrativas audiovisuais dos funkeiros mirins MC Melody e MC Brinquedo no YouTube com o objetivo de refletir sobre a imagem infantil que os dois youtubers mirins funkeiros projetam e quais as diferenças de gêneros que evidenciam. Descrevemos quatro conjuntos de elementos sobre uma amostra in-tencional de três vídeos de cada um dos artistas: dados gerais, elementos da estó-ria, recursos da narrativa e características da edição. Para analisar de forma explo-ratória as interações da audiência, consideramos os dados de visualização, avalia-ção (gostei e não gostei) e os comentários (elogios e críticas). Levamos em conta as desigualdades de gêneros evidenciadas pelos discursos midiáticos e pela cultura digital, o contexto periférico em que o funk se desenvolve e a infância como cons-trução social. Neste enquadramento, a expressão infantil na música e na dança evidencia-se tanto como potência disruptiva, como submetida à mimética da cultu-ra patriarcal e aos limites da lógica empresarial. Sexo e dinheiro são temas centrais dos vídeos, que desafiam o ideal da infância como um período de inocência e dependência. O público critica a performance erotizada de MC Melody, mas pou-pa MC Brinquedo, que apresenta conteúdo sexual mais explícito, o que evidencia permissões e interditos condicionados por seus respectivos gêneros.
- Nascer para ser famoso?Publication . Marôpo, Lidia; Jorge, AnaNeste artigo discutimos a questão da exposição midiãtica dos filhos de celebridades do ponto de vista dos seus direitos individuais, bem como das possibilidades e limitações para a visibilidade pública dos direitos das crianas em geral, sob o pano de fundo da ética jornalística. Debatemos a partir de uma perspectiva jurídico e normativa, prestando especial atenção à Convenção dos Direitos da Criança das Nações Unidas por um lado e, por outro, numa perspectiva jornalística, analisando os códigos de autorregulação dos jornalistas portugueses e brasileiros. Estas perspectivas serão confrontadas com uma seleção de casos noticiados em Portugal e no Brasil em que filhos de celebridades são o foco central.
- Meninas no youtubePublication . Marôpo, Lidia; Sampaio, Inês Vitorino; Miranda, Nut Pereira deCom base numa pesquisa exploratória, estudamos canais de youtubers mirins com enorme popularidade no Brasil – Isabel Cerer (8 anos), Juliana Baltar (9 anos), Manoela Antelo (10 anos) e Júlia Silva (11 anos) –, com o objetivo de analisar as suas práticas de produção e divulgação de conteúdos, num contexto marcado por estratégias de celebrização (Jerslev e Mortensen, 2016) e por uma forte cultura do consumo (Featherstone, 2007). Como aporte teórico, discutimos as culturas digitais na infância com enfoque de gênero. Observamos, como resultado, um processo de bricolagem no qual as youtubers mobilizam três linhas estratégicas – capital lúdico, (micro)celebrização e feminilidade emergente – num jogo de forças em que a participação, criatividade e espontaneidade se justapõem a uma lógica de empreendedorismo pós-feminista (Genz, 2015) gerido de forma cada vez mais profissional e subordinado à lógica do consumo.