IDN - Revista Nação e Defesa
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Recent Submissions
- Desafios críticosPublication . Lopes, Louisa Cajaty; Gonçalves, Manuel; Faria, Duarte Lynce; Gonzales, Selma Lúcia de Moura; Medeiros, Sabrina; Cruzeiro, Eva; Campani, Luis; Vianna, Gilberto de Souza; Fayal, Ricardo Alfredo de Assis; Freire, Ricardo RodriguesEste ensaio explora o nexo entre mudança climática, segurança internacional e Infraestrutura Crítica de Energia (Critical Energy Infrastructure ou CEI) relacionado com a área da defesa na União Europeia (UE) num contexto multipolar instável. Com foco na segurança face ao clima, o estudo estabelece conexões entre as ameaças identificadas com a estabilidade e segurança internacionais e os impactos da mudança climática na CEI, designadamente nas instalações e capacidades militares. Ao recorrer a estudos ambientais e investigação de impacto climático, o artigo enfatiza a necessidade de novas estratégias de governação. A investigação identifica opções para fortalecer a resiliência climática, promover a colaboração multinacional, evitar a escalada de conflitos internos e acautelar o alinhamento com as metas da UE de neutralidade climática até 2050
- África no tabuleiro de xadrez mundial : estruturas, desafios e oportunidadesPublication . Rodrigues, Teresa; Ribeiro, José FélixÁfrica é hoje um “Continente do Mundo”, no duplo sentido dos desafios que a sua evolução coloca à economia mundial e das oportunidades que o seu grau de (in)sucesso abrirá aos múltiplos parceiros externos que, em número crescente, têm manifestado interesse em reforçar os laços geoeconómicos e geopolíticos com os Estados africanos. Com base na análise de vários indicadores, este artigo tem como objetivos: (i) identificar as múltiplas realidades internamente coexistentes no continente africano hoje; (ii) propor uma divisão macrorregional para África; (iii) discutir os relacionamentos externos que nos próximos anos consideramos poderem desempenhar um papel significativo no posicionamento do continente africano no xadrez internacional.
- NATO – Uma Aliança ResilientePublication . Mota, Sarah da; Jesus, Helder Fialho; Neumann, Isabella; Branco, Inês Aguiar; Eugénio, AntónioA Revolução Tecnológica na NATO do Século XXI: as Novas Fronteiras do Espaço e da Mente No contexto da atual revolução tecnológica, este artigo aborda especificamente o Espaço e a Mente como dois domínios estratégicos e áreas de operação fundamentais que se desenvolveram no seio da NATO, sobretudo, nos últimos 15 anos. Embora a manutenção de uma vantagem científica e tecnológica tenha sempre feito parte da estratégia da NATO para se manter relevante e bem-sucedida, defendemos neste artigo que as dimensões do Espaço e da Mente sugerem um contraste acentuado entre uma dimensão material e uma dimensão imaterial, cuja interação está no centro do smart power da NATO, que é emblemático do desenvolvimento e da prática do poder do século XXI. Assim, as relações com os seus concorrentes são renovadas de uma forma essencialmente desmaterializada e discursivamente conflituosa, tornando cada vez mais obsoleto o uso da força física convencional, ao mesmo tempo que nos recorda o que é ou deve ser a subjetividade do Atlântico Norte.
- Desafios geopolíticos da indústria de semicondutoresPublication . Pereira, Pedro Miguel BeirãoNum mundo cada vez mais competitivo, as grandes potências lutam pela supremacia a todo o custo. O desenvolvimento e a capacitação tecnológica não são exceção, e tanto os Estados Unidos como a China já iniciaram esta contenda, sendo um dos principais motivos a disputa pelos semicondutores. A importância das cadeias de valor globais e a sua influência na produção de semicondutores é fulcral numa economia cada vez mais de base tecnológica e digital. O presente artigo analisa os principais atores desta cadeia ao longo dos anos.
- Independência do Kosovo : os desafios de uma adolescência europeiaPublication . Silva, Pedro Cunha daO presente artigo faz um balanço político dos 16 anos decorrentes da declaração unilateral de independência do Kosovo em 2008, e da sua estratégia dual de reconhecimento e legitimidade no continente europeu, junto dos Estados soberanos e das organizações internacionais, respetivamente. Será feito um ponto de situação das relações bilaterais do Kosovo com os cinco Estados-membros da União Europeia (UE) que não reconhecem a sua independência – Chipre, Eslováquia, Espanha, Grécia e Roménia –, e o rationale político que subjaz ao não reconhecimento. Concluiremos com os prospetos da estratégia dual kosovar, próximos passos concretos e sua exequibilidade
- Diversificação das fontes de gás natural da União Europeia : o caso de Cabo Delgado, MoçambiquePublication . Garrido, JorgeEste trabalho reflete sobre a diversificação das fontes de gás natural da União Europeia, através do caso concreto da província de Cabo Delgado, em Moçambique. Analisa-se a viabilidade dessa alternativa, comparando-a com outras fontes de gás natural da União Europeia.
- Warfare in the 21st century postmodern world : causes and consequences for states’ survivalPublication . Cunha, AgostinhoA complexidade nas relações internacionais tem crescido com o aumento do número de Estados desde a criação da ONU, cada um com pontos de vista e interesses diferentes, o que por vezes levou a interações conflituosas e a tensões crescentes nas relações internacionais. Recentemente, o envolvimento de novos atores internacionais, para além dos Estados-nação, que surgiram com papéis relevantes na arena internacional, introduziu incerteza adicional e trouxe ainda mais complexidade ao sistema internacional. O envolvimento de uma série de novos intervenientes não estatais em conflitos, o empoderamento dos indivíduos e a difusão do poder entre Estados e dos Estados para redes informais já teve um impacto global tectónico no sistema de segurança internacional que forçou um debate sobre o novo carácter do conflito e da guerra. Ao mesmo tempo, os novos desenvolvimentos tecnológicos e a exploração de novos domínios, como o espaço e o ciberespaço, juntamente com uma dispersão mais ampla de poder e conhecimento que flui da era dos novos sistemas de informação e da erosão da legitimidade das forças armadas, contribuíram para a uma tendência multidimensional para a privatização no âmbito dos conflitos armados, que alguns consideram ser uma mudança de jogo nos domínios da segurança e da defesa. Explorar as causas e deduzir as consequências para a sobrevivência dos Estados-nação num novo ambiente de segurança tão complexo e conflituoso merece uma análise adequada que é proposta através de uma abordagem indutiva baseada numa combinação de experiência e fontes primárias usadas pelo autor.
- Geopolítica e cooperação em defesa no Atlântico Sul : um panorama da consolidação do entorno estratégico do Brasil no início do século XXIPublication . Costa, Murilo Gomes daEste artigo analisa a importância do Atlântico Sul no contexto estratégico brasileiro, com ênfase nos desafios estratégicos e geopolíticos e nas iniciativas de cooperação em defesa do Brasil, decorridos do início do século XXI. O recorte temporal dá ênfase ao período entre 2000 e 2016, no qual o Atlântico Sul foi inserido no horizonte estratégico da política externa e da política de defesa do Brasil. A pesquisa parte de uma metodologia qualitativa, com uma análise de dados empíricos provenientes das bases de acordos de cooperação, bem como da análise documental dos documentos declaratórios do Ministério da Defesa do Brasil. Como resultado, o autor observa que a cooperação internacional em defesa foi mobilizada tanto para consolidar as capacidades materiais brasileiras, como para reafirmar a presença do Brasil no Atlântico Sul, por meio do diálogo cooperativo com os demais Estados do Atlântico, pela via bilateral e multilateral.
- Great power competition and conflict potential in the ArcticPublication . Østhagen, AndreasCompetição entre Grandes Potências e Potencial de Conflito no Ártico A invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022 marca uma divisão de águas nas relações entre o Ocidente e a Rússia, incluindo no Ártico. No entanto, permanece a esperança de que as relações de segurança do Ártico estejam protegidas da guerra na Ucrânia, apesar da tensão que se espalha em direção ao Norte através de declarações belicosas da Rússia, da adesão finlandesa e sueca à NATO, e dos receios de operações híbridas no Norte. Este artigo analisa as diferentes dinâmicas políticas no que diz respeito à segurança estatal ou militar no Ártico, e como elas evoluíram desde o início de 2022. Apoia-se numa separação conceptual entre níveis de análise em assuntos internacionais, bem como na Noruega como estudo de caso ao examinar o nível “nacional”, para desenvolver ainda mais a forma como concebemos o avanço da segurança e da geopolítica do Ártico.
- China 2049Publication . Gaspar, Carlos; Costa, Cátia Miriam; Cardoso, Diogo; Silva, Jorge Tavares da; Tomé, Luis; Rato, Vasco; Rios, XulioAs relações formais da China com a Europa comunitária tiveram início em 1975, ainda antes da “abertura ao mundo” encetada por Deng Xiaoping. Dessa aproximação estratégica viriam a resultar intensas ligações, sobretudo comerciais, beneficiando as duas partes. Ao longo ciclo de convergência política, económica e diplomática nas relações sino-europeias sucedeu uma União Europeia (UE) mais crítica da China. A competição económica entrou numa fase mais intensa e o défice comercial da UE com a China agudizou-se. O PIB chinês ultrapassou o da UE. A Comissão Europeia passa a considerar a China um parceiro negocial, um competidor estratégico e um “rival sistémico”. Uma potência revisionista que defende uma ordem mundial alternativa. Às restrições nas exportações de tecnologia de ponta para a China, a UE acopla o “de-risking”. O ciclo de divergência entre a Europa e a China provavelmente vai continuar.