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  • MDMA intoxication in a potential organ donor with cardiac arrest
    Publication . Castro, André Lobo; Tarelho, Sónia; Almeida, Dina; Sousa, Lara; Franco, João; Teixeira, Helena M.
    Amphetamine and its derivatives’ consumption is still an important public health issue, namely in terms of compounds variability and disposition to consumers. However, some of them, like MDMA, still live in the illicit market, with continuous success. Nevertheless, there is always new information and data on MDMA intoxication, both in vivo and in post-mortem context. The authors report an intoxication case with MDMA, in an 18 years old male, considered a potential organ donor after a cardiac arrest. Whole blood samples were collected in vivo, at the Emergency Room (ER), and post-mortem, at the National Institute of Legal Medicine and Forensic Sciences. After a general screening procedure, samples were extracted by SPE (OASIS® MCX), followed by GC-MS analysis. The whole blood post-mortem sample was positive for lidocaine (< 500 ng/mL), compatible with the ER intervention, and positive for MDMA (2278 ng/mL) and MDA (49 ng/mL), while whole blood samples collected in vivo (during the maintenance of the individual under advanced life support), were positive for MDMA (504 ng/mL to 1918 ng/mL) and MDA (20 ng/mL to 89 ng/mL). Samples were negative for other substances, namely ethanol, other drugs of abuse and medicines.Results interpretation is pivotal to understand the behaviour of the substance. Thus, in this case, MDMA post-mortem behaviour should be carefully evaluated, considering as possible influencers, in the specific context of the case, the time lapse between death verification, maintenance of the advanced life support and body manipulation for organ collection purposes. Also referred and discussed is the ante-mortem/post-mortem ratio of MDMA obtained values, compared with literature references. There is no doubt that death was due to MDMA intoxication, but information from the analysis performed on the in vivo samples suggests that this type of sample should also be considered, in a complementary role, whenever possible.
  • Imparcialidade pela ISO 17025 e distorção cognitiva em Toxicologia Forense – da imparcialidade consensual à distorção cognitiva minimizada. Quo Vadis?
    Publication . Tarelho, Sónia; Castro, André Lobo; Franco, João Miguel
    A norma ISO/IEC 17025:2018 contém uma nova secção que aborda a imparcialidade de uma forma mais estruturada do que a apresentada na versão anterior. Segundo a sua própria definição, trata-se da "presença de objetividade " e “a objetividade implica a ausência de conflitos de interesse ou a sua resolução de modo a não influenciar de forma adversa as atividades do laboratório". No entanto, a tomada de decisão subjetiva e a interpretação sob pressão e em circunstâncias limite são realidades bem presentes na vida de um toxicologista forense, podendo conduzir a um viés cognitivo, apesar da objetividade da toxicologia sustentada na química analítica e na respetiva instrumentação. Assim, e considerando esta preocupação emergente, abordada em diversos estudos já publicados (e.g. TIAFT 2019), constitui o objetivo deste trabalho a realização de uma reflexão sobre este tema, apresentando pontos críticos e as formas que o SQTF encontrou para minimizar ou eliminar os seus efeitos. A distorção percetiva pode surgir de diferentes fontes que podem ser organizadas em três categorias: categoria A, a informação específica associada ao caso; categoria B que se baseia no ambiente, na cultura e na experiência do analista (educação e formação) e a categoria C que enfoca na natureza humana. Embora existam estratégias conhecidas de minimização aplicáveis às técnicas de comparação (e.g. impressões digitais), ainda existem pesquisas limitadas sobre as estratégias de minimização ou de redução de desvios de interpretação em toxicologia forense. O primeiro passo para minimizar o viés cognitivo é a consciencialização. O segundo passo é a realização de uma revisão dos processos do laboratório para identificar pontos onde a distorção cognitiva possa ser um problema. Consequentemente, podem então ser utilizadas abordagens específicas em cada etapa, com base nos princípios do controlo da informação, da coerência, da responsabilização, da diversidade e da transparência. A distorção percetiva pode influenciar todo o processo de avaliação e de análise de um caso toxicológico. No entanto, são três as áreas principais identificadas: a seleção dos métodos ou a estratégia de análise, a triagem das substâncias a detetar (drug screening) e a interpretação dos resultados obtidos. O Serviço de Química e Toxicologia Forenses do INMLCF foi capaz de identificar pontos de implementação de procedimentos de minimização de desvios interpretativos e o próximo passo poderá passar pela incorporação numa política formal. Uma pesquisa anterior com membros da TIAFT evidenciou que apenas 14% trabalhavam em laboratórios que tinham uma política formal sobre viés contextual. Esta política formal sobre viés cognitivo deve ser separada daquelas que discutem a ética ou a imparcialidade, tendo sempre em linha de conta que o enviesamento cognitivo não é causado por desonestidade, fracasso pessoal, falta de comportamento ético ou ausência de profissionalismo.
  • A Inteligência Artificial e o seu potencial na aplicação à Toxicologia Forense
    Publication . Tarelho, Sónia; Castro, André Lobo; Franco, João Miguel
    Nos últimos anos, a inteligência artificial (IA) tem permitido avanços muito significativos em várias áreas, transformando diversos setores da nossa sociedade. Os mais importantes passam pelo Deep Learning, pelo processamento da linguagem natural (NLP), pela visão computacional, pela inteligência conversacional, pela robótica e automação, pela mobilidade autónoma e, no que à toxicologia forense importa, na medicina e nas ciências a ela associadas. Neste âmbito, a IA tem sido aplicada com sucesso em diversas áreas com o desenvolvimento de algoritmos que permitem analisar grandes quantidades de dados para auxiliar no diagnóstico e no tratamento médicos. Considerando a Toxicologia Forense em particular, a IA tem o potencial de desempenhar um papel importante, auxiliando na análise das evidências relacionadas com as substâncias tóxicas encontradas nas vítimas ou nos suspeitos (ou cenas de crime). As potencialidades de aplicação das ferramentas de IA incluem a análise de dados, a classificação das substâncias tóxicas, a previsão dos efeitos tóxicos, a análise de padrões de intoxicação, culminando no suporte à tomada de decisão. Assim, e considerando a expectativa intrínseca associada à IA, este trabalho pretende refletir sobre as potencialidades da sua aplicação ao âmbito da toxicologia forense. No contexto atual, e dada a recente realidade das novas drogas psicoativas (NPS), bem como a grande preocupação que esta traz para as autoridades de saúde e para os órgãos reguladores em todo o mundo, a aplicação da IA ao estudo da metabolização das substâncias (metabolómica) parece assumir uma importância emergente. Devido à natureza dinâmica e evolutiva desse mercado, é difícil acompanhar todas as novas substâncias psicoativas que vão sendo desenvolvidas e colocadas em circulação para consumo. Muitas vezes, a prática dos produtores passa pela alteração subtil das estruturas químicas das substâncias existentes para criar novos produtos que não estejam legalmente regulamentados. Esta realidade constitui um desafio para o controlo e para a proibição céleres destas substâncias pelas autoridades de saúde e pelos órgãos reguladores. Neste âmbito, a IA tem um elevado potencial, podendo ser aplicada eficazmente ao estudo da metabolização das várias formas e variantes, bem como na sua previsão e na identificação dos respetivos produtos de metabolização. É importante ressalvar que a aplicação da IA na toxicologia forense requer o uso de dados precisos e confiáveis, bem como a validação contínua dos modelos e dos algoritmos utilizados. Além disso, a interpretação humana e o conhecimento especializado continuam a ser fundamentais para uma análise forense completa, precisa e fundamentada. Assim, a IA deve ser vista como uma ferramenta complementar de auxílio à melhoria da qualidade da tomada de decisão por parte do especialista e não ser demasiadamente endeusada como um perfeito substituto da capacidade de pensamento e de discernimento humanos.
  • GC-MS – Still standing for clinical and forensic analysis: validation of a multidrug method to detect and quantify illicit drugs
    Publication . Ferreira, Ana Beatriz; Castro, André Lobo; Tarelho, Sónia; Rodrigues, Pedro; Franco, João Miguel
    An SPE-GC-MS analytical method using whole blood samples has been developed and validated to detect and quantify nineteen compounds belonging to the Drugs of Abuse (DA) groups of cocaine and metabolites, opiates and new psychoactive substances (NPS). The method detailed here is necessary because the recreational consumption of these DA has increased considerably in recent years and poly-drug-consumption is now very common. The method developed was both specific and selective. Three different working ranges have been defined due to the differences between therapeutic, toxic and lethal concentrations of DA. Linearity was confirmed for the defined working ranges of all DA, except pseudoephedrine, ephedrine, norephedrine, and TFMPP. Since the remaining nineteen substances showed heteroscedasticity, six ponderation factors were studied to find the best fit for each compound. Limits of Detection and Lower Limits of Quantification have been studied and defined. No carryover was noted, with acceptable extraction recoveries. The achievement of all validation criteria according to international guidelines allows the application of the proposed method in routine forensic analysis. Using this method can also significantly reduce response times and GC-MS analysis costs.
  • Aplicação do controlo de qualidade interno e avaliação de resultados em toxicologia forense
    Publication . Tarelho, Sónia; Castro, André Lobo; Franco, João Miguel
    A garantia da qualidade dos resultados do Serviço de Química e Toxicologia Forense (SQTF) do INMLCF,IP é assegurada pelo cumprimento do programa de controlo de qualidade interno (e, sempre que possível, pela participação em ensaios interlaboratoriais). O Controlo de Qualidade em laboratórios forenses constitui uma ferramenta essencial para garantir a confiança dos seus clientes. Paralelamente, enquanto laboratório forense de caráter essencialmente analítico, o seu produto corresponde à execução de ensaios laboratoriais e à correspondente emissão dos resultados obtidos. Assim, para um produto deste tipo, as ações de Controlo da Qualidade dividem-se em ações de âmbito interno (orientado para o controlo da precisão e cujos critérios dependem do laboratório) e externo (voltado para o controlo da exatidão, normalmente dependente duma intervenção externa). Este trabalho pretende abordar as ações de âmbito interno, como são os conceitos de controlo de qualidade interno e de avaliação dos resultados aplicadas a ensaios realizados por cromatografia, bem como a sua correspondente aplicação efetiva no Laboratório. O Controlo de Qualidade Interno deve definir um conjunto de mecanismos capazes de garantir a verificação da conformidade de parâmetros predefinidos para aceitação dos resultados dos ensaios e a sua metodologia deve ser adaptada aos diferentes tipos de procedimentos de ensaio. A avaliação e o correspondente cálculo dos resultados revelam-se tão importantes quanto analisar amostras representativas e executar adequadamente a técnica de análise selecionada. Avaliar e calcular corretamente os resultados e expressá-los de forma adequada tem uma influência crítica no valor probatório do resultado apresentado em cada relatório emitido. As principais medidas adotadas pelo SQTF para garantir a qualidade dos seus resultados, baseadas em referências internacionais, preveem a inclusão de controlos internos da qualidade. Paralelamente, todos os métodos analíticos possuem critérios de aceitação/rejeição de resultados, os métodos quantitativos utilizam padrões internos e os controlos são representativos da matriz das amostras a analisar. Com esta política, o SQTF pretende a manutenção da qualidade dos serviços prestados, reconhecendo o impacto que têm para a sociedade em geral e para a Administração da Justiça em particular.
  • Chemsex: nem sempre com um final feliz... morte por intoxicação com GHB e Cocaína
    Publication . Castro, André Lobo; Simón, Antia; Tarelho, Sónia; Ribeiro, Cristina; Franco, João Miguel
    "Chemsex" tornou-se um problema sério de saúde pública no contexto médico-legal. É sabido que a sua prática envolve um elevado grau de risco para os consumidores, incluindo contextos de intoxicação aguda. No caso apresentado, a vítima do sexo feminino foi encontrada inconsciente pelo seu parceiro. Ambos perderam a consciência no seguimento do consumo de um líquido após o jantar, num parque de estacionamento conhecido por ser um local procurado para a realização de encontros casuais de cariz sexual. Após a autópsia, a análise toxicológica detetou a presença na amostra de sangue total de GHB, cocaína, ecognina metilester, benzoilecgonina e THCCOOH. A avaliação da informação e dos dados recolhidos levou a concluir que a morte se deveu a uma intoxicação por uma mistura de GHB e cocaína. Este caso releva a necessidade de se considerar e avaliar toda a informação obtida na cena, nomeadamente a informação testemunhal. Por outro lado, este caso revela também que a utilização de diferentes substâncias, isoladas ou misturadas, continua a ser praticada com fins de aumento de performance sexual, se bem que nem sempre com um final feliz.
  • Intoxication by 3-MeO-PCP and O-desmethyltramadol: an unusual NPS mix
    Publication . Castro, André Lobo; Carneiro De Sousa Pinto Costa, Maria José; Tarelho, Sónia; Sousa, Lara; Russo, Fernando; Franco, João Miguel
    Over the past few years, the new psychoactive substances’ phenomenon has been continuously studied. Its dynamic context is characterized by a broad diversity of substances, including several groups, such as synthetic cathinones, synthetic opiates, and synthetic cannabinoids. However, and due both to this diversity and to the low number of detected cases, information on intoxication reports is always important, in order to understand their biological mechanisms. In this case, a male individual was found unresponsive, with some different powders and paraphernalia near him. After toxicological analysis to the powders, paraphernalia, and whole blood samples, five different compounds were identified. From these, two of them (3-MeO-PCP and o-desmethyltramadol) were identified and quantitated in the whole blood sample. The obtained results suggested that death was due to the presence and action of these two substances, in what may be considered an unusual mix of NPS. This case highlights the value of evaluating all the traces found in the scene investigation and the need of sending all the paraphernalia found for toxicological examination, together with all the possible information obtained on the scene, namely by relatives or witnesses. On the other hand, this case shows the significance of broad-spectrum analytical methods, in order to detect and identify, as specifically as possible, eventual substances present and used by victims.
  • A gestão do risco na implementação e validação de métodos analíticos em Toxicologia Forense
    Publication . Tarelho, Sónia; Castro, André Lobo; Franco, João Miguel
    Em 2017, a nova versão da norma ISO/IEC 17025 (versão portuguesa de 2018) incorporou a necessidade da Gestão de Riscos. A abordagem baseada no risco e a consciência do risco são acentuadas nesta nova versão da norma, sendo promovida uma abordagem ao “pensamento baseado no risco”. Segundo esta última revisão deste documento, o laboratorio é o responsável por decidir quais os riscos e as oportunidades que precisam de ser analisados e tratados. Mais ainda, a nova revisão da Norma, embora especifique que a organização deva planear ações para enfrentar os riscos, não contém requisitos para métodos formais de gestão de risco ou para um processo de gestão de risco documentado (à semelhança do que já vinha preconizado na ISO 9001:2015). Os laboratorios podem decidir desenvolver ou não uma metodologia mais extensa de gestão de risco do que o exigido na ISO 17025:2017, através da aplicação de outras orientações ou normas, como por exemplo, em conformidade com os requisitos da ISO 31000. O organismo de acreditação, contudo, avalia se o laboratorio estabeleceu ações apropriadas para lidar com os riscos e as oportunidades. Abraçar a questão da gestão dos riscos para prevenir possíveis falhas requer uma importante definição dos objetivos a nível global. Por outro lado, a abordagem do laboratorio como um conjunto de processos, permite definir objetivos para cada um deles, inclusivamente no da validação dos métodos, com uma avaliação profunda do que pode impedir a obtenção dos objetivos definidos. Para isso, torna-se necessário definir os riscos associados a cada fase de implementação de um método analítico. A aprovação da 3ª Edição do guia Eurachem/CITAC Guide to "Quality in Analytical Chemistry – An Aid to Accreditation" pelo "Eurachem Education and Training Working Group" irá naturalmente constituir uma excelente ferramenta na ajuda aos laboratorios no que a este novo tema diz respeito. Enquanto isso, neste trabalho, irá ser efetuada uma análise dos possíveis riscos associados ao desenvolvimento e à validação de métodos analíticos aplicados à Toxicologia Forense, de acordo com as causas possíveis e avaliação das respetivas consequências, em pontos chave como são a seleção dos métodos, a escolha dos parâmetros de validação, a definição dos recursos necessários, a análise dos resultados de validação e o controlo da qualidade implementado.